Pesquisa realizada pela secretaria de Educação Religiosa do PRRE, no início de 2007, nas igrejas Presbiterianas de sua jurisdição, revela que quase metade dos seus membros, incluindo oficiais, desconhecem o fato de sua igreja ser confessional. Por confessional entende-se que é aquele que sempre confessa aquilo que crê. Nesse sentido, todas as igrejas, bem como todos os crentes, são “confessionais”; isto é, formulam uma “confissão de fé”, geralmente verbal, todas as vezes que afirmam crer ou não crer em determinados princípios. Estranhamente ouvimos “membros”, presbíteros, diáconos e até pastores fazendo a seguinte afirmação acerca dos “princípios confessionais” adotados oficialmente pela IPB: “Meu negócio é a Bíblia, não quero saber de mais nenhum outro livro”. Longe de ser essa uma afirmação espiritual, é, antes, extremamente contraditória, pois essas mesmas pessoas se aventuram a opinar sobre os mais diversos temas das Escrituras e mesmo sem nunca terem estudado seriamente o assunto formulam, prontamente, sua “confissão de fé”: “Eu penso assim ou eu não acredito dessa maneira!”. E os pastores? O que fazem quando pregam? Acaso não é uma verdadeira “confissão de fé” daquilo que estão crendo ser a interpretação correta!? A questão é: a qual das “confissões de fé” devemos dar crédito? A confissão de fé que tem sido regularmente formulada por pessoas reconhecidamente despreparadas e que estudaram tais assuntos apenas superficialmente (quando estudam) ou à confissão de Fé de Westminster, formulada por cerca de 121 dos maiores e melhores teólogos que a história já conheceu, em um período de cinco anos? A confissão de Fé de Westminster nada mais é que a “interpretação oficial” e que a IPB entende como sendo correta e coerente das Escrituras Sagradas, sobre assuntos como: contemporaneidade dos dons e suficiência das Escrituras, livre arbítrio, casamento, divórcio, etc. Em síntese, é a posição oficial da IPB sobre esses e muitos outros assuntos. E quanto aos assuntos em que os símbolos de fé são silentos? Bem, neste caso, os oficiais da IPB estão livres para acreditar como quiserem; dentro da prudência cristã, obviamente. Nesses casos também cabe um importante alerta: suas opiniões não podem ser ensinadas com status de “interpretação final”. A pesquisa revela ainda outro dado alarmante: a grande maioria dos membros da IPB (inclusive oficiais) não possuem um exemplar da Confissão de Fé de Westminster. Isso explica porque a IPB está cheia de oficiais que “confessam” acreditar em “novas revelações”, “profecias” e “línguas estranhas”, abraçando de bom grado a “Confissão de Fé Pentecostal”, renegando, em contrapartida, a “Confissão de Fé” de sua própria igreja. A Constituição da IPB, no artigo 28 dos Princípios de Liturgia, estabelece que nenhum presbítero, diácono ou pastor pode ser eleito e/ou ordenado sem subscrever os símbolos de fé da IPB (catecismos e confissão de Wesminister); ou seja, não podem ser eleitos/ordenados aqueles que acreditam diferentemente da interpretação oficial da IPB, vejamos: “Art.28: Os presbíteros e diáconos assumirão compromisso na reafirmação de sua crença nas Sagradas Escrituras como a Palavra de Deus e na lealdade à Confissão de Fé, aos catecismos e à Constituição da Igreja Presbiteriana do Brasil”. Mas, Parafraseando o dito paulino: “como subscreverão a Confissão de Fé de Westminster, adotada pela IPB como a real exposição das escrituras, se não a conhecem? Contudo, devemos lembrar: a falta de conhecimento das leis de trânsito, por exemplo, não isenta o motorista desavisado de ser punido com multa. Da mesma forma, os Presbíteros, Pastores e Diáconos precisam, urgentemente, parar de dar suas “próprias opiniões” (sem o devido aprofundamento); precisam adquirir e estudar a Confissão e os Catecismos de Westminster ou então abdicar de seus ofícios. Essa falta de conhecimento e compromisso estrito com símbolos de fé adotados pela IPB está transformando a igreja numa imensa colcha de retalhos e promovendo verdadeiros exageros, tanto para um lado (neopentecostais, liberais) quanto para outro (neopuritanos). Lembremos do que nos ensinou o Senhor: “Um reino dividido contra si mesmo não subsiste” (Mc 3:24).
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