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terça-feira, 12 de outubro de 2010

OS 33 MINEIROS CHILENOS, A DEPRAVAÇÃO TOTAL DO HOMEM E A GRAÇA DE DEUS

A tragédia ocorrida com os 33 mineiros no Chile acaba por revelar, metaforicamente, a real condição do homem diante de Deus.

A partir do século XIX o homem se auto-define "ser autônomo". Isto é, aquele que vive por ele e para ele; aquele que existe por si mesmo. Uma espécie de "Super-homem" capaz de resolver todos os seus problemas. A morte de Deus chegou a ser anunciada, enquanto o homem assumia o controle absoluto, não somente de seus próprios atos mas também da natureza. Tudo isso acabou forjando no inconsciênte coletivo, principalmente das gerações posteriores, a idéia de segurança, autonomia e, sobretudo, de auto-suficiência. A força desse novo sistema filosófico foi tão grande que propiciou o desenvolvimento das ciências positivas e mudou o DNA da religiosidade. Agora o homem pecador é quem "resolve" ACEITAR a Cristo. Isto é, conceder-Lhe uma "oportunidade" para habitar em seu vil coração.

Evidentemente que esse tema não é novo. Na verdade uma retomada do antigo embate entre Agostinho e Pelágio, Lutero e Erasmo, Calvinistas e Arminianos. Uma diferença, entretanto, surge como divisor de águas: o Sistema de Apelo, inventado por Charles Finey, que viveu na enfervescência da filosofia humanista do século XIX. A partir de então o pregador, como nunca, exalta o poder de escolha do pecador, dando-lhe o poder de "dar ou não uma chance a Deus", sintetizada na famosa frase: "levante sua mão e aceite a Jesus", transformando, em contrapartida, Deus em mero expectador da vontade decaída do homem.

A situação de completa passividade dos 33 mineiros, sem a menor condição de, por eles mesmos, alcançarem a salvação, nos remete à real situação do homem diante de Deus: fraco, indefeso, completamente dependente do favor divino. Claro que essa comparação é simplória e imperfeita, devido a gravidade do que quer representar, pois no sentido espiritual, diferentemente dos 33 mineiros, o homem está "morto em seus delitos e pecados". Os mineiros ainda puderam caminhar em direção à capsula e exercer a "vontade" de sair de sua prisão. Com a vida espiritual, de todos os homens ainda não regenerados, não é assim que ocorre. A situação é muitíssimo mais grave. Neste sentido, não podem exercer nenhum tipo de vontade relacionada a algum bem espiritual ou mesmo dar, pelo menos, um passo em direção a Deus, pelo simples fato de estarem mortos.

O principal elo da teologia calvinista, a Depravação Total do Homem, ensina que ele, numa situação pós-queda, é completamente incapaz de caminhar com seus próprios pés em direção a salvação de sua alma. Ele nem mesmo pode querer isso. É totalmente incapaz. Está morto espiritualmente e, assim como os 33 mineiros chilenos, a única possibilidade de Salvação é através de uma intervenção externa.

Guardadas as devidas proporções, poderíamos considerar a cápsula que desceu com o objetivo de resgatar os 33 mineiros como uma "tipologia de Cristo". Assim também Cristo desceu, tornando-se "A única" esperança de Salvação para o homem perdido.

Que Deus o Salve, exclusivamente por sua graça e misericórdia,pela única capsula providenciada por Ele: a Cruz de Cristo. Saiba, porém, que não tens nenhum merecimento se assim Ele resolver. Se quiser conhecer mais sobre os Cinco pontos do Calvinismo, acesse:

sábado, 9 de janeiro de 2010

ARCA DE NOÉ, DEPRAVAÇÃO TOTAL DO HOMEM, A SOBERANIA E A GRAÇA DE DEUS

É comum ouvir-se dizer: "no Velho Testamento era o tempo da Lei, hoje vivemos no tempo da graça". Bem, essa é apenas uma parte da verdade, mas não ela toda. Essa expressão denota, equivocadamente, que a graça de Deus começou a atuar apenas no Novo Testamento. Pressupõe até mesmo que a salvação no VT ocorria pelo cumprimento ou não da Lei. O epsódio do dilúvio depõe contra esse pensamento. Nessa cena, algo que chama bastante atenção é a Depravação Total do homem, fruto da perda do "livre arbítrio" pela escolha que, em Adão, fez. Observe bem os textos: "Viu o SENHOR que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração [...]. Viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra" (Gêneses 6:5, 12). Assim somos, naturalmente, ainda hoje, Totalmente Depravados, no sentido se sermos rebeldes contra o Criador. Naturalmente tendemos a afastar-nos de Deus em direção ao mal e já assim nascemos. Quer uma prova disso? Você precisa ensinar algo errado para seu filho? Claro que não! Ele já sabe, por menor que seja; está em suas entranhas e ao entrar em contato com o mal, ele identifica-se; há perfeita sintonia. Ele é "nascido escravo" e só o sangue do Cordeiro de Deus pode modificar essa situação. Assim era no tempo de Noé, assim é no nosso tempo. Mas, ao lado da situação do homem, refém de sua própria "escolha livre", está a Soberania de Deus. Soberania esta presente na própria concessão desse "livre direito de escolha" do homem. Deus quis que fosse assim; Ele quis que o homem fosse totalmente livre, "não pendendo nem para o bem nem para o mal" (para saber mais sobre esse assunto recomendo a leitura de nosso artigo "Soberania de Deus e Liberdade Humana", no seguinte endereço:
http://presbiterianoscalvinistas.blogspot.com/2008/09/soberania-de-deus-e-liberdade-humana-na.html). A soberania de Deus revela-se também pelo direito que só ele tem de dispor de quantas vidas julgar necessário ou mesmo que não julgue "necessário". Afinal, quem criou o homem? Deus, exercendo seu livre e soberano direito de criar. Não precisava, mas quis criar. E criou dessa maneira e não de outra. Ora, podendo criar livremente, pode também matar livremente, não precisando, para isto, dar satisfação a ninguém, assim como não precisou ao criá-lo. Veja o que diz o texto: "Disse o SENHOR: Farei desaparecer da face da terra o homem que criei, o homem e o animal, os répteis e as aves dos céus; porque me arrependo de os haver feito [...]. Porque estou para derramar águas em dilúvio sobre a terra para consumir toda carne em que há fôlego de vida debaixo dos céus; tudo o que há na terra perecerá [...]. Então, disse Deus a Noé: Resolvi dar cabo de toda carne, porque a terra está cheia da violência dos homens; eis que os farei perecer juntamente com a terra (Gêneses 6:7,13,17) ". Assim quis, assim fez. É assim que age um Ser Soberano, veja: "Pereceu toda carne que se movia sobre a terra, tanto de ave como de animais domésticos e animais selváticos, e de todos os enxames de criaturas que povoam a terra, e todo homem [...]. Tudo o que tinha fôlego de vida em suas narinas, tudo o que havia em terra seca, morreu. [...]. Assim, foram exterminados todos os seres que havia sobre a face da terra; o homem e o animal, os répteis e as aves dos céus foram extintos da terra; ficou somente Noé e os que com ele estavam na arca" (Gêneses 7:21-23). Como todos sabem, após cento e cinquenta dias (Gêneses 7:24), as águas do dilúvio baixaram e a terra ficou seca novamente, com direito a juramento daquele que faz o que quer. Que mata (todos os seres vivos) e que deixa viver (os que entraram na arca). Veja: "Estabeleço a minha aliança convosco: não será mais destruída toda carne por águas de dilúvio, nem mais haverá dilúvio para destruir a terra" (Gêneses 9:11). A questão agora é: O que levou Deus a fazer esse juramento? O fato do homem ter aprendido a lição? O holocáusto de Moisés? Certamente que não. Nada mudou no homem, pois o dilúvio não foi capaz de mortificar a semente pecaminosa instalada no coração do homem. Ela estava lá, o tempo todo dentro da arca, caso contrário a nova geração não mais viveria em rebelião contra o Criador de tudo e de todos. O interessante é que Deus sempre soube disso. Veja o que Ele diz logo depois que Noé e os outros saíram da arca: "Não tornarei a amaldiçoar a terra por causa do homem, porque é mau o desígnio íntimo do homem desde a sua mocidade; nem tornarei a ferir todo vivente, como fiz" (Gêneses 8:21). Isso certamente incluía Noé, que só não pereceu também porque "achou graça diante do SENHOR" (Gêneses 6:8). O que levou, então, Deus a prometer solenemente que não mais destruiria a "carne" por dilúvio? Sua Graça, respondemos. Somente sua Graça. Ora, o homem ainda continuava sendo merecedor da destruição, nada mudou. Deus, de forma graciosa, resolveu poupá-lo de outra catástrofe semelhante. A própria arca, tipo de Cristo, é sinal de sua Graça bendita. É graça no começo, é graça no meio e é graça no fim. Graça: único remédio possível para o homem, que é o mesmo, antes do dilúvio e depois dele.

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