1- Quando cantamos
cânticos de louvor e adoração a Deus, qual nossa intenção? Reconhecemos seus
atributos, sua divindade; dizemos o quanto Ele é grande e majestoso. Em fim, o
que queremos, em última análise, é AGRADAR a DEUS. Agradar a Deus: esse é o objetivo
do louvor.
2- Conseguiremos
agradar a Deus dizendo ou cantando coisas
que são contrárias ao que Ele diz sobre Si mesmo, sobre o homem e sobre
o mundo, nas Escrituras?
3- Há pelo menos
três grandes cosmovisões acerca do entendimento sobre Deus, sobre o homem e
sobre o mundo, que influenciará, necessariamente, no que se dirá a Deus nos
louvores, sempre com a intenção de AGRADÁ-LO. São elas: a) Calvinismo; b)
Arminianismo; c) Pentecostalismo e suas variantes neopentecostais.
4- Esses pressupostos
teológicos se contradizem em muitos pontos. Ou seja, não existe possibilidade
lógica de todas eles estarem certos, ao mesmo tempo, em determinados assuntos, pois
são opiniões autoexcludentes. Por exemplo: o arminiano diz que o homem tem
livre-arbítrio. O Calvinismo diz que o homem não tem mais livre-arbítrio. O
pentecostal, que é arminiano por natureza,
acredita em novas revelações, sonhos, dons de línguas, etc, os
calvinistas e arminianos tradicionais, não.
5- Então, como
Calvinistas, Arminianos e Pentecostais podem AGRADAR a Deus com seus louvores, a partir de seus próprios pressupostos? Dizendo ou
cantando aquilo que consideram correto acerca de Deus, do mundo e do homem.
Ora, se o arminiano entende que a doutrina da eleição é errada, como poderá
cantar louvores que ensinam essa doutrina? Se o calvinista entende que a
doutrina do livre-arbítrio é errada, como poderá cantar louvores que tenham
essa conotação? Se tanto arminianos tradicionais quanto calvinistas entendem
que os dons revelacionais cessaram, como poderão cantar louvores que falam e
sugerem a existência de novas revelações?
6- Não existe
neutralidade em louvores ou afirmações religiosas. Necessariamente elas estarão
defendendo uma dessas três grandes cosmovisões, em suas características
peculiares;
7- Cantar louvores é
cantar doutrina, inevitavelmente, como sugeria Lutero.
8- Se o objetivo do
louvor congregacional é AGRADAR a Deus, a igreja só pode cantar aquilo
que, no entendimento dela, representa a interpretação correta do que Deus disse
acerca de Si mesmo, do homem e do mundo;
9- Todos que são
diretamente ligados ao louvor da igreja, especialmente os líderes, devem
conhecer, de forma muito clara, qual é o entendimento doutrinário da sua
igreja, sob pena de estar levando a congregação a cantar coisas que, DESAGRADAM
a Deus, do ponto de vista da cosmovisão doutrinária assumida por esta igreja.
Por isso, os responsáveis pelo louvor no VT eram, via de regra, sacerdotes;
portanto, conhecedores do entendimento doutrinário.
10- Igrejas Calvinistas
não devem cantar louvores com ensinamentos Arminianos. Igrejas Arminianas não
devem cantar louvores com ensinamentos Calvinstas. Igrejas Calvinistas e
Arminianas tradicionais não devem cantar louvores com ensinamentos
Pentecostais. Igrejas pentecostais não devem cantar louvores com ensinamentos
calvinistas e/ou tradicionais.
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