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segunda-feira, 25 de abril de 2011

JOGADOR ADRIANO APOIOU ABORTO DA EX-NOIVA JOANA MACHADO


Ex-noiva do jogador Adriano (atualmente no Corinthias), confessou, em rede nacional, durante entrevista para o programa "Tudo é possível", da Record, no quadro "Vale tudo, só não vale mentir", na tarde de 24/04/2011, que ABORTOU um filho do jogador.

O fato não é novo e já havia sido noticiado antes. Em 2009, Joana concedeu uma polêmica entrevista e fez questão de tornar o assunto público. Veja abaixo trechos da entrevista:

"Tem mais alguma coisa que você queira dizer? Tem muita gente que acha que fiquei com o Adriano todo esse tempo porque sou Maria Chuteira, inclusive a família dele. Estou engasgada com isso. Uma coisa que eu queria contar é que já fiquei grávida do Adriano e perdi o filho. Perdeu naturalmente? Não foi natural, eu fiz aborto. Achei que não era a hora de ter essa criança. Ele estava em um momento de muita transição na vida dele. Por quê? A ex-mulher dele também estava grávida. Não quis ter o neném, passei por isso tudo sozinha, sem ninguém saber, nem meus pais. Mas Adriano soube? Ele soube, minhas amigas souberam. Uma viagem que eu fiz para a Sardenha, que tem fotos na Caras, dá para ver minha barriga nitidamente. As pessoas que acham que eu sou Maria Chuteira, que eu fiquei com ele por causa de dinheiro, agora, eu quero que saibam que eu fiquei grávida, sim, e que foi opção minha não ter. Podia ter tido e estar ganhando pensão agora. Ele nunca me deu nada. Ele me deu um carro, mas eu devolvi quando terminei com ele. Não sou Maria Chuteira, fiquei com ele porque gostava dele. Quantos meses você tinha de gravidez quando fez o aborto? Estava com dois meses e meio". Conforme:

Para a apresentadora do "Tudo é Possível", Ana Hickmann, Joana  afirmou ainda que não se arrepende de ter feito o aborto e que o fez "de comum acordo com Adriano".

A legislação brasileira só permite (pelo menos até o momento) a prática do aborto em casos de estupro e em outras poucas ocasiões com autorização judicial. Como no caso de Joana não ocorreu nem uma coisa nem outra, fica configurado o crime de assassinato cometido por ela, tendo como "co-autor" o jogador Adriano.

Em última análise, Joana Machado CONFESSOU um CRIME em rede nacional. É RÉ confessa. É como se dissesse "Matei uma criança (que poderia ter sido um dos dois filhos de outro relacionamento) e por acaso era meu filho" e o fiz com a ajuda de um CO-AUTOR, que é o jogador Adriano.

Resta saber se serão indiciados por crime.

Será que a nossa justiça é tão omissa a ponto de deixar sem punição alguém que confessa publicamente ter cometido um grave crime? Será que se a confissão partisse de uma "não-celebridade" o tratamento seria diferente?

Veja abaixo a entrevista completa de Joana Machado. Deixe sua opinião: o que deveria acontecer com Joana Machado e o jogador Adriano?

sexta-feira, 15 de abril de 2011

O BATISMO CRISTÃO E SUAS DIFERENTES ABORDAGENS DOUTRINÁRIAS



Batismo é o rito de ingresso na Igreja de Jesus Cristo. Esta é uma definição simples e que os evangélicos, em sua maioria, concordam.

Calvino definiu o batismo da seguinte forma: “É O sinal visível da graça invisível”.  De graça invisível entenda-se a operação interior do Espírito Santo, quanto ao sinal visível obviamente é a aplicação simbólica e externa do que aconteceu no interior da pessoa.

Esse Sacramento tem dado margem, quanto à sua interpretação, a calorosas discussões teológicas. As divergências aparecem basicamente em duas direções:

1- Quanto ao Modo de aplicar o Batismo;
2- A Quem aplicar o Batismo.

1- MODOS DE APLICAÇÃO DO BATISMO

Existem três formas de se aplicar o batismo: a) Imersão; b) Aspersão; c) Efusão.

A igreja Presbiteriana do Brasil, sendo uma igreja confessional, não tem se furtado em assumir suas posições teológicas. Quanto ao modo de aplicação do batismo pratica somente a Aspersão mas aceita como forma também válida a Imersão, não fazendo nenhum tipo de restrição para receber alguém que tenha sido batizado por Imersão como membro da IPB.

 

CONTROVÉRSIAS QUANTO À FORMA DE BATISMO

Não existe nenhuma prova clara e irrefutável na palavra de Deus que defenda esta ou aquela forma de batismo. Na ratificação do Sacramento do Batismo (Mt 28:19), não está determinada a forma de aplicação, nem mesmo de forma implícita, como querem os imersionistas.

Algumas pessoas têm defendido “com unhas e dentes" o batismo por imersão, dizendo ser esta a única forma “bíblica” de aplicação do sacramento, baseando-se em alguns pressupostos que passaremos a demonstrar:

a)  TESE DA LINGUÍSTICA: Afirmam que no grego a palavra batismo “Bapto e Baptizo”, significam exclusivamente Imergir. Vale salientar que estes verbos, no grego, não eram usados com sentido religioso, além disso, o grego que geralmente é utilizado para tal argumentação  - o Grego Clássico -, não foi o grego usado para escrever a bíblia e sim o grego popular, conhecido como Koinê. ANTÍTESE: Em Hb 9:10 conforme Hb 6:2, é usado o mesmo termo para denotar as Abluções do ritualismo judaico. Em Lc 11:38 onde também aparece o termo, mostra claramente que ele nem sempre significa imergir. Como os Judeus faziam tal batismo? (Mc 7:4).

b) A TESE DA SUPOSTA IMERSÃO JOANINA: O fato de “entrar ou sair da água” (Mt 3:16) leva os imersionistas a concluírem que houve imersão. Tudo na base da dedução. ANTÍTESE: Não se pode desprezar o fato de que a Lei e os Profetas duraram até João (Mt 11:13), quando todos os ritos mosaicos eram feitos pela Aspersão (Nm 8:7, 19:13 e 18; Hb 9:19; Ez 36:25). Concluímos, portanto, que João não conhecia a imersão, e se por acaso a utilizasse não seria aceito.

ALGUMAS JUSTIFICATIVAS PRESBITERIANAS PARA O BATISMO POR ASPERSÃO


a) O Espírito Santo foi derramado quando do Batismo da Igreja (At 2:17, 18:32,33; Tito 3:5). João Batista afirmou que o Messias “batizará com o Espírito”(Mc 1:8). A promessa se cumpre em Atos 2:3, mas não houve Imersão, o Espírito foi derramado. Não somos batizados no Espírito, mas pelo Espírito;

b) O batismo de Paulo definitivamente não foi por imersão (At 9:18,22,16);

c) As abluções traduzidas por batismo (Hb 9:10) referem-se às aspersões do cerimonialismo judaico, onde as águas das purificações eram aspergidas sobre o contaminado (Hb 9:19-22). Se o batismo é sinal da Nova Aliança, concretizada com o derramamento do sangue de Jesus, deverá ser como o foi na Velha Aliança: por Aspersão (Hb 8:6);

d) No batismo pelo mar e pela nuvem (1 Cor 10:1-2)  cabe imersão?;

e) Os três mil batizados (At 2:41).

f) O batismo do carcereiro de Filipos (At 16:32-34). haveria um rio ali?

g) O batismo de Cornélio (At 10:22,47). Podemos enxergar aqui possibilidade de imersão?;

h) O batismo dos discípulos de João (At 19:5).


2- A QUEM APLICAR O BATISMO?

Com certeza começa aqui um dos pontos mais polêmicos do nosso estudo. Absurdo para uns, bênção de Deus para outros. Rogamos a Deus que nos oriente. Queremos ainda chamar a sua atenção para fixar os olhos e pensamentos única e exclusivamente nas Escrituras Sagradas, única fonte que podemos tomar como referencial de nossos pensamentos doutrinários.

Antes de qualquer coisa, devemos nos familiarizar com alguns termos peculiares ao estudo do Sacramento do Batismo:

a) Pedobatistas - Que batizam crianças;

b) Anti-Pedobatistas - Que são contra batismo de crianças;

Definidos alguns termos, agora perguntamos: A quem deve ser administrado o Batismo?

A nossa resposta é:

a) Aos adultos (entenda-se os legalmente capazes de professar fé);

b) E às crianças, filhas de pais crentes ou a todos quantos estiverem sob sua tutela.

Quanto à primeira parte da resposta (aos adultos capazes de professar fé), não existe nenhum problema;  todos os evangélicos concordam,  mas é sobre a segunda parte da resposta (as crianças) que nos deteremos, por motivos óbvios.

Em primeiro lugar, queremos desmistificar o seguinte: O batismo de crianças, administrado pelos Pedobatistas Protestantes, onde está incluída a IPB, é totalmente diferente do batismo de crianças administrado pela Igreja Católica Romana. A igreja Católica Apostólica Romana acredita que o batismo tem efeito regenerador, isto é, acredita na Regeneração Batismal, daí a expressão “morreu pagão”, quando uma criança morre sem ter recebido o batismo. Já as igrejas protestantes pedobatistas  são, categoricamente, contra esse ensinamento, pois o Batismo não tem, por si só, poder de regenerar.


É possível provar biblicamente que filhos de crentes devem ser batizados?

Sim.  Na velha dispensação Deus fez um pacto com o Abraão (circuncisão) e, neste pacto, os seus filhos deveriam ser incluídos, passando a gozar de todos os seus benefícios (Gn 17:9-14). Não somente os filhos deveriam ser incluídos mas, também, todo aquele que estivesse sob sua tutela e responsabilidade. Na velha dispensação as crianças eram aceitas e faziam parte do povo de Deus (Gn 12:1-3; Gn 17; Dt 29:10-1 3).

Queremos chamar sua atenção para o fato de que no Novo Testamento ou nova dispensação, o direito de pertencer à Igreja, ao povo de Deus, foi confirmado às crianças. Vejamos o que Pedro diz aos pais crentes da Igreja Primitiva (At 2:39-41). O apóstolo Paulo confirma nosso pensamento acima em 1 Cor 7:14, onde conta os filhos (de qualquer idade) como membros da Igreja de Cristo. Vejamos o que Paulo chama de santo, na maioria das vezes (1 Cor 1:2; Ef 1:1; Col 1:2).

Existem provas Bíblicas que a Circuncisão tenha sido substituída pelo batismo?

Isso se evidencia pelo fato de Paulo denominar o batismo cristão de “circuncisão de Cristo” (Col 2:11,12), sem contar que essa substituição é patente, porque esses ritos têm o mesmo significado: a entrada no povo de Deus ou na igreja visível de Deus (Gn. 17; At. 2:41).

Existem também muitas provas históricas de que o Cristianismo Primitivo batizava crianças, como por exemplo, Justino Mártir, que escrevendo por volta do ano 150, faz menção de pessoas de sessenta e sete anos de idade que haviam sido batizadas na infância. Esses batismos de crianças foram realizados antes do ano 100, e, portanto, dentro da Era Apostólica. Origens por volta do ano 230 refere-se a batismo de criança. E mais, o Pedobatismo era comum no Cristianismo Primitivo, pois existem registros do Concílio de Cartago, do ano 252, de que foi feita uma consulta aos conciliares, no que diz respeito ao batismo de crianças com menos de oito dias de nascida.

Em todos os pactos que Deus fez com o Seu povo, os pais sempre como legítimos representantes dos filhos (Rm. 5:19; Gn. 9:8,9; 17:7; At. 2:39).

TENTATIVAS DE REFUTAÇÃO AO PEDOBATISMO

Uma refutação muito usada é que não existe na bíblia mandamento para batizar crianças. Defesa: Lembramos que também não existe para guardar o Domingo e para administrar Santa Ceia às mulheres.

Outra refutação é que a exigência bíblica para receber o batismo é a , não podendo uma criança exercer fé, logo, não poderá receber este sacramento. Este argumento é baseado, geralmente no texto de Marcos 16:16: “Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado”. Defesa: Por esta mesma argumentação devemos concluir que todas as crianças, que não podem exercer  fé, isto é, crer, estão condenadas? O que acontece se aplicarmos este mesmo tipo de interpretação absurda ao texto de II Ts 3:10? Porque, quando ainda convosco, vos ordenamos isto: se alguém não quer trabalhar, também não coma. Por esta interpretação grotesca equivaleria dizer o seguinte: Se a criança não trabalha, ou não quer trabalhar, também não deve comer, não deve ser alimentada. Isto é tão absurdo quanto pode ser ademais o texto de Marcos está dizendo que quem não crer será condenado e não que a fé é condição para o batismo. Esta interpretação não tem sustentação em si mesma.

Existe ainda outra refutação hilária: O que garante que a criança batizada na infância seguirá a Cristo quando adulta? Defesa: O que garante que os adultos batizados seguirão sempre a Cristo? Quantas pessoas que conhecemos foram batizadas já adultas e hoje estão completamente afastadas de Cristo e do evangelho?

Diante disso, cremos que as crianças, filhas  ou tuteladas por  crentes, não somente podem como devem receber o batismo.

“Fazer parte da Igreja visível não significa ser salvo, obrigatoriamente. São salvos os que estão na Igreja invisível, os Eleitos. Muitos israelitas não se salvaram, apesar de terem recebido o Sacramento da Circuncisão. Assim também,  muitos cristãos não se salvarão, mesmo que tenham recebido o batismo,  na infância ou quando adultos. O batismo não salva, mas inclui no Pacto, no povo de Deus, tanto quanto o fazia a Circuncisão”.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

50.000 ACESSOS


Agradecemos a todos pela visita e contibuição nos intensos debates. Brevemente estaremos com novo Lay Out.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

A TRAGÉDIA NA ESCOLA EM REALENGO-RJ E O PERIGOSO BINÔMIO RELIGIÃO X CRIMES DE ASSASSINATO


Ainda não tinha assistido nenhuma reportagem completa sobre a tragédia em Realengo, no Rio de Janeiro. Depois de pesquisar alguns vídeos fiquei completamente consternado com o desespero e os momentos de “terror”  vividos por aqueles alunos.

Não dá pra não se colocar no lugar daqueles pais que tiveram seus filhos ceifados exatamente no lugar onde, metaforicamente, serve para combater e prevenir esse tipo de conduta e cultura da violência, sendo, também, um importante aliado na luta contra a própria natureza humana decaída, que precisa urgentemente ter a "maldade natural" do seu coração substituída por bons conceitos de civilidade, espiritualidade e crescimento humano. Exatamente ali perderam tesouros tão preciosos. É lamentável que isso tenha ocorrido. É só isso que conseguimos dizer.

O vídeo abaixo é uma evidente comprovação, infelizmente empírica, do primeiro ponto do Calvinismo – DEPRAVAÇÃO TOTAL DO HOMEM, que avisa o quanto somos maus; o quanto nossa natureza foi corrompida pelo pecado, transformando-nos em seres que personificam a perversão e a rebelião contra Deus. São cenas extremamente tristes, mas que precisam ser registradas para nos lembrarmos, o tempo todo, do que somos capazes. São imagens do circuito interno da escola em Realengo-RJ:


Diante de fatos tão marcantes é de se esperar que um blogueiro não fique calado. Encontrei um amigo, também blogueiro, que logo comentou: “que novidade é essa você não ter postado nada sobre a tragédia no Rio?”. De fato, não me senti confortável em comentar. E realmente não iria postar sobre o assunto.

Algo, entretanto, em meio a essa barbárie, me fez mudar de idéia: a presença, neste caso, de um elemento que é um dos meus objetos de pesquisa: O PERIGOSO BINÔMIO RELIGIÃO X CRIMES DE ASSASSINATO.

Já postei outros artigos sobre esse tema, como por exemplo: “QUANDO A RELIGIÃO VIRA UMA ARMA. UMA BREVE ANÁLISE DO CASO GLAUCO (03/2010)”, “ISLAMISMO: A RELIGIÃO QUE MATA. É POSSÍVEL UM DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO?” (03/2011), “A IMPORTÂNCIA DA FILOSOFIA PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA RELIGIOSIDADE SADIA” (05/2009), “QUANDO MATAR NÃO É NEM CRIME NEM PECADO (03/2011)”, além de outros.

Não é de hoje que essa associação pode ser feita. As evidências apontam para a necessidade eminente de uma investigação mais aprofundada sobre o tema. Por que a Religião pode ser um ambiente propício para o surgimento de assassinos potenciais? Recentemente (03/2011), em Pernambuco, uma professora foi esquartejada em suposto ritual de magia negra, por um pai de santo. O que não dizer também dos religiosos homens bombas? Fatos assim são cada vez mais rotineiros e atingem diferentes vertentes da religiosidade, inclusive Católicos Romanos e seitas ditas evangélicos.

No caso da tragédia da escola em Realengo, no Rio de Janeiro, uma carta deixada pelo assassino cruel - Wellington de Menezes Oliveira - também sugere essa estranha e intrigante ponte entre a RELIGIOSIDADE e os CRIMES DE ASSASSINATO.


Segundo sua própria irmã – Rosilane - "Ele estava muito focado em coisas relacionadas ao islamismo e tinha deixado a barba crescer muito [...]. Ele fazia uso de sites muçulmanos e entrava na internet para ter acesso a coisas que não fazem parte do nosso povo”, comentou também um delegado de homicídios. http://www.jb.com.br/rio/noticias/2011/04/07/irma-adotiva-de-atirador-diz-que-wellington-era-estranho-e-sem-amigos/

A carta deixada por Wellington é entremeada por diversas palavras e expressões que denotam um uso recorrente do vocabulário religioso. Alguns trechos da carta parecem apontar uma aproximação do assassino com o Islamismo: “Os impuros não poderão me tocar [...] nenhum impuro poderá tocar em meu sangue”. Outros, entretanto, parecem apontar para uma aproximação com algum seguimento religioso “evangélico”: “Preciso de visita de um fiel seguidor de Deus em minha sepultura pelo menos uma vez [...] preciso que ore diante de minha sepultura pedindo perdão a Deus pelo que eu fiz rogando para que na sua vinda Jesus me desperte do sono da morte para a vida eterna”.

Veja a carta completa:

Ainda temos muitas perguntas sem respostas. Talvez nunca cheguemos às reais causas que motivaram essa tragédia sem precedentes, contudo, não podemos deixar de analisar a possibilidade de uma motivação ou influência religiosa como elemento desencadeador desse infeliz episódio.

Veja o vídeo que foi produzido pelo assassino dias antes da tragédia. Perceba que ele dá explicações - aos "irmãos" - sobre os motivos que o levaram "tirar a barba". Isso pode ser mais uma indicação de uma possível ligação com alguma seita Islâmica ou ainda com alguma seita de caráter messiânico/pentecostal. O que fica claro, em nossa opinião,  é que houve sim uma influência religiosa em sua fatídica decisão. Essa possibilidade está sendo praticamente descartada devido às importantes implicações que traria. Particularmente penso o contrário. Essa deveria ser uma importante linha de investigação, pois, às vezes, é necessário "mexer no vespeiro" para eliminar um perigo maior no futuro:


Tenho dito que uma religiosidade sem o elemento da criticidade, emprestado da filosofia, pode virar uma verdadeira arma letal. Assim tem sido ao longo da história.

Concluo com trecho do meu discursos  proferido por acasião da conclusão da graduação em filosofia, na capela da Universidade Católica de Pernambuco:

“Geralmente se diz dos filósofos que são ateus e que a filosofia afasta o homem de Deus. Mas, o papel fundamental da filosofia é buscar e encontrar a verdade, esteja onde estiver. A filosofia não tem fim em si mesma, antes, é um canal de investigação da verdade, de forma que é verdadeira a velha máxima “a filosofia é a mãe de todas as ciências”.  É evidente [...] que nossa religiosidade e até nossa fé devem ter um “parâmetro racional”, sob pena de tomarmos veneno para obedecer ao mandamento de desajustados líderes religiosos, mas não tão desajustados a ponto de ingerirem, eles próprios, o líquido letal [...]. A expressão paulina  nos convida a prestar um culto racional:  “apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso “culto Racional”. A filosofia é, antes, um instrumento a serviço da produção de uma religiosidade sadia”.

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