Em 31 de outubro de 2011 o mundo estará comemorando 494 anos da Reforma Protestante. Sem entrar no mérito dos objetivos da Reforma - o retorno às Escrituras Sagradas e, portanto, ao Cristianismo primitivo e apostólico -, entendemos que esse movimento, na prática, dividiu os cristãos ocidentais em Católicos e Protestantes. Até meados do século XX não havia uma terceira opção para o Cristão. Ou ele era Católico Romano ou era Protestante de alguma igreja cujo cordão umbilical, de alguma forma, o ligava ao século XVI, período da Reforma Protestante.
A partir de 1906, data que marca o início do Pentecostalismo como um sistema religioso, essa situação começa a mudar.
a) Católico Romano;
b) Protestante;
c) Pentecostal.
Assim como ser Católico e Protestante ao mesmo tempo não é possível, também não é possível ser Protestante e Pentecostal simultaneamente. Para o Católico Romano tornar-se Protestante é absolutamente necessário que abandone catolicismo. Da mesma forma para um Protestante tornar-se Pentecostal, e muitos têm feito isso, terá que abandonar a fé Reformada, o que fará dele um ex-Protestante. Mas é igualmente verdadeiro que se um Pentecostal quiser abraçar a fé Reformada e tornar-se um Protestante, e muitos também têm feito isso, será necessário, indiscutivelmente, abandonar o Pentecostalismo.
Cabe aqui também uma breve abordagem sobre o neopentecostalismo. Antes de qualquer coisa, precisamos entender que o neopentecostalismo não possui, à semelhança da Reforma Protestante e da Reforma Pentecostal, status de Reforma Religiosa. Ele é, antes, um subtópico do Pentecostalismo. Ele cabe perfeitamente dentro do Pentecostalismo. Ou seja, todas as igrejas neopentecostais continuam sendo, em última análise, igrejas Pentecostais, diferindo apenas no grau de variação das práticas e premissas pentecostais, cujo cordão umbilical e DNA, entretanto, poderão, facilmente, ser encontrados na Rua Azuza – local onde, historicamente, se reconhece o marco zero do Pentecostalismo, aqui entendido como uma “a nova Reforma Religiosa”. Portanto, é um grande erro histórico classificar igrejas como Renascer, Universal, Mundial do Poder de Deus, Internacional da Graça de Deus, Sara Nossa Terra e todas as outras “novas igrejas” que seguem essa mesma linha, de igrejas Protestantes. Elas não têm absolutamente nada a ver com a Reforma Protestante. São fruto, responsabilidade e culpa única e exclusivamente da Reforma Pentecostal do Século XX.
Nessa série sobre a Reforma Protestante procuraremos provar os argumentamos acima, partindo dos seguintes pressupostos:
1º) Pressuposto doutrinário;
2º) Pressuposto Ético;
2º) Pressuposto Ético;
3º) Pressuposto Litúrgico, Prático ou bizarro.
Esperamos que, ao final da série, nossos leitores estejam absolutamente convencidos da enorme diferença entre as igrejas Protestantes e as Igrejas Pentecostais, a ponto de visualizá-las como fruto de duas Reformas Religiosas distintas e completamente antagônicas.
Desde já solicitamos a todos os nossos parceiros blogueiros e demais visitantes que contribuam para nossa série sobre a Reforma Protestante, que será concluída no dia 31/10/11, deixando seu comentário, impressão particular sobre o tema ou ainda indicação de vídeos e outros materiais, que usaremos como suporte para nossas próximas postagens.