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quarta-feira, 16 de outubro de 2019

A POSSÍVEL CAUSA DA VIOLÊNCIA CONTRA OS PROFESSORES


Agostinho de Hipona defendia que o homem é "naturalmente mau". Para ele, educar consiste em retirar coisas ruins do coração, presentes lá desde o nascimento, e colocar coisas boas. Esse pensamento, como consequência, gera um processo de "ensinagem" mais disciplinador, mais rigoroso e uma relação de superioridade hierárquica do professor em relação ao aluno. Nesse modelo, adotado no Brasil, também, no passado, é inimaginável aluno desrespeitando professor; menos ainda batendo nele. Simplesmente imimaginável! Não era raro os alunos ficarem de pé para receberem o professor(a), em sinal de reverência e respeito. 

Rousseau, diferentemente, defendia que o homem é "bom por natureza". Para ele, educar passa a ser um processo onde todos os envolvidos são iguais, sem vantagens hierárquicas para o professor; daí os trabalhos em grupo, no modelo circular. Afinal, o círculo pressupõe igualdade entre os "entes". O professor deixa seu lugar de proeminência, à frente da turma, e senta-se ao lado, como um igual, hierarquicamente falando. A criança, segundo ele, deve ser deixada à sua própria liberdade, para construir seu próprio conhecimento. Esse pensamento acerca da natureza do homem também gera consequências práticas para a educação: maior autonomia e liberdade para o aluno, redução a quase zero da disciplina na sala de aula. Afinal, com que autoridade o professor "disciplinaria" o aluno, considerando que ele é apenas "um-igual" no processo educativo? Nesse modelo adotado, também no Brasil, impulsionado pelo "freireanismo", nos últimos 30 anos, é quase inimaginável pensarmos em professores sendo reverenciados e respeitados por seus alunos; quase inimaginável! Não é raro sabermos de casos e mais casos de professores que foram espancados e humilhados dentro da sala de aula. 

Toda essa situação, dirão alguns, se dá pelo aumento da violência social. Será? Então, porque no modelo passado os professores eram igualmente respeitados mesmo dentro das favelas mais perigosas do Brasil? 

Precisamos refletir criticamente acerca desses dois modelos. Qual deles trouxe melhores resultados? Qual deles produziu mais intelectuais? 

Finalmente, perguntamos: quem é o homem, para aqueles responsáveis pelo norteamento do ensino?

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