O texto a seguir trata-se de um discurso proferido - pelo autor - na cerimônia religiosa da formatura de Licenciatura em Filosofia, na capela da Universidade Católica de PE, em 12/12/2003, onde foi graduado.
Como estamos em uma cerimônia religiosa, julguei ser oportuno refletirmos por alguns minutos sobre a importância da filosofia na produção de uma fé sadia e de uma teologia coerente. Geralmente se diz dos filósofos que são ateus e que a filosofia afasta o homem de Deus. Mas, o papel fundamental da filosofia é buscar e encontrar a verdade, esteja onde estiver. A filosofia não é um fim em si mesmo, mas um canal de investigação da verdade; de forma que é verdadeira a velha máxima: “A filosofia é a mãe de todas as ciências”. A expressão paulina já nos convida a “prestar um culto racional”. Diz ele: “apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso “culto Racional”. É evidente, caros colegas, caros ouvintes, que nossa religiosidade e até nossa fé devem ter um “parâmetro racional”, sob pena de tomarmos veneno para obedecer ao mandamento de desajustados líderes religiosos, mas não tão desajustados a ponto de ingerirem, eles próprios, o líquido letal. Sob pena também de acreditarmos que uma simples fenda numa rocha, causada pela ação erosiva do tempo, em um longínquo interior nordestino tenha sido causada pelas mães de Jesus Cristo, quando carregava a cruz que nos pertencia, só porque os “tutores de nossa fé” querem que acreditemos em tamanho homicídio histórico e geográfico. Poderíamos aqui também lembrar-nos de alguns expoentes da filosofia que nutriam algum tipo de religiosidade, a exemplo de Agostinho de Hipona, Tomas de Aquino, Kant, Descartes e tantos outros. Caros colegas filósofos, vivemos num contexto nunca visto antes. Precisamos dar nossa contribuição em perseguimos à verdade, com zelo, até encontrá-la, esteja onde estiver, e fazê-la vir à tona. A filosofia é, antes, um instrumento a serviço da produção de uma religiosidade sadia.
Como estamos em uma cerimônia religiosa, julguei ser oportuno refletirmos por alguns minutos sobre a importância da filosofia na produção de uma fé sadia e de uma teologia coerente. Geralmente se diz dos filósofos que são ateus e que a filosofia afasta o homem de Deus. Mas, o papel fundamental da filosofia é buscar e encontrar a verdade, esteja onde estiver. A filosofia não é um fim em si mesmo, mas um canal de investigação da verdade; de forma que é verdadeira a velha máxima: “A filosofia é a mãe de todas as ciências”. A expressão paulina já nos convida a “prestar um culto racional”. Diz ele: “apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso “culto Racional”. É evidente, caros colegas, caros ouvintes, que nossa religiosidade e até nossa fé devem ter um “parâmetro racional”, sob pena de tomarmos veneno para obedecer ao mandamento de desajustados líderes religiosos, mas não tão desajustados a ponto de ingerirem, eles próprios, o líquido letal. Sob pena também de acreditarmos que uma simples fenda numa rocha, causada pela ação erosiva do tempo, em um longínquo interior nordestino tenha sido causada pelas mães de Jesus Cristo, quando carregava a cruz que nos pertencia, só porque os “tutores de nossa fé” querem que acreditemos em tamanho homicídio histórico e geográfico. Poderíamos aqui também lembrar-nos de alguns expoentes da filosofia que nutriam algum tipo de religiosidade, a exemplo de Agostinho de Hipona, Tomas de Aquino, Kant, Descartes e tantos outros. Caros colegas filósofos, vivemos num contexto nunca visto antes. Precisamos dar nossa contribuição em perseguimos à verdade, com zelo, até encontrá-la, esteja onde estiver, e fazê-la vir à tona. A filosofia é, antes, um instrumento a serviço da produção de uma religiosidade sadia.
Irmão, dentre os expoentes da filosofia citados neste post, Kant tornou Deus tão distante, mas tão distante do homem, que "praticamente" é impossível ao homem conhecê-lo.
ResponderExcluirDe fato, a filosofia é, antes, um instrumento a serviço da produção e uma religiosidade sadia. Concordo com essa máxima. Vemos isso claramente em Agostinho, por exemplo. No entanto, irmão, parece-me que, no geral, os expoentes filosóficos fizeram dela campo de refutação quanto a existência de Deus. Que o digam os existencialistas Sartre e Nietzsche, cujas obras são como trofeus para a nossa sociedade pós-moderna.
Tenho uma pargunta ao irmão. Como eu devo entender Tomás de Aquino? Muitos o repudiam; outros o exaltam. Como sou iniciante em estudos filosóficos, fico confuso.
O irmão tem alguma obra sobre filosofia que vc me indicaria para ler? Gosto muito da área e tenhos somente os seguintes livros: "Questões Últimas da Vida-Ronald Nash", "Filosofia para Iniciantes-R.C.Sproul", algumas obras de Francis Schaeffer e outras mais voltadas para o pensamento naturalista.
Ah! Quanto ao que nós do blog UMPC-Gyn pudermos ajudar no seu blog, é só nos pedir a informação que tentaremos dar algumas dicas de melhora para o layout do seu, ok? Obrigado pela intereação, Filósofo Calvinista. Obrigado também pelos comentários estimulantes!
Grande abç.
Graça e paz, em Jesus, o Filho de Deus. Amém!
Soli Deo gloria.
Caro irmão Danilo:
ResponderExcluirFico feliz com sua visita. Na verdade minha leitura da filosofia é um pouco diferente.Você citou bem Sartre e Nietzsche como sendo os responsáveis por criar esse distanciamento entre filosofia e fé. Claro que a filosofia não pode partir de um pressuposto bíblico para suas asseverações, caso contrário seria teologia e não filosofia. Precisamos entender que realmente são coisas distintas. Isso não quer dizer, entretanto, que a "grande maioria" dos filósofos agem como o maluco do Nietzsche querendo "matar Deus"..rs....porém, ouso desafiar: existem mais filósofos que pelo menos consideram a possibilidade de Deus e a probabilidade filosófica de sua existência ou, do contrário, que negam qualquer possibilidade de existência? O grande problema é que a influência de Nietzsche foi tão grande -foi quem realmente formatou a modernidade - que dá a impressão que esse tipo é maioria, mas não é. Quanto a Kant, bem...não o considero um vilão tão grande nesse assunto. Sua família era Luterana e aliás, ele chega a dizer que a idéia de Deus é um conhecimento apriori, isto é, independe de prova. Quanto a uma indicação de livro...te indicaria um livro maravilhoso de Abrann Kuypper (ex-1º minitro da holanda): "Calvinismo". Nesse texto ele demonstra como o sistema calvinista de pensamento é tão abrangente como qualquer outro sistema filosófico.
Tudo de bom!
PS: ão esquça de ler o artigo sobre soberania de Deus e liberdade humana.
Filósofo Calvinista