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sexta-feira, 20 de abril de 2012

A CONTRIBUIÇÃO DA FILOSOFIA BERGSONIANA PARA A QUESTÃO BIOÉTICA DO ABORTO EM FETOS ANENCÉFALOS E DA EUTANÁSIA - Parte IV - FINAL



CONCLUSÃO

A filosofia bergsoniana dá uma importante contribuição às graves e atuais questões da bioética. Muitas vozes têm se levantado contra o aborto – especialmente dos fetos com anencefalia -, bem como contra a eutanásia, mas nenhuma delas (nessa área específica do conhecimento) com a pujança da filosofia de Henri Bergson.

Em julho de 2007, a impressa do mundo inteiro noticiou a “surpresa” dos médicos pela “retomada de consciência” de um polonês que há dezenove anos estava no chamado estado vegetativo[i]. Essa é uma prova evidente de que a ausência de atividade cerebral – somente – não é prova definitiva para uma pessoa ser declarada morta, tendo em vista a possibilidade de reversão do quadro, ainda que remota, ainda que para a surpresa da ciência.

Por tudo isso, a desvinculação do binômio cérebro-consciência, sugerida por Bergson, precisa ser “urgentemente” reavaliada. A ciência não pode assumir (como tem feito) postura de detentora de todos os conhecimentos. A ciência – sozinha – não pode e não deve definir o que é vida e o que é morte. Quantos “fetos vivos” ainda terão que ser extirpados, por não serem definidos como “seres humanos” pela ciência? Quantas Terri Schiavo’s  ainda terão que morrer de inanição, porque a ciência (que deveria advogar em favor da vida) lastreou a retirada das sondas de alimentação? Quantas Eloás não perderão o direito, diferentemente do polonês, de aguardar um pouco mais a reversão de seu quadro?

Urge uma necessidade eminente de redescobrirmos a filosofia bergsoniana, para o bem e continuação da vida.

BIBLIOGRAFIA

BEAUPORT, Elained. A inteligência emocional: as três faces da mente. Trad. de Marly Winckler. Brasília: 1997. p

BERGSON. Henri. A consciência e a vida. Trad. de Franklin Leopoldo.  São Paulo: Abril Cultural, 1979d. p. 75. (Coleção os Pensadores).

______. A alma e o corpo. Trad. de Franklin Leopoldo.  São Paulo: Abril Cultural, 1979e. p. 75. (Coleção os Pensadores).

______. Cartas, conferências e outros escritos. Trad. de Franklin Leopoldo. São Paulo: Abril cultural, 1979i. 238 p. (Coleção Os Pensadores).

BERKOHOF, Louis. Teologia sistemática. Trad. de Odayr Olivetti. Campinas: Luz para o caminho, 1990. 791p

DELNERO, Henrique Schutzer. O sítio da mente: pensamento e vontade no cérebro humano. São Paulo: Collegium Cognitio, 1997

LUCKESI, Cipriano. Filosofia da educacao. 1. ed. Sao paulo: Cortez Editora e Livraria Ltda, 1994. 183 p. -- (colecao magisterio-2. grau. serie formacao do professor)

MACHADO. Ângelo. Neuroanatomia funcional. São Paulo: Atheneu, 2004. p

MORAES, Maria Cândida. Pensamento eco-sistêmico: educação, aprendizagem e cidadania no século XXI. Petrópolis: Vozes, 2004. p

TEIXEIRA, João de Fernandes. Filosofia e ciência cognitiva. Petrópolis: Vozes, 2004. p.

[i] http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2007/06/02/296007334.asp: “Um polonês que permaneceu 19 anos em coma, depois de ter sido atropelado por um trem, surpreendeu os médicos ao retomar a consciência. De acordo com a imprensa polonesa, Jan Grzebski, hoje com 65 anos, ficou espantado com as mudanças na Polônia e em sua família durante o tempo em que permaneceu em coma. “Agora eu vejo pessoas nas ruas com telefones celulares e há tantas coisas boas nas lojas que eu fico tonto. Quando entrei em coma, havia apenas chá e vinagre nas lojas, a carne era racionada e havia imensas filas para abastecer os carros em toda parte”.

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