INTRODUÇÃO:
Você
sabia que o Arminianismo também crê na doutrina da Eleição? Embora essa seja
uma doutrina que tem caracterizado o Calvinismo, os Arminianos também acreditam
nela. Na verdade, não daria para negá-la diante de tantos textos e tantas
evidências escriturísticas.
Mas,
obviamente que a INTERPRETAÇÃO ARMINIANA da doutrina da Eleição difere da
INTERPRETAÇÃO CALVINISTA, da INTERPRETAÇÃO REFORMADA.
Antes
de abordar a diferença entre essas duas formas de interpretar a mesma doutrina,
vamos conhecer o contexto histórico desse embate teológico, que já perdura por
séculos:
CONTEXTO HISTÓRICO:
Podemos
pensar na doutrina da ELEIÇÃO como sendo parte de uma corrente. Então temos uma
corrente ARMINIANA e uma corrente CALVINISTA, cada uma com CINCO ELOS. A
doutrina da ELEIÇÃO é um desses elos.
A
corrente ARMINIANA ficou conhecida como OS CINCO PONTOS DO ARMINIANISMO e a corrente CALVINISTA como OS CINCO PONTOS
DO CALVINISMO.
Os Cinco
Pontos do Calvinismo foram formulados em resposta a um “documento” que ficou conhecido na história como “Remonstrance” ou “Protesto”, que fora
apresentado ao Estado da Holanda pelos “discípulos”
do professor de um seminário holandês chamado Jacob arminius (1560-1600), com o
objetivo mudar os símbolos oficiais de doutrinas das Igrejas da Holanda
(Confissão Belga e Catecismo de Heidelberg ), substituindo-os pelos ensinos do
seu mestre.
Mesmo
estando inserido na tradição reformada, Arminius tinha sérias dúvidas quanto à graça soberana de Deus, visto que era simpático aos ensinos de
Pelágio e Erasmo, no que se
refere à livre vontade do homem.
Desta
forma, a única razão pela qual “Os Cinco Pontos do Calvinismo” foram elaborados
era a de responder ao documento
apresentado pelos discípulos de Arminius. Perceba que quem começou a
provocação foram os Arminianos.
Em
1618, um Sínodo Nacional da Igreja reuniu-se em Dort para examinar os ensinos de
Arminius à luz das Escrituras. Depois de 154 calorosas sessões, que consumiram
sete meses, Os Cinco Pontos do Arminianismo foram considerados contrários ao
ensino das Escrituras e declarados heréticos.
DEFININDO OS TERMOS:
DEFININDO OS TERMOS:
Qual
a diferença então entre a interpretação Arminiana e Calvinista da doutrina da
Eleição?
A
diferença está BASICAMENTE na adjetivação que se dá à doutrina da ELEIÇÃO.
a) Os ARMINIANOS dizem que a ELEIÇÃO é CONDICIONAL
b) Os CALVINISTAS dizem que a ELEIÇÃO é INCONDICIONAL
Vamos definir os termos, então:
a) Os ARMINIANOS dizem que a ELEIÇÃO é CONDICIONAL
b) Os CALVINISTAS dizem que a ELEIÇÃO é INCONDICIONAL
Vamos definir os termos, então:
a)
ELEIÇÃO é CONDICIONAL:
Deus olha para o futuro e
ver as pessoas que irão crer nele e as que não irão crer. Com base nessa
presciência, nessa antevisão, nessa visão antecipada do futuro, nesse atributo
incomunicável da PRESCIÊNCIA e só por isso, DEUS resolve eleger, salvar ou
melhor, REGISTRAR a eleição do homem, por conta de sua boa atitude de CRER EM
DEUS.
b) ELEIÇÃO
INCONDICIONAL:
O segundo ponto do Calvinismo,
Eleição Incondicional, tem por objetivo combater o também segundo ponto do
arminianismo – Eleição Condicional -. Armínius e seus seguidores acreditavam
que Deus havia elegido os homens que elegeu baseado em seu pré-conhecimento ou
presciência. Ou seja, Deus anteviu aquele que iria, por seu próprio mérito,
(não podemos esquecer que o homem arminiano é um homem que ainda está
habilitado, mesmo depois da queda, a buscar a Deus mesmo sem que,
necessariamente, haja alguma intervenção divina para isto) crer Nele, e, por conta
disso, o elegeu. Isso faz de Deus um mero jornalista que apenas registra os
“atos soberanos” do homem.
Na visão
calvinista, diferentemente da arminiana, nada havia no homem, que fosse
condição, a seu favor, para que justificasse um merecimento, por menor que
seja, muito menos ainda um merecimento do tamanho da salvação eterna.
A eleição
de Deus baseou-se exclusivamente por sua graça (que por definição já denota um
favor não merecido) e imensa bondade. Isso faz de Deus o autor da salvação e
não apenas um coadjuvante dos direcionamentos humanos.
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