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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

OS MODELOS DE GOVERNO ECLESIÁSTICO, SUAS VANTAGENS E DIFICULDADES PRÁTICAS


Sinteticamente podemos dizer que existem três formas de Governo Eclesiástico. Provavelmente sua igreja é governada por uma delas. São elas:  

a)   a) Episcopal: Essa forma de governo é caracterizada por ter um "Líder Maior", geralmente chamado de Epíscopo, Papa, Bispo, Pastor Presidente e até Apóstolo, que governa todos os outros líderes e demais membros da igreja. É ele quem toma todas as decisões. Ou seja, “Um” governa a “Todos” (Igreja Episcopal, Universal, Católica, Assembléia de Deus e a maioria das igreja neopentecostais);

b)     b) Congregacional – A principal característica dessa forma de governo eclesiástico é a participação de toda a congregação na  tomada de decisões. Nada é decidido sem que antes tenha a aprovação da Assembléia de membros da igreja.  Ou seja, "Todos" governam (Igreja Batista, Congregacional etc.);        


  c) Presbiterial ou representativo – Nesse Regime de governo "Alguns" são eleitos para governar a "Todos" (Igreja Presbiteriana).

Cremos ser a última forma de governo eclesiástico (letra c) a  que mais se aproxima do modelo bíblico. É o governo do povo por meio de representantes por ele escolhido; um governo republicano. Calvino, em sua interpretação das Escrituras sobre esse assunto, considera também ser o governo representativo aquele que  foi ensinado pelos apóstolos para a organização da Igreja de Cristo. Na Bíblia, podemos encontrar facilmente os princípios norteadores e constituintes dessa forma de governo eclesiástico: Atos. 11: 30; 14: 23; 15: 2, 4, 6, 22; Tito 1: 5.

Apesar do exposto acima, nossa intenção é demonstrar, de forma prática, despretensiosa  e sem a (talvez) necessária preocupação hermenêutica, os pontos positivos e negativos de cada forma de governo eclesiástico. Contudo, principalmente em relação à forma de governo que entendemos ser a mais aproximada do modelo bíblico, os pontos negativos, não estão, necessariamente, relacionados à falhas do próprio sistema de governo e sim daqueles que o adotam. Mas que elas existem, existem. Comecemos na mesma ordem:

Governo Episcopal:

Pontos positivos:   Esse talvez seja  o modelo de governo que dê mais agilidade à igreja. Tudo só depende da aprovação de uma pessoa. Por exemplo: a reforma do prédio do departamento infantil da igreja. O Epíscopo decide fazer, quem vai fazer e o que vai ser feito. Tudo é resolvido de forma rápida e ágil. A igreja é muito beneficiada neste sentido. Os casos de disciplina eclesiástica também são rapidamente resolvidos trazendo a devida ordem à comunidade.

Pontos negativos: É desnecessário dizer que a concentração de poder na mão de uma única pessoa é algo muito perigoso. Os erros desse Epíscopo podem desviar para sempre sua igreja e como não há uma autoridade superior ninguém pode impedir essa derrocada. As escolhas das prioridades, dos materiais e das pessoas a serem contratadas podem ter critérios não muito corretos, em caso de desvio de conduta pessoal do Epíscopo e não haverá ninguém para lhe dizer um basta. Nos casos de injustiças na aplicação da disciplina eclesiástica o membro da igreja ficará sempre prejudicado, não tendo a quem recorrer. Esse modelo também dá margem a perseguições de possíveis oponentes, ainda que esses estejam com a razão, bem como a beneficiamento e falta de disciplina para aliados. Todos esses problemas são decorrentes do poder absoluto que o Epíscopo ou líder tem.

Governo Congregacional:

Pontos positivos: Uma das principais vantagens dessa forma de governo eclesiástico é que ninguém pode reclamar por não ter sido consultado ou ainda ouvido. Todos os membros têm direito a voto e a opinar sobre os mais diversos da igreja. Usando o mesmo exemplo da a reforma do prédio do departamento infantil da igreja, todos podem opinar sobre a necessidade dessa reforma, sobre as pessoas a serem contratadas e até sobre o material a ser utilizado. Ninguém pode dizer depois que não sabia ou que não foi ouvido. Isso acaba diminuindo bastante o grau de insatisfação da cumunidade.

Pontos negativos: Em qualquer igreja há pessoas maduras e pessoas imaturas. Essa é uma das maiores dificuldades desse regime de governo eclesiástico. Num caso de disciplina eclesiástica, por exemplo, além do constrangimento do membro faltoso ser apresentado diante de toda a congregação, ainda corre gravíssimo risco de ter sua situação emocional e espiritual agravada por conta das perguntas e das abordagens dos possíveis desafetos e dos membros que ainda não sabem lhe dar com esse tipo de situação. É algo realmente extremamente constrangedor. A morosidade na tomada de decisão também é um fator complicador, tendo em vista que depende da quantidade de membros presentes e da votação da maioria para aprovar um projeto. Diante disso, muitas igrejas Batistas, por exemplo, estão assumindo uma prática que descaracteriza por completo o regime congregacional: estão criando uma espécie de conselho para tratar de alguns assuntos antes mesmo de ser levado à assembléia dos membros, não sendo raras as vezes quando chegam com a decisão tomada esperando apenas a aprovação de todos.

Governo Presbiterial ou Representativo:

Pontos positivos: Esse regime de governo eclesiástico está tanto livre dos perigos que se apresentam quando o poder está concentrado nas mãos apenas de uma pessoa quanto da participação e decisão de pessoas imaturas que ainda não estão em condições de traças os rumos da igreja. Ele pressupõe que os homens  mais preparados da igreja são eleitos por todos os membros, em assembléia extraordinária, para governá-la. A igreja é autônoma e livre para escolher seus representantes, baseada nas condições pré-estabelecidas na bíblia para a ordenação de um presbítero. O conselho da igreja, em casos de disciplina eclesiástica, via de regras, tem condições de tratar o faltoso e aplicar-lhe a pena necessária para trazê-lo de volta aos caminhos da palavra de Deus. Em caso de disciplina aplicada fora dos preceitos bíblicos ou ainda por alguma espécie de perseguição, o membro que se sentir prejudicado poderá apelar para o "tribunal eclesiástico" imediatamente superior (geralmente são três instâncias superiores de apelação). Isso diminui bastante a possibilidade das injustiças e erros.

Pontos negativos: Como a congregação não participa das decisões de forma ativa, isso acaba dando margem para críticas às decisões do conselho.Outro ponto negativo é a morosidade com que os processos se desenrolam. Utilizando o mesmo exemplo da reforma do prédio do departamento infantil da igreja, uma obra que poderia ser relativamente rápida pode durar duas ou três vezes mais tempo para ser concluída. Começando pela discussão de como será feita a obra, os materiais utilizados e quem vai executá-la até a disposição da verba para a realização dos projetos. Em muitas vezes decisões como essas não saem antes de duas ou três reuniões do conselho.  A própria dificuldade de reunião dos presbíteros atrasa muitos processos necessários ao bom andamento da igreja. Os presbíteros não são obreiros exclusivos da igreja, todos têm seus trabalhos seculares, famílias e dificuldades particulares. Além disso, o pastor, que é também é um presbítero (docente) e que, geralmente, se dedica em tempo integral à igreja (pelo menos deveria),  não pode tomar decisões sozinho. Basta faltar um número considerável de presbíteros (geralmente cada igreja possui de 02 a 10 presbíteros) para a reunião não acontecer. Isso gera muito atraso nos projetos da igreja, dando, muitas vezes, uma impressão de desgoverno e abandono da igreja, uma vez que somente esses presbíteros podem decidir os rumos a serem tomados e não o fazem, muitas vezes, com a agilidade necessária.

Outra dificuldade prática desse sistema de governo é que nem sempre são eleitos presbíteros homens conhecedores da palavra e das doutrinas basilares ensinadas pela Igreja Presbiteriana. Geralmente são oficiais leigos, isto é, sem formação teológica alguma. Mas esse não é o maior problema. Isso não impediria desse oficial estudar e conhecer a bíblia e as principais sistematizações doutrinárias de sua igreja, como, aliás, muitos fazem. Outros tantos, porém, não se interessam pelo estudo doutrinário, assumindo a postura do senso comem que afirma ser "importante a bíblia e não teologia", esquecendo que qualquer afirmação acerca da bíblia é, necessariamente, uma interpretação teológica. Por conta disso, muitas igrejas Presbiterianas locais acabam se descaracterizando, e, com isso, tornando-se mais parecidas com muitas igrejas neorenovadas e neopentecostais que com uma genuína igreja Presbiteriana, propriamente dita. Além disso, essa falta de conhecimento dos presbíteros torna esses oficiais presas fáceis para pastores que parecem ter vocação para o governo episcopal e simpatia por práticas neopentecostais. Muitas desses pastores acabam manipulando os presbíteros, não raras as vezes, em benefício próprio. Não é interessante, para muitos pastores, a presença no conselho de presbíteros conhecedores da bíblia, dos símbolos de fé e da constituição da igreja. Por conta disso, o governo presbiteriano, de algumas igrejas locais, fica extremamente prejudicado, estando mais próximo a um governo episcopal,  onde tudo é decidido pelo pastor, que presbiterial. Outras vezes, para fugir das possíveis críticas, alguns conselhos, por pura falta de conhecimento, acabam levando assuntos que seriam de sua exclusiva competência, para a igreja, em assembléia, se pronunciar e até votar decidindo sobre o fato, igualmente descaracterizando o sistema de governo representativo.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

NÃO TIREM O BBB12 DO AR


Estava demorando! As primeiras campanhas para tirar o BBB12 do ar já foram lançadas. Genizah noticiou que o Deputado Federal Marco Feliciano está estudando a possibilidade de entrar com um pedido oficial para a retirada do programa do ar. Alguns posts da blogosfera também já chamam a atenção para o "estupro moral" a que "todos" foram submetidos. Todos? Eu não!

Diante de tudo isso, resolvi lançar a seguinte campanha:

# NÃO TIREM O BBB12 DO AR

Não, não estou enganado. A campanha é assim mesmo!

Não tenho twitter, por isso vou precisar da ajudinha de algum amigo twittereiro para lançar essa campanha em defesa da permanência do BBB12 no ar. Será que vou conseguir algum apoio? 

Qual é o critério para retirar um programa do ar? Poderíamos citar alguns, mas o principal deles é a FALTA DE AUDIÊNCIA, o que, absolutamente, não é o caso do BBB. 

AUDIÊNCIA, inclusive, de uma infinidade de CRENTES. Estou mentindo? Tem crente até que deixa de ir à igreja pra ver BBB12. 

Agora querem tirar a diversão dos irmãos? Sou contra. Deixem o BBB12 no ar, para a felicidade e entretenimento de muitos crentes.

Quem não quiser assistir, leia isto:  JÁ INVENTARAM O CONTROLE REMOTO, sabiam?

Outra coisa: essa conversa de estupro é balela; conversa fiada. A nega beija o cara, depois vai deitar com ele na mesma cama e todo mundo acha que ela é uma santinha? Ah, tenha paciência. A participante (desculpem não saber o nome dela), que de inocentezinha não tem nada, deu mole para o carinha (desculpem de novo) e ele fez o que qualquer um, que não tem compromisso com Deus e sua palavra, faria. As coisas funcionam assim. É assim que é no "mundão". Ou tem algum abestalhado que pensa que ela também não estava curtindo e querendo a safadeza? É só ver o depoimento dela, que infelizmente tive que pesquisar para poder escrever algo aqui. O que teve de diferente no BBB12 que já não tenha aparecido nas novelas que dão picos de audiência nas TV'S dos CRENTES? Não é isso que todos, inclusive os telespectadores crentes, querem ver? O que mais esperar de um programa desses? Quem assiste já assiste pra ver essas coisas mesmo. Esse programa só existe porque tem quem assista, quem goste. É a velha e boa audiência. Simples assim.

Portanto,  deixem quem gosta do BBB em paz. Deixem os irmãos assistirem o programa em paz, que coisa!

Por meus irmãos em Cristo que assistem, que gostam e que até faltam as reuniões da igreja por causa do BBB12, convoco toda a população para um verdadeiro engajamento na campanha:

# NÃO TIREM O BBB12 DO AR

sábado, 14 de janeiro de 2012

SOU UM RACISTA ASSUMIDO


A cultura Afro está em moda no Brasil. Nada mais politicamente correto que aplaudir as "manifestações culturais" dos chamados Afro-descendentes. Nesse sentido, a educação formal, maior veículo de divulgação de ideologias, tem tido um importante papel no estabelecimento de uma "cultura" de simpatia à causa dos negros. Assim tem sido também com a causa Gay, mas isso é outra história. As Instituições de ensino Superior, por exemplo, precisam manter um grupo de reflexão (na verdade divulgação religiosa) da causa dos "Africanos-brasileiros". Nos níveis mais básicos da educação também há recomendações para abordar essa questão em algum dos variados eixos.

Outrora perseguidos e humilhados, feitos escravos por seres que se dizem humanos; arrancados de sua terra natal. No passado, esse era o final trágico de muitos negros. Evidentemente que não podemos negar as injustiças praticadas contra "muitos" negros, no passado; até mesmo com o aval do estado. Certamente foram anos tenebrosos que envergonham a história da humanidade, sobretudo na terrinha tupiniquim. Negar isso é negar a verdade e é tão burro quanto negar o holocausto.

Mas as coisas mudam. Antes, quem era perseguido hoje pode ter status privilegiado. As cotas para negros ingressarem nas Universidades Federais podem ser consideradas um bom exemplo dessa mudança. Claro que há muita polêmica em torno disso, mas tal discussão não cabe aqui. Basta dizer que se isso é visto como um pagamento indenizatório do Estado, dá até pra engolir. Mas, parece que tem muito mais por trás disso. Aqui, cabe, sim, uma pequena pausa para a seguinte reflexão: o que os negros brasileiros "de hoje" têm a ver com os negros escravizados no Brasil colônia? Aqueles, sim: deveriam ter sido indenizados por tamanho ultraje. Mas, e esses? São tão brasileiros quanto os outros brasileiros brancos. Receberam tanta influência genética quanto outros brasileiros que se dizem brancos. Devem realmente ser tratados de forma diferenciada simplesmente pela cor de sua pele? Isso não é o que chamam de racismo? Aliás, a cor da pele não é a unica prerrogativa para ser considerado descendente de africano, tendo em vista que por lá tem muito branquelo de olho azul também, que são tão africanos quanto os africanos negros. Então, só pra ficar claro: tem africano negro e africano branco. Tem brasileiro negro e brasileiro branco. Ou seja, 99,9% dos negros brasileiros não são mais "puro sangue africano". Tá tudo misturado. Isso é ser brasileiro e a maior prova que não são mais africanos. A exceção  fica por conta de quem tem pai e mãe africanos, quer brancos ou negros. Portanto, nada de "mama África" seu Chico Cesar.

O fato é que muitas práticas "eminentemente religiosas",  trazidas da África, são empurradas de "guela abaixo" sob o argumento de respeito à "cultura". Ou seja, se as minhas "práticas religiosas" e as das religiões afros forem auto-excludentes, posso ser taxado de Racista. Muito bem, que seja.

Pra começo de conversa, quem quiser nutrir práticas peculiares e puras da "cultura religiosa" Africana, que vá para a África ou solicite cidadania africana. Não concordo nem mesmo com o termo Afro-decendentes. Somos todos brasileiros, filhos de brasileiros. Essa designação só faz criar um "povo" dentro de um "povo" ou, ainda,  um "sub-povo",  no sentido de uma minoria que está contida numa maioria.  

Essa mistura de cores e costumes é exatamente o que caracteriza nosso "povo único", nossa  identidade. Sem contar a inutilidade da discussão sobre o racismo, tendo em vista a existência de apenas uma raça: a humana. As manifestações de ódio contra a cor da pele é pura ignorância; uma imbecilidade que só não é inacreditável porque existem imbecis que possuem um grau de ignorância quase inacreditável.

Está mais do que claro que a África, com aqueles que de lá vieram para o Brasil, contribuiu fortemente na formação do nosso traço cultural. A mais brasileira de todas as comidas - a feijoada - tem sua origem mais remota com os "antigos" escravos. Mas atenção: nem todas as comidas de origem ou motivação africana podem ser consideradas somente como uma "contribuiição à cultura brasileira". Algumas delas fazem parte integrante do culto às divindades dessas religiões, são oferendas típicas de religiões típicas.

Interessante que outros povos, com características religiosas peculiares, igualmente contribuíram para a formação do nosso arcabouço cultural e nem por isso utilizam dessa prerrogativa como forma de "evangelização" camuflada. Os Judeus, por exemplo. Há povo mais perseguido e massacrado? Perseguidos inclusive pelo Estado brasileiro. Na época de Getúlio Vargas  muitos judeus que buscaram refúgio no Brasil foram entregues "de bandeja" aos líderes nazistas. Isso mesmo, o governo brasileiro foi responsável por jogar muitos judeus nas câmaras de gás. O excelente filme Olga Benaro retrata bem esse tempo. Estranhamente não me lembro de nenhuma cartilha, de nenhuma recomendação dos órgãos que regulam a educação, de nenhuma ação indenizatória do estado brasileiro para com os descendentes de judeus. Algo do tipo: cota para Israel-descendentes. Não questiono a validade dessas ações mas, por que para uns sim e para outros não? Será mesmo que os "negros brasileiros" precisam dessa proteção oficial? Isso parece uma concordância absurda com "o norte-americano James Watson – Prêmio Nobel e co-descobridor da estrutura do DNA junto a Francis Cric em 1953 –, um dos pais da genética moderna, que afirmou que as pessoas de raça branca são mais inteligentes que as de raça negra, o que gerou o repúdio da comunidade científica e política" (conforme: http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=1686", acessado em 13/01/2012).

Mas a grande questão que queremos chamar a atenção é a seguinte: 

Estão querendo considerar religião e cultos Afros como cultura. De forma intencional, os simpatizantes e até praticantes do candomblé, umbanda e outras religiões de matrizes Africanas, muitos deles com grande representatividade entre políticos e formadores de opinião, estão querendo vender a idéia de que suas práticas cúlticas são simples manifestações culturais

Isso é uma forma muito inteligente e sorrateira de fazer proselitismo em favor das religiões Afros. A religião pode até fazer parte da cultura, mas ela não é a cultura. Conheço vários negros que desaprovam completamente os ritos e manifestações religiosas do candomblé, por exemplo. São menos negros por causa disso? Ou seja, umbanda, candomblé e tantas outras  "manifestações religiosas", tipicamente Africanas,  não são "coisa de negros". São coisas de negros "macumbeiros", bem como de brancos "macumbeiros". Essa eu não engulo!

As religiões Afros-brasileiras, em nossa opinião, enquanto cristãos Reformados, quebram flagrantemente o primeiro e o segundo mandamento da Lei moral de Deus. Portanto, são práticas pecaminosas à luz da bíblia. A continuidade dos sacrifícios ali oferecidos são uma afronta ao sacrifício último e perfeito de Cristo.

Não posso admitir que aquelas danças, aquelas roupas, aquelas comidas, aquelas saudações, aquelas músicas e aquelas divindades fazem parte do meu universo cultural. Eu não tenho nada a ver com isso. Pelo contrário,  repudio todas essas práticas por considerá-las pecaminosas. Respeito, entretanto, essas religiões e reconheço seu direito constitucional de culto às suas divindades, mas, por favor, não me venham dizer que tudo isso faz parte de minha cultura. Não faz. Religião é religião e cultura é cultura. 

Isso é ser Racista? Então, por favor, me consideram um racista.

Que os negros africanos, como já dissemos,.contribuíram com a formação da nossa cultura, isso é certo e perfeitamente aceitável. Deve até ser reconhecido e agradecido, mas "cada "i" tem seu próprio ponto. A questão religiosa é um capítulo à parte.

Um dos maiores exemplos de tentativa de sobreposição de uma Religião (as de origem Afro) sobre a outra (as de origem neopentecostal), é a polêmica disputa judicial entre a Rede Record de Televisão, sabidamente de orientação neopentecostal, com algumas entidades  "promotoras das religiões Afros" que se escondem atrás do pomposo título de protetoras da "cultura" Afro:

"Em decisão inédita do Ministério Público Federal, entidades afro-brasileiras foram autorizadas a produzir um vídeo de direito de resposta coletivo a uma reportagem da TV Record. O programa foi gravado e tornou-se público no final de 2011, mas não pode ser exibido, pois a emissora recorreu da ação e consegui impedimento momentâneo. Conforme informa o vídeo, o programa é um "direito de resposta concedido pela Justiça Federal ao Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT), ao Instituto Nacional da Tradição e Cultura Afro-Brasileira (INTECAB) e ao Ministério Público Federal, autores da ação contra o enfoque negativo e discriminatório das religiões afro-brasileiras". (Conforme:http://portalimprensa.uol.com.br/noticias/brasil/46668/religioes+afro+brasileiras+produzem+direito+de+resposta+coletivo+contra+tv+record. Acessado em 13/01/2012).

A questão em pauta é de cunho puramente religioso. Ainda que a discordância tenha caráter unilateral, isso não passa de uma religião que não concorda com a prática cúltica da outra, que se sente afrontada por ela e que por isso, naturalmente, reage. Nunca pensei que fosse defender a igreja universal, muito embora discordando veementemente de seus métodos, não posso deixar de reconhecer juntamente com ela: as práticas cúlticas das religiões Afro-brasileiras são pecaminosas. Se isso é ser racista, repito: me considerem, agora,  juntamente com a IURD, racista.

Assista o vídeo abaixo, produzido com a intenção de ser exibido na Rede Record, como direito de resposta, e julgue você mesmo se não há uma clara intenção proselitista de promover as religiões de origens africanas escondida por trás do bonito discurso de respeito à cultura:






quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

PENTECOSTALISMO "ESQUENTA" A MACUMBA DE CASÉ

A "pastora" é a macumbeira de Roxo da direita, no meio das Macumbeiras de branco.

Tenho dito em algumas postagens que o Pentecostalismo é o mais grave passo de retorno ao Romanismo. Muitos consideram isso extremamente forte e equivocado. Outros, porém, argumentam que o Pentecostalismo, principalmente em sua variação neopentecostal, está se aproximando estranha e inesperadamente ao Espiritismo. Também não posso deixar de notar isso. 

O fato é que alguns irmãos que se auto-denominam "genuínos Pentecostais" se dizem ofendidos quando são colocados na mesma sacola da longa lista das aberrações do atual mundo gospel. Tentam, inclusive, descaracterizar alguns movimentos e atitudes chamando-as de "Pseudo-Pentecostalismo".

Evidentemente que não podemos generalizar todo um grupo pela atitude de alguns ignorantes e de outros pilantras da fé. Claro que não. É mais do que sabido que muitos irmãos Pentecostais jamais se passariam para fazer o que essa outra irmã "igualmente Pentecostal" fez no programa "Esquenta" de Regina Casé. 

Mas a questão não é essa. O grande problema do Pentecostalismo é que ele propicia o acontecimento desse tipo de aberração. Isso se dá exatamente pelo fato de não ter o Pentecostalismo uma base de fé e prática hermeticamente fechada. Diferentemente dos Protestantes que têm na Bíblia - revelação escrita - única fonte de comunicação ativa de Deus para com seu povo.

Então, quando eles analisam a Bíblia e não encontram nenhuma recomendação para fazer essas coisas ou ainda para deixar de fazer outras, eles ficam "engessados" e desautorizados. Ou seja, o protestante é um crente limitado. Não pode usar de sua criatividade inventiva e nem mesmo seu talento para elaborar alguma novidade, algo que seja estranho às Escrituras, ainda que o objetivo seja nobre: louvar a Deus. É por isso que o culto dessas igrejas são sempre a mesmíssima coisa. Novidade nesses cultos só acontecem por algum desvio de conduta ou mesmo por influência Pentecostal.

Sei que muita gente discorda do que acabei de argumentar acima. Nós, "genuínos Pentecostais", também temos a bíblia como única regra de fé e prática, dirão alguns. Aí perguntarei? E as novas revelações, que são novos recados de Deus, no sentido de serem outros além dos que estão na Bíblia? Se não estiver na bíblia não é de Deus, responderão. Ora, então não são novas revelações? Então é só ler a bíblia? Se a resposta for sim, aí meu caro, isso não é o "genuíno Pentecostalismo". Estaremos diante de um "autêntico quase ex-pentecostal", que deve ter tido muito contato com a doutrina Reformada através de livros, congressos, etc e que agora está mudando seu pensamento. Não pensa mais como Pentecostal. Não crê mais como Pentecostal (pelo menos em todos os pressupostos). Tá tudo misturado, mas que por razões várias ainda não quer sair do meio. Diria eu: quase não é mais Pentecostal. 

Essa irmão do vídeo abaixo, sim. Essa é uma "autêntica Pentecostal" de carteirinha.

Mas para aqueles que discordam de tudo que coloquei até aqui, gostaria de fazer algumas perguntas. Por favor, assista ao vídeo e depois, só depois, responda as perguntas, ok?


Isso e essa "pastora" e suas seguidoras, tem mais a ver com o Pentecostalismo ou com o Protestantismo? Tem mais a ver com as igrejas Pentecostais ou com as igrejas Tradicionais? Se for perguntado a ela se é uma cristã Tradicional ou Pentecostal, o que ela responderá?

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