3º) Em terceiro
lugar, depois dessas informações, veremos sobre algumas características
peculiares acerca do SER de Deus:
a)
Singularidade:
Deus é único, sem par. Não há outro como
Ele, além Dele. Existem muitos textos que comprovam essa singularidade. Vejamos
alguns: Dt 6:4, 32:39, I Rs 8:60-61, I Cor 8:4,6 e Ef 4:5-6.
Se houvesse mais de um Deus, não haveria Deus de fato. O politeísmo nega o Absoluto, nega a Última Causa, nega a independência de Deus, nega a imutabilidade de Deus, nega a eternidade de Deus (CAMPOS, 2002, p.13).
Se houvesse mais de um Deus, não haveria Deus de fato. O politeísmo nega o Absoluto, nega a Última Causa, nega a independência de Deus, nega a imutabilidade de Deus, nega a eternidade de Deus (CAMPOS, 2002, p.13).
b)
Imanência e Transcendência
A imanência e a transcendência de Deus,
segundo Millard Erickson, “não deveria
se consideradas como atributos de Deus” (CAMPOS, 2002, p.14). De fato, são
conceitos muito mais ligados ao que Deus é, portanto, ao ser SER, que às
qualidades que possui.
O Teísmo tem uma visão correta acerca do
SER de Deus; é assim que as Escrituras apresenta Deus. Um Deus que é, ao mesmo
tempo IMANENTE (que se relaciona com a criação) e TRANSCENDENTE (que está acima
da criação).
Isso parece um assunto distante de nós,
mas está mais perto que imaginamos. Por exemplo, tem uma música que cantamos em
nossas igrejas, cuja a letra está errada e para cantarmos precisamos fazer uma
modificação teológica. A música diz “és Deus de perto e não de longe”. Ou seja,
ensina que Deus se relaciona conosco e que não é um Deus que também está longe,
transcendente. O problema é que a bíblia ensina tanto a imanência de Deus (o
Deus que se relaciona com sua criação) quanto a transcendência de Deus (o Deus
que é superior e que está acima de nós).
b1) IMANÊNCIA
Como
já deixamos claro, diz respeito ao relacionamento de Deus com o mundo criado,
especialmente com o ser humano e sua história. Deus se envolve com a história
humana. Vejamos alguns textos: Mt 1:23, Ex 3:7-8, Sl 104:27-30, Hb 4:15.
Perigos da Imanência:
Perigos da Imanência:
Além do Panteísmo, que é a identificação
exacerbada da criatura com o criador, gerando fusão e confusão entre um e
outro, outro grande perigo que deve ser evitado no que diz respeito a doutrina
da Imanência é, segundo Herber Campos, a “identificação
de Deus com Satanás”.
Citando
Karl Barth, ele lembra de dois casos em que cristãos associaram momentos
políticos com a obra de Deus cumprindo seus propósitos: o primeiro tem conexão
com a política de guerra de Kaiser Wilhelm e o segundo quando alguns cristãos
consideraram as políticas de Adolf Hitler e do Nazismo como uma atividade de
Deus no mundo.
Interessante
porque percebemos essa característica nas manifestações contra Dilma. Vários
cristãos afirmando que estão agindo em conformidade com Deus e com seus
princípios. Isso pode ser considerado uma distorção da doutrina da imanência de
Deus.
b2) TRANSCEDÊNCIA:
Essa
doutrina está presente em todas as religiões teístas. É a doutrina que fala que
Deus está assentado nas alturas, no seu trono, sendo um Deus separado da sua
criação e independente dela. Vejamos alguns textos: Isaías 55:8-9, Apo 4:1-11.
Perigos da Transcendência:
O
principal erro a ser combatido para quem crê na doutrina da transcendência de
Deus é o perigo do deísmo, que crê num Deus distante e sem qualquer
relacionamento com o homem e com sua história, negando a doutrina da
providência divina, trazendo como consequência o pensamento da não necessidade
de orar a Deus. A principal figura que exemplifica o deísmo é um relógio, cujo
seu criador o constrói e depois não tem mais nenhum compromisso ou
relacionamento com ele.
b3)
IMANÊNCIA e TRANSCEDÊNCIA lado a lado.
Isaias 6:1-5, Salmo 113:5-7, Isaias 57:15, Lucas 2:14, Salmo 47:8
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