1- O
QUE NÃO É O SOLA SCRIPTURA:
Sola
Scriptura, Somente a Escritura, não significa uma rejeição à teologia e a
outros textos que têm a intenção de interpretar as Escrituras. É importante
dizer isso porque é comum ouvirmos algo do tipo: “não quero saber de livros
como confissão de Fé e Catecismo, meu negócio é com a bíblia; só me interessa a
bíblia; somente a bíblia”. Isso parece piedade e apego às Escrituras, mas não
passa de um argumento falacioso. Teria validade se tão somente a pessoa se
limitasse a ler a bíblia, mas a partir do momento que ela lê e quer entender,
ela já está interpretando. Eu costumo dizer o seguinte pra essas pessoas: “eu
tenho a sua interpretação das escrituras, que nunca leu um livro de teologia na
vida e tenho a interpretação de 121 dos melhores teólogos do século XVII que se
debruçaram sobre vários assuntos da bíblia, por longos 5 anos e 7 meses, na
assembleia de Westminster. E concluo: você acha que devo ficar com qual
interpretação? Obviamente que com a dos teólogos de Westminster.
2- O
QUE É O SOLA SCRIPTURA
A
expressão latina traduzida por SOMENTE A ESCRITURA significa que absolutamente
nada deve servir como base para nossas práticas religiosas, para nossas
práticas cúlticas, para nosso pensamento doutrinário e teológico e até para
nossa prática de vida. Daí a afirmação confessional: “A BÍBLIA É A NOSSA ÚNICA
REGRA DE FÉ E DE PRÁTICA”. Não uma regra, mas A ÚNICA regra de Fé e de Prática.
O
texto que lemos no início (Salmo 119:105) indica que havia um entendimento no
VT que todos os desígnios para o povo de
Deus deveria emanar da própria palavra de Deus, quer por ESCRITURA JÁ ESCRITA,
como o caso da LEI, quer por alguma palavra vinda do próprio Deus a partir da
BOCA DOS PROFETAS, através DAS PROFECIAS e REVELAÇÕES ou de alguma
manifestação de algum dom espetacular concedido por Deus, como o sonho, por
exemplo. Voltaremos a esse assunto mais adiante. Por hora basta entender que
quando o SALMISTA afirma ser a PALAVRA DE DEUS lâmpada para seus pés, indica
que “A revelação de Deus fornecia o discernimento para guiar os justos.
Consequentemente, eles não tropeçariam nas trevas. Ou
seja, não havia, na mente deles, nenhuma outra fonte que pudesse ditar e
iluminar os caminhos por onde deveriam trilhar, senão A PALAVRA DE DEUS, nesta
época, ainda trazida de forma ordinária, bem como extraordinária.
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