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sábado, 4 de novembro de 2023

A REFORMA PROTESTANTE NA INGLATERRA E A POLÍTICA - 5/6

  

Por fim, a REFORMA PROTESTANTE que gerou legados mais estruturantes para a POLÍTICA e para o mundo Ocidental: a INGLESA.

Diferentemente do que aconteceu na Alemanha, na Inglaterra, talvez, a REFORMA não tenha ocorrido pelos mesmos motivos nobres de Lutero, Calvino e outros Reformadores, que almejavam trazer a igreja de volta às Escrituras.

Basta dizer que quem empreendeu a REFORMA na Inglaterra foi o próprio Rei Henrique VIII. Portanto, ELEMENTO POLÍTICO presente em intensidade máxima. Ele era católico e assim continuou, pelo menos em suas crenças, até o final de sua vida, conforme muitos acreditam. Então, porque gestou a REFORMA na Inglaterra? Basicamente por dois motivos:

a) Ele soube que, como consequência natural, os príncipes da Alemanha que apoiaram Lutero acabaram ficando com os bens da igreja. “Henry se encontrava cada vez mais desprovido de recursos financeiros, e as propriedades da igreja pareciam uma presa convidativa” (CHURCHILL, 2009, p.159);

b)    O segundo motivo: ele era casado com a princesa Catarina de Aragão, uma de suas seis esposas. Conheceu Anne Boleyn e queria casar-se com ela. Então, “juntos, Henry e Anne trataram de enviar um embaixador real especial à presença do Papa Clemente VII [...], a fim de obter não somente a anulação do casamento do Rei, mas a autorização para ele se casar de novo” (Ibid., p.152). Mas, “a recusa seguiu-se” (Ibid.). Henrique VIII foi, finalmente, “excomungado e, teoricamente, destituído do trono pelo Papa” (Ibid., p.155). Pronto! “A ruptura entre a Inglaterra e Roma estava completa” (Ibid., p.154), em 1534, portanto, ainda século XVI. A partir daqui a igreja oficial da Inglaterra passa a ser a IGREJA ANGLICANA, tendo preservado muita coisa do catolicismo romano.

Martin LLoy-Jones chega a dizer que a Reforma da Inglaterra parou entre “Roma e Genebra” (LLOYD-JONES, 2016, p.181). Isso gerou DESCONFORTO em muitos líderes religiosos ligados à nova igreja da Inglaterra. Posteriormente eles foram chamados de PURITANOS: buscavam UMA REFORMA COMPLETA na igreja da Inglaterra.

Já no tempo de Henrique VIII um Puritano lhe deu muito trabalho: o REFORMADOR William Tyndalle (1484-1536), contemporâneo de Lutero, considerado o PAI DA LÍNGUA INGLESA MODERNA. Assim como Lutero, ele enfrentou o clero Anglicano e traduziu a bíblia para o Inglês.

Por muitos anos, pastores e líderes anglicanos-puritanos tentaram COMPLETAR a Reforma na igreja da Inglaterra. Sempre FRACASSARAM porque era uma IGREJA ESTATAL e quem mandava era o rei. Somente DERRUBANDO o Rei e a própria monarquia seria possível implementar a REFORMA NA IGREJA.

Mas, como se insurgir contra o rei sem QUEBRAR O QUINTO MANDAMENTO?

Lutero e Knox já haviam elaborado, de alguma forma, esboços de uma Teria da Resistência. A ideia de "sacerdócio universal dos crente", trazida por Lutero, de alguma forma, acabou por ser aplicada, sem as devidas adaptações, à política, por Thomas Muntzer e acabou por gerar a revolução dos camponeses. Lutero, por óbvio, não aprovou tal revolução, embora, indiretamente, de alguma forma, tenha contribuído com ela. Já Knox ensinava que qualquer crente poderia se rebelar contra o Magistrado Civil que tivesse se transformado em um déspota. 

Mas, foi Calvino quem elaborou uma verdadeira e completa TEORIA DA RESISTÊNCIA, baseado em Atos 5:29 e outros textos, segunda a qual SOMENTE UM MAGISTRADO CIVIL poderia se insurgir contra outro MAGISTRADO CIVIL. Essa parece ter sido a medida mais adequada para uma Teoria da Resistência equilibrada.

Os puritanos entenderam, então, que a única forma de efetivamente REFORMAR a igreja era entrar para a POLÍTICA. O PARLAMENTO INGLÊS, então foi INUNDADO de Puritanos. Eles, então, começaram sua luta em duas frentes: CONTRA A MONARQUIA e CONTRA O CLERO ANGLICANO, pois ambos agiam como verdadeiros déspotas.

Criaram um EXÉRCITO para o PARLAMENTO, cujo líder era o PURITANO OLIVER CROMWELL, tendo o puritano Baxter como capelão. Guerrearam contra o Rei (REVOLUÇÃO PURITANA DE 1640), já século XVII, julgaram e prenderam seus principais ministros e sacerdotes, prenderam o Rei e por fim o DECAPITARAM, EM 1649. Quem presidiu o julgamento do principal ministro do Rei, inclusive, o arcebispo LAUD, foi John Pym, um convicto presbiteriano e um dos mais importantes líderes do Parlamento Inglês, tendo também papel importante no julgamento do Rei.  

A Inglaterra, então, foi governada por cerca de 10 anos (1649-1660), pelos Puritanos, No ÚNICO PERÍODO EM QUE A INGLATERRA FOI UMA REPÚBLICA. Nesse período FORMULARAM A CONFISSÃO DE FÉ E OS CATECISMOS DE WESTMINSTER, ALÉM DE UM DIRETÓRIO DE CULTO E UMA MANUAL DE GOVERNO.

Implantaram um novíssimo REGIME DE GOVERNO CIVIL, nunca visto antes, baseado no SISTEMA DE GOVERNO ECLESIÁSTICO PRESBITERIANO. Ou seja, transformaram a igreja da Inglaterra em Presbiteriana e ainda por cima MIGRARAM O REGIME DE GOVERNO DA IGREJA para a sociedade civil e assim nasceu A DEMOCRACIA MODERNA OU REPRESENTATIVA.

sexta-feira, 3 de novembro de 2023

A REFORMA PROTESTANTE EM OUTROS LOCAIS E A POLÍTICA - 4/6

 

a)   Na França, quando “os livros de Lutero começaram a circular [...] a perseguição caiu sobre toda e qualquer manifestação desses pontos de vista. [...] o rei Francisco I, em 1538, decidiu mover forte e incessante campanha contra o ensino reformado” (NICHOLS, 2000, p.178). Aqui mais uma vez aparece o ELEMENTO POLÍTICO. “por esse mesmo tempo Calvino tomou-se o chefe do movimento protestante no seu país” (Ibid., p.178). Em 1562, houve uma guerra religiosa. De um lado os huguenotes, calvinistas franceses que lutaram contra “a rainha regente Catarian de Medici” (Ibid.p.179), em busca de liberdade religiosa. Mais uma vez o ELEMENTO POLÍTICO.

b)    Nos Países Baixos, Holanda, “quando as ideias luteranas começaram a se difundir, Carlos V estabeleceu a inquisição” (Ibid.p.179). Vemos mais uma vez a presença do ELEMENTO POLÍTICO.

c)    Na Escócia, o principal nome da REFORMA PROTESTANTE foi John Knox: “de sua ousadia em pregar o Cristianismo Reformado resultou, em 1546, ser preso por uma força francesa que fora enviada para auxiliar o governo escocês” (Ibid., p.182). E ainda: “ao irromper a perseguição no reinado da rainha Maria, fugiu para o continente. Passou algum tempo em Genebra, onde se ligou intimamente a Calvino” (Ibid.). Claramente, mais uma vez, presente o ELEMENTO POLÍTICO.

quinta-feira, 2 de novembro de 2023

A REFORMA PROTESTANTE NA SUÍÇA E A POLÍTICA - 3/6

 

Na Suíça, Zuwinglio foi apoiado pelo Magistrado Civil dos “Cantões” e por isso foi possível uma ruptura efetiva do papado, com Roma, seguindo Lutero e sua influência. Depois dele, Calvino ainda teve forte influência na política de Genebra. Comentando sobre sua segunda passagem por Genebra, Robert Nichols, afirma: 
 

A sua volta teve um propósito resoluto: tornar Genebra uma cidade cristã-modelo, uma comunidade cuja vida fosse realmente dirigida pelo Cristianismo [...]. Os meios pelos quais se propusera tornar Genebra uma comunidade cristã foram: uma Igreja totalmente reorganizada, leis que expressassem a moral bíblica e um sistema educacional de primeira ordem (NICHOLS, 2000, p.176).

E ainda afirma: “durante o ministério de Calvino, de 23 anos, ele viu que seu ideal para a cidade fora em grande parte realizado. Aquela cidade antes turbulenta e dissoluta tomou-se notável por sua ordem, por sua cultura, por seu Cristianismo ardoroso e pelas condições morais excelentes” (Ibid., p177). .

Percebam que Calvino voltou à Genebra com uma condição de até influenciar LEIS e tinha carta branca do MAGISTRADO CIVIL para isso. Ou seja, aqui vemos também o ELEMENTO POLÍTICO presente na consolidação da REFORMA NA SUÍÇA.

Sua atuação na cidade de Genebra não foi somente teológica e eclesiástica, “mas [...] teve intensa atuação na estruturação da sociedade civil daquela cidade, participando igualmente da administração e dos detalhes operacionais do seu dia-a-dia” (PORTELA, 1996, p. 98)., diz Solano Portela.

quarta-feira, 1 de novembro de 2023

A REFORMA PROTESTANTE NA ALEMANHA E A POLÍTICA - 2/6

a)   Lutero, um importante Doutor e professor de Teologia da Universidade de Witemberg, CONTESTOU O PODER PAPAL e atraiu sobre si grande perseguição. Antes dele, alguns também haviam se insurgido contra os desmandos do Clero, da Sé Romana. Todos foram devidamente silenciados e até mortos, a exemplo do padre John Huss, no século XV, queimado vivo em Constança, tendo sido violado seu salvo-conduto.

Em 1517 ele fixou suas 95 TESES que denunciavam os desvios da igreja, dentre eles a venda de indulgência que, em última instância, era a venda de perdão, assim como muitos outros absurdos. Essa atitude pode ser reconhecida como O MARCO ZERO da Reforma Protestante, sem prejuízo do trabalho dos chamados Pré-Reformadores;

Em 1520, Lutero recebe a bula ¨Exsurge domine¨, que solicitava “caridosamente” para que Lutero abjurasse, no prazo de 60 dias, de suas doutrinas contra a Igreja Católica Apostólica Romana. Lutero queimou a bula papal em praça pública, juntamente com livros de Direito Canônico. Esse ato representa a RUPTURA FORMAL com a igreja romana;

Em 1521, Lutero é excomungado por meio de uma bula papal;

Ainda em 1521, o Clero da igreja e o Imperador Carlos V (ELEMENTO POLÍTICO) se reúnem num episódio que ficou conhecido como Dieta de Worms. Robert Nichols, em sua História da igreja Cristã, diz que “a bula, para ter efeito, dependia do poder civil para levar Lutero a morte” (NICHOLS, 2000, p.161). A expectativa e o objetivo era o de fazer Lutero se retratar dos seus ensinos. Ele tinha duas opções: pedir perdão ao Clero por tudo que ensinou contra os ensinamentos da igreja roamana ou ser preso e, possivelmente, morto. Tendo sido ordenado que se retratasse Lutero respondeu:

 

É impossível retratar-me, a não ser que me provem que estou laborando um erro, pelo testemunho das Escrituras ou por uma razão evidente; não posso confiar nas decisões dos concílios e dos papas, pois é evidente que eles não somente têm errado, mas se têm contradito uns aos outros. Minha consciência está alicerçada na Palavra de Deus, e não é seguro nem honesto agir-se contra a consciência de alguém. Assim Deus me ajude. Amém (NICHOLS, 2000, p.162).

E, aqui, cabe uma pergunta: porque Lutero não foi PRESO, nem MORTO? Por causa da POLÍTICA.

Robert Nichols diz que depois da negativa de retratação de Lutero “a Dieta dissolveu-se em meio a grande confusão” (Ibid.). E que, enquanto os Espanhóis gritavam contra Lutero: “à fogueira com ele!” (Ibid.), os chamados PRÍNCIPES ELEITORES, da Alemanha (ELEMENTO POLÍTICO): “dele se acercaram; e quando saíram do auditório, todos juntos e Lutero no meio deles, empunharam suas armas e levantaram as mãos acima da cabeça ao modo como costumava fazer um cavaleiro alemão quando derrubava seu antagonista num torneio (Ibid.)

Então, notem: sem esse apoio POLÍTICO Lutero seria preso e morto. Portanto, não seria exagero afirmar: SEM POLÍTICA, SEM REFORMA.

terça-feira, 31 de outubro de 2023

O LEGADO DA REFORMA PROTESTANTE PARA A POLÍTICA - 1/6

 

INTRODUÇÃO: II REIS 23:1-14

O texto citado acima “pinta” um quadro surpreendente de como um “povo autêntico” de Deus pode desviar-se de suas veredas. Já aqui temos um alerta importante: Isso pode ocorrer com sua igreja. Já aconteceu no passado. O que nos garante que não voltará a acontecer?

O livro de II Reis, nos capítulos 22 e 23, nos mostra algo notável e que é fato presente na história de todos os grandes desvios do “povo autêntico de Deus”: a) a Bíblia completamente esquecida; b) A igreja, o povo de Deus, como consequência, desviado e completamente distante dos preceitos Dele.

Esse cenário encontrado pelo jovem Rei Josias é um cenário EXTREMAMENTE PARECIDO com o encontrado por Lutero, no século XVI.

Notem que o ELEMENTO POLÍTICO, representado pelo Rei, é utilizado como instrumento de Deus para REDESCOBRIR a bíblia e TRAZER o povo de Deus de volta às Escrituras.

O que é isso senão uma REFORMA RELIGIOSA? Foi exatamente o que fez a Reforma Protestante do século XVI: trouxe a igreja de volta às Escrituras.

Em muitos casos, a REFORMA DA IGREJA só é possível com um envolvimento mais engajado com a POLÍTICA, como veremos.

A Confissão de Fé, no capítulo XXIII, que trata sobre o MAGISTRADO CIVIL, diz que eles, OS POLÍTICOS, como “pais solícitos”:

 

Devem proteger a Igreja do nosso comum Senhor, sem dar preferência a qualquer denominação cristã sobre as outras, para que todos os eclesiásticos sem distinção gozem plena, livre e indisputada liberdade de cumprir todas as partes das suas sagradas funções, sem violência ou perigo. Como Jesus Cristo constituiu em sua Igreja um governo regular e uma disciplina, nenhuma lei de qualquer Estado deve proibir, impedir ou embaraçar o seu devido exercício entre os membros voluntários de qualquer denominação cristã, segundo a profissão e crença de cada uma.

Notem que o POLÍTICO tem um papel importante na PROTEÇÃO da igreja de Cristo.

Os Puritanos entendiam que Deus “constituiu sobre o povo Magistrados Civis”. Por isso, é justo que Deus cobre que eles PROTEJAM Sua igreja.

Essa PROTEÇÃO se dá, basicamente, pela garantia da LIBERDADE RELIGIOSA. Isto é, o MAGISTRADO CIVIL, o POLÍTICO, não deve fazer nem admitir LEIS que, de alguma forma, interfiram no direito de PREGAR, ENSINAR ou ADMINISTRAR a igreja, de acordo com a PALAVRA DE DEUS.

sábado, 21 de outubro de 2023

DEFENDENDO ISRAEL E CONDENANDO O HAMAS PELOS MOTIVOS CERTOS

De um lado os que defendem Israel e do outro os que defendem a causa Palestina e até o Hamas, especificamente. É possível que os dois lados estejam fazendo suas respectivas defesas pelos motivos errados.

DEFENDENDO ISRAEL PELOS MOTIVOS ERRADOS:

Há os que defendem Israel, principalmente, por motivos religiosos: "Israel é o povo escolhido de Deus"; "Israel é o relógio escatológico de Deus", dizem. O ensinamento por trás dessas e de outras falas é o seguinte: Israel, como nação, por toda sua história de protagonismo no Velho Testamento, ainda desfruta de certo privilégio de Deus em relação às outras nações, como se Deus, de fato, tivesse um olhar e um trato diferenciado, ainda hoje, em relação e com os judeus.

Mesmo aqueles que reconhecem que vivemos sob outra dispensação, que não aquela que vigorou durante o Antigo Testamento, mantêm uma espécie de respeito litúrgico pela nação israelita. Entre esses, não podemos deixar de pontuar, há os mais exagerados, que chegam ao absurdo de judaizar suas "igrejas cristãs", utilizando, para isso, em suas práticas religiosas, elementos quase cúlticos, como: 

Bandeira de Israel; réplicas da arca da aliança; shofar; mantas com a estrela de Davi; as 12 pedras coloridas, quipar; barbas ao melhor estilo sacerdotal e até celebram tradicionais festas judaicas, a exemplo da festa da colheita. Além disso, utilizam a unção com óleo para demarcar a investidura de seus pastores e "apóstolos", tal qual acontecia entre o Israel antigo, bem como insistem na celebração da páscoa judaica, com o perdão do pleonasmo, com seus elementos típicos e, como se não bastasse, constroem até réplicas do templo de Salomão.

Essas práticas e outros absurdos anacrônicos para nada mais servem a não ser para ofuscar a pregação da cruz de Cristo.

Israel não pode ser mais considerado "povo escolhido de Deus". Pelo menos não de forma indistinta, como se o fato de ser judeu fosse um selo de salvação. Nenhuma vantagem ou desvantagem há em ser judeu, do pondo de vista soteriológico. 

Todos, judeus e não judeus, estão sob a mesma condenação. E, em Cristo, "não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher" (Gal 3:28). Não há salvação sem Jesus Cristo; sem a cruz. E, a maioria dos judeus, como bem sabemos, rejeita a Jesus. Por óbvio que há judeus eleitos, como assevera Paulo, de forma inspirada: "ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo" (Rm 9:27). Só esses! Nenhum a mais ou a menos e da mesmíssima e única forma que os outros eleitos não judeus: pela fé no sacrifício vicário/expiatório de Cristo. Portanto, sem Jesus, sem salvação.

Os puritanos, no capítulo VII da Confissão de Fé de Westminster, importante documento produzido no século XVII, trataram desse "desaguar" do pequeno "leito" da "igreja de Deus no VT" no "oceano" da "igreja de Deus no NT" que, na linearidade do tempo, formam um só povo, uma só igreja:

O primeiro pacto feito com o homem era um pacto de obras [...]. O homem, tendo-se tornado pela sua queda incapaz de vida por esse pacto, o Senhor dignou-se fazer um segundo pacto [...]. Este pacto da graça é frequentemente apresentado nas Escrituras pelo nome de Testamento [...]. Este pacto no tempo da Lei não foi administrado como no tempo do Evangelho. Sob a Lei foi administrado por promessas, profecias, sacrifícios, pela circuncisão, pelo cordeiro pascoal e outros tipos e ordenanças dadas ao povo judeu, prefigurando, tudo, Cristo que havia de vir; por aquele tempo essas coisas, pela operação do Espírito Santo, foram suficientes e eficazes para instruir e edificar os eleitos na fé do Messias prometido, por quem tinham plena remissão dos pecados e a vida eterna: essa dispensação chama-se o Velho Testamento [...]. Sob o Evangelho, quando foi manifestado Cristo [...], o pacto é manifestado com maior plenitude, evidência e eficácia espiritual, a todas as nações, aos judeus bem como aos gentios. É chamado o Novo Testamento. Não há, pois, dois pactos de graça diferentes em substância mas um e o mesmo sob várias dispensações.

DEFENDENDO HAMAS PELOS MOTIVOS ERRADOS:

Embora o modus operandi do Hamas deixe claro que se trata de um Grupo Terrorista, assim reconhecido pelos EUA, União Europeia, Japão e outros países democráticos, há aqueles que se colocam do mesmo lado da trincheira para defendê-los, sob o argumento de solidariedade à causa Palestina. É preciso entender que Hamas não é a Palestina. A maioria dos palestinos não são Terroristas, embora não nutram nenhum tipo de simpatia por Israel. Em 2006 esse movimento Islâmico -Hamas-, que não reconhece o Estado de Israel, venceu as "eleições" na Palestina e desde então preconiza a luta armada contra seu histórico rival, buscando estabelecer um Estado Soberano Palestino que implicaria, necessariamente, no desaparecimento do Estado de Israel. Com o intuito de defender a legitimidade da causa Palestina, alguns podem estar defendendo um Grupo Terrorista que, atualmente, comanda a Palestina com mão de ferro. 

DEFENDENDO ISRAEL E CONDENANDO O HAMAS PELOS MOTIVOS CERTOS

Neste atual conflito entre Israel e Hamas há muitos motivos justos pelos quais você poderá defender um e condenar o outro: 

1) Israel é vítima e, como tal, não pode ser culpabilizado; 2) É fato que Israel empreende pesada retaliação, bombardeando a faixa de Gaza. Porém, esse é o legítimo direito de defesa que toda nação, naturalmente, tem. O Conselho de Segurança da ONU reconheceu e abonou esse direito. O Brasil, vergonhosamente, se opôs; mas foi voto vencido. Nunca é demais lembrar que o Hamas parabenizou o presidente Lula, do PT, pela vitória em 2022; 3) Israel é um país democrático e brindou o Ocidente, junto com o cristianismo, com valores conservadores importantíssimos à formação do Ocidente. É uma raridade no Oriente Médio; 4) A Autoridade Palestina, sob o comando do Hamas, impõe pesadas restrições ao seu povo, desconsiderando direitos básicos das mulheres e das minorias, violando constantemente direitos humanos basilares; 5) Os terroristas do Hamas cometeram atrocidades inimagináveis, proibidas até em guerras, como a degola de bebês, estupro de dezenas de mulheres e a execução cruel e intencional de centenas de inocentes; 6) Israel, por diversas vezes, aceitou negociar a criação do Estado Palestino; 7) O Hamas objetiva destruir Israel; 8) Embora a Palestina não seja sua colônia, Israel fornece energia e água potável aos palestinos; 9) Hamas foi impiedoso ao trucidar vidas inocentes; 10) Israel avisa dos bombardeios e pede para que civis palestinos se afastem dos alvos. Você poderá ampliar essa lista nos comentários.

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