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sábado, 1 de novembro de 2025

REFORMA PROTESTANTE, POLÍTICA E ECUMENISMO ORGÂNICO


Em 31 de outubro de 1517 o cristianismo ocidental foi dividido: de um lado Católicos Romanos e do outro os chamados Protestantes. A ruptura foi tão “grave” que criou uma indisposição natural entre esses dois grupos, com reflexos até aos dias de hoje.

O Brasil, um dos maiores países católicos do mundo, coleciona embates, nem sempre barulhentos, entre essas duas vertentes, embora a história também tenha registrado cenas de apedrejamento e violenta perseguição aos "crentes", especialmente no sertão nordestino.

O que, exatamente, motivou essa divisão? Poderíamos listar uma série de fatores. Mas, especialmente, poderíamos destacar “questões teológico-doutrinárias inconciliáveis”. Lutero listou 95 delas e, por isso, foi excomungado em 1521. Pronto! A ruptura derradeira, estilhaçando, naturalmente, o que já vinha sendo trincado, estava completada.

Como em toda "briga" aparecem pessoas, grupos e movimentos do famoso "deixa disso", nessa não foi e não é diferente. São os chamados “Movimentos Ecumênicos”, que eu chamo de "Ecumenismo Artificial" ou "Ecumenismo Produzido”. A intenção é até "boa": unir, novamente, embaixo do mesmo "teto institucional", Católicos e Protestantes. Contudo, as diferenças eram e são grandes demais para isso! Alas da igreja católica até demonstram disposição para essa reaproximação. Mas, protestante é protestante! Não dá; nunca deu. Com os "novos" conceitos de "tolerância religiosa", essa celeuma não tem mais evoluído para as vias de fatos, por óbvio. Mas, está lá! Sempre ativa, bastando apenas alguém acionar o gatilho.

Então, nesse sentido, religiosos caridosos, filósofos, sociólogos, antropólogos e cientistas da religião, falharam miseravelmente. Católicos e Protestantes continuaram caminhando separadamente um do outro.

 Mas, a vida, "a vida é uma caixinha de surpresa", senhoras e senhores.

Aparece, então, no cenário da "confusão", um elemento tão improvável quanto forte, capaz de promover um tipo de "Ecumenismo Orgânico", em torno de ideias e pautas: o "elemento político".

Esse elemento é uma ideia, personificada no chamado "Movimento Conservador". Mas esse elemento unificador de Católicos (parcela considerável) e Protestantes (parcela considerável) também, via de regra, é uma "pessoa política".

No Brasil, o nome dele é Jair Messias Bolsonaro. O homem que fez Católicos e Protestantes caminharem juntos; marcharem juntos, lado a lado, de mãos dadas, até.

Assim, ele promoveu uma espécie rara de um tipo de "ecumenismo espontâneo", capaz de fazer protestantes deixarem de lado a antiga acusação de "idolatria" contra os Católicos; inclusive contra o católico Bolsonaro.

Parece que ele despertou uma espécie de consciência de que existe um inimigo maior a ser vencido.

Ele fez Católicos e Protestantes enxergarem uma “guerra” entre duas cosmovisões, distintas e autoexcludentes; para além das barreiras clericais: a cosmovisão judaico-cristã e a cosmovisão chamada secular, marxista, materialista.

Para que uma subsista e assuma a proeminência é absolutamente necessário que a outra sucumba, definitivamente.

Por fim, não é exagero afirmar: Bolsonaro e tudo o que ele representa promoveu, sem se dar conta, o que muitos, desde a ruptura da Reforma Protestante, tentaram e não conseguiram: o "Ecumenismo Natural" entre Católicos e Protestantes. Todos, agora, respondem por uma única alcunha: a de cristão.

Quando tudo estiver estabilizado e o conservadorismo tiver se estabelecido, Católicos e Protestantes lembrarão que têm diferenças incorrigíveis. Aí tudo volta ao normal.