Há 492 anos as “marteladas retumbantes” do monge agostiniano Martinho Lutero puseram fim a um longo e doloroso processo de tentativa de “reforma” da então única igreja cristã do ocidente. A partir do século V, com a chamada “pretensão petrina”, a igreja romana intensificou um verdadeiro processo de afastamento das Sagradas Escrituras. Desde então, muitos se levantaram contra esses desvios e desmandos do clero. Muitos morreram - fato comum aos verdadeiros profetas da verdade -, servindo, alguns, de combustível para as fogueiras romanas. Não é necessário repetirmos quantas vidas foram “doadas” em prol dessa “Reforma”. Mas, o fato é que Lutero, apesar de ter a mesma intenção dos chamados pré-reformadores, isto é, o retorno da igreja ocidental às Escrituras Sagradas - reforma -, não conseguiu, pelo menos no que diz respeito à igreja visível, atingir seu objetivo. Na verdade, o que houve foi uma “ruptura” e a formação de outro grupo religioso e não a intentada reforma da igreja que já existia. As bruscas atitudes de Lutero, em relação a Roma, e suas pesadas “afirmações significaram seu rompimento definitivo e irrevogável com a igreja papal” (NICOLLS, 2002, p.159). Como bem sabemos, mesmo antes do século XVI, a insatisfação com a igreja papal era geral. Protestos e levantes ocorriam em todas as partes do mundo. Isso nos faz levantar as seguintes questões: será que a “Reforma” não ocorreria, naturalmente, dentro da própria igreja romana se não tivesse havido a ruptura Luterana? Será que Lutero não precipitou-se na empolgação dos importantes apoios políticos que recebera? O que diriam os chamados “pré-reformadores” que “doaram” suas vidas para que a igreja fosse “reformada”, se tivessem a oportunidade de saber que não foi isso que ocorreu? O que diria John Huss, queimado em Constança, tendo sido violado o seu salvo-conduto? Se a igreja não foi “reformada”, morri em vão? Devemos aprender com a história. Fala-se muito que a IPB precisa, urgentemente, passar por uma “nova reforma”. Novos “Luteros Presbiterianos”, têm surgido, com o “mesmo martelo na mão”, dispostos, inclusive, a provocarem “novas rupturas”. É isso que queremos? Certamente que não! Não podemos negar que muitos líderes da IPB (e não a IPB) estão, perigosamente, se desviando das verdades escriturísticas, sistematizadas através dos seus símbolos de fé: Confissão e Catecismos de Westminster. Contudo, “atitudes isoladas” - quem sabe motivadas pela cobiça à fama de Lutero – em nada contribuem para a melhoria da IPB como instituição. Por que todos querem ser Lutero e não Huss? Todos que amam as “antigas doutrinas da graça” e que querem a firmeza doutrinária da IPB devem “doar” suas vidas, assim como fez John Huss, em busca desse objetivo e não dar “marteladas” anacrônicas, fixando posturas extremadas que só servem para dividir, torná-los chatos e criar antipatia pelos ideais da reforma protestante.
Será que a “Reforma” não ocorreria, naturalmente, dentro da própria igreja romana se não tivesse havido a ruptura Luterana? NÃO TEMOS COMO SABER, POIS NÃO FOI ASSIM QUE DEUS ESCREVEU A HISTÓRIA, TENTAR DISCORRER SOBRE ESSE PONTO É PURA ESPECULAÇÃO.
ResponderExcluirSerá que Lutero não precipitou-se na empolgação dos importantes apoios políticos que recebera? A DIFERENÇA ENTRE LUTERO E HUS É QUE ÀQUELE DEUS LIVROU DA MORTE E A ESTE NÃO.
John Hus deu continuidade a obra de John Wycliffe, Lutero deu continuidade a obra de John Hus, Ulrico Zuínglio deu continuidade a obra de Lutero, João Calvino deu continuidade a obra de Ulrico Zuínglio. Cada um mediante a graça de Deus contribuiram para a Reforma. Tanto o sangue de John Hus quanto as “marteladas” anacrônicas de Martinho Lutero.
Será que Fábio Jose não precipitou-se na empolgação dos seus comentários no Blog?
fixando posturas extremadas que só servem para dividir, torná-los chatos e criar antipatia pelos ideais da reforma protestante.
Todos que amam as “antigas doutrinas da graça” e que querem a firmeza doutrinária da IPB devem “doar” suas vidas, assim como fizeram John Huss, e Matinho Lutero com suas “marteladas” anacrônicas e não estar fixando posturas extremadas que só servem para dividir, torná-los chatos e criar antipatia pelos ideais da reforma protestante