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sexta-feira, 19 de junho de 2009

AS TRÊS IGREJAS SEM NOME

Qual o “nome” de sua igreja? Como bem sabemos existe uma infinidade de nomes de igrejas, desde os mais esquisitos como “Igreja Bola de Neve” e “Igreja Pentecostal Cuspe de Cristo” até aos mais conhecidos como “Igreja Batista”, “Assembléia de Deus”, etc.

A revista Eclésia, em sua edição Nº 91, publicou uma reportagem sob o título “Igrejas para todos os gostos” onde lista mais de 70 nomes estranhos de igrejas. Dentre os citados nessa matéria destacamos alguns:

“Congregação Anti-Blasfêmia”, “Igreja Chave do Édem”, “Igreja Batista A Paz do Senhor e Anti-Globo”, “Igreja da Pomba Branca”, “Igreja ‘A’ de Amor”, “Igreja E.T.Q.B (eu também quero benção)”, “Igreja Pentecostal do Pastor Sassá” e por aí vai. A lista completa pode ser conferida no seguinte endereço:
Você sabia que existem três igrejas sem “nome”?

O termo (igreja) “Presbiteriana” faz referência a uma das formas existentes de “governo eclesiástico” e não ao nome (propriamente dito) de uma igreja. O dicionário Houaiss dá a seguinte definição desse termo: “sistema eclesiástico preconizado por Calvino, que dá o governo da igreja a um corpo misto (de pastores e leigos)”. Essa definição está em harmonia com a CI-IPB artigo 8: “O governo e a administração de uma igreja local competem ao Conselho, que se compõe de pastor ou pastores e dos presbíteros”. Em síntese, de “Presbiteriana” entende-se por aquela igreja que adota o sistema de governo eclesiástico “Presbiterial”, também conhecido como “Representativo” ou “Parlamentarista”, onde “alguns” são eleitos por “todos” para governar e administrar a igreja local. Esse sistema de governo, “originalmente apenas eclesiástico”, é utilizado também pelos governos seculares, em países democráticos, e aceito como a forma de governo mais justa, até agora conhecida.

As outras duas igrejas sem “nome” são: Igreja Episcopal, que também faz referência a um tipo de regime de governo onde “um” governa “todos” e Igreja Congregacional, que igualmente refere-se a uma forma de governo, onde “todos” governam.

Infelizmente a falta de conhecimento dos padrões de governo e fé da IPB têm levado muitos pastores e conselhos a erros primários. Não é muito raro sabermos de histórias de pastores que agem como verdadeiros “epíscopos”, passando por cima dos conselhos e dos presbíteros, cometendo torpezas que vão desde ordens descabidas à disciplinas inconstitucionais (e que muitas vezes são acatadas por todos pela simples falta de conhecimento).

Por outro lado, muitos conselhos acabam transmutando a IPB em verdadeiras igrejas “congregacionais”, no que diz respeito ao seu “governo”. Há conselhos que não tomam uma decisão importante sequer sem antes consultar a igreja, num flagrante de descaracterização do ofício para o qual a própria igreja já o elegeu: governá-la e administrá-la. Somos “Presbiterianos” (os que adotam a forma de governo “Presbiterial” ou “Representativa”) não por uma opção ao acaso, mas porque entendemos que é a forma de governo eclesiástico que as escrituras ensinam: “Por esta causa, te deixei em Creta, para que pusesses em ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te prescrevi” (Tito 1:5 além de muitas outras referências). Esperamos colaborar cada vez mais para a criação de uma “cidadania presbiteriana”, com todos – Pastores, Presbíteros, Diáconos e demais membros – conscientes de seus “direitos” e “deveres” enquanto membros da IPB, a fim de construirmos uma igreja cada vez mais justa, propósito principal da nossa forma de governo.

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