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quarta-feira, 16 de abril de 2014

NESTA PÁSCOA OU SEMANA CHAMADA SANTA, NÃO QUEBRE E NÃO PERMITA A QUEBRA DO 2º MANDAMENTO

É muito comum, no período da Páscoa ou da Semana chamada Santa, vermos encenações da morte de Cristo. Isso ocorre também, infelizmente, todos os anos em muitas igrejas evangélicas. Até mesmo naquelas que são sérias. Na nossa já fizemos, confesso. Geralmente essas encenações são organizadas pelo Departamento Infantil da EBD ou mesmo por grupos teatrais da igreja. Já participamos da peça "Paixão de Cristo" também, confesso. 

Pode parecer muito bonitinho, mas trata-se de um erro grave. Essas encenações constituem flagrante quebra do 2º mandamento, de acordo com o Catecismo Maior de Westminster: um importante documento de interpretação das Escrituras, produzido no século XVII por cerca de 121 teólogos, durante 5 anos e 6 meses de intensos debates. Veja:

PERGUNTA 107: Qual é o segundo mandamento?
O segundo mandamento é: "Não farás para ti imagem de escultura, nem figura alguma de tudo o que há em cima no céu, e do que há embaixo na terra; nem de coisas que haja debaixo da terra. Não as adorarás nem lhe dará culto, porque eu sou o Senhor teu Deus, o Deus forte e zeloso, que vinga a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e que usa de misericórdia até mil gerações com aqueles que me amam e que guardam os meus preceitos (Ex 20:4-6).
PERGUNTA 109: Quais são os pecados proibidos no segundo mandamento?
Os pecados proibidos no segundo mandamento são - o estabelecer, aconselhar, mandar, usar e aprovar de qualquer maneira qualquer culto religioso não instituído por Deus; o fazer qualquer imagem de Deus, de todas e qualquer das três pessoas, quer interiormente no espírito, quer exteriormente em qualquer forma de imagem ou semelhança de criatura alguma; toda a adoração dela, ou de Deus nela ou por meio dela; o fazer qualquer qualquer imagem de deuses imaginários e todo o culto ou serviço a eles pertencentes; todas as invenções supersticiosas, corrompendo oculto de Deus, acrescentando ou tirando dele, quer sejam inventadas e adotadas por nós, quer recebidas por tradição de outros, embora sob o título de antiguidade, de costume, de devoção, de boa intenção, ou por qualquer outro pretexto; a simonia, o sacrilégio; toda a negligência, desprezo, impedimento e oposição ao culto e ordenanças que Deus instituiu (Num. 15:39; Deut. 13:6-8; Oze. 5:11; Miq. 6:16; I Reis 11:33 e 12:23; Deut. 12:30-32 e 4:15-16; At. 17:29; Rom. 1:21-23,25; Gal. 4:8; Exo. 32:5,8; I Reis 18:26-28; At. 17:22; Col. 2 :21-23; Mal. 1:7-8,14; Deut. 4:2; Sal. 104:39; Mat. 15:9; I Ped. 1:8; Jer. 44:17; Isa. 55:3-5; Gal. 1:13-14; I Sam. 13:12 e 15:21; At. 8:18-19; Rom. 2:22; Mal. 3:8 e 1:7,13; Mat. 22:5 e 23:13; At. 13:45.

Por que fazer representação de alguma das três Pessoas da Trindade é algo tão grave? 

PERGUNTA 110: Quais são as razões anexas ao segundo mandamento para lhe dar maior força?
As razões anexas para o segundo mandamento, para lhe dar maior força, contidas nestas palavras: "Porque eu sou o Senhor teu Deus, o Deus forte e zeloso, que vinga a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e que usa de misericórdia até mil gerações com aqueles que me amam e que guardam os meus preceitos", são, além da soberania de Deus sobre nós e o seu direito de propriedade em nós, o seu zelo fervoroso pelo seu culto e indignação vingadora contra todo o culto falso, considerando-o uma apostasia religiosa, tendo por inimigos os violadores desse mandamento e ameaçando puni-los até diversas gerações e tendo por amigos os que guardam os seus mandamentos, prometendo-lhes a misericórdia até muitas gerações (Ex. 20:5-6; Sal. 14:11; Apoc. 15:3-4; Exo. 34:13-14; I Co. 10-20-22; Os 2:2-4; Deut. 5:29).
Cuide para que esse erro não se repita na sua igreja, neste ano. Se você é liderança, tome as devidas providências ou deixe de ser. Igreja de Deus não é lugar para covardes, omissos ou bananas. Se não é, procure, respeitosamente, a sua liderança e lhes fale da gravidade desse erro.

PÁSCOA NÃO É COISA DE CRISTÃO - REEDIÇÃO


Vivemos num mundo onde tudo pode ser relativizado quando o assunto é dinheiro. Até mesmo as coisas que deveriam ser mais contraditórias acabam convergindo. O sagrado e o profano, por exemplo. Por definição, um deveria ser antítese do outro; um deveria negar e repudiar o outro. Mas, em prol do lucro, caminham de mãos dadas. Um bom exemplo disso é a famosa festa do Morro da Conceição, no Recife.

Cada vez mais, curiosamente, grandes comerciantes têm investido consideráveis somas de dinheiro na religiosidade do povo; mesmo sendo, muitas vezes, ateus ou alheios à fé. A descoberta desse promissor “mercado” acabou despertando a atenção também daqueles que vivem da e na religião, como se dissessem: “se os de fora ganham com a religiosidade do povo porque nós, que vivemos de dentro, não podemos também ganhar”? Assim, muitos (não todos), acabaram aderindo ao grande comércio da fé que vemos hoje.

A Páscoa sempre teve um caráter eminentemente religioso, mas os números a seguir confirmam nossa argumentação acima. Segundo a Associação Brasileira da indústria de chocolates e derivados, em 2010, foram produzidos e consumidos 530 mil toneladas de chocolates. A expectativa de crescimento para as próximas Páscoas, que girava na casa dos 10%, tem sido superada sempre,  com faturamentos que já passam a casa dos R$ 2,0 bilhões. O significado religioso da Páscoa quase desaparece por trás dessas incríveis cifras que negam qualquer existência de crise.

Não podemos negar, entretanto, que muitos grupos religiosos cristãos (católicos e evangélicos) tentam resgatar o significado espiritual da Páscoa, o que é igualmente problemático: o que os cristãos têm a ver com a Páscoa, no que diz respeito à sua comemoração? Absolutamente nada.

A Páscoa é uma festa “estritamente” judaica. É mais que uma festa: é um sacramento (ordenança) do judaísmo, instituído em Êxodo 12:1-28/43, para comemorar a libertação da escravidão do Egito (Dt 16:1-3) e o livramento da décima praga: morte dos primogênitos Egípcios (Ex 12:27).

E para os Cristãos, quais são os Sacramentos?

Para os cristãos Católicos Romanos, existem 7 sacramentos: Batismo, Confirmação, Eucaristia, Penitência, Unção dos Enfermos, Ordem e Matrimônio.

Os cristãos Protestantes, por sua vez, consideram que só existe base bíblica para a observância de 2 sacramentos: Batismo e Santa Ceia.

Percebam que não existe, nos moldes como era observada no VT, pelos Judeus, e com os mesmos elementos, na lista dos Sacramentos Cristãos - nem na da Igreja Católica Romana e muito menos da Igreja Protestante -, a Páscoa como um Sacramento a ser observado. 

Moisés Bizerril, num importante artigo intitulado "Sacramentos e Clericalismo: Sacramentos Bíblicos à Luz das Escrituras"  faz a seguinte afirmação:

"A páscoa era somente para Israel e alguns peregrinos estrangeiros que deveriam ser circuncidados para participarem daquele sacramento [...]. Certamente a páscoa não foi continuada e sim a ceia, como celebração característica da nova aliança", publicado em: http://www.monergismo.com/textos/sacramentos/sacramentos_moises_bezerril.htm . 

A "Páscoa Judáica" (permita-me a redundância) era e é (para os judeus) um ritual cheio de detalhes, significados e símbolos. Cada elemento que compõe a “ceia pascal” tinha e tem (para os judeus) seu significado: as ervas amargas, por exemplo, servem para lembrar os dolorosos anos de escravidão; os pães asmos (sem fermento), lembram a fuga repentina, além do cordeiro assado.

Judeu comemorando a Páscoa é coerente; é até obrigatório, pelo caráter sacramental envolvido, mas Cristãos insistindo em comemorar o “sacramento judaico” é no mínimo cômico, para não dizer trágico.

Claro que muitas transliterações têm sido sugeridas, com o objetivo de “cristianizar” a festa judaica, mas isso não justifica a comemoração.  

Não existe na Bíblia nenhuma recomendação para que os cristãos comemorem esse sacramento do VT.

Será que essa insistência dos religiosos cristãos não é motivada simplesmente por fins comerciais? Uma resposta inconsciente aos apelos consumistas?

Assim como a Páscoa, existem outros sacramentos judaicos. A circuncisão é um deles (Gn 17:9-14; Lv 12:3). Para ser coerente, todo cristão que quiser comemorar o sacramento judaico da Páscoa também deveria cumprir o sacramento igualmente judaico da Circuncisão.

Até mesmo a forma de observância da Páscoa - pelos cristãos - está completamente equivocada. Já viram algum cristão, que diz comemorar a Páscoa, comendo ervas amargas, pão sem fermento e cordeiro assado? Isso seria um requisito mínimo para uma comemoração coerente da Páscoa. Ao invés disso, chocolates. Percebe como tudo está relacionado com a questão do consumismo e absolutamente nada com o verdadeiro sentido sacramental instituído por Deus?

Esse erro (cristãos comemorando a Páscoa) tem ocorrido porque a maioria deles desconhecem que esses dois sacramentos judaicos do VT (Páscoa e Circuncisão) foram substituídos, no NT, pelo próprio Cristo, por outros dois novos, porém correlatos aos sacramentos do VT:

a) A Páscoa (que comemorava a libertação e a nova vida) foi substituída pela Santa Ceia ou Eucaristia  (Lc 22:14-27; I Cor 11:23-28), que comemora a ressurreição de Cristo (o cordeiro Pascal do VT era uma prefiguração do que aconteceria com Cristo);

b) A Circuncisão (que era o rito externo de entrada no povo de Deus, no VT) foi substituída pelo Batismo (Mt 28:19, Col 2:11), que igualmente é um rito de entrada na igreja visível do NT.

Paradoxalmente, muitos cristãos não fazem a menor questão de observar esses dois novos sacramentos instituídos pelo próprio Cristo, para sua igreja observar:  Batismo e Santa Ceia ou Eucaristia.

Se você é Cristão, nunca deseje Boa Páscoa a outro Cristão, ele não tem nada a ver com essa comemoração!

terça-feira, 8 de abril de 2014

O GOVERNO MILITAR NÃO É DE DEUS: SÓ TEM CORRUPÇÃO NO GOVERNO PT #SQN - Parte 3

Não defendo o PT. Pelo contrário, uma rápida pesquisa aqui no blog será suficiente para ver que tenho dito que o governo do PT foi um dos mais corruptos da história do Brasil. Faz de PC Farias um simples trombadinha. Por muito menos do que o PT fez e faz Collor sofreu o impeachment. Contudo, vejo certas postagem em defesa da Ditadura Militar que tenho a nítida impressão que era tudo "anjinho". Que não havia corrupção no governo militar. Sou absolutamente a favor que se denuncie os escândalos e corrupção do PT. Mas não posso concordar com "dois pesos e duas medidas". Essa omissão é realmente irritante; mais ainda quando parte de pastores e outros líderes religiosos.

Muitos casos de corrupção igualmente ocorreram no Governo Militar. Citaremos apenas alguns:

Logo iniciou seu governo, o marechal Castello Branco (1964-1967) prometeu dar ampla divulgação às provas de corrupção do regime anterior por meio de um livro branco da corrupção – promessa nunca cumprida, certamente porque seria preciso admitir o envolvimento de militares nos episódios relatados. Desde o início o regime militar fracassou no combate à corrupção, o que se deve em grande parte a uma visão estritamente moral da corrupção. Os resultados da moralidade privada dos generais foram insignificantes para a vida pública do país. O regime militar conviveu tanto com os corruptos, e com sua disposição de fazer parte do governo, quanto com a face mais exibida da corrupção, que compôs a lista dos grandes escândalos de ladroagem da ditadura. Entre muitos outros estão a operação Capemi (Caixa de Pecúlio dos Militares), que ganhou concorrência suspeita para a exploração de madeira no Pará, e os desvios de verba na construção da ponte Rio–Niterói e da Rodovia Transamazônica. Castello Branco descobriu depressa que esconjurar a corrupção era fácil; prender corrupto era outra conversa: “o problema mais grave do Brasil não é a subversão. É a corrupção, muito mais difícil de caracterizar, punir e erradicar”. Conforme: http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/moralismo-capenga.
Na manhã de 27 de junho de 1983, quando o estouro do grupo Coroa-Brastel começou a despejar estilhaços pelo país, atingindo 35 mil investidores, a história já tinha, desde o início um personagem, mais do que um réu, era o vilão: o empresário Assis Paim Cunha, presidente do grupo, que, até a véspera, era um disputado frequentador de gabinetes e dos negócios da Velha República. Ele era acusado de ter derramado no mercado financeiro 500 bilhões de cruzeiros, na moeda de então, em letras frias. Isto é, sem a devida cobertura em financiamentos. Depois de um silêncio inicial, o empresário começou a contra-atacar, primeiro produzindo o rombo de 500 bilhões e depois acusando as autoridades governamentais da época, como os ministros Delfim Netto, Golbery do Couto e Silva, Ernane Galvêas e o presidente do Banco Central, Carlos Langoni [...]. A denúncia contra Galvêas foi rejeitada. Já a acusação contra Delfim, então deputado pelo PPR-SP, não chegou a ser examinada. A Câmara dos Deputados negou licença ao STF para processá-lo. Conforme: http://tiooda.com.br/index.php/corrupcao/2282-coroa-brastel-o-escandalo-que-sacudiu-a-velha-republica.
Na Ditadura Militar: 1. O custo das rodovias construídas no período não eram divulgados, mas algumas vezes vi notícias que vazavam dos Tribunais de Contas e, segundo elas, o custo era sempre multiplicado por dez. Uma rodovia de um milhão, por exemplo, custava dez milhões aos cofres públicos. A ponte Rio-Niterói, inaugurada em março de 1974, teve um superfaturamento “um pouquinho” maior: custou onze vezes o custo real. Nenhum jornal fez matéria sobre isso. Só o Pasquim ousou dar uma cutucada. Publicou uma foto da ponte, com uma legenda mais ou menos assim: “Ilusão de ótica: onde vocês veem uma ponte, são onze pontes”. 2. Na pequena cidade de Floresta, Pernambuco, a agência do Banco do Brasil fazia empréstimos a pessoas influentes do estado, supostamente para plantar mandioca. Mas elas nunca pagavam: alegavam que a seca destruíra os plantios que nunca foram feitos e os prejuízos eram cobertos pelo seguro agrícola. Em 1981, quando se descobriu a mutreta, calculava-se que o valor total dos “empréstimos” chegara a 700 milhões de dólares. O processo de desvio de dinheiro não foi concluído e, claro, nenhum dinheiro foi devolvido. 3. Em Pernambuco mesmo, no ano seguinte, grandes pecuaristas pediam financiamento para comprar farelo para alimentar o gado e aplicavam o dinheiro na caderneta de poupança. Essa história ficou conhecida como “fraude do farelo”. 4. Entre 1977 e 1980, o governo abriu uma linha de crédito para financiamento de exportações brasileiras para a Polônia, e o governo polonês ofereceu como garantia títulos podres, que ficaram conhecidos como “polonetas”. Alguns bilhões de dólares (que na época valiam muito mais do que hoje) foram para o ralo.  5. Escândalo da Capemi. A Caixa de Pecúlios, Pensões e Montepio, fundada e dirigida por militares, tinha um plano privado de aposentadorias que arrecadou muito dinheiro de civis também. Alegando que precisava diversificar suas ações, a Capemi foi contratada em 1980 para desmatar uma área em que seria instalada a usina de Tucuruí. Não desmatou e o dinheiro sumiu. Quem aplicou nessa aposentadoria privada, dançou. E não era pouca gente: tinha dois milhões de associados aos planos de previdência privada.  6. Em 1981, havia muitas denúncias de corrupção e chegou a ser criada uma CPI para apurar denúncias como o chamado “escândalo Lutfalla”, de tráfico de influência de Paulo Maluf para a concessão de altos empréstimos do BNDE (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico, atual BNDES) a empresas da família Lutfalla, à qual pertence Sylvia Maluf, esposa do ex-governador, em estado pré-falimentar. Entre as denúncias a serem apuradas, havia também muitos empréstimos suspeitos da Caixa Econômica Federal e corrupção nos Correios. Mas o partido governista, o PDS (Partido Democrático Social), tinha maioria e conseguiu abortar a CPI.  7. Escândalo Delfin. O Grupo Delfin, de Ronald Levinshohn, era a maior empresa privada de crédito imobiliário quando, em 1982, uma reportagem do jornalista José Carlos de Assis mostrou que ele tinha uma dívida de 60 bilhões de cruzeiros com o BNH… e pagou dando dois terrenos avaliados em 9,2 bilhões.  8. Em 1978, o governo publicou uma foto da frota de navios comprados, se me lembro bem, para a Fronape – Frota Nacional de Petroleiros. Eram uns trinta navios. Mas um jornalista, usando uma lupa, viu que todos os navios tinham o mesmo nome. Ou seja, era um navio só. Era uma imagem montada. Quanto dinheiro terá sido embolsado nessa história?  9. Mordomias, denunciadas pelo jornal O Estado de S. Paulo em 1976, durante o governo Geisel: os altos salários e as vantagens indevidas chamadas “mordomias” dadas a altos funcionários do governo. Até hoje a palavra mordomia tem sentido pejorativo.  10. Tem uma história estranha que não entendi direito, de dois cheques do Banco Econômico, no valor de US$ 53 milhões, em 1976, que não foram honrados e o ministro Ângelo Calmon de Sá, do governo Geisel, com voz no Conselho Monetário Nacional, mandou a conta para o Tesouro, que pagou tudo.  11. No final de 1977 ou início de 1978, faltavam alguns meses para vencer o contrato de concessão da Light – do Rio de Janeiro – para um grupo canadense. A empresa, então, seria entregue de graça para o Brasil, dali uns meses. Mas o governo não esperou: comprou a dita cuja pelo valor de mercado, então, quem recebeu uma baita grana de graça foi o grupo canadense. Claro que muita comissão rolou por baixo dos panos. 12. Em 1974, a inflação foi de cerca de 35%, mas o ministro Delfim Netto decretou que tinha sido de 14%, e todos os salários, por exemplo, foram reajustados por esse índice, baixando violentamente a renda dos trabalhadores.  13. Segundo a revista Times, numa edição de 1981, empresas europeias deram 140 milhões de dólares em propinas e suborno para autoridades brasileiras, para pegarem uma fatia da construção da usina de Itaipu. Rolou tanta grana na construção que muita gente defendia que o Brasil não pagasse a dívida contraída para ela, dizendo que os que emprestaram sabiam que o dinheiro era desviado.  14. Uma coisa que considero escandalosa era a sujeição ao FMI – Fundo Monetário Internacional. Metodicamente vinha aqui uma mulher desse vampiro internacional dar ordens. Chamava-se Ana Maria Jul. Mandava demitir gente, cortar dinheiro de áreas sociais, mandava e desmandava. Era uma coisa tão horrorosa que escandalizava gente de quase tudo quanto era tendência política. Tanto que até Tancredo Neves, quando se candidatou a presidente, falou sobre o FMI: “Não vou pagar a dívida com a fome do povo brasileiro”. Outros casos: Empréstimo de 30 bilhões de cruzeiros ao Grupo Coroa, para compra uma empresa falida. A construção da primeira usina atômica de Angra dos Reis. Quanto custou? A construção de dezenas de estádios de futebol, todos com apelidos terminados em “ão”: Castelão (em Fortaleza), Vivaldão (em Manaus) e muitos outros. Quanto custaram aos cofres públicos? A construção dos aeroportos do Galeão e de Cumbica. As dívidas dos usineiros do Nordeste, que nunca foram pagas (continuam não sendo, ao que parece). O dinheiro – muito dinheiro! – para socorrer vítimas das secas, no Nordeste, ia sempre parar nas mãos de “coronéis”, enquanto o povo morria à míngua. Aliás, nessa história lembro dos poços artesianos construídos depois da ditadura, para abastecer cidades do Nordeste. Em Serra Talhada, Pernambuco, devia ter um deles. Mas quando foram ver, o tal poço tinha sido feito na fazenda do deputado Inocêncio de Oliveira, virou propriedade dele. Conforme: http://revistaforum.com.br/digital/138/quando-nao-havia-corrupcao-brasil/.
 Tá bom ou quer mais?

quinta-feira, 3 de abril de 2014

O SANTO QUE O PADRE JOSÉ DE ANCHIETA ESTRANGULOU


O Padre José de Anchieta (1534-1597), com atuação no Brasil a partir de 1553, foi canonizado por decreto papal do Papa Francisco, nesta quinta-feira, 03/04/2014, depois de ter sido beatificado pelo Papa João Paulo II, em 1980. Veja um pouco de sua história:


Mas, por que só agora Vaticano? Por que tanta demora em canonizar o Padre José de Anchieta? 
O padre Simão de Vasconcelos (1597-1671), autor de A vida do venerável do padre José de Anchieta, levou a Roma um pedido de beatificação do biografado, mas só seria atendido séculos depois, em 1980, pelo papa João Paulo II. Contra a canonização de Anchieta pesaria a acusação de ter participado do extermínio de um “herege francês” na costa da Guanabara. Conforme:http://www.revistadehistoria.com.br/secao/artigos-revista/enfim-santo
As informações abaixo podem explicar o motivo da demora:

Na chamada invasão Francesa (1555), Nicolas Durand de Villegaignon (1510-1571), fingindo-se de Calvinista, alcançou a amizade do vice-almirante Gaspard de Coligny, um dos principais conselheiros do reino, que nutria fortes simpatias pela Reforma, conseguindo, assim, o apoio do rei Henrique II (1547-1559), para fundar aqui no Brasil a França Antártica, que serviria de refugio aos protestantes perseguidos e escorraçados na Europa.

Viagem autorizada, depois de reunir um bom número de homens, chegaram ao Rio em 10 de novembro de 1555. Villegaignon impôs trabalhos forçados aos colonos. Isso fez com que sua estadia no Brasil não fosse tranquila.

Segundo o historiador Auderi de Souza Matos:
Diante das dificuldades surgidas, Villegaignon decidiu escrever à Igreja Reformada de Genebra, solicitando o envio de pastores e outras pessoas que ajudassem a elevar o nível religioso e moral da colônia e evangelizassem os indígenas. Por sua vez, Calvino e seus colegas escolheram alegremente para acompanhar o grupo os pastores Pierre Richier (50 anos) e Guillaume Chartier (30 anos). Conforme: http://www.mackenzie.com.br/6996.html .  
Depois outros huguenotes (calvinistas franceses) também vieram ao Brasil.

Um desses Huguenotes foi Jacques Le Balleur. É aqui que entra o Padre José de Anchieta. Existe um fato registrado na história, pelo menos a partir de uma vertente de interpretação, que o Padre José de Anchieta teria participado do assassinato de Jacques Le Balleur. Ou melhor: ele mesmo teria estrangulado Le Balleur. 
Após a expulsão dos franceses da Guanabara, Anchieta e Manuel da Nóbrega teriam instigado o Governador-Geral Mem de Sá a prender em 1559 um refugiado huguenote, o alfaiate Jacques Le Balleur, e a condená-lo à morte por professar "heresias protestantes". Em 1567, Jacques Le Balleur foi preso, e conduzido ao Rio de Janeiro para ser executado, mas o carrasco teria recusado a executá-lo. Diante disso, Anchieta o teria estrangulado com suas próprias mãos. O episódio é contestado como apócrifo pelo maior biógrafo de Anchieta, o padre jesuíta Hélio Abranches Viotti, com base em documentos que, segundo o autor, contradizem a versão, conforme:  http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_de_Anchieta.
Por que será que só agora o Padre José de Anchieta foi Canonizado? No século XVIII, houve grande investigação em Roma, e, até então, por conta dessa sua suposta participação nesse crime, a canonização havia sido comprometida. Será que pelos padrões e conceito de “santidade” que tem a Igreja Romana, ele deveria mesmo ter sido canonizado?

Fica o registro dessa passagem nebulosa da vida do Padre José de Anchieta. Teria ele participado desse assassinato, como afirmam alguns historiadores ou, ao contrário, ele é totalmente inocente, como afirmam outros tantos?

Para saber mais sobre esse assunto recomendamos a leitura do Livro do Ex-Padre Anísio Pereira Reis, “O Santo que Anchieta Matou”, que pode ser baixado no seguinte endereço: http://search.4shared.com/postDownload/wAJHjFMS/Anibal_Pereira_dos_Reis_-_O_Sa.html

Trechos do livro do livro de Anísio Pereira Reis, um ex-padre convertido ao protestantismo “O santo que Anchieta matou”:
A participação assassina de Anchieta: EMBORA TEIMASSEM os sacerdotes em demova-lo de suas “heresias”, Bollés, na Bahia, permaneceu inflexível nas suas convicções e em anunciar, com ousadia o Evangelho aos circunstantes. Em chegando ao Rio de Janeiro incumbiram Anchieta, há pouco ordenado sacerdote e como neo-sacerdote com todo o fogo inquisitorial, de dissuadir o Pastor de suas idéias religiosas.Se nas masmorras baianas, sofrendo atentados, sua fé permaneceu inabalável perante os assédios da apostasia, não seria o “pe.” José capaz de remover-lhe da consciência a decisão de fidelidade à Palavra de Deus. Naqueles tempos de espesso obscurantismo religioso, a lei fazia um sacerdote acompanhar o réu ao cadafalso. No caso de Bollés, Anchieta foi quem o seguiu. As últimas instâncias para abjurar o Calvinismo e refugiar-se no romanismo, como todas as vestidas anteriores, caíram no vazio. A vítima do ódio clerical, impertérrita, permaneceu em sua lealdade a Jesus Cristo! João Francisco de Lisboa reconhece: “com ânimo firme e resoluto, perseverou na sua fé, e afrontou a morte”. Retardou o algoz o desfecho fatal. Dizem que por imperícia, mas na verdade por compaixão do inocente que tendo sido por ele já instruído a cerca do Evangelho. O fato que Anchieta, de espírito odiento, antecipou-se ao carrasco e enforcou Bollés, um dos mártires evangélicos do Brasil.“E porque o carrasco, talvez condoído, sem coragem de apressar a morte da vitima inocente - ele mesmo, o santo José de Anchieta”, no dizer do católico Arthur Heulhard, ”acaba de matá-lo, dizendo, ufano, ao carrasco acovardado: Eis a como se mata um homem! VOl LA COMM IL FAUT FAIRE (ROY DEL’AMERIQUE, pgs. 170-171, obra essa publicada em 1897 por ocasião das festas do tricentenário de Anchieta, em cujas páginas também classifica Villegaignon de “O Caim da América”). E Anchieta se tornou além de responsável por tantos crimes perpetrados sobre tudo contra indígenas indefesos, culpado também da torpíssima ação de ser algoz de um SANTO. Baixo de: http://search.4shared.com/postDownload/wAJHjFMS/Anibal_Pereira_dos_Reis_-_O_Sa.html

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