Algumas opiniões sobre o QUEERMUSEU:
terça-feira, 31 de outubro de 2017
QUEERMUSEU: O QUE HÁ POR TRÁS DA POLÊMICA EXPOSIÇÃO NO ESPAÇO CULTURAL SANTANDER? 2/3
A arte sempre esteve presente quando se intentou provocar uma mudança radical de paradigma social. O Renascimento é um grande exemplo disso. Não era raro obras, quadros, pintudos com temas de confronto direto às estruturas religiosas. A arte, de fato, é uma grande aliada das mudanças. Umberto Ecco, em sua obra magistral "O Nome da Rosa" descreve essa utilização da arte com a intenção de minar as forças e o poder da igreja Romana, no século XIII, dentro dos mosteiros.
A QUEERMUSEU acaba por revelar um dos principais objetivos desse tipo de "arte": combater a cultura judaico-Cristã, em última análise. Não é só uma investida contra o cristianismo enquanto religião, antes, trata-se de algo maior, de uma guerra conta a cosmovisão cristã, que serve de base para toda a cultura ocidental. Por conta disso, esse tipo de exposição sempre trás obras que denigram símbolos reconhecidamente cristãos, porque, só assim, desconstruindo a cosmovisão cristã, é que será possível provocar mudanças radicais no paradigma cultural, com o fim de secularizar todas as áreas da vida.
Kuyper compreendeu bem a guerra cultural que se desencadeia contra o Cristianismo. Não é luta de uma religião contra a outra ou mesmo do ateísmo teórico contra a religiosidade. É luta entre visões de mundo, entre cosmovisões. Vejamos o que ele afirma:
Não há dúvida, então, de que o Cristianismo está exposto a grandes e sérios perigos. Dois sistemas de vida estão em combate mortal. O Modernismo está comprometido em construir um mundo próprio a partir de elementos do homem natural, e a construir o próprio homem a partir de elementos da natureza; enquanto que, por outro lado, todos aqueles que reverentemente humilham-se diante de Cristo e o adoram como o Filho do Deus vivo, e o próprio Deus, estão resolvidos a salvar a “herança cristã”. Esta é a luta na Europa, esta é a luta na América, e esta também é a luta por princípios em que meu próprio país está engajado, e na qual eu mesmo tenho gasto todas as minhas energias por quase quarenta anos.Nessa luta apologética não temos avançado um único passo. Os apologistas invariavelmente começam abandonando a defesa assaltada, a fim de entrincheirarem-se covardemente em um revelim atrás deles. Desde o início, portanto, tenho sempre dito a mim mesmo, -“Se o combate deve ser travado com honra e com esperança de vitória, então, princípio deve ser ordenado contra princípio. A seguir, deve ser sentido que no Modernismo, a imensa energia de um abrangente sistema de vida nos ataca; depois também, deve ser entendido que temos de assumir nossa posição em um sistema de vida de poder, igualmente abrangente e extenso. E este poderoso sistema de vida não deve ser inventado nem formulado por nós mesmos, mas deve ser tomado e aplicado como se apresenta na História. Quando assim fiz, encontrei e confessei, e ainda sustento, que esta manifestação do princípio cristão nos é dada no Calvinismo (KUYPER, 2002, p.19).
Como já deve ter ficado claro, a arte é uma das principais ferramentas ou armas de combate a uma cultura estabelecida e o surgimento de outra. Precisamente por isso é que numa exposição de "artes" voltada para o grupo LGBT, estará sempre presente temas religiosos. Para que eles se sintam confortáveis é absolutamente necessário diminuir a influência que o Cristianismo exerce fora dos templos e o motivo é um só: a total impossibilidade lógica do cristianismo aceitar como natural e normal a homossexualidade.
Lutemos, pois, a luta que nos está proposta, em defesa da cultura ocidental, alicerçada sob as bases do Cristianismo.
quinta-feira, 14 de setembro de 2017
QUEERMUSEU: O QUE HÁ POR TRÁS DA POLÊMICA EXPOSIÇÃO NO ESPAÇO CULTURAL SANTANDER? 1/3
Há um fato envolvido na polêmica exposição QUEERmuseu, ocorrida no Espaço Cultural do Banco Santander, em setembro/2017, na cidade de Porto Alegre-RS, que passou desapercebido pela maioria das pessoas. Na verdade, a maioria delas não têm conhecimento desse importante detalhe. Focaram, por razões óbvias, "nas obras" que retratavam desvios e bestialidades como zoofilia, pedofilia, além do tipificado crime de vilipêndio.
Alguém já se perguntou por que o nome da exposição é QUEER?
Certamente não tem nada a ver com o verbo "querer", como, talvez, se quis sugerir ou se possa imaginar, de forma subliminar. QUEER é o nome de uma teoria: "Teoria Queer". É uma teoria sobre a categoria Gênero, tão na moda atualmente.
Basicamente essa teoria propõe que a orientação ou identidade sexual não está diretamente ligada à questões genéticas, biológicas. Antes, pelo contrário, os "papeis sexuais" são fruto de um "Construto Social", não existindo, segundo essa teoria, portanto, "papéis sexuais" biologicamente definidos, nem um traço na essência da natureza humana que possa definir antecipadamente esses papais. Ou seja, a Construção Social é que definirá esses papéis: se homem, se mulher ou se algo "ALÉM" disso, que é precisamente o que significa o termo "TRANS": trans-homem-mulher e todas as variações TRANS possíveis.
No vídeo abaixo, um parlamentar alemão saúda pelo menos 60 variações TRANS, reconhecidas na Alemanha:
No vídeo abaixo, um parlamentar alemão saúda pelo menos 60 variações TRANS, reconhecidas na Alemanha:
O termo "Construto Social" pressupõe o conjunto de percepções e visões de mundo produzidos por uma dada sociedade. Mas, também, pressupõe a existência de "construtores". Isso explica a militância em torno da chamada "cultura TRANS". A Teoria Queer intenta possibilitar, em relação ao gênero, que as pessoas possam assumir "papéis sexuais" a partir do que a própria sociedade (entenda-se, na prática, "construtores sociais") pré-definir como novos e possíveis "papéis sexuais".
De pronto se identifica, no cerne da Teoria Queer, um traço que é característico dos ideólogos sociais: seus pressupostos não partem do olhar intencional do cientista para compreender uma dada realidade. Antes, pelo contrário, a intenção é "Construir a própria realidade". Nesse sentido, não se encontra na Teoria Queer o que poderia ser chamado de "papel da boa ciência".
Não há limites de "papeis sexuais" para a Teoria Queer. Não há também "papéis sexuais" pré-definidos. A regra é exatamente retirar todos os limites "impostos pelo argumento biológico-genético". Isso significa dizer que qualquer "papel sexual" é válido e que todos devem ser aceitos como perfeitamente possíveis e normais. Ou seja, um homem pode ter relações ativas ou passivas com uma mulher, com outro homem, com uma criança e até com animais. Nada disso será tratado como anti-natural e muito menos como bestialidade. Por conta disso, obras que contemplam no mesmo cenário, homossexualismo e zoofilia, além de pedofilia, têm espaço franqueado, sem o menor constrangimento, na polêmica exposição do Espaço Cultural Santander:
A ideia de não ter limites quando o assunto é "papel sexual", o que, como já está claro e repetimos, inclui práticas como "zoofilia, necrofilia e pedofilia", é defendida por um dos mais famosos Miilitantes Queer do Brasil, o Deputado Federal Jean Willis, que no vídeo abaixo insinua que classificar tais práticas com conotação negativa é nada mais nada menos que fruto de "preconceitos arraigados da extrema direita":
Por fim, esperamos ter deixado claro que o nome da exposição foi pensado e escolhido cuidadosamente, com o objetivo de difundir os pressupostos da teoria Queer.
Nas próximas postagens trataremos sobre os principais objetivos ocultos da Teoria Queer e entenderemos os motivos da mistura sexualidade x religiosidade (2/3), além de analisarmos as atitudes tomadas por diversos seguimentos da sociedade (3/3).
quinta-feira, 27 de julho de 2017
SOLA SCRIPTURA - Parte 5/5
5- O
EMBATE SOBRE O SOLA SCRIPTURE E O RELATIVISMO NOS NOSSOS
DIAS:
Apenas para citar algumas áreas em que a igreja de nossos dias tem permitido a entrada de práticas sem a devida preocupação com o embasamento escriturísticos: No Culto (danças litúrgicas, shows, peças teatrais, etc). Na forma de arrecadação de verbas (enquanto a bíblia só reconhece dízimos e ofertas, a igreja tem inovado e utilizado coisas como baratilhos, cantinas, mensalidades, taxas, etc).
Evidentemente que a igreja tem esquecido de perguntar "o que a bíblia diz" sobre determinadas crenças e práticas em muitas outras áreas, mas, basta, por hora, a reflexão: a igreja dos nossos dias precisa voltar urgentemente a perguntar qual o ensino bíblico acerca das coisas que intenta crer e fazer. Sola Scripture já; hoje!
quarta-feira, 26 de julho de 2017
SOLA SCRIPTURA - Parte 4/5
4- O
EMBATE ENTRE O SOLA SCRIPTURA E O PENTECOSTALISMO NO SÉCULO XIX E XX
Os REFORMADORES não enfrentaram esse
problema relativo CONTEMPORANEIDADE E ATUALIDADE DE DONS ESPETACULARES COMO
LÍNGUAS, PROFECIAS, NOVAS REVELAÇÃO, SONHOS. Esse é um debate que é travado na
igreja cristã principalmente a partir de 1906 com o advento do Pentecostalismo,
que nasce na Rua Azuza, nos EUA, onde um grupo reunido disse ter recebido
manifestações dos DONS ESPETACULARES QUE CARACTERIZARAM A ERA APOSTÓLICA. O
Brasil foi muito afetado pelo Pentecostalismo porque muito cedo essa movimento
iniciado na Rua Azuza, em 1906 chegou por aqui. Já em 1910 o Pentecostalismo se
estabeleceu no Brasil.
Sola Scriptura, como já vimos,
significa que todas as práticas religiosas, doutrinas e cultos devem emanar
“somente” das Escrituras Sagradas. Pressupõe também que toda e qualquer “nova
revelação” e, portanto, extrabíblica, deve ser REJEITADA, pois a Escritura, o
Canon fechado, os 39 livros do VT e os 27 do NT, são SUFICIENTES PARA A IGREJA
DE CRISTO e inerrantes.
Era assim que pensavam os reformadores. É
assim que pensam os Reformados até hoje. Agora, perguntamos: É assim que
pensam os Pentecostais?
Para os PENTECOSTAIS, assim como para os CATÓLICOS, como já vimos, a palavra de Deus não é a ÚNICA regra de fé e prática. Os CATÓLICOS DÃO À TRADIÇÃO E AS BULAS PAPAIS o mesmo valor de autoridade das Escrituras. Os PENTECOSTAIS, da mesma forma, nas NOVAS REVELAÇÕES, que podem vir por “profecias”, “sonhos”, ou através das “línguas estranhas”.
Quantos casamentos feitos e
desfeitos; quantas “visitas pessoais” do próprio Deus nos arraiais
Pentecostais. Falam como se pela boca do próprio Deus: “eis que sou Deus que te
digo varão”. Quebra flagrante do terceiro mandamento. É mais do que claro que “as novas revelações” possuem, para os
pentecostais, status de regra de fé e de prática, posto que eles obedecem
cegamente a “ordem de Deus”, vinda diretamente de um “VASO”. Bom seria
que obediência se estendesse à voz de Deus publicada na bíblia. Mas não é esse
o caso, infelizmente. Alguém poderia
negar essa realidade?
O pressuposto Pentecostal de “ESCRITURA
TAMBÉM” e não “SOMENTE A ESCRITURA”, como defendiam os REFORMADORES, pode
causar a falsa impressão de similaridade com o pressuposto da Reforma, mas são
diametralmente opostos. “ESCRITURA TAMBÉM” pode ser, e tem sido em muitas
ocasiões, TRAVESTIDO por “Somente Novas
Revelações, nada de bíblia”.
Permita-me ilustrar o que acabamos de
argumentar: há muitos anos atrás, em nossa igreja, uma irmã envolvida com o
Pentecostalismo recebeu a seguinte revelação: “seu atual marido não é o que
Deus escolheu para você”. Essa mesma “profecia” foi levada pela mesma
“profetisa” (pessoa com grande reconhecimento no meio pentecostal, possua cargo
ou não) a um membro da igreja Assembléia de Deus: “vaso, a sua atual esposa não
é a mulher que Deus escolheu pra você”. Resultado: ambos deixaram seus cônjuges
e passaram a viver maritalmente “felizes para sempre”. Detalhe: a tal profetisa
conhecia os dois pombinhos. Lembro que o conselho da igreja listou uma série
incalculável de versículos bíblicos para aquela irmã, na esperança de fazê-la
entender o quanto estava enlameada com o pecado de adultério. Sua resposta a
cada versículo era: “esse eu já sei
decorado, mas nada vai fazer eu mudar de ideia porque eu tenho a confirmação da
revelação de Deus na minha vida”. É ou não é “somente nova revelação e bíblia
nada”? Ela foi disciplinada, saiu da nossa igreja e foi fazer parte de
uma igreja Pentecostal com seu novo parceiro "canela de fogo".
Diante disso,
podemos afirmar: o pressuposto Pentecostal que contrasta com o “Sola Scriptura”
é: “Escritura também, mas não só Escritura”.
A IPB, como uma igreja
reformada, ENTENDE QUE A BÍBLIA É SUFICIENTE E NÃO ACREDITA NA CONTEMPONEIDADE
DOS DONS ESPETACULARES. A IPB entende que eles CESSARAM COM O FECHAMENTO DO
CANOM BIBLICO.
Aliás, já havia profecia
quando ao encerramento desses dons. Leia I COR 13: 8-11. A TEOLOGIA REFORMADA TEM
ENTENDIDO QUE ESSE “PERFEITO” É A CONCLUSÃO DO CÂNON BÍBLICO, A COMPLETUDE DAS
ESCRITURAS, visto que todo o contexto anterior, como o capítulo 12 e o
posterior, como o 14 estão tratando de formas de Deus se revelar ao seu povo.
Agora leia Hebreus 1:1 –
João 14:6 e João 17:17
Palmer Robertson, escrevendo
sobre o fim, a cessação dos DONS ESPETACULARES, em seu livro "A palavra Final", faz a seguinte afirmação:
"O
término da atividade revelacional concretizado por Deus não deve ser lamentado
como se fosse algo como o expirar de um amigo predileto. Ao contrário, deve ser
visto como uma caixa repleta de joias que expõe à vista o inestimável tesouro
existente em seu interior. Por mais decorada e bela que seja a caixa, a
substância propriamente dita tem de ser encontrada na plena revelação do próprio tesouro que jaz no seu interior" (pg.62).
A Escritura Sagrada é esse tesouro e os dons espetaculares a bela caixa de deu lugar ao tesouro propriamente dito.
A
Confissão de Fé de Westminster, interpretação oficial da IPB sobre esse assunto
de ATUALIDADE OU CESSAÇÃO DOS CHAMADOS DONS ESPETACULARES, faz a seguinte
afirmação:
I. Ainda
que a luz da natureza e as obras da criação e da providência de tal modo
manifestem a bondade, a sabedoria e o poder de Deus, que os homens ficam
inescusáveis, contudo não são suficientes para dar aquele conhecimento de Deus
e da sua vontade necessário para a salvação; por isso foi o Senhor servido, em
diversos tempos e diferentes modos, revelar-se e declarar à sua Igreja aquela
sua vontade; e depois, para melhor preservação e propagação da verdade, para o
mais seguro estabelecimento e conforto da Igreja contra a corrupção da carne e
malícia de Satanás e do mundo, foi igualmente servido fazê-la escrever toda.
Isto torna indispensável a Escritura Sagrada, tendo cessado aqueles antigos
modos de revelar Deus a sua vontade ao seu povo.Sal. 19:
1-4; Rom. 1: 32, e 2: 1, e 1: 19-20, e 2: 14-15; I Cor. 1:21, e 2:13-14; Heb.
1:1-2; Luc. 1:3-4; Rom. 15:4; Mat. 4:4, 7, 10; Isa. 8: 20; I Tim. 3: I5; II
Pedro 1: 19. VI. Todo
o conselho de Deus concernente a todas as coisas necessárias para a glória dele
e para a salvação, fé e vida do homem, ou é expressamente declarado na
Escritura ou pode ser lógica e claramente deduzido dela. À Escritura nada se
acrescentará em tempo algum, nem por novas revelações do Espírito, nem por
tradições dos homens; reconhecemos, entretanto, ser necessária a íntima
iluminação do Espírito de Deus para a salvadora compreensão das coisas
reveladas na palavra, e que há algumas circunstâncias, quanto ao culto de Deus
e ao governo da Igreja, comum às ações e sociedades humanas, as quais têm de
ser ordenadas pela luz da natureza e pela prudência cristã, segundo as regras
gerais da palavra, que sempre devem ser observadas. II Tim.
3:15-17; Gal. 1:8; II Tess. 2:2; João 6:45; I Cor. 2:9, 10, l2; I Cor.
11:13-14.
sexta-feira, 14 de julho de 2017
SOLA SCRIPTURA - Parte 3/5
Não
vamos nos deter muito nesse ponto porque já trabalhei de alguma forma esse
ponto quando do apanhado histórico que fizemos na introdução. Basta tão somente
lembrar que o cenário que caracterizava a IGREJA CATÓLICA do século XVI era uma
cenário que NÃO TINHA A BÍBLICA COMO ÚNICA REGRA DE FÉ DE PRÁTICA. Ou seja, eles tinham a bíblia como uma fonte,
uma regra de fé e prática, mas TAMBÉM A TRADIÇÃO DA IGREJA E AS BULAS PAPAIS. Ou
seja, A BÍBLIA, A TRADIÇÃO E AS BULAS PAPAIS tinham à época, e ainda hoje é assim,
exatamente o MESMO VALOR DAS ESCRITURAS SAGRADAS.
É
por isso que quando você vai conversar com um Católico Romano que entenda um pouco
da teologia de sua teologia e pergunta “onde eles veem na bíblia Maria sendo
assunta aos céus, elevadas aos céus”? (esse é um dos mais importantes dogmas
católicos) Eles responderão: “não
precisa ter na bíblia. A tradição da igreja ensina que foi assim”.
Da
mesma forma quando Lutero perguntava “em que parte da bíblia vocês veem o
ensinamento para vender perdão, vender salvação”, eles respondiam: “Não
precisa. A bula papal diz que deve ser assim”.
Então,
a Luta de LUTERO e de outros reformadores do século XVI, como Calvino e tantos
outros, era contra esse erro acerca da
doutrina da Salvação, que ensinava salvação pelas obras. Contra isso LUTERO e
os outros gritavam bem alto: NÃO É ISSO QUE AS ESCRITURAS ENSINAM. SOBRE
SALVAÇÃO OU QUALQUER OUTRO ASSUNTO, SOMENTA
A ESCRITURA DEVE SER CONSIDERADA COMO AUTORIDADE NO ASSUNTO. SOLA
SCRIPTURA – SOMENTE A ESCRITURA, NADA MAIS.
sábado, 8 de julho de 2017
SOLA SCRIPTURA - Parte 2/5
1- O
QUE NÃO É O SOLA SCRIPTURA:
Sola
Scriptura, Somente a Escritura, não significa uma rejeição à teologia e a
outros textos que têm a intenção de interpretar as Escrituras. É importante
dizer isso porque é comum ouvirmos algo do tipo: “não quero saber de livros
como confissão de Fé e Catecismo, meu negócio é com a bíblia; só me interessa a
bíblia; somente a bíblia”. Isso parece piedade e apego às Escrituras, mas não
passa de um argumento falacioso. Teria validade se tão somente a pessoa se
limitasse a ler a bíblia, mas a partir do momento que ela lê e quer entender,
ela já está interpretando. Eu costumo dizer o seguinte pra essas pessoas: “eu
tenho a sua interpretação das escrituras, que nunca leu um livro de teologia na
vida e tenho a interpretação de 121 dos melhores teólogos do século XVII que se
debruçaram sobre vários assuntos da bíblia, por longos 5 anos e 7 meses, na
assembleia de Westminster. E concluo: você acha que devo ficar com qual
interpretação? Obviamente que com a dos teólogos de Westminster.
2- O
QUE É O SOLA SCRIPTURA
A
expressão latina traduzida por SOMENTE A ESCRITURA significa que absolutamente
nada deve servir como base para nossas práticas religiosas, para nossas
práticas cúlticas, para nosso pensamento doutrinário e teológico e até para
nossa prática de vida. Daí a afirmação confessional: “A BÍBLIA É A NOSSA ÚNICA
REGRA DE FÉ E DE PRÁTICA”. Não uma regra, mas A ÚNICA regra de Fé e de Prática.
O
texto que lemos no início (Salmo 119:105) indica que havia um entendimento no
VT que todos os desígnios para o povo de
Deus deveria emanar da própria palavra de Deus, quer por ESCRITURA JÁ ESCRITA,
como o caso da LEI, quer por alguma palavra vinda do próprio Deus a partir da
BOCA DOS PROFETAS, através DAS PROFECIAS e REVELAÇÕES ou de alguma
manifestação de algum dom espetacular concedido por Deus, como o sonho, por
exemplo. Voltaremos a esse assunto mais adiante. Por hora basta entender que
quando o SALMISTA afirma ser a PALAVRA DE DEUS lâmpada para seus pés, indica
que “A revelação de Deus fornecia o discernimento para guiar os justos.
Consequentemente, eles não tropeçariam nas trevas. Ou
seja, não havia, na mente deles, nenhuma outra fonte que pudesse ditar e
iluminar os caminhos por onde deveriam trilhar, senão A PALAVRA DE DEUS, nesta
época, ainda trazida de forma ordinária, bem como extraordinária.
sábado, 1 de julho de 2017
SOLA SCRIPTURA - Parte 1/5
“Lâmpada
para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho” (Salmo 119:105).
INTRODUÇÃO:
Em
2017 estamos comemorando 500 anos da Reforma Protestante, ocorrida no século
XVI. Na verdade, a Reforma não deveria
ser considerada um movimento pontual, circunscrito apenas ao século XVI. De
forma que, em qualquer tempo em que servos de Deus se levantem corajosamente
contra erros teológicos, doutrinários ou heresias, aí estará havendo uma Reforma:
“Ecclesia Reformata et Semper Reformanda
Est”. Porém, fixaremos nosso olhar no século XVI, em virtude
dessa comemoração.
Pra
entendermos um pouco acerca do cenário encontrado por Lutero e por outros Reformadores,
devemos retroceder ao século IV. Mais precisamente a 313 d.c, quando assume o
governo do Império Romano um homem chamado Costantino, depois de anos de
violenta perseguição aos cristãos, desde Atos capítulo 8. Vendo que todo o
massacre imposto à igreja de Cristo tinha sido em vão, o imperador Constantino
disse ter se convertido ao Cristianismo, numa espécie de atitude muito parecida
com aquela que se diz de um inimigo muito forte: “se não pode vencê-lo,
junte-se a ele”. Sua conversão é contestada por muitos historiadores, que parecem
sugerir que teria sido uma decisão política e estratégica.
Constantino,
então, em 325, emite um decreto proibindo a perseguição aos cristãos. Mais que
isso: o cristianismo agora se tornaria a região oficial do Estado. Isso trouxe duas consequências para o
Cristianismo:
Uma
positiva: os Cristãos deixaram de ser perseguidos e barbaramente mortos.
A
outra foi terrível: como não era boa política ser de uma religião diferente da
do Imperador, muitas pessoas acabaram vindo para o Cristianismo sem a devida
conversão.
A
partir disso, a genuína igreja de Cristo no ocidente começou a entrar num
processo de afastamento das escrituras e, como consequência, de gradação moral.
Isso só piorou quando no século V o Bispo da Igreja de Roma se autodenominou “maioral
dentre todos os outros Bispos”, devido seu poderio bélico e sua influência
política desenhando, assim, um processo de centralização de poder na igreja,
que culminaria com a estrutura da Igreja Católica Romana Romana como conhecemos hoje.
A igreja do ocidente ia de
mal a pior. Umberto Ecco, em seu livro “O nome da Rosa”, que conta a história
da igreja no século XIII, retratou bem a situação em que a igreja se encontrava:
não era raro padres e religiosos sacrificando a demônios nos porões da igreja,
depois das missas.
Quando
a genuína igreja de Cristo, no ocidente, chega ao século XVI já está completamente desviada dos preceitos
da palavra de Deus. Aqui temos uma grave advertência: se a igreja de Deus se
corrompeu no passado também pode se corromper hoje, bastando para isso começar
fazendo pequenas concessões, sob a aprovação e olhar passivo de sua liderança.
Mas nada é tão ruim que não possa piorar: a igreja, então, passou a vender
indulgências, que em última análise é a venda de perdão, de salvação das almas
presas no purgatório. Isso foi a gota d’água que faltava para estourar de vez a
Reforma Protestante.
O
restante da história todos já conhecem: Lutero fixou 95 teses na porta da
Abadia de Wintemberg, na Alemanha, onde era padre, monge agostiniano,
combatendo todos os erros da igreja de sua época e UM DESSES ERROS TINHA A VER
COM O TEMA QUE ESTAREMOS ABORDANDO: A AUTORIDADE DAS ESCRITURAS. Teria a igreja
autoridade para assumir uma prática religiosa sem que essa tenha embasamento
nas sagradas escrituras? Essa era a grande questão que norteou todas os embates
dos Reformadores contra a igreja católica.
Vale
salientar, ainda, que apesar da Alemanha ser considerada como berço da Reforma
Protestante, não é justo circunscrever e resumir o movimento da Reforma do
século XVI a esse país e ao próprio Lutero. Movimentos de repulsa e combate aos
desmandos da igreja medieval já ocorriam em várias partes, como por exemplo, na
Escócia, na França, na Suíça e na própria Itália. Também não é correto dizer
que esse movimento tenha iniciado e terminado no século XVI. Em todos os
desvios da igreja e do povo de Deus, Ele sempre preservou seus servos para
realizar o contraditório e trazer a igreja de volta aos caminhas dos Seus
preceitos. O padre John Huss, queimado vivo em Constança, no século XIII, já lutava
contra os erros da Sé Romana.
O
resumo de todas as lutas e combates dos Reformadores do século XVI podem ser
resumidas no que comumente é chamado de OS SOLAS DA REFORMA. ABORDAREMOS UM
DESSES SOLAS:
TEMA: SOLA SCRIPTURA.
Sola Scriptura significa: SOMENTE A ESCRITURA. Dividiremos nossa
explanação, depois desse apanhado histórico, da seguinte forma:
1-
O QUE NÃO É O SOLA SCRIPTURA;
2-
O QUE É O SOLA SCRIPTURA;
3-
O EMBATE ENTRE O SOLA SCRIPTURA E OS ERROS DA IGREJA NO SÉCULO XVI;
4-
O EMBATE ENTRE O SOLA SCRIPTURA E O PENTECOSTALISMO NO SÉCULO XIX E XX;
5-
O EMBATE ENTRE O SOLA SCRIPTURA E O RELATIVISMO NOS
NOSSOS DIAS.
domingo, 28 de maio de 2017
O OLHAR DOS PRESBITERIANOS FRENTE À HOMOSSEXUALIDADE
Antes de tudo...
É
preciso entender que “Presbiteriano” não é o nome de uma igreja e, sim, o nome
de um regime de governo, onde alguns governam todos. Portanto, toda igreja que
é governada por presbíteros pode ser chamada de presbiteriana;
É
preciso entender também que a “Igreja Presbiteriana” não tem um governo
mundial, como a igreja católica, por exemplo. Portanto, não há nenhuma ligação governamental entre os presbiterianos existentes nos mais variados países e até mesmo há "presbiterianos" e "presbiterianos" numa mesma localidade, sem, contudo, terem nenhum tipo de relação eclesiástica, necessariamente.
É
preciso entender que existem várias “Igrejas Presbiterianas”; uma independente da outra. Por exemplo: Igreja Presbiteriana Conservadora, Igreja Presbiteriana Independente e muitas outras que têm se mantido fieis ao princípio de ter na bíblia sua única regra de fé e de prática. Outras, porém, tendo abraçado o liberalismo teológico, que relega as opiniões bíblicas a um plano quase que inexpressível, têm se desviado dos preceitos mais basilares da Reforma Protestante e da ortodoxia Cristã, a exemplo da Igreja Presbiteriana Unida e da PCUSA, ambas com um olhar inclusivo em relação à homossexualidade, permitindo até mesmo a ordenação de homossexuais ao ofício de ministros.
É
preciso entender, por fim, que o olhar que apresentaremos é o olhar da IPB – IGREJA
PRESBITERIANA DO BRASIL frente à difícil questão da homossexualidade.
Esse
OLHAR DOS “PRESBITERIANOS DO BRASIL” será dividido da seguinte forma:
a)
Do ponto de vista da definição da homossexualidade;
b)
Do ponto de vista bíblico;
c)
Do ponto de vista confessional;
d)
Do ponto de vista de seus documentos mais recentes.
Passemos
a analisar, portanto, cada um desses pontos de vista:
a) Do ponto de vista da
definição da homossexualidade:
TEORIAS
sobre as possíveis causas da homossexualidade:
a1) DETERMINISMO BIOLÓGICO: afirma
que os homossexuais simplesmente nasceram assim e que isso não pode ser mudado.
O principal ícone dessa teoria é Alfred Kinsey. Outro pesquisador, Simon Levay,
importante defensor dessa teoria, chega a afirmar que a causa da
homossexualidade é uma alteração nos
neurônios. O grande problema dessa
teoria é que Faltam evidências
empíricas comprobatórias;
a2) DISTÚRBIO MENTAL: afirma
que a homossexualidade é causada por distúrbios mentais. Em 1973 a Associação
Psiquiátrica Americana retirou a homossexualidade da relação de doenças mentais;
a3) FATORES PSICOSSOCIAIS: A
maneira como a criança é criada vai determinar sua sexualidade. A teoria Queer
parece seguir esse modelo teórico, levando-o ao extremo, afirmando que a orientação sexual e a identidade sexual ou de gênero dos indivíduos são o
resultado de um “constructo social”. Muitos desavisados e outros tantos por pura má-fé, têm
ensinado os conceitos da teoria Queer como uma verdade absoluta, como se fora
algo naturalmente dado e inquestionável. Mas ela é apenas uma teoria, carente,
inclusive, de provas factuais e inequívocas.
Um
fato digno de nota é que a maioria esmagadora das teorias anula o aspecto
volitivo do indivíduo homossexual.
a4)
Diante da falta de evidências inequívocas, as igrejas cristãs tradicionais, entre
as quais a IPB, entendem que é mais correto pensar na homossexualidade como uma
PREFERÊNCIA ADQUIRIDA. É
evidente que as influências psicossociais têm seu grau de comprometimento na
apresentação, influência e encantamento do indivíduo quanto à homossexualidade. Contudo, o fator
preponderante para causar a homossexualidade não é outro senão a decisão individual de adotar tal comportamento.
b) Do ponto de vista bíblico:
A
IPB é uma igreja Reformada que tem a bíblia como sua ÚNICA regra de fé e de
prática. Portanto, seu olhar sobre a homossexualidade,
antes de qualquer coisa, é o olhar da
bíblia sobre a homossexualidade, à luz da interpretação da Teologia
Reformada e da ortodoxia cristã.
Portanto,
nesse sentido, a IPB entende que a prática homossexual, juntamente com outras
práticas sexuais, como o adultério, a fornicação, prostituição e a bestialidade
(necrofilia, zoofilia, etc), são práticas pecaminosas;
pecado.
Por
que pecado? Porque são práticas CONTRÁRIAS ao que Deus determinou como práticas
naturais e adequadas, em sua palavra. Pecado é tudo que vá de encontro aos preceitos,
ordenanças e mandamentos de Deus.
Nesse
sentido, alguns ativistas homossexuais têm perguntado: O que fazer com o desejo
homossexual?
A
IPB, à luz das escrituras, entende que a tentação, em si, não constituí pecado.
Só há pecado quando o indivíduo cede à essa tentação. Logo, a resposta é a
mesma que seria dada para um homem
casado que se sente tentado por outra mulher ou para um jovem que quer transar
com sua namorada antes do casamento: A bíblia ensina que todas essas práticas são pecaminosas e praticá-las se
constitui desobediência à Deus, que claramente proibiu tais práticas em sua
palavra. Portanto, todos devem lutar para não cair nesses pecados.
Vejamos
alguns textos bíblicos que tratam da questão da homossexualidade:
ALGUNS
TEXTOS DO VELHO TESTAMENTO:
GN
1:26-27: Deus, portanto, criou os seres humanos à sua imagem, à imagem
de Deus os criou: macho e fêmea os criou. Deus os abençoou e lhes ordenou:
“Sede férteis e multiplicai-vos! Povoai e sujeitai toda a terra; dominai sobre
os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todo animal que rasteja sobre a
terra;
Lv
18:22 Não te deitarás com varão, como se fosse
mulher; é abominação.
Dt
23:18 não trarás o salário da prostituta nem o aluguel do
sodomita para a casa do Senhor teu Deus por qualquer voto, porque uma e outra
coisa são igualmente abomináveis ao Senhor teu Deus.
1Re
15:12 Porque tirou da terra os sodomitas, e removeu todos
os ídolos que seus pais tinham feito.
ALGUNS
TEXTOS DO NOVO TESTAMENTO:
Mateus
19:4-6 Não tendes lido que, no princípio, o Criador
os fez macho e fêmea e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe e se unirá à
sua mulher, e serão dois numa só carne? Assim não são mais dois, mas uma só
carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem;
1Co
6:9 Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus?
Não vos enganeis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os
efeminados, nem os sodomitas;
1Tm
1:10 para
os devassos, os sodomitas, os roubadores de homens, os mentirosos, os perjuros,
e para tudo que for contrário à sã doutrina;
Rm
1:26-27 Pelo que Deus os entregou a paixões infames. Porque
até as suas mulheres mudaram o uso natural no que é contrário à natureza;
semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se
inflamaram em sua sensualidade uns para como os outros, varão com varão,
cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a devida recompensa do seu erro;
C) Do ponto de vista confessional
A IPB, por ser uma igreja confessional, tem registrado,
de forma clara, tudo aquilo que confessa crer, através da Confissão de Fé de
Westminster e dos Catecismos Maior e Breve de Westminster. Vejamos:
CATECISMO MAIOR:
24.
Que é pecado? Pecado é qualquer
falta de conformidade com a lei de Deus, ou a transgressão de qualquer lei por
Ele dada como regra, à criatura raciona. Rom. 3:23; 1 João 3:4; Gal. 3:10-12.
138. Quais são os deveres
exigidos no sétimo mandamento?
Os deveres exigidos no sétimo mandamento são: castidade no corpo, mente, afeições, palavras e comportamento; e a preservação dela em nós mesmos e nos outros; a vigilância sobre os olhos e todos os sentidos; a temperança, a conservação da sociedade de pessoas castas, a modéstia no vestuário, o casamento daqueles que não têm o dom da continência, o amor conjugal e a coabitação; o trabalho diligente em nossas vocações; o evitar todas as ocasiões de impurezas e resistir às suas tentações.Jr 5:7; Pv 2:16,20;5:8,18,19;23:31,33;31:27; Mt 5:28; I Ts 4:4,5; Ef 4:29; Cl 4:6; I Pe 3:2,7; I Co 5:9;7:2,5,9; I Tm 2:9;5:13,14; Tt 2:4,5;
139.
Quais são os pecados proibidos no sétimo mandamento?
Os pecados proibidos no sétimo mandamento, além da negligência dos deveres exigidos, são: adultério, fornicação, rapto, incesto, sodomia e todas as concupiscências desnaturais; todas as imaginações, pensamentos, propósitos e afetos impuros; todas as comunicações corruptas ou torpes, ou o ouvir as mesmas os olhares lascivos, o comportamento impudente ou leviano; o vestuário imoderado; a proibição de casamentos lícitos e a permissão de casamentos ilícitos [.. ] e todas as demais provocações à impureza, ou atos de impureza, quer em nós mesmos, quer nos outros.Lv 18:1-21;19:29;20:15,16; Jr 5:7; Pv 4:23,27;5:7,8; II Sm 13:14; II Rs 23:7; Ml 2:16; Ez 16:49; Gl 5:19; Ef 5:5,11; Mt 5:32;19:5,10-12;Mc 6:18,22; I Co 5:1,13;7:2,12,13; Rm 1:26,27;13:13,14;I Tm 4:3;5:14,15; I Pe 4:3; II Pe 2:17,18; Hb 13:4.
CONFISSÃO DE FÉ, CAPÍTULO XXIV - DO
MATRIMÔNIO E DO DIVÓRCIO
I. O casamento deve ser entre um homem e uma
mulher; ao homem não é licito ter mais de urna mulher nem à mulher mais de
um marido, ao mesmo tempo.Gen. 2:24; Mat. 19:4-6; Rom. 7:3. II. O matrimônio
foi ordenado para o mútuo auxílio de marido e mulher, para a propagação
da raça humana por uma sucessão legítima e da Igreja por uma semente santa, e
para impedir a impureza. Gen. 2:18, e 9:1; Mal.2:15; I Cor. 7:2,9.
C) Do ponto de vista de seus
documentos mais recentes
Manifesto Presbiteriano sobre a
PL-122:
II – Quanto à chamada LEI DA
HOMOFOBIA, que parte do princípio que toda manifestação contrária ao
homossexualidade é homofóbica, e caracteriza como crime essas manifestações, a
Igreja Presbiteriana do Brasil repudia a caracterização da expressão do ensino
bíblico sobre o homossexualidade como sendo homofobia, ao mesmo tempo em que
repudia qualquer forma de violência contra o ser humano criado à imagem de
Deus, o que inclui homossexuais e quaisquer outros cidadãos. Visto que: (1) a
promulgação da nossa Carta Magna em 1988 já previa direitos e garantias
individuais para todos os cidadãos brasileiros; (2) as medidas legais que
surgiram visando beneficiar homossexuais, como o reconhecimento da sua união
estável, a adoção por homossexuais, o direito patrimonial e a previsão de
benefícios por parte do INSS foram tomadas buscando resolver casos concretos
sem, contudo, observar o interesse público, o bem comum e a legislação pátria
vigente; (3) a liberdade religiosa assegura a todo cidadão brasileiro a
exposição de sua fé sem a interferência do Estado, sendo a este vedada a
interferência nas formas de culto, na subvenção de quaisquer cultos e ainda na
própria opção pela inexistência de fé e culto; (4) a liberdade de expressão,
como direito individual e coletivo, corrobora com a mãe das liberdades, a
liberdade de consciência, mantendo o Estado eqüidistante das manifestações
cúlticas em todas as culturas e expressões religiosas do nosso País; (5) as
Escrituras Sagradas, sobre as quais a Igreja Presbiteriana do Brasil firma suas
crenças e práticas, ensinam que Deus criou a humanidade com uma diferenciação
sexual (homem e mulher) e com propósitos heterossexuais específicos que
envolvem o casamento, a unidade sexual e a procriação; e que Jesus Cristo
ratificou esse entendimento ao dizer, “. . . desde o princípio da criação, Deus
os fez homem e mulher” (Marcos 10.6); e que os apóstolos de Cristo entendiam
quea prática homossexual era pecaminosa e contrária aos planos originais de
Deus (Romanos 1.24-27; 1Coríntios 6:9-11). Ante ao exposto, por sua doutrina,
regra de fé e prática, a Igreja Presbiteriana do Brasil MANIFESTA-SE contra a
aprovação da chamada lei da homofobia, por entender que ensinar e pregar contra
a prática do homossexualidade não é homofobia, por entender que uma lei dessa
natureza maximiza direitos a um determinado grupo de cidadãos, ao mesmo tempo
em que minimiza, atrofia e falece direitos e princípios já determinados
principalmente pela Carta Magna e pela Declaração Universal de Direitos
Humanos; e por entender que tal lei interfere diretamente na liberdade e na
missão das igrejas de todas orientações de falarem, pregarem e ensinarem sobre
a conduta e o comportamento ético de todos, inclusive dos homossexuais. Portanto,
a Igreja Presbiteriana do Brasil não pode abrir mão do seu legítimo direito de
expressar-se, em público e em privado, sobre todo e qualquer comportamento
humano, no cumprimento de sua missão de anunciar o Evangelho, conclamando a
todos ao arrependimento e à fé em Jesus Cristo.Patrocínio, Minas Gerais, abril
de 2007 AD.Rev. Roberto Brasileiro Presidente do Supremo Concílio da Igreja
Presbiteriana do Brasil.
Nota: Palestra proferida no Fórum Interreligioso Petrôno Portela, em Jaboatão dos Guararapes:
Nota: Palestra proferida no Fórum Interreligioso Petrôno Portela, em Jaboatão dos Guararapes:
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