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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

INDEPENDÊNCIA OU MORTE: A METAFÓRICA PREGAÇÃO DE D.PEDRO


O famoso grito às margens do riacho do Ipiranga - "Independência ou Morte" - bradado pelo imperador D.Pedro, em 7 de Setembro de 1822, requeria para o Brasil  a independência total de Portugal. Se negada, de alguma forma, o Imperador do Brasil estava disposto a lutar até à morte, se preciso fosse (será?). O grito previa possibilidades auto-excludentes. Não havia mais a possibilidade de continuar vivo e dependente de Portugal. Neste caso, a morte seria uma opção. Uma opção assumida somente depois da impossibilidade da Independência. A morte seria, então, uma opção. Não algo imposto, mas assumido espontaneamente, com certo grau de heroísmo.

Metaforicamente o grito "Independência ou Morte", invertendo-se a perspectiva, pode, facilmente, fornecer subsídios para a demonstração da Soteriologia Reformada, uma vez que "independência", entendida aqui como "libertação" (do pecado por Cristo), e "morte" são elementos importantes e presentes na doutrina Reformada da salvação. Contudo, para que haja uma maior coerência e adaptação com o "grito" da pregação Reformada, a ordem das palavras passaria a ser "morte ou independência". Continuando, entretanto, a ideia de auto-excludência das opções.

Na pregação Reformada, a morte não é uma opção é, antes, uma realidade natural e intrínseca ao ser humano pós-queda, envolvendo tanto a dimensão física quanto a dimensão espiritual. A opção ficaria por conta apenas da Independência, aqui entendida como "libertação" ou ainda "salvação espiritual". Porém, mesmo sendo opção, essa "independência" ou "salvação" não pode ser acessada ou mesmo escolhida pelo homem, mas apenas pelo próprio Deus. É somente Ele que escolhe e elege para si alguns, deixando os outros na mesma condição natural de morte em que se meteram voluntariamente.

A confissão de fé de Westmisnter tratando sobre esse assunto faz as seguintes afirmações:

1º)  Sobre a MORTE (física e, principalmente, espiritual, que é a separação de Deus) como certa e não opcional, numa situação pós-queda:

Cap.IV: I. Nossos primeiros pais, seduzidos pela astúcia e tentação de Satanás, pecaram, comendo do fruto proibido [...] Ref.Gen. 3:13; II Cor. 11:3; Rom. 11:32 e 5:20-21. II Por este pecado eles decaíram da sua retidão original e da comunhão com Deus, e assim se tornaram mortos em pecado e inteiramente corrompidos em todas as suas faculdades e partes do corpo e da alma. Ref. Gen. 3:6-8; Rom. 3:23; Gen. 2:17; Ef. 2:1-3; Rom. 5:12; Gen. 6:5; Jer. 17:9; Tito 1:15; Rom.3:10-18. III. Sendo eles o tronco de toda a humanidade, o delito dos seus pecados foi imputado a seus filhos; e a mesma morte em pecado, bem como a sua natureza corrompida, foram transmitidas a toda a sua posteridade, que deles procede por geração ordinária. Ref. At. 17:26; Gen. 2:17; Rom. 5:17, 15-19; I Cor. 15:21-22,45, 49; Sal.51:5; Gen.5:3; João3:6. 

Cap.IX: III. O homem, caindo em um estado de pecado, perdeu totalmente todo o poder de vontade quanto a qualquer bem espiritual que acompanhe a salvação, de sorte que um homem natural, inteiramente adverso a esse bem e morto no pecado, é incapaz de, pelo seu pr6prio poder, converter-se ou mesmo preparar-se para isso. Ref. Rom. 5:6 e 8:7-8; João 15:5; Rom. 3:9-10, 12, 23; Ef.2:1, 5; Col. 2:13; João 6:44, 65; I Cor. 2:14; Tito 3:3-5. 


2º) Sobre a INDEPENDÊNCIA, entendida como Libertação, Vocação ou Chamado Eficaz dos Eleitos, como restrita e limitada:

Cap.X: I. Todos aqueles que Deus predestinou para a vida, e só esses, é ele servido, no tempo por ele determinado e aceito, chamar eficazmente pela sua palavra e pelo seu Espírito, tirando-os por Jesus Cristo daquele estado de pecado e morte em que estão por natureza, e transpondo-os para a graça e salvação. Isto ele o faz, iluminando os seus entendimentos espiritualmente a fim de compreenderem as coisas de Deus para a salvação, tirando-lhes os seus corações de pedra e dando lhes corações de carne, renovando as suas vontades e determinando-as pela sua onipotência para aquilo que é bom e atraindo-os eficazmente a Jesus Cristo, mas de maneira que eles vêm mui livremente, sendo para isso dispostos pela sua graça. Ref. João 15:16; At. 13:48; Rom. 8:28-30 e 11:7; Ef. 1:5,10; I Tess. 5:9; 11 Tess. 2:13-14; IICor.3:3,6; Tiago 1:18; I Cor. 2:12; Rom. 5:2; II Tim. 1:9-10; At. 26:18; I Cor. 2:10, 12: Ef. 1:17-18; II Cor. 4:6; Ezeq. 36:26, e 11:19; Deut. 30:6; João 3:5; Gal. 6:15; Tito 3:5; I Ped. 1:23; João 6:44-45; Sal. 90;3; João 9:3; João6:37; Mat. 11:28; Apoc. 22:17.  II. Esta vocação eficaz é só da livre e especial graça de Deus e não provem de qualquer coisa prevista no homem; na vocação o homem é inteiramente passivo, até que, vivificado e renovado pelo Espírito Santo, fica habilitado a corresponder a ela e a receber a graça nela oferecida e comunicada. Ref. II Tim. 1:9; Tito 3:4-5; Rom. 9:11; I Cor. 2:14; Rom. 8:7-9; Ef. 2:5; João 6:37; Ezeq. 36:27; João5:25. IV. Os não eleitos, posto que sejam chamados pelo ministério da palavra e tenham algumas das operações comuns do Espírito, contudo não se chegam nunca a Cristo e portanto não podem ser salvos; muito menos poderão ser salvos por qualquer outro meio os que não professam a religião cristã, por mais diligentes que sejam em conformar as suas vidas com a luz da natureza e com a lei da religião que professam; o asseverar e manter que podem é muito pernicioso e detestável. Ref. Mat. l3:14-15; At. 28:24; Mat. 22:14; Mat. 13:20-21, e 7:22; Heb. 6:4-5; João 6:64-66, e 8:24; At. 4:12; João 14:6 e 17:3; Ef. 2:12-13; II João 10: l 1; Gal. 1:8; I Cor. 16:22. 

Para aprofundar ainda mais esse assunto, escute abaixo o sermão intitulado "LIBERTAÇÃO EM CRISTO", ministrado pelo Rev.Ádler Coelho, ministro presbiteriano da IPB de Araras-SP, primo do Filósofo Calvinista:



terça-feira, 23 de agosto de 2011

O MAGISTRADO CIVIL, A QUEDA DE MUAMAR KADHAFI E A ALIENAÇÃO DO CRISTÃO REFORMADO


O mundo assiste, torcendo, a queda de mais um ditador. Após 42 anos oprimindo o povo Líbio com todo tipo de desmandos, a era Muamar Kadhafi parece, finalmente, ter chegado ao fim. 

Diferentemente do desmoronamento do império de Sadan Hussen, não podemos atribuir o fim da era Kadhafi a nenhuma intervenção externa: 

"Motivados pela onda de protestos que levaram à queda os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em meados de fevereiro para contestar o líder Muammar Kadafi, no comando do país desde a revolução de 1969. Mais de um mês depois, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas".
http://www.rn24horas.com.br/noticias/ver/657/guarda-presidencial-de-kadafi-se-rende-a-rebeldes-diz-tv

povo Líbio, cansado da opressão desse ditador, resolveu "pegar em armas" e lutar contra o Governo Constituído (por Deus?), contra o "Magistrado Civil" da Líbia. 

Os vídeos abaixo deixam claro que o "desejo escondido" do povo foi o responsável pela queda do ditador. O povo não aguentava mais. O povo queria ser liberto de tamanha opressão,  foi à luta e conseguiu. Observe:



Esse fato nos faz refletir sobre uma questão muito importante: 

Qual o limite entre a submissão ao Magistrado Civil e a Alienação Social?

Um Cristão Reformado, que tem nas Escrituras sua única regra de Fé e Prática, pode participar de um movimento dessa natureza, que atenta claramente contra o Magistrado Civil? Mais ainda: um Cristão Reformado que subscreve a Confissão de Westminster como fiel exposição das Sagradas Escrituras pode perseguir, combater, declarar guerra civil e se rebelar contra o seu governo constituído? Contra o Magistrado Civil do seu próprio país? 

Para facilitar nossa compreensão acerca da dificuldade que envolve esse assunto reproduziremos parte do capítulo XXIV da Confissão de Fé de Westminster, que trata especificamente sobre a relação entre o Cristão e o Magistrado Civil:

A primeira dificuldade perpassa pelo fato de que foi o próprio Deus quem estabeleceu o Magistrado Civil, segundo a Confissão de Westminster, observe:

"I. Deus, o Senhor Supremo e Rei de todo o mundo, para a sua glória e para o bem público, constituiu sobre o povo magistrados civis que lhe são sujeitos, e a este fim, os armou com o poder da espada para defesa e incentivo dos bons e castigo dos malfeitores. Rom. 13:1-4; I Ped. 2:13-14". 

Alguém poderia, então, argumentar: Deus os constituiu para a "defesa e incentivo dos bons e castigos dos malfeitores". Não agindo assim, o povo poderá rebelar-se contra o Magistrado Civil. Bem, esse pensamento cria algumas dificuldades: a primeira delas tem a ver com o conceito de "bons" e de "malfeitores". Num regime ditatorial, por exemplo, "bons" são aqueles leais ao governo e "malfeitores" são os rebeldes. Por isso,  Kadhafi quer sufocar a rebelião daqueles que são, em seu entendimento, "malfeitores". 

A outra dificuldade de um Cristão que subscreve os Símbolos de Fé de Westmisnter é a que prescreve o item IV do capítulo XXIV:

"IV. É dever do povo orar pelos magistrados, honrar as suas pessoas, pagar-lhes tributos e outros impostos, obedecer às suas ordens legais e sujeitar-se à sua autoridade...".

Notem:  a Confissão de Westminster, interpretando as Escrituras, deixa claro que é dever "obedecer às suas ordens legais e sujeitar-se à sua autoridade". Não é uma opção. É um dever, independentemente se suas ordens são justas ou não. E antes que alguém argumento sobre a expressão "ordens legais", devemos esclarecer que essa expressão diz respeito às leis outorgadas por uma autoridade "legalmente" constituída e/ou reconhecida, como é o caso. Também esperamos que ninguém argumento sobre a "desobediência em casos de confronto direto entre a ordem legal do Magistrado Civil e palavra de Deus". Também não cabe aqui tal questionamento.

Mas, essa parte do item IV que acabamos de citar acima ainda não é a mais contundente. A Confissão de Westminster continua na sua interpretação:

"IV...Incredulidade ou indiferença de religião não anula a justa e legal autoridade do magistrado, nem absolve o povo da obediência que lhe deve, obediência de que não estão isentos os eclesiásticos". I Tim. 2:1-3; II Ped. 2:17; Mat. 22:21; Rom. 13:2-7, e 13:5; Tito 3:1; I Ped. 2:13-14, 16; Rom. 13:1; At. 25:10-11; II Tim. 2:24; I Ped. 5:3".

Ou seja, nem mesmo o fato de ser o Magistrado Civil um ateu, incrédulo ou alguém que despreza o Deus da Bíblia e seus preceitos, dá direito àqueles que entendem ser essa interpretação - da confissão de westminster - a "fiel exposição" das Sagradas Escrituras, de rebelar-se contra esse Magistrado Civil.  

Portanto, retomamos algumas questões e levantamos outras para nossa reflexão e debate:

1- Se houver um presbiteriano, que subscreve a Confissão de fé de Westminster, entre os rebeldes, na Líbia, estará incorrendo no pecado da rebeldia contra o Magistrado Civil? 


2- Subscrever os Símbolos de Fé de Westminster significa, necessariamente, ser alienado quanto às injustiças praticadas pelo Magistrado Civil? 


3- Devem cruzar os braços todos aqueles que subscrevem tal Confissão de Fé, no que se refere às atitudes de seus Magistrados Civis, ainda que sejam cruéis e sanguinolentos ditadores como Sadan Hussen e Muamar Kadhafi? 


4- Qual é, afinal, o limite entre a submissão ao Magistrado Civil e a Alienação Social?

Queremos saber sua opinião. 

terça-feira, 9 de agosto de 2011

ATEU DESAFIA TEOLOGIA

"Costumo definir o Ateísmo como sendo “a crença na crença de que Deus não existe”. Sempre achei o Ateísmo curiosíssimo. Gostaria de entender a motivação do Ateu em auto-intitular-se Ateu. Interessante o orgulho que sente de si mesmo ao defender o Ateísmo. Olha até com desdém e pena para aqueles que dizem acreditar em Deus, como se pertencesse a uma classe de superiores. Realmente queria entender o que o leva a posicionar-se e até produzir teorias acerca de um Ser que ele nem acredita existir. Os Ateus devem ser pessoas completamente desocupadas. É essa a impressão que tenho, pois, se para falar de um Ser que “existe”, de fato, já dá muito trabalho, imagine então falar de um Ser que nem mesmo existe! Aliás, a priori, nem poderíamos usar a designação “Ser”, pois ela pressupõe existência. O ideal seria falar de “Não-Ser”. Mas, como falar de “algo” que não é? Eles conseguem e nem percebem essa incoerência. Sinceramente, se eu fosse Ateu, a primeira coisa que iria fazer era não querer ser chamado de Ateu. Claro! O próprio termo “Ateu” já faz um link, necessariamente, a alguma espécie de transcendência, de divindade, ainda que seja para negá-la. Se eu fosse Ateu não escreveria nenhuma linha sobre a não existência de Deus; nem mesmo para ridicularizá-lo. O Ateu deveria ignorar completamente esse assunto de Deus. O problema é que ele simplesmente não consegue não acreditar em Deus e não falar sobre isso" (texto publicado originalmente em http://filosofiacalvinista.blogspot.com/2010/09/sou-ateu-gracas-deus.html).

Dito isso, vamos ao nosso post. O vídeo abaixo mostra um "ateu convicto" desdenhando da palavra de Deus e "provando" uma série de "erros absurdos" que, segundo ele, desqualifica a Bíblia, a fé e o próprio Deus.

Evidentemente que não é comum um vídeo dessa natureza aparecer em sites e blogs cristãos. Segundo alguns, publicar esse tipo de material só serviria para difundir o ateísmo e trazer descrédito e dúvidas sobre as Escrituras Sagradas, além de incentivar a  blasfêmia contra Deus.

O que fazer então? Negar que o vídeo existe ou enfrentá-lo? Davi poderia muito bem ter ignorado a poderosa afronta que Golias empreendera contra Deus e contra seu povo. Foi isso que ele fez? Absolutamente, não. Antes, bradou em grande voz: "Quem é, pois, esse incircunciso filisteu, para afrontar os exércitos do Deus vivo?” (1 Samuel 17:26). 

Sou de opinião que a verdade jamais deixará de ser verdade. E que, por isso mesmo, podem submetê-la a qualquer espécie de "falseamento" ou bombardeio crítico; ela permanecerá intocada. Caso contrário, ficará evidente que nunca foi verdade.

Quero convidá-los a refutar ponto a ponto, versículo a versículo,  aparente contradição a aparente contradição, apresentada no vídeo por alguém que tem orgulho em dizer que é ateu.   Relevem a linguagem (carregada de palavras torpes). Afinal, o que mais poderíamos esperar de um ser que adere à essa mais pura forma de contradição, o ateísmo?


sexta-feira, 8 de julho de 2011

FÓRMULA PRA SABER SE SEU PASTOR GANHA BEM

1º) Calcule a Quantidade de Horas Semanais Trabalhadas pelo Pastor : QHSTP 


Para fazer esse cálculo você precisará ter algumas informações:

a) Quantos dias seu pastor vai à igreja?
b) Quantas horas ele fica na igreja nos dias em que está presente?
c)  Agora é só multiplicar a quantidade de horas pela quantidade de dias

2º) Calcule a Quantidade de Horas Mensais Trabalhadas pelo Pastor: QHMTP

a) Para fazer esse cálculo você precisa multiplicar a Quantidade de Horas Semanais Trabalhadas pelo Pastor  (QHSTP) por 4 (quantidade de semanas no mês). Assim:

QHMTP = QHSTP  X  4

3º) Calcule o Custo da Hora Trabalhada pelo Pastor: CHTP


a) Para fazer esse cálculo você precisará dividir o Salário do Pastor pela Quantidade de Horas Mensais Trabalhadas pelo Pastor (QHMTP). Assim:

  CHTP =   SALÁRIO : QHMTP

3º) Agora calcule o Salário Real do Pastor, considerando que ele tivesse a mesma jornada de trabalho que qualquer outro membro das igrejas têm: SRP


a) Para fazer esse cálculo pegue o CHTP já calculado no item 3 e MULTIPLIQUE  por 160 (que é a quantidade de horas trabalhadas por 90% dos membros das igrejas, numa jornada de 40 horas semanais).

b) O RESULTADO será o REAL salário do seu pastor (se ele cumprisse a mesma carga horária que os membros das igrejas, geralmente, cumprem e, claro, se a igreja pudesse pagar).


Vamos testar pra ver se a fórmula funciona mesmo? 


SRP = CHTP X 160

SIMULAÇÃO:

4º) Um pastor frequentando culto de oração (2 horas) + culto doutrinário (2 horas) + escola dominical (3 horas) + culto vespertino  (2 horas) + reuniões extras - suponhamos que toda semana tenha (3 horas), dá um TOTAL DE HORAS POR SEMANA (QHSTP) de  12 horas.

5º)  Multiplicando essas horas por 4 (quantidade de semanas por mês), você encontrará a  QHMTP (Quantidade de Horas Mensais Trabalhadas pelo Pastor)  =  48 horas mensais.  

6ª) Geralmente um pastor ganha em torno de 5 salários mínimos, ou seja,  R$ 2.725,00. Não esqueça que isso é apenas uma simulação. Seu pastor pode ganhar bem mais que isso.


7ª) Vamos agora calcular o CHTP (Custo da Hora Trabalhada pelo Pastor):


R$ 2.725,00 : 48 (QHMTP)  =  R$ 56,77 (Custo de 1 (uma) Hora Trabalhada do Pastor).


8º) Agora vamos finalmente calcular o SRP (Salário Real do Pastor):

CHTP:  R$ 56,77 x 160h (quantidade de horas mensais trabalhadas pela maioria dos membros das igrejas) = R$ 9.083,33.


Pronto. Cálculo feito. Viu como é fácil? Esse é o Salário Real que seu pastor ganharia se trabalhasse a mesma quantidade de horas que você trabalha. Um bom salário, não? 

terça-feira, 28 de junho de 2011

O ECUMENISMO ESPONTÂNEO DA LUTA CONTRA O PROJETO GAY E A FALTA DE LÓGICA DO HOMOSSEXUALISMO


Nesse post estou cheio de dúvidas, por isso quero começar fazendo algumas perguntinhas:

Estamos diante de uma reaproximação entre católicos e protestantes? Será que um dia teremos uma única religião? Será que estão descobrindo que católicos e protestantes têm, ainda, muito em comum? Estamos diante de um precedente de retorno à igreja que tem raiz histórica com o cristianismo primitivo?

É impressionante como a luta contra “o projeto gay” está promovendo um verdadeiro, autêntico, espontâneo e natural “ecumenismo”.

Estou enganado? É só dar uma visitada na blogosfera que veremos muitos blogs evangélicos divulgando, apoiando e aplaudindo católicos. Católico pra “crente” agora é herói da fé, da moral e dos bons costumes. Será isso aquela sadia admiração que o irmão mais novo nutre pelo irmão mais velho? O mundo ta mesmo de cabeça para baixo...rs.  Aquela velha história de “gato e rato” já era. Agora o grito de guerra é “igreja, cristã, unida, jamais será vencida”!

A mais nova heroína dos evangélicos é a Deputada Estadual  - Católica - do Rio de Janeiro: Mirian Rios. Aquela ex de Roberto, lembra? Pois é, foi só falar contra a PL-122 que passou a ser “primeira capa” de diversos blogs evangélicos, reformados, protestantes. Vai uma listinha aí? Vamos lá: eleitosdedeus, acordaigreja, uniãodeblogueirosevangélicos, resistênciaprotestante, ministério beréia, aigrejaaogostodofreguês, além de outros que não fiquei sabendo ainda. Mas, ei: não estou dizendo que estão errados, ok? Apenas é uma constatação. Veja essa reaproximação entre católicos e evangélicos no vídeo abaixo:


Bom, deixemos esse assunto para os historiadores do futuro. Quem viver verá! O assunto agora é outro:  

Nunca consegui entender os gays. Dizem que a homofobia é falta de entendimento e de conhecimento da questão homossexual. Muito bem, senhores e senhoras gays (posso chamar assim?):  eis algumas questões direcionadas aos senhores(as) e vice-versa. Quero entender. 

Por favor, se puderem e se souberem me tirem essa dúvida. Acompanhem o raciocínio: por definição o(a)  homossexual gosta do “mesmo sexo”, correto? Sendo assim, pela lógica, só gosta das características peculiares do próprio sexo a que pertence, certo? Ou seja, aquilo que faz a mulher ser mulher e o homem ser homem. Sei que parece obvio, mas estou só querendo entender. E até aqui dá pra entender. Devo concluir, seguindo essa lógica, que uma “mulher” homossexual gosta de outra “Mulher” (com “M” maiúsculo) exatamente porque ela é “mulher” e, por isso mesmo, se sente atraída por esse ser semelhante, com desejos quase narcisistas, contrariando até mesmo  o normal ou, se preferirem, o convencional. Significa dizer que se essa “mulher” não fosse “mulher” e sim “homem” ela jamais, por força conceitual, deveria sentir-se atraída. Estou certo? Bem, o raciocínio é o mesmo no caso do “homem” homossexual. Ele gosta de “macho” e só gosta de “macho” porque se sente atraído pelo mesmo sexo a que pertence. De forma que se o “macho” fosse “fêmea” ele, de forma alguma se sentiria atraído.

Se é assim, e parece que é, então porque a mulher homossexual procura uma mulher “masculinizada” para ter relacionamento? Ora, se ela gosta de “mulher” não deveria se relacionar apenas com aquelas que fossem ícones de feminilidade? Veja o exemplo de Lanna Holder e Rosania Rocha. Lanna parece um “macho”. Isso não é contraditório? Se a outra queria um “macho” então porque não procurou um “de verdade” e sim um “genérico”? Observe todos os casais de lésbicas. É assim ou não é? Isso não seria a contra-prova da violação do que é natural?

A mesmíssima coisa acontece com os homossexuais “masculinos”. Sempre tem um que é a “mulherzinha” da história. Que tenta imitar a mulher em tudo, conseguindo, no máximo, atingir uma espécie de feminilidade de robô, tornando-se, assim, uma “mulher do Paraguai”. 


Cara, se você queria uma “parceira” feminina e com todas as características de uma mulher, então porque não procurou uma “mulher” de verdade? Será que levou algum fora de alguma “mulher de verdade” e ficou traumatizado? Algum problema de baixa estima? Só sendo....dá pra entender não...rs.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

O QUE SIGNIFICA SER UMA IGREJA EVANGÉLICA OU PROTESTANTE? UMA BREVE ANÁLISE DO CASO DAS PASTORAS LÉSBICAS

 
O que é ser evangélico ou evangélica? O portal globo divulgou uma notícia nesta quinta-feira, 16/06/11, sobre pastoras lésbicas que querem evangelizar na parada gay. Como se já não bastasse por si só o erro de ser "pastora". As religiosas  Lanna Holder e Rosania Rocha acabaram de abrir uma “igreja inclusiva” chamada “Igreja Cidade de Refúgio”, em São Paulo, para acolher homossexuais. http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2011/06/pastoras-lesbicas-querem-fazer-evangelizacao-na-parada-gay-de-sp.html.

O nome escolhido para a comunidade religiosa é bem sugestivo e lembra as “cidades refúgios”  designadas por Moisés para acolher “o homicida que matasse alguém involuntariamente” (Números 35:11) e servia também como uma espécie de “habeas corpus” em favor do homicida, para que ele “não morresse antes de ser apresentado perante a congregação” para um justo julgamento (Números 35:12). Essas cidades pertenciam aos Sacerdotes Levitas e eram num total de seis cidades, estrategicamente distribuídas.

O fato das religiosas lésbicas se auto-intitularem “pastoras” cria um link, quase inevitável, com as igrejas evangélicas. Mas, será mesmo que elas podem ser consideradas, classificas e contadas como  evangélicas?  Seria a “Igreja Cidade de Refúgio” uma igreja genuinamente evangélica? Se ao invés de “pastoras” elas se auto-intitulassem “freiras” ou "bispas", isso as ligariam, necessariamente, à igreja Católica Romana? Obviamente que não. Num conhecido bairro do Recife existe uma igreja chamada "Católica" que chama sua reunião de "missa", que chama seu líder de "padre" e que usa todos os paramentos próprios dos sacerdotes "católicos". Essa comunicade "católica" só tem uma diferença: permite que seu "padre" tenha uma mulher, que se case e tenha filhos. Diante disso, poderíamos concluir que essa igreja é uma genuína "igreja Católica Romana"? Claro que não. Não seria racionalmente justo. Ou seja: "padre"? Sim.  Igreja "católica"? Sim. Jamais, porém, - "padre" e "igreja"  - "Católicos Romanos".

O termo pastor, bem como seu feminino, não é um termo de uso exclusivo dos evangélicos, podendo ser utilizado também para Padres e demais líderes religiosos, sempre como metáfora dos criadores de animais, especialmente ovelhas, que apascentam e pastoreiam seus rebanhos. Esse mesmo erro ocorre com o termo "catecismo", que muitos supõem, equivocadamente, ser de uso exclusivo da igreja Católica, quando se trata de um recurso pedagógico utilizado em diversas áreas da vida.

Antes de continuarmos em busca das respostas às perguntas aqui levantadas, precisamos definir bem o termo “igreja evangélica”. Quais as características que uma igreja precisa ter para ser considerada uma genuína igreja evangélica? Essa análise é necessária devido ao grande desgaste que essa terminologia tem sofrido, principalmente pela exposição de algumas igrejas e líderes religiosos (pastores, mas não necessariamente “evangélicos”) na grande mídia, criando, injustamente, a idéia de que  todas as igrejas são “farinha do mesmo saco”.

Em linhas gerais, para uma igreja ser considerada genuinamente "evangélica", ela precisa ter no evangelho de Cristo, aqui entendido como toda a bíblia sagrada, sua única regra de fé e de prática. Significa dizer que precisa buscar cumprir aqueles mandamentos exigidos, bem como deixar de fazer aquilo que a bíblia proíbe e chama de pecado, como é o caso do homossexualismo. E ainda que haja algumas variações doutrinárias entre as muitas vertentes de "igrejas evangélicas", no que é essencial, a igreja postulante a ser considerada “evangélica” não pode destoar nem discordar, por se tratar de matéria basilar de fé, a exemplo da doutrina da trindade, da divindade de Cristo, da salvação exclusivamente pela graça, da disciplina e da conduta moral, além de muitas outras doutrinas peculiares, que produzem uma unidade básica e característica das "igrejas evangélicas".

A igreja dos Mórmons, Testemunhas de Jeová e Adventistas do Sétimo Dia, por exemplo, não são consideradas "igrejas evangélicas", por não atenderem a esses requisitos básicos, muito embora sejam assim consideradas pelo inconsciente coletivo, que na maioria das vezes desconhece os pré-requisitos exigidos de uma genuína "igreja evangélica". Muito embora também, chamem seus líderes religiosos de "pastores". Recentemente as Igrejas “Universal do Reino de Deus e Mundial do poder de Deus”, também foram consideradas como “não evangélicas” por uma importante denominação "evangélica/protestante" - a primeira a ser implantada no Brasil, há 150 anos - a IPB - Igreja Presbiteriana do Brasil, que tomou essa decisão baseada nas flagrantes práticas extra-bíblicas e pagãs dessas igrejas.

Se entendermos ainda o termo “igreja evangélica” como sinônimo de “igreja protestante”, a lista fica bem mais restrita. O termo “protestante” remonta e nasce na Dieta de Worms, “que foi uma reunião de cúpula oficial, governamental e religiosa, chefiada pelo imperador Carlos V, que teve lugar na cidade de Worms, na Alemanha, entre os dias 28 de Janeiro e 25 de Maio de 1521. Apesar de outros assuntos terem sido discutidos, a Dieta de Worms é sobretudo conhecida pelas decisões que dizem respeito a Martinho Lutero e os efeitos subsequentes na Reforma Protestante". Nesse segundo sentido, poderiam ser consideradas “Igrejas Protestantes” apenas aquelas oriundas diretamente da Reforma Protestante, como a Igreja Luterana, Episcopal, Igreja Reformada, Igreja Presbiteriana e Igreja Batista, ou ainda aquelas igrejas que, mesmo fundadas posteriomente, fazem a mesma opção teológica dos Reformadores do Século XVI”, conforme: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dieta_de_Worms.   

Sendo assim, parece mais do que claro que essas ditas “pastoras evangélicas”, especialmente as lésbicas da matéria em questão, bem como suas respectivas igrejas e todos aqueles que seguem por esse caminho abominado por Deus, não podem, por força conceitual, ser contadas entre as “igrejas evangélicas” e muito menos ainda entre as “igrejas protestantes”, caso queiramos fazer essa distinção. São Pastoras? Pode ser, se de fato apascentam algum rebanho; “evangélicas e protestantes”,  de forma alguma. 


Esses movimentos, bem como algumas vertentes do pentecostalismo e neopentecostalismo, são tão estranhos aos ideais da Reforma Protestante quanto podem ser. São movimentos completamente "novos" e "outros", de tal forma que toda e qualquer tentativa de classificá-los como genuínas "igrejas evangélicas ou protestantes" serão sempre considerados ingênuos, de má fé ou ainda completamente desprovidos de historicidade e honestidade intelectual. 

quarta-feira, 15 de junho de 2011

HOMOXESSUAIS: OS PROFETAS DO FIM DA HUMANIDADE. ASSIM TAMBÉM PENSAVA ENÉAS

A impressão que temos ao andarmos pelas ruas é que o mundo está mais gay. E põe gay nisso. Mas, você pode argumentar: isso sempre existiu, desde os primórdios. Pode até usar o exemplo de Sodoma e Gomorra para dar autoridade à sua afirmação. Isso é verdade; tenho que concordar: sempre existiu mesmo; mas as coisas estão diferentes agora. O mundo gosta dos gays. O mundo quer ser gay. Eles estão no auge. Certamente vivem seu melhor momento. Tudo conspira em favor dos gays. É PL-122, é parada gay, é amizade de políticos importantes e até ministros; é cair nas graças da mídia, é conquistar direito de beijar na boca de mulher bonita, ainda que seja só para dar ibope. Ser homossexual hoje em dia é fazer parte de um grupo de “intocáveis”, no bom sentido. É ter tratamento diferenciado do Estado, ter direito de casar, de adotar, de ser padre, de ser pastor, pai de santo nem se conta (essa já é uma antiga conquista), é ter direito a herança e até pensão alimentícia. Quanta diferença: antes, humilhados, perseguidos e lançados às fogueiras. Hoje, aplausos e holofotes fazem parte de suas rotinas.

Tornar o mundo gay é um dos principais projetos da mídia, encabeçada pela Rede Globo de televisão, ao lado de tornar o mundo espírita (postarei sobre isso em breve). Mas, a Globo (pessoa jurídica) é uma convenção; não existe de fato. Melhor dizendo, então, o projeto é um projeto pessoal dos gays que dominam a grande mídia. Eles querem tornar o mundo mais “colorido”, mais “homo-gêneo”. Veja o vídeo abaixo:



Não duvidem: os gays querem dominar o mundo. Estamos no meio de uma grande revolução: a “revolução purpurina”. Temos que tirar o chapéu; é uma grande sacada. Mas isso não é nada original. Estão tão somente copiando Herodes. Lembram? Aquele que cortou a cabeça de João Batista porque insistia em denunciar seu erro, seu pecado. Como não dá pra cortar a cabeça de todo mundo, que tal tornar todo mundo igual, até os “João”? Perfeito; brilhante.

Esse projeto tem como principal alvo as crianças. Muito material tem sido produzido com esse fim. É um projeto, originalmente, a longo prazo, mas, como já faz algum tempo que está em andamento podemos perceber, claramente, hoje, que está dando certo. Já perceberam que cada vez mais adolescentes de 12,13,14 anos estão assumindo sua identidade homossexual, como nunca visto antes? O momento é propício; até os pais aceitam numa boa. Mas isso não aconteceu de repente, por acaso. Nada muda de uma hora para outra. Isso é fruto de muita inteligência, poder de persuasão (via mídia) e trabalho duro. Um verdadeiro comprometimento com um projeto de vida. As investidas começam desde muito cedo através de mensagens subliminares contidas nos desenhos animados, filmes, músicas, livros e outras mídias. Lembram da antiga paródia a esse tipo de mensagem - “Compre baton, compre baton”- ?. É assim que funciona, só que não como paródia e sim numa linguagem imperceptível ao consciente: “seja gay, seja gay”. É uma violação à liberdade. Não há armas para lutar contra isso; elas chegam, queiramos ou não, ao nosso inconsciente, onde não dominamos; ali se instalam e, paulatinamente, vão sugestionando o indivíduo. Aqueles que não possuem (via família, religião, sociedade, etc) o antídoto, acabam sendo arrebanhados. Eis aí o resultado: homossexuais cada vez mais precoces.

Apesar da “tentação”, não vou citar a Bíblia. Todos já sabem que Deus abomina tais práticas, e, às vezes, pune severamente (Romanos capítulo 1 – op’s, desculpem, não resisti). Mas, como poderia Deus punir algo que já vem no DNA, no sangue, como se diz? Teria Ele esse direito já que, neste caso, o gay não tem escolha? Ou seja, já nasce gay? Não seria injustiça tal punição? São algumas indagações apologéticas feitas aos religiosos que, com argumentos religiosos, combatem e “denunciam” o “erro” ou o “pecado” do homossexualismo.

O entendimento atual da questão, é bom que se saiba, diferentemente do que foi no passado, não vê esse tipo de prática como uma doença ou ainda como uma ação demoníaca. É uma opção livre, racional e social. Bom, particularmente não concordo totalmente. Tenho problemas com a questão da “livre escolha”. Entendo que é uma situação forjada, um comportamento aprendido, mas, ao mesmo tempo, conduzido e direcionado, como já argumentei acima; se quiserem chamem isso de “teoria da conspiração”. Contudo, não nego: “escolher essa opção” é seguir a propensão natural que temos ao erro (a qualquer erro); é ativar o gatilho do mal que já existe em nós – somos naturalmente maus. Notem: o gatilho do mal já existe, como argumenta o filósofo Agostinho de Hipona, não o DNA do homossexualismo. O que quero mostrar, nesse momento, é tão somente que a argumentação da “livre escolha”, da “opção por ser gay”, acaba sendo “um tiro no próprio pé”, ou seja,  só reforça e dá munição aos religiosos.

Concluo essa breve análise com algumas perguntas: O que acontecerá com o “futuro” mundo gay? Quais os resultados se todos (menos eu, afinal, quem iria escrever sobre isso?), a bom termo, se engajarem no projeto mundial de tornar o mundo gay, colorido, homossexual?

Ora, por definição homossexualismo é a “atividade sexual entre dois indivíduos do mesmo sexo [...]adj. Relativo a afinidades ou atos sexuais entre pessoas do mesmo sexo”, conforme: http://www.dicionariodeportugues.com/?busca-palavra=homossexua.

Sendo assim, em 80 anos estará decretado o fim da humanidade.

O homossexualismo é, em última análise, uma pregação escatológica. É o anúncio do fim. Não do mundo, mas das pessoas. Os homossexuais, por conseguinte, são os “PROFETAS DO FIM DA HUMANIDADE”. Em escatologia diríamos que já estamos vivendo o “princípio das dores”.

Esse artigo foi  publicado originalmente em 19/03/2010. Resolvi reeditá-lo por dois motivos: primeiro porque depois de um ano o tema ainda continua na "crista da onda". Segundo - e o principal deles - porque encontrei uma entrevista do Drº e Deputado Federal Enéas Carneiro, ex-candidato à presidência da república, falando sobre a questão do homossexualismo e corroborando com o que argumentamos acima, em relação ao fim da humanidade provocado por uma hipotética adesão em massa ao homossexualismo. Eu não conhecia a entrevista quando da publicação desse original desse artigo, o que só ocorreu na data de sua reedição. Mas, como diz o ditado: "antes tarde do que nunca". Não deixe de assistir:


Percebem como o homossexualismo, na essência do seu conceito, é racionalmente inconcebível?

Ainda há muitas considerações a fazer sobre o assunto. Esperamos que nossos leitores complementem esse post, com seus comentários, análises e opiniões.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

POSIÇÃO OFICIAL DA IPB SOBRE PL 122 E HOMOSSEXUALISMO



A IPB-Igreja Presbiteriana do Brasil, tem se pronunciado oficialmente com relação às recentes polêmicas trazidas pela controversa PL-122, que trata de assuntos relacionados ao homossexualismo e demais assuntos correlatos. Assista abaixo entrevista com o Rev.Roberto Brasileiro, Presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil, que deixa claro a posição oficial da IPB. Trata-se de uma posição firme e lastreada pelos princípios Escriturísticos. Na sequência da entrevista veja também a mensagem "A decadência da Sociedade", com o Rev.Hernandes Dias Lopes.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

A ANTROPOLOGIA AGOSTINIANA E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A EDUCAÇÃO: Uma breve análise do discurso da Profª.Amanda Gurgel

A antropologia Agostiniana entende que o homem é mau por natureza. Isso pode ser facilmente constatado na prática: precisamos ensinar o que é errado para nossos filhos? Imagine a cena: um pai chama seu filho e lhe diz: "filho, hoje vou te ensinar a quebrar a TV e como bater na sua irmã". Já viram por aí alguma escola que ensina a roubar? Alguma escola que ensina a usar drogas? Alguma escola para corruptos? Para assassinos? Alguma escola de prostituição? Obviamente que não! Já sabemos, naturalmente, de tudo isso, sendo necessário, para passar da potência à prática, apenas a ativação, o startar do gatilho que existe dentro de nós. Às vezes, um símples estímulo já é o suficiente. Por conta disso,  os pais e as escolas precisam se preocupar em ensinar "apenas" o certo; pois o errado seus filhos e alunos já sabem, naturalmente. Nossa natureza decaída e pecaminosa ao entrar em contato com o mal logo é atraída por uma simpatía ímpar; uma identificação com o mal, de fato. Todos somos assim. Todos nós, sem excessão.

Afirmar ser o homem totalmente depravado e mau em sua natureza significa dizer que todos os seus desejos, todas as suas atitudes  e até mesmo todos os seus amores são totalmente corrompidos e  tendem para o mal, numa relação quase simbiótica. Até mesmo o "amor de mãe" é maculado pelo desejo espúrio e oculto de auto-promoção. Exatamente por isso, também, não queremos saber de Deus, que é antítese de todo mal. Para querermos caminhar em direção a Deus é necessário que Ele mesmo mude completamente nossas entranhas, nossos desejos e implante, em nós, uma natureza diferenciada, tornando-nos "novas criaturas"; um parto espiritual, realmente. Um novo nascimento promovido pela ação Soberana do Espírito Santo, que concede essa "nova vida" apenas àqueles que Lhe aprouver conceder, de forma incondicional, sem méritos próprios do beneficiário e somente por Sua graça, que por definição é "favor não merecido".

Mas há uma dimensão da bondade de Deus que pode ser chamada de "graça comum".  Essa é distribuída a todos sem exceção. Inclusive aos ímpios, blasfemos e ateus. A chuva, o oxigênio e o sol, por exemplo.

Como diria o sábio "'A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe" (Provérbios 29:15).

Freud costumava dizer: "dê-me uma criança e faço dela o que eu quiser". Para fazer da criança um verdadeiro "monstro social", entretanto,  basta tão somente deixá-la entregue à sua própria natureza. Nada mais será necessário acrescentar-lhe.

A educação é um desses instrumentos da "graça comum" de Deus, que servem como atenuadores da ação nefasta que a queda, no Édem, provocou no homem. Ela - a educação - vai retirando esse "mal natural" do coração do homem, minimizando-o e aplacando-o a ponto de tornar possível a vida em sociedade.

É por isso que, quanto mais um país investe - seriamente - em educação, mais ele se aproximará do ideal de justiça social, promovendo, assim, o bem social e uma convivência mais harmoniosa entre seus cidadãos, pois mais pessoas estarão com "menos mal" no coração. Pouca educação, por sua vez,  é igual a "mais mal" no coração,  que resultará, impreterivelmente, em graves problema sociais, como a criminalidade, por exemplo. Muita educação, como já dissemos, é igual a "menos mal" no coração, consequentemente, menos problemas sociais, que trará como resultado um menor índice de criminalidade, inclusive.

Esse forma de entender o homem, em certo sentido, está em harmonia com o pensamento do filósofo Thomas Hobbes, para quem, o homem, diferentemente das abelhas e das formigas, não é um ser sociável, isto é, ele não possuí "instinto social". Por isso mesmo ele afirma: "Homo homini lupus", que siginifica "o homem é o lobo do homem", e ainda: "Bellum omnium contra omnes", é a guerra de todos contra todos.

Esse homem Agostiniano e Hobbesneano é o que somos, em última análise. Em Hobbes, porém, só um "Estado forte" pode propciar a paz e a segurança, sem as quais não é possível viver em comunidade. Em Agostinho, de forma embrionária, e em Calvino, mais intensamente,  a "graça comum" é a responsável pela possibilidade de vida em comunidade. Dentre as "graças comuns", como já deixamos claro, a Educação tem papel importantíssimo, imprescindível e vital. Sem ela, todos estaremos em constante ameaça

Lamentavelmente o Brasil não se preocupa com isso, antes, pelo contrário, trata de forma desrespeitosa seus professores, em todos os níveis da educação. Veja abaixo o resumo do tratamento que o professor recebe no Brasil. Uma brilhante defesa, da professora Amanda Gurgel, de uma das profissões mais importantes para a promoção de um país "socialmente habitável":

quinta-feira, 19 de maio de 2011

A PODEROSA FÉ DOS PENTECOSTAIS E A INCREDULIDADE DOS TRADICIONAIS

Não posso deixar de admirar a fé dos Pentecostais. Eles conseguem acreditar em coisas inacreditáveis. Afinal, não é esse o pressuposto da fé? Isso é admirável. Fé pujante, eu diria. Acima de qualquer poder limitador. Ao contrário disso, muitos que fazem parte de uma igreja proveniente da Reforma Protestante (ao contrário do que muitos pensam, nem todas as igrejas evangélicas têem sua origem na Reforma do século XVI, antes, pelo contrário, fazem parte de um movimento completamente outro, completamente novo e não têm nada a ver com Lutero, Calvino e Cia Ltda), também chamadas de "Igrejas Históricas" (muito embora esse termo não seja muito correto, pois todas são "históricas"), só sabem criticar os Pentecostais. Mas isso nada mais é que inveja da fé que possuem. Isso mesmo. Inveja de fé. Jamais terão uma fé como a deles.

No vídeo abaixo, por exemplo, isso fica absolutamente claro. Só mesmo quem é dotado de uma fé ilimitada pode crer nisso. "Pena" (literalmente) que os tradicionais não podem desfrutar desse sentimento quase extasiante. Sua fé é do tamanho de um grão de mostarda, apenas. Absolutamente minúscula. Jamais terão a fé que os Pentecostais têem.


É claro que alguns Pentecostais, contaminados por algum pensamento da Reforma Protestante, tendo já sua fé diminuída, ao ver o vídeo acima, certamente dirá: "isso é meninice". Mas, com base em que afirmas que a revelação que o irmão teve não procede? O que a faz diferente das tantas outras revelações que você aceita como sendo de Deus? Ora, não seja incrédulo, seja Pentecostal. A base dessa revelação demonstrada no vídeo é exatamente a mesma de todas as outras. E sabe o que é bom nisso tudo? Sabe o que deixa os tradicionais furiosos? É que mesmo não tendo como provar pelas Escrituras se a dita cuja revelação procede ou não ainda assim os Pentecostais continuam crendo. Isso é realmente incrível! Que fé inacreditável! É assim que é: uns "fé-de-mais", outros, para alívio de todos,  "fé-de-menos"!

terça-feira, 17 de maio de 2011

O DEUS DOS ARMINIANOS DEIXA O HOMEM QUE PENSA CONFUSO






ALGUM CALVINISTA PODERIA AJUDAR NOSSO AMIGO DO VÍDEO QUE FOI CONFUNDIDO PELA TEOLOGIA ARMINIANA QUE DESPREZA A SOBERANIA DE DEUS?

OBS: Pretendo colocar os comentários mais esclarecedores na postagem. Portanto, por favor Calvinistas, ajudem esse "homem que pensa" e que está confuso por causa da doutrina Arminiana. Mas não podemos negar: há Arminianos que não ficam confusos por causa de sua doutrina. Logo, devemos concluir que não pensam? Bom, mas o importante mesmo é ajudar nosso amigo do vídeo.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

OS VERDADEIROS CULPADOS PELA PL 122


Essa análise que passaremos a fazer não é fruto de pesquisas nem de leituras mais abalizadas sobre o assunto. São apenas livres  reflexões. Sendo assim, fiquem absolutamente à vontade para corrigi-las. Sinceramente, espero que façam isso. Espero realmente ser convencido que estou completamente equivocado.

Vocês lembram quando a Igreja Católica Romana era a Religião oficial do estado Brasileiro? Isso mudou, na prática, muito recentemente. De fato e definitivamente apenas na Constituição de 1988, pois nas constituições anteriores isso ficou restrito à letra e ao papel. A partir daí o Brasil passa a ser, oficialmente, de fato e não apenas de direito,  um país laico, isto é, sem uma religião oficial (muito embora o catolicismo ainda tenha muita força política). Isso foi muito importante para os evangélicos. De certa forma, essa mudança criou um ambiente favorável para o crescimento das igrejas evangélicas. É claro que isso trouxe muitos avanços para nosso país. Mas, será que contabilizamos só avanços?   

Vocês concordam que no período em que a Igreja Católica “mandava no pedaço” muitos assuntos que visitam constantemente as páginas dos principais jornais sequer eram mencionados? Aprovar união homoafetiva? Isso nem mesmo tinha espaço no pensamento do mais otimista dos gay’s. E ai do Ministro que aprovasse uma coisa dessas. Seria, certamente, excomungado. Descriminalização do aborto? Sacrilégio total. Olhe lá se não rolasse uma fogueirinha para quem defendesse esse absurdo. A Igreja Católica sempre foi muito radical nesses assuntos. Próprio de uma igreja medieval não é mesmo?  

A Igreja Católica entendia que a principal (talvez a única?) função do sexo era a procriação, o que não quer dizer, necessariamente,  que era contra o prazer. Por entender o sexo dessa forma, sempre foi contra também a métodos contraceptivos, como as pílulas e ao uso da camisinha. Vieram os crentes com uma idéia mais moderna e disseram que isso não tinha nada a ver e que era um pensamento retrógrado. Que o sexo é uma instância de prazer mesmo e que não há nenhum problema em usar camisinha e pílulas contraceptivas e ainda assim praticar sexo apenas e para o puro prazer, contanto que dentro do casamento.

Isso simplesmente muda a forma de entender o sexo. Muda-se a teoria, muda-se a prática. Claro, não podemos negar:  isso tem o seu lado positivo. Mas, essa é uma moeda que tem apenas um lado? Só existe o lado positivo? A procriação, que só é possível entre um macho e uma fêmea, obrigatoriamente casados, segundo os estatutos da Igreja Católica Romana, deixa de ser o motivo basilar da prática sexual. A ênfase passa a ser, desde então, o prazer e não mais a procriação, como queria a "retrógrada" Igreja Católica Romana. 

Será que isso não abriu um precedente para a argumentação em favor da relação homossexual? Se o que existe de mais importante no sexo é o prazer e não mais a procriação,  está posto o ambiente favorável à prática sexual entre pessoas do mesmo sexo. Daí para uma pretensa equiparação com casais heterossexuais é apenas um breve pulo e até uma questão de justiça lógica. Afinal, ambos buscam do sexo, essencialmente, o prazer. Não parece óbvio?

Já viu algum padre, mesmo os de hoje, recomendando o uso de preservativo, mesmo para casais casados? Não né? E pastor? Claro, que sim. Eles mesmos fazem uso desse recurso, porque entendem que no sexo, com suas esposas, o que importa mesmo é o prazer.

Será que esse apoio irrestrito, dos evangélicos, ao uso da camisinha não gerou, indireta e sem essa intenção, na sociedade, a idéia de que o que realmente importa é se proteger e não o objetivo de Deus quando abençoou o ser humano com o desejo sexual?

O que não dizer da revolução trazida pelo anticoncepcional? Nesse quesito, diferentemente dos Católicos praticantes e dos estatutos dessa igreja, o apoio dos evangélicos é total e irrestrito ao uso desse “método de controle familiar”. 

Será que esse apoio não ajudou a divulgar, por tabela, a idéia do sexo livre?

Será que essa idéia de “barrar” a concepção não influenciou, de algum modo, a possibilidade do aborto como forma de “barrar” a geração natural de filhos e como um passo mais adiante a idéia de descriminalizar tal prática? Ora, se pode “barrar” antes se pode “barrar” depois, já que o objetivo, tanto em um caso como no outro, será atingido: a não existência de filhos.

Já viram algum padre assumindo que é gay e continuar na igreja Católica como Sacerdote? E pastor? E oficial de igreja evangélica? Já existe até igreja evangélica especializada para gay’s com pastores gay’s. Existe isso no Catolicismo Romano? Recentemente a PCUSA, importante igreja evangélica dos Estados Unidos, aprovou, oficialmente, a ordenação de pastores e oficiais gay’s. Já viram alguma “padra”? Não, as freiras não possuem as mesmas prerrogativas de um sacerdote católico. Hoje em dia o que mais existe é pastora, bispas e até apóstolas.

Por tudo isso, parece claro que os evangélicos, implícita e não intencionalmente, ao assumirem posturas consideradas mais “modernas” , em última análise, criaram a base para a construção de idéias mais “avançadas” ainda,  acabando, assim, por apontar os nortes que a sociedade brasileira deveria tomar
Hoje os evangélicos lutam “com a faca nos dentes” (veja o vídeo abaixo) contra a aprovação de leis que ajudaram, inconscientemente, a criar. Isso mesmo. Os evangélicos lançaram os alicerces; as bases propícias a essas novas construções. Encarregaram-se, sem querer e sem saber, de criar um ambiente favorável (apenas o ambiente) à proliferação de “novas e avançadas” idéias, como a da união homoafetiva e da descriminalização do aborto, por exemplo.  Nesse caso, é verdadeiro o dito popular: “criaram cobras para mordê-los”.
Se pudéssemos culpar uma religião pela União Homoafetiva e pela descriminação do aborto, deveríamos culpar a Igreja Católica ou as Igrejas evangélicas? Se sua resposta foi Igreja Católica, releia com mais calma essa postagem.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

E O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL ESTAVA CERTO: UMA ANÁLISE CRÍTICA DO EVANGELICALISMO BRASILEIRO E SUAS RELAÇÕES COM O ESTADO E COM OS DIREITOS DAS MINORIAS, REPRESENTADA PELOS HOMOSSEXUAIS.



Supremo Tribunal Federal- STF, em decisão histórica, reconhece definitivamente o que está sendo convencionalmente  chamado de “União Homoafetiva”. Na prática, isso nada mais é que o reconhecimento oficial do Estado de algo que sempre existiu. É o reconhecimento de mais um “modelo de família ou entidade familiar”, que apenas não era reconhecido de direito, apesar de existir de fato. Esse “modelo de família ou de entidade familiar” (antigo e não novo) agora figurará ao lado dos outros modelos já oficialmente reconhecidos pela constituição brasileira:  “a família convencional formada com o casamento, a família decorrente da união estável e a família formada, por exemplo, pela mãe solteira e seus filhos” (http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/artigo.aspx?cp-documentid=28634053).

Essa decisão do STF  não foi motivada pela alardeada PL 122 e sim pela “Ação Direta de Inconstitucionalidade”  (ADI) 4277 e pela  “Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental” (ADPF) 132 e 178.  E pensar que todo mundo só se preocupava com a tal da PL.

“A ação buscou a declaração de reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar. Pediu, também, que os mesmos direitos e deveres dos companheiros nas uniões estáveis fossem estendidos aos companheiros nas uniões entre pessoas do mesmo sexo”.

“Pela decisão do Supremo, os homossexuais passam a ter reconhecido o direito de receber pensão alimentícia, ter acesso à herança de seu companheiro em caso de morte, podem ser incluídos como dependentes nos planos de saúde, poderão adotar filhos e registrá-los em seus nomes, dentre outros direitos ( http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/artigo.aspx?cp-documentid=28634053).


E agora igreja? Qual a postura da igreja de Cristo diante dessa  nova e histórica decisão do STF?

Vejo muitos cristãos e muitos blogs cristãos agindo como se essa decisão do STF  fosse algo terrível, trágico e que põe em xeque o cristianismo e a influência que exerce no estabelecimento dos padrões morais da nação. Parece até que o Estado brasileiro tornou-se mais incrédulo  com essa decisão; parece até que essa decisão tem o poder de afastar mais o Brasil de Deus.

Toda essa choradeira da “crentaiada” é produzida pelo mais puro fermento dos fariseus.

A maioria dos Cristãos fecham os olhos e fingem que esse tipo de união já não existia, mesmo sabendo que sempre existiu. Algo do tipo “o que os olhos não vêem o coração não sente”. Jesus costumava pegar pesado com esse tipo de atitude leviana.


Não vejo ninguém lamentando profundamente a existência de milhares de “casais” homossexuais vivendo há 1, 2 , 10, 20 anos, em uma relação prá lá de afetiva. Ou seja, os crentes sabem que existe,  conhecem pessoas que vivem assim, convivem pacificamente com esse tipo de “prática pecaminosa” e só abrem a boca pra “berrar” quando o Estado resolve fazer o seu papel e reconhecer oficialmente algo que já existe?

Ora senhores, não foi o STF que inventou esse modelo de “entidade familiar”, ele sempre existiu. O STF apenas resolveu acabar com algumas injustiças sofridas por esse grupo de brasileiros que possuem os mesmos deveres,  mas não possuíam os mesmos direitos dos outros brasileiros.

Devemos buscar a justiça em toda e qualquer ocasião. O que tem de injusto ou errado com o que os gay’s passarão a ter direito com essa decisão do STF?

A decisão do STF está errada? Penso que não. A prática do homossexualismo é pecaminosa, a decisão do Supremo Tribunal Federal não.  Não deveriam eles ter direito a pensão alimentícia mesmo tendo se dedicado como uma “Amélia” ao companheiro que lhe trocou por um “boyzinho” mais novo? Não deveriam eles ter direito à herança de seus companheiros com quem lutou e viveu durante anos? Deveria essa herança ir para muitos familiares que sempre o repudiaram e sequer lhes dirigiam a palavra só porque  são heterossexuais? Deveriam eles sucumbir nas trágicas filas dos hospitais públicos quando seus companheiros querem pagar e lhes prestar uma assistência melhor?

Quero deixar claro que, como protestante Reformado, repito, considero a prática do homossexualismo um pecado, porque a bíblia assim considera. Contudo, não posso negar que esses direitos lhes são legítimos, excetuando-se, apenas, na nossa opinião, a questão da adoção de filhos, pois entendemos que essa é uma relação que abdica desse direito, por razões obvias.

Não estaria o STF compactuando então com o pecado? O grande problema é esse. Queremos que o STF julgue como se fosse um tribunal eclesiástico. Queremos que nossos legisladores façam leis para coibir o pecado, mas isso não é função deles. Queremos que o presidente ou a presidenta da República governe a nação como se estivesse governando uma igreja. O Brasil é um país laico. Os Três Poderes da União devem governar, proteger e promover a justiça igualmente para crentes e gay's. Larguem mão de querer implantar aqui uma teocracia. Os grandes Reformadores sempre pregaram uma clara distinção entre Estado e Igreja.

Fazer o que deveria fazer muito “crente” não quer, não é verdade? Ou seja, participar ativamente da vida política brasileira (aqueles que têm condições vocacionais, obviamente). Os poucos que se auto-intitulam habilitados para isso o fazem por motivos espúrios e entram na política para enriquecer, para ajudar a pintar igreja, a fazer seus muros de arrimos, alugar carro de som para eventos evangélicos e outras coisas que, definitivamente, não são função de um político sério. A bancada evangélica brasileira é uma vergonha, com raríssimas exceções. Mas isso é reflexo do evangelicalismo norteador de 90% das igrejas evangélicas brasileiras. São safados na igreja e com a igreja.  Como poderíamos esperar que fossem diferentes na política? Não se parecem nem de longe com os Puritanos Calvinistas do século XVII, que colocaram suas mentes brilhantes, temor a Deus  e vida pautada na ética, na moral e no respeito aos homens à disposição para a construção de uma nação próspera e com auto nível de justiça social, como ocorreu na Inglaterra, por exemplo.

O Estado tem mais é que reconhecer os direitos de todos os brasileiros, inclusive dos brasileiros gay’s.

Sabe qual é o real problema aqui? As igrejas deixaram de pregar sobre pecado. Não que a pregação do genuíno evangelho fosse evitar, necessariamente, que muitos optassem pelo caminho da homossexualidade, mas, certamente,  não o fariam com essa louca sensação de normalidade que fazem. Optariam, ainda, é verdade, pelo homossexualismo, dando vazão "à sua disposição mental reprovável",  mesmo tendo a consciência de seu pecado, porém a Igreja não levaria sobre si a culpa da omissão e já aí teria cumprido seu papel de profeta de Deus.  Dos púlpitos emergem, a cada dia, novas heresias. Até mesmo as heresias de hoje são piores que as heresias de antigamente. Antes viam à tona por erros doutrinários, por interpretações equivocadas, por falta de conhecimento dos intérpretes, hoje elas surgem por esperteza;  são pensadas, milimetricamente calculadas para enriquecer os milhares de “lobos roubadores” que ministram nas inúmeras igrejas cuja existência se justifica apenas como forma de enriquecer incompetentes e preguiçosos que, como verdadeiros travestis, vestem as “roupas” das ovelhas que, definitivamente, não lhes ficam bem.

Muitas igrejas e muitos pastores não fazem o seu papel de pregar o genuíno evangelho e agora querem que o STF converta os homossexuais? Não pensem vocês que é por amor às suas almas, e, sim,  para roubar-lhes o dinheiro. Afinal, dinheiro de gay e dinheiro de hetero é tudo a mesma coisa; compram os mesmos jatinhos e os mesmos helicópteros.

Observação: Quem prega o genuíno evangelho de Cristo e não esse evangelho mequetrefe e água com açúcar da semeadura de prosperidade pregado hoje em dia, em muitas igrejas e na  mídia, sinta-se isento dessa crítica.

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