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domingo, 9 de abril de 2023

A FORMAÇÃO DA DEMOCRACIA MODERNA: A contribuição das ideias religiosas dos puritanos no século XVII – DEFESA DA TESE 2/6

 

Existe uma forma ideal ou perfeita de governo? Baseados na concepção cristã de um Deus perfeito, que exerce seu governo como um Rei Soberano, como também criam os Puritanos, a resposta não poderia ser outra senão “Monarquia Absolutista”. Afinal, que outra forma de governo poderia ser utilizada por um Governante que reuni em seu ser toda autoridade, todo poder, toda benevolência, toda sabedoria, além de muitos outros atributos, comunicáveis e não comunicáveis? “Nos céus estabeleceu o Senhor o seu trono, e o seu reino domina sobre tudo”, diz o salmista. Certamente esse governo não é democrático. Deus não divide a fonte de Sua Soberania com ninguém.

O problema dessa forma “perfeita” de governo é que ela requer um “governante igualmente perfeito”. Para uma forma de governo “ideal” ou “perfeita”, um governante igualmente ideal e perfeito. Portanto, ela não é a mais adequada quando se trata de homens governando homens.

Jean Jaques Rousseau, em “O Contrato Social”, publicado originalmente em 1762, faz uma afirmação interessante sobre a relação “governo perfeito versus governante perfeito”. Diz ele: “se houvesse um povo de deuses, ele se governaria democraticamente” (ROUSSEAU, 2018, p. 90).

Tendo tratado da forma “ideal”, “perfeita” de governo, agora ampliamos a abrangência da pergunta inicial:

Existe uma forma mais adequada para que homens, que não constituem “um povo de deuses”, no dizer hipotético de Rousseau, que tinha em mente a democracia direta dos gregos, governem outros homens?

Para a maioria dos puritanos mais influentes, que eram de convicção presbiteriana quanto ao governo eclesiástico, Deus, sabedor da imperfeição do homem, numa realidade pós-queda e do perigo de dar-lhe ou mesmo dele tomar de assalto o “poder absoluto” sobre outros homens, estabeleceu, de acordo com o entendimento deles, uma forma de governo, inicialmente em sua igreja, que, de alguma forma, os protegesse do poder de líderes religiosos tiranos e déspotas. Essa forma de governo é o “governo representativo”, que influenciou, como defendemos, a formatação do governo civil chamado de “democracia representativa” ou “democracia moderna”.

Além dessas, outras perguntas nos inquietaram ao longo da construção de nossa tese: Como ideias e concepções religiosas, que a priori deveriam ficar circunscritas ao chamado “mundo espiritual”, acabam por interferir, consequentemente, no “mundo não espiritual”? É possível um modelo de governo eclesiástico ter influenciado a criação de um modelo de governo não eclesiástico? No caso concreto, a problematização final:  até que ponto as concepções religiosas dos puritanos acabaram por interferir e influenciar a sociedade, especialmente na política, contribuindo para a formação de um “novo” regime de governo civil?

A partir desses problemas levantados, à essa altura, nossa intuição inicial já havia virado hipótese: “o conceito de governo eclesiástico defendido por uma parcela muito influente do puritanismo foi um fator importante que contribuiu para a formação desse “novíssimo” regime de governo secular, sem precedentes práticos, que ficou conhecido como “democracia moderna” ou “democracia representativa”.

Esse binômio “Religião e Política” tem despertado pesquisas no mundo inteiro. No Brasil, por exemplo, só em 2021, considerando todas as áreas, foram produzidas 77.570 pesquisas versando sobre essa relação, tendo sido 44.588 dissertações de mestrado e 20.300 teses de doutorado, segundo o catálogo de teses da Capes. Isso demonstra não só que há, de fato, essa, talvez, estranha aproximação entre religião e política, mas também que cada vez mais a ciência está querendo compreender o que há por trás desse fenômeno.

Já o movimento Puritano não tem sido muito estudado na academia; muito menos ainda sua contribuição à formação da democracia moderna. Apenas 28 trabalhos científicos que abordam o puritanismo ou temas correlatos podem ser encontrados nessa mesma plataforma, todos anteriores a 2018, sendo 21 dissertações de mestrado e 6 teses de doutorado, geralmente sobre algum aspecto teológico. Isso, de certa forma, é positivo e pode indicar o aspecto original ou de reduzida abordagem da nossa tese.

ELUCIDAÇÃO

A maioria dos historiadores e pesquisadores do tema têm uma percepção mais ou menos hegemônica no que diz respeito ao surgimento da chamada “democracia moderna”.

Sempre apontam, basicamente, três momentos que poderiam indicar sua origem. São eles: a) As Revoluções Inglesas, especialmente a Puritana, do século XVII; b) Revolução francesa, no século XVIII e c) Independência dos Estados Unidos da América do Norte, também no século XVIII.

Defendemos que a “Democracia Representativa”, também chamada de “Democracia Moderna, Indireta ou Liberal” encontra seu nascimento prático e definitivo na Inglaterra do século XVII, cenário da Revolução Puritana (1640-1649) e, portanto, de intensa atuação política dos Puritanos na Câmara dos Comuns do Parlamento inglês, ainda que essa “gestação” tenha recebido diversas contribuições ao longo da história, dos Hebreus, de Roma, de Veneza e de nomes como o de Marsílio de Pádua, que viveu entre os séculos XIII e XIV.

Para defender nossa tese, cujo TEMA é “A FORMAÇÃO DA DEMOCRACIA MODERNA: a contribuição das ideias religiosas dos puritanos no século XVII”, foi preciso construir o argumento a partir de diversos objetivos específicos que foram transformados em quatro capítulos, que passaremos a abordar, aqui, de forma sintética, por conta da delimitação de tempo.

Continua na próxima postagem - 3/6 

sexta-feira, 7 de abril de 2023

A FORMAÇÃO DA DEMOCRACIA MODERNA: A contribuição das ideias religiosas dos puritanos no século XVII – DEFESA DA TESE 1/6

 

INTRODUÇÃO

Penso que cabe investir algum tempo para relembrar a trajetória que nos conduziu até à produção final de nossa tese.

Nosso antigo interesse pelo calvinismo, inicialmente apenas pela teologia, como ocorre, no Brasil, com a maioria absoluta dos simpatizantes das ideias de Calvino, nos levou a Max Weber e à sua consagrada relação entre a origem do “espírito do capitalismo” e o “calvinismo”, demonstrado em sua mais famosa obra “Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo”, publicada originalmente em 1904. Com esse novo conhecimento agregado, estava estabelecido que os efeitos psicológicos da doutrina da eleição haviam sido um fator influenciador vigoroso de relações econômicas; uma novidade considerando que até então se acreditava, especialmente por conta do Marxismo, que mudanças econômicas possuíam como causas apenas fatores econômicos.

De Weber, veio também o referencial teórico que norteou nossa tese, com o conceito de “desencantamento” ou “desmagicização” do mundo, como diz Wolfgang em sua obra “O desencantamento do mundo”:

Encantamento significa magicização do mundo, então desencantamento significa sua desmagicização. Esse é o entendimento histórico-religioso sobre desencantamento do mundo” (WOLFGANG, 2014, p. 40).

Não é exagero afirmar que o puritanismo, ao lado da ciência moderna, “Jerusalém e Atenas” (Ibid., p. 44), no dizer de Wolfgang, pôs um ponto final no “encantamento do mundo” produzido, principalmente, pela “magia” dos sacramentos católicos, especialmente o da transubstanciação, como afirma Sell, na obra “Max Weber e a racionalização da vida no mundo”: “a desmagificação especificamente puritana é, estritamente falando, des-sacramentalização da prática religiosa” (SELL, 2013, p. 245).

A partir desses pressupostos weberiano fomos instigados a pesquisar outras possibilidades de influência do calvinismo para além da teologia. Assim, chegamos à política.

A primeira vez que esse binômio “política e calvinismo” se nos foi apresentado foi por intermédio da obra de Abraham Kuyper (1837-1920), um calvinista que atuou como Primeiro-ministro da Holanda, de 1901 a 1905 e que defendia o calvinismo como um verdadeiro sistema de vida; como uma cosmovisão que deveria fazer frente ao modernismo, influenciando todas as áreas da vida.

Com a atenção voltada para identificar qualquer aspecto da política que pudesse ter alguma ligação com o calvinismo chegamos, inevitavelmente, a atuação política dos puritanos, calvinistas ingleses do século XVII.

Algumas leituras na área das ciências políticas, aliadas ao conhecimento prévio da teologia puritana, sobretudo da eclesiologia calvinista/reformada, foram suficientes para intuirmos que a atuação política dos puritanos poderia ter uma relevância muitíssimo maior que a simples ocupação de cargos políticos, como era nossa expectativa inicial.

A cada leitura as palavras “puritanos” e “democracia” apareciam de forma recorrente no mesmo cenário. Esse era um fato curioso porque a democracia era uma forma de governo que havia estado ativa até, no máximo, o século V a.C, em Atenas; a chamada Democracia Direta ou Democracia grega. Depois disso ela, essa Democracia direta, simplesmente sumiu; foi completamente descontinuada, dando lugar à monarquias absolutistas e outros tipos de despotismos. Com o surgimento do Estado Moderno, com extensões cada vez maiores, a chamada Democracia direta, dos gregos, que já estava descontinuada, tornou-se absolutamente inviável.

Apesar disso, as referências “democracia” e “puritanos” continuavam a aparecer em vários textos. Contudo, notamos que uma mudança substancial havia acontecido: A democracia que aparecia nas leituras não era mais a mesma. Não se falava mais na “Antiga” Democracia grega, direta, exercida por todo o povo simultaneamente. Antes, uma adaptação, uma modificação no “DNA” da democracia havia sido introduzida. O conceito de “povo no poder”, “poder que emana do povo”, dos gregos, havia sido preservado. Porém, esse poder, agora, era exercido por meio de “representantes eleitos”.

Finalmente, tínhamos, no mesmo cenário de nossas leituras, as palavras: “democracia”, “representantes eleitos” e “puritanos”. Diversas citações de renomados pesquisadores da história da Inglaterra e de suas importantes revoluções do século XVII, a exemplo de Christopher Hill, David Hume e tantos outros, começaram a “saltar aos nossos olhos”, indicando que estávamos prestes a desvelar um dos motivos que impulsionaram o nascimento ou a formatação de uma novidade sem precedentes práticos no âmbito da política, especificamente quanto à forma de governo civil.

À essa altura de nossa “peregrinação”, palavra utilizada aqui para fazer referência à famosa obra “O Peregrino”, do puritano John Bunyan (1628-1688), publicado originalmente em 1678, por textos antigos e recentes, algumas perguntas começaram a surgir.

Continua na próxima postagem - 2/6

terça-feira, 22 de novembro de 2022

DEFENDENDO A COSMOVISÃO CRISTÃ A PARTIR DAS DOUTRINAS DA CRIAÇÃO, QUEDA E REDENÇÃO - 3/3

 

A DEFESA PRÁTICA DA COSMOVISÃO JUDAICO/CRISTÃ.

 CRIAÇÃO X EVOLUCIONISMO

O primeiro tema que nos foi proposto, dentro desse ambiente de cosmovisão foi Criação. Todo servo de Deus precisa saber defender bem esse tema, pelo menos de forma geral.

A doutrina da criação não é uma cosmovisão, mas defendê-la implica na defesa da cosmovisão judaico/cristã, porque a cosmovisão modernista tem seu contraponto da criação, que é a teoria da evolução e do big bang.

Eles afirmam que tudo veio a existir a partir de uma grande explosão, e que o homem é fruto de um processo evolutivo de uma espécie inferior.

E nós? O que afirmamos? A Confissão de Fé de Westminster afirma, no CAPÍTULO IV DA CRIAÇÃO:

I. Ao princípio aprouve a Deus o Pai, o Filho e o Espírito Santo, para a manifestação da glória do seu eterno poder, sabedoria e bondade, criar ou fazer do nada, no espaço de seis dias, e tudo muito bom, o mundo e tudo o que nele há, visíveis ou invisíveis. Rom. 9:36; Heb. 1:2; João 1:2-3, Rom. 1:20; Sal. 104:24; Jer. 10: 12; Gen. 1; At. 17:24; Col. 1: 16; Exo. 20: 11.  II. Depois de haver feito as outras criaturas, Deus criou o homem, macho e fêmea, com almas racionais e imortais, e dotou-as de inteligência, retidão e perfeita santidade, segundo a sua própria imagem, tendo a lei de Deus escrita em seus corações, e o poder de cumpri-la, mas com a possibilidade de transgredi-la, sendo deixados à liberdade da sua própria vontade, que era mutável. Além dessa escrita em seus corações, receberam o preceito de não comerem da árvore da ciência do bem e do mal; enquanto obedeceram a este preceito, foram felizes em sua comunhão com Deus e tiveram domínio sobre as criaturas. Gen. 1:27 e 2:7; Sal. 8:5; Ecl. 12:7; Mat. 10:28; Rom. 2:14, 15; Col. 3:10; Gen. 3:6.

Apenas como ilustração de como pode ser feita a defesa desse princípio da criação e, por consequência, da cosmovisão judaico/cristã: lembro que uma aluna do 5º período de administração fez a seguinte pergunta: “mas o senhor não acredita nessa besteira de criacionismo não, não é? Devolvi a pergunta: você “acredita” em quê? (Nesse momento escrevi a palavra “acredita” no quadro). Na evolução, respondeu. Perguntei novamente: você acredita na tese ou na teoria da evolução? Ela ficou confusa e não soube responder. Ponto para o professor. Expliquei que a diferença e disse que uma teoria precisa ser testada, comprovada. E arrematei: “a teoria da evolução ainda não foi provada empiricamente”. E concluí: “você acerta quando diz que “acredita” no evolucionismo, porque é a única base que tem para defendê-lo. Então, quem defende o criacionismo é pela fé, quem defende o evolucionismo é também pela fé. Portando, não cabe nenhum sentimento de superioridade ou arrogância. Estão todos no mesmo barco da fé”.

Percebe? Defender a cosmovisão cristã não se trata de pregar ou evangelizar. Porém, quando você defende essa cosmovisão, você contribui para deixar o ambiente favorável e receptivo para o evangelismo, se for o caso.

Alguns podem argumentar que não saberiam defender a cosmovisão judaico/cristã nessa questão da criação. Há algo que você pode fazer:

Deus estabeleceu UM DIA DE DESCANSO, por força de Sua Lei Moral, basicamente para lembrar DOIS dos Seus GRANDES FEITOS, em favor da humanidade e do seu povo, especificamente. Um foi a libertação do Egito. E o outro foi, exatamente a criação. Ler Êxodo 20:8-11. Portanto, guardar o dia do Senhor é defender esse princípio da criação e a cosmovisão judaico/cristã.

 QUEDA X ANTROPOLOGIA DE HOUSSEAU

O segundo tema que foi proposto dentro do cenário de cosmovisão foi a queda. É muito importante defender que o homem caiu do seu estado de inocência e tornou-se totalmente depravado, como dia a Confissão de Fé de Westminster, no CAPÍTULO VIDA QUEDA DO HOMEM, DO PECADO E DO SEU CASTIGO:

I. Nossos primeiros pais, seduzidos pela astúcia e tentação de Satanás, pecaram, comendo do fruto proibido. Segundo o seu sábio e santo conselho, foi Deus servido permitir este pecado deles, havendo determinado ordená-lo para a sua própria glória. Gen. 3:13; II Cor. 11:3; Rom. 11:32 e 5:20-21. II. Por este pecado eles decaíram da sua retidão original e da comunhão com Deus, e assim se tornaram mortos em pecado e inteiramente corrompidos em todas as suas faculdades e partes do corpo e da alma. Gen. 3:6-8; Rom. 3:23; Gen. 2:17; Ef. 2:1-3; Rom. 5:12; Gen. 6:5; Jer. 17:9; Tito 1:15; Rom.3:10-18. III. Sendo eles o tronco de toda a humanidade, o delito dos seus pecados foi imputado a seus filhos; e a mesma morte em pecado, bem como a sua natureza corrompida, foram transmitidas a toda a sua posteridade, que deles procede por geração ordinária. At. 17:26; Gen. 2:17; Rom. 5:17, 15-19; I Cor. 15:21-22,45, 49; Sal.51:5; Gen.5:3; João3:6. IV. Desta corrupção original pela qual ficamos totalmente indispostos, adversos a todo o bem e inteiramente inclinados a todo o mal, é que procedem todas as transgressões atuais. Rom. 5:6, 7:18 e 5:7; Col. 1:21; Gen. 6:5 e 8:21; Rom. 3:10-12; Tiago 1:14-15; Ef. 2:2-3; Mat. 15-19.

O contraponto da cosmovisão modernista, que visa destruir a cosmovisão cristã para se estabelecer no lugar dela, em torno da antropologia bíblica, é trazido pelo filósofo Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), que considerava o homem “bom” por natureza, portanto, uma negação da doutrina da queda: “o ser humano nasce bom, a sociedade o corrompe”.

Essas duas visões acerca do homem interferem até no modelo de educação a ser adotado. Se você defende que o homem é mal, como afirma a antropologia bíblica, isso produzirá uma educação mais rígida, disciplinar, ao estilo da educação clássica, jesuítica. Se acredita que o homem é bom, vai ser privilegiado uma educação centrada no aluno, sem nenhum tipo de freio ético ou moral, que propicia, inclusive um ambiente favorável à violência contra o professor.

REDENÇÃO DE CRISTO X REDENÇÃO DO ESTADO

O terceiro e último ponto que foi proposto dentro do cenário de cosmovisão foi redenção.

A cosmovisão modernista prega uma redenção por meio do Estado, que atua como um pai provedor. Na perspectiva da cosmovisão modernista que é, necessariamente anticristã, o Estado assume o lugar de Deus.

Franklin Ferreira, em seu excelente livro “Contra a idolatrai do Estado”, afirma:

A esquerda pode ser definida como aquele modelo do espectro político em que há pouca ou nenhuma liberdade pessoal e econômica, em que o Estado ou partido ganha uma dimensão transcendente, agindo para estender seu domínio sobre todas as esferas da sociedade (2016, p.125-126).

A expressão “dimensão transcendente” aponta para um Estado que ocupa o lugar de Deus, sendo o único provedor do homem. É exatamente por isso que os países governados por partidos de esquerda tendem a ser empobrecidos, porque o Estado vai destruindo todos os “possíveis provedores”, principalmente a própria liberdade do homem até assumir, sozinho, esse posto. A população, então, empobrecida passa a ser sustentada pelas migalhas do Estado, gerando uma situação de dependência e até adoração por parte do homem que ganha o prato de comida.

Apresentar que apenas Cristo é o redentor do homem é muito importante para que a cosmovisão cristã prevaleça. O cristianismo é a última barreira para a implantação de estados socialistas, comunistas, que promovem o endeusamento do Estado, o que se constitui em idolatria e quebra flagrante do primeiro e segundo mandamentos.

Concluiremos citando a pergunta 90 do Catecismo Maior de Westminster, que apresenta a redenção celestial e não numa suposta terra restaurada, vindo da parte de Deus:

90. Que sucederá aos justos no dia do juízo? No dia do juízo os justos, sendo arrebatados para encontrar a Cristo nas nuvens, serão postas à sua destra e ali, abertamente, reconhecidos e justificados, se unirão com Ele para julgar os réprobos, anjos e homens; e serão recebidos no céu, onde serão plenamente e para sempre libertados de todo o pecado e miséria, cheios de gozos inefáveis, feitos perfeitamente santos e felizes, no corpo e na alma, na companhia de inumeráveis santos e anjos, mas especialmente na imediata visão e fruição de Deus o Pai, de nosso Senhor Jesus Cristo e do Espírito Santo, por toda a eternidade. É esta a perfeita e plena comunhão de que os membros da Igreja invisível gozarão com Cristo em glória, na ressurreição e no dia do juízo. I Tess, 4:17; Mat. 25:33, e 10:32; I Cor. 6:2-3; Mat. 25:34, 46; Ef. 5:27; Sal 16:11; Heb. 12:22-23; I João 3:2; I Cor, 13:12; I Tess. 4:17-18.

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