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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O QUE SIGNIFICA SER UMA IGREJA CONFESSIONAL?

Pesquisa realizada pela secretaria de Educação Religiosa do PRRE, no início de 2007, nas igrejas Presbiterianas de sua jurisdição, revela que quase metade dos seus membros, incluindo oficiais, desconhecem o fato de sua igreja ser confessional. Por confessional entende-se que é aquele que sempre confessa aquilo que crê. Nesse sentido, todas as igrejas, bem como todos os crentes, são “confessionais”; isto é, formulam uma “confissão de fé”, geralmente verbal, todas as vezes que afirmam crer ou não crer em determinados princípios. Estranhamente ouvimos “membros”, presbíteros, diáconos e até pastores fazendo a seguinte afirmação acerca dos “princípios confessionais” adotados oficialmente pela IPB: “Meu negócio é a Bíblia, não quero saber de mais nenhum outro livro”. Longe de ser essa uma afirmação espiritual, é, antes, extremamente contraditória, pois essas mesmas pessoas se aventuram a opinar sobre os mais diversos temas das Escrituras e mesmo sem nunca terem estudado seriamente o assunto formulam, prontamente, sua “confissão de fé”: “Eu penso assim ou eu não acredito dessa maneira!”. E os pastores? O que fazem quando pregam? Acaso não é uma verdadeira “confissão de fé” daquilo que estão crendo ser a interpretação correta!? A questão é: a qual das “confissões de fé” devemos dar crédito? A confissão de fé que tem sido regularmente formulada por pessoas reconhecidamente despreparadas e que estudaram tais assuntos apenas superficialmente (quando estudam) ou à confissão de Fé de Westminster, formulada por cerca de 121 dos maiores e melhores teólogos que a história já conheceu, em um período de cinco anos? A confissão de Fé de Westminster nada mais é que a “interpretação oficial” e que a IPB entende como sendo correta e coerente das Escrituras Sagradas, sobre assuntos como: contemporaneidade dos dons e suficiência das Escrituras, livre arbítrio, casamento, divórcio, etc. Em síntese, é a posição oficial da IPB sobre esses e muitos outros assuntos. E quanto aos assuntos em que os símbolos de fé são silentos? Bem, neste caso, os oficiais da IPB estão livres para acreditar como quiserem; dentro da prudência cristã, obviamente. Nesses casos também cabe um importante alerta: suas opiniões não podem ser ensinadas com status de “interpretação final”. A pesquisa revela ainda outro dado alarmante: a grande maioria dos membros da IPB (inclusive oficiais) não possuem um exemplar da Confissão de Fé de Westminster. Isso explica porque a IPB está cheia de oficiais que “confessam” acreditar em “novas revelações”, “profecias” e “línguas estranhas”, abraçando de bom grado a “Confissão de Fé Pentecostal”, renegando, em contrapartida, a “Confissão de Fé” de sua própria igreja. A Constituição da IPB, no artigo 28 dos Princípios de Liturgia, estabelece que nenhum presbítero, diácono ou pastor pode ser eleito e/ou ordenado sem subscrever os símbolos de fé da IPB (catecismos e confissão de Wesminister); ou seja, não podem ser eleitos/ordenados aqueles que acreditam diferentemente da interpretação oficial da IPB, vejamos: “Art.28: Os presbíteros e diáconos assumirão compromisso na reafirmação de sua crença nas Sagradas Escrituras como a Palavra de Deus e na lealdade à Confissão de Fé, aos catecismos e à Constituição da Igreja Presbiteriana do Brasil”. Mas, Parafraseando o dito paulino: “como subscreverão a Confissão de Fé de Westminster, adotada pela IPB como a real exposição das escrituras, se não a conhecem? Contudo, devemos lembrar: a falta de conhecimento das leis de trânsito, por exemplo, não isenta o motorista desavisado de ser punido com multa. Da mesma forma, os Presbíteros, Pastores e Diáconos precisam, urgentemente, parar de dar suas “próprias opiniões” (sem o devido aprofundamento); precisam adquirir e estudar a Confissão e os Catecismos de Westminster ou então abdicar de seus ofícios. Essa falta de conhecimento e compromisso estrito com símbolos de fé adotados pela IPB está transformando a igreja numa imensa colcha de retalhos e promovendo verdadeiros exageros, tanto para um lado (neopentecostais, liberais) quanto para outro (neopuritanos). Lembremos do que nos ensinou o Senhor: “Um reino dividido contra si mesmo não subsiste” (Mc 3:24).

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