As grandes empresas investem pesado em Pesquisas de Satisfação do Cliente - PSC. Isso é muito importante, pois, com a concorrência, se o cliente não é bem tratado, além de não voltar, ainda procurará a concorrência. Essas pesquisas objetivam identificar possíveis falhas no atendimento ou ainda aspectos que não estão de agrado da clientela. Nesse caso, a ordem é mudar para não perder o cliente.
Esses dias tive a oportunidade de ver e ouvir uma “Pesquisa de Satisfação do Culto Cristão - PSCC”.
Pelo que pude entender, a história era mais ou menos assim:
Um pastor pentecostal havia convidado um grupo de irmãos, também pentecostais, a assistirem um culto em sua igreja. Após o culto, esse grupo e o pastor, conversavam alegre e triunfantemente, enquanto seguiam viajem. Mas, o que me chamou a atenção foi a preocupação daquele pastor com a satisfação daqueles clientes, ou melhor, daqueles irmãos. Vou tentar reproduzir o diálogo com fidelidade, omitindo, obviamente, os nomes:
- Irmão fulano, o irmão ficou satisfeito com o culto? E o senhor irmão cicrano? O culto foi de seu agrado? Indagava insistentemente o preocupado pastor.
- Sim claro, não tenho do que reclamar; ninguém tem do que reclamar, reforçou um deles.
- Eu também fiquei satisfeitíssimo, por mim não acabava nunca! Completou o outro.
Esses dias tive a oportunidade de ver e ouvir uma “Pesquisa de Satisfação do Culto Cristão - PSCC”.
Pelo que pude entender, a história era mais ou menos assim:
Um pastor pentecostal havia convidado um grupo de irmãos, também pentecostais, a assistirem um culto em sua igreja. Após o culto, esse grupo e o pastor, conversavam alegre e triunfantemente, enquanto seguiam viajem. Mas, o que me chamou a atenção foi a preocupação daquele pastor com a satisfação daqueles clientes, ou melhor, daqueles irmãos. Vou tentar reproduzir o diálogo com fidelidade, omitindo, obviamente, os nomes:
- Irmão fulano, o irmão ficou satisfeito com o culto? E o senhor irmão cicrano? O culto foi de seu agrado? Indagava insistentemente o preocupado pastor.
- Sim claro, não tenho do que reclamar; ninguém tem do que reclamar, reforçou um deles.
- Eu também fiquei satisfeitíssimo, por mim não acabava nunca! Completou o outro.
Teve ainda outra parte do diálogo que não vou publicar, pois já tenho a injusta fama de “pegar no pé” dos irmãos pentecostais e não quero ser chato. Eu devo ter entendido errado quando um “daqueles” irmãos, timidamente e quase sussurrando, disse ao “referido” pastor: "o senhor abriu a bíblia mas não leu texto algum". Imaginem só! Tive até a impressão de ter ouvido o pastor se justificando: “e a experiência do pastor aqui? Não conta não é?". Bom, como não tenho certeza se o que ouvi foi isso mesmo, pulemos essa parte.
O fato é: os clientes/irmãos ficaram satisfeitos; logo, está tudo bem e nenhuma mudança precisa ser feita. A igreja estava até lotada, “tinha umas 150 pessoas”, disse um deles. Uma postura assumidamente pragmática.
Seria engraçado se não fosse trágico. Afinal, quem é que deve estar satisfeito ou não satisfeito com o culto? Os adoradores ou Aquele a quem é dirigida a adoração? Essa é a realidade do culto hoje em dia. Um culto antropocêntrico, voltado para a satisfação do homem e de seus caprichos. Quem já nao ouviu expressões do tipo: “O culto hoje foi morgado”, “o culto hoje foi muito bom”, “o culto hoje só teve hino feio”, “o culto hoje foi uma “bença”. Expressões como essas indicam para quem está sendo realizado os cultos na maioria das igrejas evangélicas: para o ego do homem. Para satisfazer o adorador e não o adorado; afinal, o adorador é quem dá o dízimo!
Mas, como toda moeda tem dois lados, o que acabamos de dizer acima é apenas um dos lados de um mesmo problema. O outro, diz respeito à idéia “equivocada” que alguns “Neo-Puritanos” têm do chamado “Princípio Regulador do Culto”.
O fato é: os clientes/irmãos ficaram satisfeitos; logo, está tudo bem e nenhuma mudança precisa ser feita. A igreja estava até lotada, “tinha umas 150 pessoas”, disse um deles. Uma postura assumidamente pragmática.
Seria engraçado se não fosse trágico. Afinal, quem é que deve estar satisfeito ou não satisfeito com o culto? Os adoradores ou Aquele a quem é dirigida a adoração? Essa é a realidade do culto hoje em dia. Um culto antropocêntrico, voltado para a satisfação do homem e de seus caprichos. Quem já nao ouviu expressões do tipo: “O culto hoje foi morgado”, “o culto hoje foi muito bom”, “o culto hoje só teve hino feio”, “o culto hoje foi uma “bença”. Expressões como essas indicam para quem está sendo realizado os cultos na maioria das igrejas evangélicas: para o ego do homem. Para satisfazer o adorador e não o adorado; afinal, o adorador é quem dá o dízimo!
Mas, como toda moeda tem dois lados, o que acabamos de dizer acima é apenas um dos lados de um mesmo problema. O outro, diz respeito à idéia “equivocada” que alguns “Neo-Puritanos” têm do chamado “Princípio Regulador do Culto”.
Esses acabam se enredando numa simples questão de interpretação (de língua portuguesa; não chega nem a ser de teologia). Por conta disso, querem transformar algo que é "apenas um princípio" em normas, em leis, em códigos e manuais.
Estarei, muito em breve, apresentando algumas linhas sobre esse assunto, com o objetivo de demonstrar que esse “princípio regulador do culto, que particularmente defendo e subscrevo, não serve e nunca servirá para as pretensas “puritonadas” desses "protótipos dos puritanos", tais como: a proibição das mulheres orarem no culto publico, salmodia exclusiva, proibição de instrumentos no culto, proibição de corais, solos, etc, etc. Aguardem!
Aguardo ansiosamente algo sobre esse assunto, presbítero.
ResponderExcluirAbraços!
Assim como meu irmão Bruno, passo a ser mais um: estou "ansiosamente" aguardando a continuidade do assunto. Um abraço.
ResponderExcluirSou mais um a aguardar com ansiosidade a continuação do assunto. Agora, espero que essa continuação venha corroborada por farta comprovação exegética e teológica, e não simplesmente por acusações vazias e gerais contra os pobres cristãos neo-puritanos, como se as práticas aludidas no artigo não fossem comuns aos puritanos do passado, os quais as faziam não por condicionamento cultural, mas por motivações teológicas.
ResponderExcluirAlém disso, quero enfatizar que os desavisados às vezes são enganados pela língua. No caso específico, embora a designação seja "Princípio Regulador do Culto", e um princípio seja, de um ponto de vista científico, considerado semanticamente menos denso do que uma norma, por exemplo, contudo, em virtude de sua definição teológica, de que o culto agradável a Deus é aquele, e somente aquele absolutamente prescrito pela vontade revelada de Deus, o PRC é uma norma bem delimitada, e não um princípio no sentido comum e/ou jurídico, com margem ampla de aplicação e interpretação.
Em todo caso, estamos esperando, todos nós, neo-puritanos, sermos libertos da nossa torpe ignorância.
Fraternalmente,
Célio Lima.
Com todo respeito à sua pessoa, presbítero, isso me cheira a neo-presbiterianismo.
ResponderExcluirAs questões aqui levantadas remetem não a algo novo, mas a algo ampla e teologicamente defendido pelos velhos e bons puritanos e reformadores do passado. Basta para isso ler e entender o capítulo XXI da CFW adotada ainda hoje pelas igrejas Presbiterianas.
Não seria demais se o irmão procurasse fazer uma pesquisa histórica e teológica a respeito desse princípio.
Na pior das hipóteses, seria bom respeitar aos irmãos que querem também viver para a glória de Deus e mantêm esse posicionamento da tradição reformada com sinceridade de coração e que, ainda assim, conseguem conviver, tolerar, amar e respeitar a quem tem uma prática mais moderna.
Fraternalmente,
Heraldo Almeida
O pacote é completo: teologia, culto e vida antropocêntricas. O PSCC é tão antibíblico quanto as "puritonadas". Digo isso (sobre a forma de culto) a princípio, pois confesso que o meu entendimento sobre a PRC dos puritanos ainda é limitado. Até a próxima publicação, irei me informar mais ou para mudar de idéia ou para permanecer nela. Ainda não finquei o pé em nenhuma posição.
ResponderExcluirAbraço, irmão!
Parabéns pelo teu blog. Vou até colocar nos meus favoritos.
ResponderExcluirAproveitando a oportunidade, quero divulgar a rádio reformada - www.missaoreformada.com
Caros e queridos irmãos:
ResponderExcluirAgradeço muito a visita de todos. Agradeço também às críticas. Acho que o caminho é esse mesmo. As posturas extremadas e "blindadas" de críticas são sempre terríveis. Contudo, peço desculpas se utilizei alguma palavra desnecessariamente provocante. As vezes posso ter sido tomado pelo espírito de muitos neo-puritanos que se acham os únicos certos; de tal forma que aqueles que não igualmente a eles, são infiés. Longe de mim isso. Outra coisa...quero deixar claro que subscrevo, como oficial presbiteriano, o princípio regulador do culto. Dentro de alguns dias estarei publicando a continução do breve estudo. Minha intenção é contribuir com a verdade, por isso, aguardo suas críticas e contribuições.
Abraços a todos,
Em Cristo,
Presb.Fábio Correia
Este assunto hora discutido, me fez lembrar uma situação que vivi na minha infância quando fazia o estudo fundamental. Era passado nas classe uma pesquisa feita pela coordenação da escola. Entre as inúmeras perguntas, havia uma que sempre lembro: Qual a sua religião? Sem saber o que responder, respondia baseado na resposta do meu amigo ao lado: Sou católico. Eu não sabia absolutamente nada sobre o que significava ser católico, mas eu afirmava que eu era (católico). Penso que o mesmo tem acontecido com muitos que se dizem ser reformados, ou calvinistas. Muitos desses, tem pavor (para não dizer ódio)em ouvir o termo PURITANO. Particularmente, fico sem entender tão procedimento, pois via de regra, estão no minimo sendo incoerentes. Esquecem (se é que sabem), que os Simbolos de Fé de Westminster, os quais afirmaram ter aceitos, são frutos dos nossos irmãos puritanos do passado. Por outro lado, é certo que muitos que afirmam ser reformados calvinistas, são incoerentes com que professam. Por exemplo: Teologia memorizada: 10 (dez), mas, Vida Piedosa: 0 (Zero). Esses também, acabam caindo no erro da incoerência. Todavia, é bom lembrar que o problema não está com a Teologia Reformada, ou no caso tratado, com o Principio Regulador do Culto, e sim, com a forma que muitos, pelo seu livre-prazer, tem interpretado os documentos citados. Penso e vejo, que há irmãos e projetos sérios, que tem debaixo da Graça de Deus, tentado propagar o zelo pelo principio reformador do Só as Escrituras, tendo em vista, o Só a Deus Glória. Minha oração é que esse espaço, também tenha esses objetivos: Só as Escrituras, Só a Deus Glória...
ResponderExcluirGrande Fábio!!!
ResponderExcluirVocê criou uma expectativa muito grande nos seus leitores! E a mim também!!!
Vou aguardar seus próximos artigos sobre o Princípio Regulador do Culto.
Um abraço!!!
espero que o senhor saiba como ensinar aos puritanos o que È o prc. espero pela aula. vou convidar calvino os reformadores e os 121 puritanos que escreverao a cfw. boa aula!!!
ResponderExcluirCaro anônimo:
ResponderExcluirGostei da piada..rs. Muito boa, aproveite e convide também seus pares "neopuritanos"...rs. Na verdade não tenho tamanha petulância. Sei das minhas limitações e não tenho intenção de ensinar a ninguém (no máximo contribuir para a reflexão), apenas estou colocando meu ponto de vista que, aliás, é o da IPB também, e quando faço isso, aqui no blog, estou colocando realmente para provocar discussão e debates, coisa que acho extremamente salutar; mais preferível a ficar simplesmente balançando a cabeça para qualquer "novidade", seja neopentecostal seja neopuritana. Ambas, completamente estranhas à IPB e igualmente prejudiciais. Não devemos esquecer do ensinamento bíblico que diz "Até que todos cheguemos à unidade da fé [...] para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro"(Efésios 4.13-14). Contudo, já que ironizou quanto à aula, ensino, etc (inteligentemente, diga-se de passagem), permita-me também fazer o mesmo: acho que no ensino posso dar alguma pequena contribuição sim, na verdade "algumas", mas vou me deter apenas a uma:
1º) Os teólogos de Westminster já "escreveram" a confissão de fé e não mais "escreverão". A menos que seja algum complemento que está vindo por aí, e que eu não esteja sabendo; talvez com o fim de incluir "essas novas práticas" que não possuem nenhum embasamento na atual confissão?
De qualquer forma, muito obrigado pelo acesso e espero sempre contar com suas contundentes críticas. Repito: as críticas são muito importantes para a construção de uma religiosidade sadia. Espero em breve concluir minha contribuição (AGORA ratificada, inclusive, pelo Supremo Concílio da IPB, igreja que faço parte e que obedeço, no Senhor, sua liderança constituída).
Tudo de bom!
Que Deus o abençoe!
Presb.Fábio Correia
Vaaaaaaaaaaaaaaaaai por favor deixa eu entrar ?
ResponderExcluir( MANUELLA CORREIA )