Estamos vivendo no centro de um redemoinho tão grande que as coisas simples acabam passando despercebidas. Crise mundial, redução de emprego, guerra no oriente médio, gripe suína; tudo isso acrescido aos nossos já tão grandes problemas do dia-a-dia. Quem vai parar para observar as coisas simples e sem importância? Já perceberam que a bela escultura que havia na frente do Aeroporto internacional dos Guararapes mudou? Lembram? Uma escultura que realmente representava nosso Estado, nossa cultura, nosso frevo. Recentemente fiquei intrigado quando percebi que estavam quebrando a imponente estrutura de mármore que lhe servia de base. Mas, logo pensei: deve ser alguma restauração; quem sabe algum vândalo a tivesse danificado. Alguns dias se passaram (enquanto tapumes encobriam a obra) e, como num passe de mágica, a antiga escultura, que tão bem nos representava, sumiu. Isso mesmo sumiu. Mas a mágica não estaria completa se outra não surgisse em seu lugar. Confesso que, a princípio, não percebi a mudança. Talvez por não acreditar que a insensatez existisse mesmo. Como alguém poderia querer mudar “um time” que está ganhando? – pensei na minha ingenuidade. Tive que olhar várias vezes para a “nova escultura” para poder acreditar. Lá está – agora – o “velho” Miguel Arraes, acenando seu mais poderoso símbolo: “o chapéu de palha”. Não estou dizendo que o ex-governador não mereça uma escultura. Mas, a questão é: se ele não fosse avô do atual governador – Eduardo Campos -, será que a antiga escultura (que tão bem representava Pernambuco, repito) teria sido substituída? Isso parece ser uma “besteira”? Completamente sem importância e sem relevância? Pensar assim é um grande perigo. As coisas simples revelam grandes verdades! Tudo isso demonstra, de forma inequívoca, como nossos políticos tratam “a coisa pública”. E se o próximo governador quiser homenagear seu avô também? Quem vai pagar o novo mármore? E a nova escultura? Percebem? A menos que o governador tenha bancado do seu próprio bolso (e mesmo assim não justificaria a mudança), o que duvido muito, o contribuinte, mais uma vez, pagou a conta. Inclusive aqueles que, politicamente falando, são inimigos de Arraes e de todas as suas crias. Nobres políticos, caro governador, não tratem o que é público (inclusive os recursos) como se fora particular. O Estado não lhes pertence. Da próxima vez que quiserem mudar “as mobilhas”, mudem-nas de suas próprias casas; e, não esqueçam: façam isso com seus próprios recursos. Texto publicado no Diário de Pernambuco de 01/02/09.
Se toda mágica do governo fôsse assim (sumisse e aparecesse) já estava bom, meu irmão! Acontece que ninguém pediu essa mágica. Essa é a verdade mais simples dessa história da estátua. É como se um mágico aparecesse do nada na nossa frente, fizesse o truque dele e passasse a cartola para receber pelo seu trabalho que nós, outrora, já pagamos. Ora, seria melhor mesmo que alguém fizesse algo para ajudar pessoas e não estátuas. Afinal, pagamos os nosso impostos para o nosso benefício. Há prioridades mais urgentes do que quebrar e consertar uma estrutura de mármore; não há a necessidade de um mágico, pois ele apenas faz ilusões; há tb uma lista grande demais de coisas que passam assim desapercebidas
ResponderExcluirEstarei acompanhando este blog, caro irmão e filsófoso calvinista!
Abç.
umpcgyn.blogspot.com
Olá Danilo:
ResponderExcluirPRazer grande tê-lo como leitor do nosso blog. Convidu-o a ler o artigo sobre Soberania de Deus e Liberdade Humana. Pensao que está mais focado em sua linha de interesse.
Tudo de bom!
PS: Seu blog é muito bom, muito bem feito...queria que me desse umas dicas para incrementar o meu...rs...não sou muito bom nisso....rs..
Forte abraço!
Fábio