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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

A MANJEDOURA OCUPADA É HUMILHAÇÃO, O TÚMULO VAZIO É EXALTAÇÃO


Temos base bíblica para proibir a comemoração do Natal? Temos base bíblica para comemorar o Natal? A questão não é tão simples quanto gostaríamos.

Como "um pricípio geral", aparentemente, temos base escriturística para tal comemoração; afinal, o nascimento de Cristo, inegavelmente, foi celebrado na Bíblia. No evangelho de Lucas 2: 1-29, lemos: "Eis aqui vos trago BOAS NOVAS de GRANDE ALEGRIA [...] é que hoje vos nasceu o salvador" [...]. E, subtamente apareceu milícia celestial LOUVANDO a Deus" (pelo nascimento?). O nascimento de Cristo foi motivo de alegria. Levaram-no presentes. Também não podemos negar, está registrado: "Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo. E, vendo eles a estrela, alegraram-se com grande e intenso júbilo. Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra" (MAteus 2:1-10).

A grande questão é: esses "registros Escriturísticos", que não são positivamente ordem de obediência nem mandamento, são suficientes para justificar a celebração do Natal?

Há um crescente movimento que visa PROIBIR a comemoração do Natal em algumas igrejas evangélicas, inclusive na Igreja Presbiteriana, sob o argumento de ser o Natal uma festa de origem eminentemente pagã, adaptada pelo Cristianismo medieval (Catolicismo Romano). Para saber mais sobre essa postura, você pode ler vários artigos no seguinte link: http://www.eleitosdedeus.org/categorias/natal.html#axzz18rZ3PkD6

Recentemente (2009) a IPB manifestou-se contrária a esse movimento. Portanto, deixamos claro que nenhuma tentativa de PROIBIR a comemoração do Natal, nas Igrejas Presbiterianas, pode ser considerada legítima. O que não significa dizer, necessariamente, que a IPB tenha, nesse momento, tomado a postura mais adequada face as Escrituras. Essa é uma questão que ainda, possivelmente, será reanalisada. Contudo, qualquer manifestação contrária ao posicionamento atual e oficial da IPB deverá ser feito pelos meios legais, via Concílios. Podendo, inclusive, ser considerado em falta (pecado da rebeldia) qualquer membro, pastor ou oficial que imponha qualquer PROIBIÇÃO de comemoração do Natal, assumindo, dessa forma, postura isolada, voluntária e rebelde, à revelia dos Concílios da igreja.

Vamos refletir criticamente sobre essa questão. Em linhas gerais, para que uma prática religiosa seja VALIDADA, necessário se faz existir pelo menos um preceito positivo ordenando sua execução. Para que seja INVALIDADA basta, tão somente, verificar-se a ausência de um mandamento ou preceito positivo que a justifique.

Temos a ausência de base bíblica (preceito positivo) para afirmar, categoricamente, como muitos têm feito: "não devemos comemorar o Natal"? Quando dizemos base bíblica, obviamente, nos referimos aos aspéctos confessionais. Porque, nesse sentido, nossa opinião/interpretação pessoal (tanto de quem gosta do natal como de quem não gosta) não faz muita diferença.

Levantaremos uma questão a seguir que poderá trazer alguma luz confessional sobre esse debate acerca do Natal:

O catecismo maior de Westminster (entre as perguntas 46 a 54) tratando respectivamente sobre o ESTADO DE HUMILHAÇÃO e de EXALTAÇÃO de Cristo, nos dá uma possibilidade de caminho a seguir.

Vejamos: pergunta 46: "Qual foi o estado de humilhação de Cristo? Resposta: Foi aquela baixa condição, na qual, [...] Ele tomou a forma de servo em sua CONCEPÇÃO E NASCIMENTO [...]".

Notem: o nascimento de Cristo representa a HUMILHAÇÃO DE DEUS. Sim, Deus foi, verdadeiramente, HUMILHADO. Isso é para ser comemorado mesmo? Ao comemorarmos isso não estaríamos, antes, zombando de Deus? Expondo-o ao ridículo? Escarnecendo de um Ser que, naquele momento, nasce, inclusive, em situação de extrema calamidade, junto de animais? Obviamente que esse quadro só ocorreu por decisão Soberana Dele, mas isso não diminui sua "vergonha". Exaltar o nascimento de Cristo, não seria querer diminuir a glória de Deus? Perpetuar um momento que "é" para ser esquecido - o momento da HUMILHAÇÃO DE DEUS? Ora, Humilhação é contra a própria natureza de Deus, que tem, infinitamente, mais a ver com EXALTAÇÃO.

Veja agora o que diz a pergunta e resposta de nº 47: "Como se HUMILHOU Cristo na sua concepção e nascimento? Resposta: Cristo humilhou-se na sua CONCEPÇÃO E NASCIMENTO (dá pra acreditar que festejamos esse momento?) em ser, desde toda a eternidade, o Filho de Deus no seio do Pai, quem aprouve, no seu tempo, tornar-se Filho do homem, nascendo de uma mulher de humilde posição com diversas circunstâncias de HUMILHAÇÃO FORA DO COMUM".

Comemorar o Natal não seria, em última análise, uma tentativa de HUMILHAR (contrário de exaltar) a Deus novamente?

Ao lado disso, se não devemos comemorar o Natal (sendo essa a conclusão correta), o que comemorar então? A resposta seria bem simples: O mesmo que comemoramos na CELEBRAÇÃO DA CEIA, isto é, o estado de EXALTAÇÃO de Deus.

Veja o que diz a pergunta de nº 51: Qual é o estado de EXALTAÇÃO de Cristo? Resposta: O estado de exaltação de Cristo compreende a sua RESSURREIÇÃO, ascenção e o estar assentado à destra do pai e a sua segunda vinda para julgar o mundo".

Notem: a aproximação de Deus com o homem (no sentido de tornar-se um de nós) é um estado de HUMILHAÇÃO. A aproximação de Cristo com Seu próprio Trono de Glória, perfazendo o caminho contrário ao de Filipenses 2:6-8, é um estado de EXALTAÇÃO.

Não seria mais prudente EXALTAR o que é para ser EXALTADO: A ressurreição de Cristo, sua ascenção, o fato de estar Ele à destra de Deus e sua volta com PODER e MUITA GLÓRIA?

Em contrapartida, não deveríamos esquecer o dia da HUMILHAÇÃO de Deus (tudo indica que essa tenha sido a postura adotada pelo Apóstolos, que não comemoraram, em nenhum momento, o nascimento de Cristo), sob pena de estarmos RIDICULARIZANDO o ser que deve ser EXALTADO, mas que decidiu, uma única vez, querer experimentar, por nós, a HUMILHAÇÃO?

MANJEDOURA OU CRUZ? UMA BREVE REFLEXÃO SOBRE O NATAL

Deus, às vezes, nos ensina que nas contradições estão presentes os preceitos mais importantes da vida: quem quiser ser o maior, que seja o menor; quem quiser ser exaltado, será humilhado. Isso é um violento golpe contra nossa lógica da auto-suficiência.

Também neste período, chamado natalino, outra contradição, talvez a mais importante delas, nos surpreende. Enquanto todos comemoram o Nascimento de Cristo, Ele nos manda olhar para cruz; para sua morte: “E, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós (Lucas 22:19-20)”.

É de lá, da Cruz, e somente de lá, que vem a salvação; não da manjedoura, não de nenhum outro lugar: “Por suas chagas, fostes sarados” (I Pedro 2:24) e ainda: “Ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Isaías 53.5).

Castigo que traz paz; pisaduras que saram; benditas contradições! A Manjedoura tão somente aponta para a CRUZ de Cristo.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

ÉTICA PROFISSIONAL NÃO EXISTE

O que é Ética? Responder a essa pergunta é fundamental para entender sua aplicabilidade e importância no mundo dos negócios. Parafraseando nosso Presidente diríamos que “nunca na história desse país” se ouviu falar tanto em “Ética Profissional”. Mas, será mesmo que existe essa “ética particularizada” da atividade profissional? Uma espécie de “Ética específica” para cada profissão específica? Certamente que sim, muitos dirão; afinal, cada profissão tem seu próprio “Código de Ética Profissional”. Código de Ética? Não seria mais adequado chamar de código Moral ou ainda de Código de Conduta Moral da Profissão? Para responder a essas e outras questões vamos dar uma breve olhada no conceito de Ética e Moral, campo em que há muita confusão. Em seguida veremos qual a terminologia mais adequada.

DEFININDO ÉTICA

Do grego Ethos (com o som de “É”, aberto) significa, originalmente, morada, habitat dos seres vivos; lugar onde ele se sente acolhido e abrigado. A morada vista metaforicamente indica que a partir do Ethos, o espaço do mundo torna-se “habitável” para o homem, denotando ao atendimento de suas NECESSIDADES ELEMENTARES. Ou seja, aquelas necessidades que são iguais para todos (sem exceção), não importando a localização geográfica e nem mesmo a etnia. A necessidade de sobrevivência, por exemplo, é uma necessidade elementar de todo ser humano, sem exceção.

A Ética não se preocupa com questões circunstanciais; a Ética é universal, no sentido de ser ÚNICA e A MESMA para todos, em qualquer parte do planeta. Isso só é possível porque ela trabalha “apenas” com elementos que sejam comuns a todos os homens. Por ser universal é também invariante (não muda de lugar para lugar, nem de época para época). É crítica, por ser essencialmente ramo ou objeto de estudo da filosofia (outras áreas de conhecimento, a exemplo da psicologia, antropologia, sociologia etc, na tentativa de definir a Ética, a partir de seus próprios pressupostos, estarão incorrendo em grave risco de não defini-la corretamente).

A ética não estabelece normas, antes, pelo contrário, já se depara com ela, cabendo-lhe o papel de criticá-la para validar ou não seus fundamentos, recomendando, inclusive, o não cumprimento caso seu fundamento seja, de alguma forma, prejudicial a alguma necessidade elementar do ser humano. É essencialmente especulativa e não pode ser engessada em uma lei, norma ou código. Ela precisa, à semelhança da filosofia, estar livre para questionar, criticar, propor cumprir, propor não cumprir, dependendo da situação. Por exemplo: sabemos que a “tortura” é errada em qualquer parte do planeta, pois atenta contra a necessidade elementar de integridade física do homem (que é a mesma em qualquer parte do planeta). Matar inocentes também é igualmente errado. Considerando isso, poderíamos então criar “a lei da ética”? A “norma da Ética”? Ou ainda o “código de Ética”? Algo do tipo “é errado torturar e é errado matar inocentes”? A resposta é não. Há determinadas situações em que a ética vai dizer: “torture e mate inocentes”.

O filme “ameaça terrorista”, estrelado por Samuel L. Jackson, nos ajudará a entender melhor essa questão. Um perigoso terrorista arma quatro bombas nucleares em importantes cidades dos EUA. Apesar de preso, ele não dá as coordenadas dos explosivos. É aí que entra em cena o investigador H (Samuel L. Jackson). Para obter essas informações ele tortura o terrorista, sem sucesso. Em seguida mata a sua esposa diante de seus olhos. Como ainda se nega a contar a localização das bombas, o investigador “H” manda trazer seus dois filhos e ameaça matá-los. O terrorista resolve confessar a localização de três das quatro bombas. Sabedor da existência da quarta bomba, o investigador “H” prossegue com sua idéia de matar os filhos do terrorista. Sua chefe, porém, não permite que ele continue. O filme termina supondo que a quarta bomba explodiu dizimando a cidade de New York. Agora responda: quem estava agindo de acordo com a Ética? O torturador e assassino da mulher inocente ou a sua chefe que não permitiu matar os filhos do terrorista? Nesse caso, o torturador e assassino da mulher inocente estava sendo Ético, porque ele estava visando “defender o preceito basilar da vida de milhares de pessoas”; ele estava, em última análise, tentando “proteger a vida”, ainda que tenha utilizado recursos que, normalmente, a Ética abominaria. Nesse caso, porém, foi para um bem maior. Logo, diria a Ética: “pode torturar, pode matar inocentes”. Perceba que o valor de milhares de vidas deverá se sobrepor ao valor de duas ou três vidas, por mais cruel que possa parecer. Essa análise não seria possível com a Ética engessada em uma lei, porque é Moral cumprir a Lei (sempre) é Ético questioná-la e não cumpri-la, se seu fundamento não beneficiar as necessidades elementares dos seres humanos.

DEFININDO MORAL

Palavra grega Ethos (pronunciada com um som de “Ê”), pode ser traduzida por costume. Serviu de base para a tradução latina “morales”, de onde deriva nossa palavra Moral. Referindo-se aos costumes dos povos, conjunto de hábitos, de regras, normas, leis que regulam a conduta de um povo, nas diversas épocas, é mais abrangente, divergente e variante de cultura para cultura e de época para época. É correto afirmar que tudo que diga respeito a Leis, Códigos e Normas está diretamente ligado à moral e não à Ética.

DEFININDO A NOMECLATURA ADEQUADA PARA OS CÓDIGOS PROFISSIONAIS

Como vimos, por força conceitual, é equivocado utilizar-se da terminologia “Código de Ética da profissão A ou B” para os manuais de condutas das diversas profissões, uma vez que tratam de NORMAS, de LEIS, de CÓDIGOS fixos. Isso os ligam diretamente, por força conceitual, repetimos, à MORAL e não à ÉTICA.

A utilização equivocada dessa terminologia tem provocado a ilusão de que uma PESSOA NÃO ÉTICA, ao exercer uma atividade profissional, poderá se transformar em um PROFISSIONAL ÉTICO. Não pode. Ela pode até ser uma pessoa que segue fielmente a MORAL (lei, normas, códigos) de sua profissão, mas daí a dizer que é uma pessoa Ética é outra história. Uma pessoa pode ser Moral e “não Ética” ao mesmo tempo? Pode sim. Podemos citar o caso do infanticídio das tribos brasileiras. A MORAL (leis, normas) dessas tribos exige que se matem todas as crianças que nascem com algum tipo de problema físico. O índio que pratica o infanticídio está sendo MORAL, porque está cumprindo as normas de condutas estabelecidas pela sua sociedade, mas não está sendo ÉTICO porque está atentando contra uma necessidade elementar do ser humano: o direito à vida. Caso ele não pratique o infanticídio a situação se reverte. Ele passa a ser ÉTICO e I-MORAL (por estar descumprindo as normas, leis, a moral de sua sociedade), ao mesmo tempo.

E se o código da profissão estiver em sintonia com os preceitos Éticos? Geralmente estão. Contudo, como esses preceitos estão engessados e se transformaram em leis, em normas, em códigos, que por definição não podem ser questionados, criticados e não cumpridos, tornam-se, imediatamente em MORAL, passivos, inclusive, de novos questionamentos pela ÉTICA, dependendo da situação.

Isso quer dizer que o “profissional” não pode ser Ético? Exatamente isso! Pelo menos em certo sentido. Não existe uma profissão capaz de tornar alguém que não é Ético em Ético. Não existe “ÉTICA COMERCIAL” ou “ÉTICA PROFISSIONAL”. A Ética não pode ser PARTICULARIZADA, pois ela é ÚNICA E UNIVERSAL. Também, como já dissemos, não pode ser transformada em códigos fixos. Portanto, não devemos falar de “ÉTICA PROFISSIONAL” ou mesmo de um “PROFISSIONAL ÉTICO”, e, sim, de UMA PESSOA ÉTICA QUE ESTÁ EXERCENDO UMA ATIVIDADE PROFISSIONAL.

Uma pessoa que é Ética será Ética em sua igreja, em sua comunidade, em seu clube e também na atividade profissional que está exercendo. Por ser uma pessoa Ética, seus preceitos serão, naturalmente, também estendidos à organização em que está gestando ou trabalhando. Portanto, quando se fala, equivocadamente, em “CÓDIGO DE ÉTICA” de uma determinada profissão, na verdade está se falando de “CÓDIGO DE MORAL” (leis, normas) e não de ÉTICA (filosofia, questionamento, crítica, especulação), do que se concluí que o correto seria chamar esses manuais de cada profissão de CÓDIGO DE CONDUTA MORAL DA PROFISSÃO.

O vídeo “Os seis pilares da Ética”, além de muitas outras abordagens importantes também trata do que acabamos de tratar acima. Não deixe de assistir.


PESSOA ÉTICA X PESSOA NÃO ÉTICA: O EXERCÍCIO DA ATIVIDADE PROFISSIONAL

Um exemplo clássico desse binômio PESSOA ÉTICA X PESSOA NÃO ÉTICA, dentro do contexto de ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL é o famoso filme “O diabo veste Prada”. De forma brilhante o filme apresenta dois “estilos” de vida completamente distintos, trabalhando lado a lado: uma “PESSOA ÉTICA” (Andrea Sachs, personagem de Anne Hathaway) e uma “PESSOA NÃO ÉTICA” (Miranda Priestly, personagem de Meryl Streep). O filme é rico em detalhes cujo objetivo é pontuar a diferença entre essas duas formas de viver. Na cena abaixo (figura 1) repetida em vários momentos do filme, Miranda joga, desrespeitosamente, seu casaco em cima de sua “empregada”. O filme intenta demonstrar como as “atitudes naturais” de uma pessoa “NÃO ÉTICA” são estendidas também ao ambiente de trabalho, influenciando, inclusive, a forma de gestão de uma organização, sendo esta apenas um reflexo natural, um prolongamento da vida de uma pessoa “NÃO ÉTICA”. Humilhação, traição, tortura psicológica e muitas outras atitudes são facilmente percebidas na “vida normal” dessa personagem. Ou seja, seu estilo “natural de vida”, sua opção pela FALTA DE ÉTICA, ou ainda de quebra desses preceitos é reproduzido em todas as situações de sua vida (inclusive familiar e de relacionamentos sociais) e não poderia ser diferente na ATIVIDADE PROFISSIONAL

Diferentemente de Miranda, Andrea Sachs (figura 2), com pequenas atitudes de respeito e solidariedade aos outros, representa a pessoa ÉTICA da história. O filme também intenta demonstrar que, igualmente, as “atitudes naturais” de uma pessoa “ÉTICA” são estendidas ao ambiente de trabalho, influenciando, inclusive, a forma de gestão e de trato com os colegas de trabalho, sendo esse estilo de relacionamento apenas um reflexo natural, um prolongamento da vida de uma pessoa “ÉTICA”.

MERCADO DE TRABALHO PARA PESSOAS ÉTICAS

É bem verdade que posturas Éticas nem sempre garantirão a certeza de bons negócios ou ainda de bons lucros, pelo menos a curto prazo. Uma das maiores dificuldades que as pessoas ÉTICAS enfrentarão no mundo empresarial é, certamente, a concorrência desleal. Como se tornar competitivo no mercado se seus concorrentes sempre jogam sujo? Se seus concorrentes sempre burlam licitações e se utilizam de todos os meios ilícitos para fechar uma venda e aumentar seus lucros? Jogar com as mesmas armas? Essa opção, certamente, não é compatível com uma pessoa que pauta sua vida sob os preceitos Éticos. Devemos lembrar sempre da metáfora empregada no vídeo acima “Os seis pilares da Ética”: O PROBLEMA DA CORRIDA DE RATOS É QUE MESMO O QUE VENCE CONTINUA SENDO UM RATO.

Não é correto afirmar que “só se dá bem” no mundo dos negócios as pessoas que são desonestas e que quebram todos os preceitos da Ética e da Moral. Cada vez mais o mercado está interessado por pessoas que cultivem em suas vidas esses valores. Até mesmo o conceito de “competência” tem sido mudado em virtude dos valores Éticos. Não é mais considerado competente o indivíduo que apenas possui CONHECIMENTO, HABILIDADE e ATITUDE. Esses itens não são mais suficientes para classificar um profissional como competente. O mercado requer também, para considerar o profissional competente, que ele tenha VALORES e que também tenha uma boa atitude e preocupação com o ENTORNO, como é apresentado na reportagem da Revista Você SA, abaixo:

“Já diziam, enfáticos, nossos avós: “Quem não tem competência não se estabelece!”. Esse assunto ganhou status de método a partir dos estudos de David McClelland nos anos 70, e nas organizações adotou-se universalmente a fórmula do CHA (Conhecimento, Habilidade e Atitude), ou, como preferem alguns, Saber, Poder e Querer. Considerando que essa equação é um produto, se um dos três for nulo, o resultado final será competência zero. Mas o tempo passa e os conceitos vão sendo aprimorados. Na competência deste século, o CHA vira CHAVE. E a chave da competência ampliada é o acréscimo de duas letras, dois conceitos e duas preocupações. O “V” representa Valores. Em uma sociedade que se diz digna, preocupada com o social e responsável com o futuro, não temos como não incluir uma lista de valores na análise da qualidade dos resultados alcançados. De que adianta produzir sem sustentabilidade, competir sem ética e conquistar sem moral? Assim como atualmente dizemos que só será líder aquele que liderar para o bem e só será competente aquele que produzir sem ferir a ética, o interesse de todos. Um profissional competente sem valores deixa de ser competente. E o “E” da CHAVE significa Entorno, o ambiente onde a competência encontra as condições para ser exercida. Esse é o único elemento que está mais fora do que dentro do indivíduo. O cirurgião não opera sem o centro cirúrgico, sem a anestesia e o bisturi. O executivo precisa da estratégia, dos recursos, da equipe. Eis a grande responsabilidade das organizações: formar pessoas competentes e fornecer-lhes o cenário para que atuem. Essa visão ampliada de competência coloca ordem na casa do mundo moderno e abre espaço para a construção de um futuro em que os resultados não serão obtidos a qualquer custo. Só assim poderemos dizer aos nossos netos: “Quem não tem competência não se enobrece!”. De que adianta competir sem ética? Conforme: http://vocesa.abril.com.br/desenvolva-sua-carreira/materia/nova-competencia-497465.shtml.

A revista Você AS, de julho de 2000, ainda tratando do mesmo tema acima, demonstra como a falta de Ética pode ser prejudicial à empresa e ao próprio profissional, frente ao mercado; uma prova evidente de como os preceitos éticos ganham cada vez mais importância no mundo corporativo:

Não podemos ser inocentes e pensar que empresas são apenas entidades jurídicas. Empresas são formadas por pessoas e só existem por causa delas. Por trás de qualquer decisão, de qualquer erro ou imprudência estão seres de carne e osso. Por isso, quando falamos de empresa ética, estamos falando de pessoas éticas. [...]. Não são apenas funcionários e consumidores que recriminam políticas antiéticas nas empresas. Os investidores também costumam fugir delas. Pegam seu dinheiro e aplicam em outro lugar. Um exemplo disso é o episódio vivido recentemente pela Telefónica, a espanhola que comprou a Telesp, em São Paulo. Suas ações, na Espanha, caíram 5,5% em um dia, após denúncias de que seu presidente mundial, Juan Villalonga, teria usado informações privilegiadas em benefício próprio. Disponível em: http://www.centroatl.pt/edigest/edicoes2000/ed_set/ed71cef-vidap1.html.

Veja abaixo os dois vídeos do programa O Aprendiz 4, de Roberto Justos, que trata exatamente sobre a necessidade de PESSOAS ÉTICAS no mercado de trabalho. O apresentador do programa deixa clara como as empresas líderes do mercado tratam esse assunto:

Continuação:

Lembre-se: Sua atitude gerará, necessariamente, consequências. É sobre isso que trata o vídeo abaixo. Não deixe de assistir:

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