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segunda-feira, 18 de março de 2013

TALES ROBERTO, O ECUMENISMO DA LÓGICA DO TERCEIRO INCLUÍDO E O SELF SERVICE DE IGREJAS




Dia 17/03/2013, no programa Esquenta de Regina Casé (sim, senhores, eu vi uma parte desse “programa”, infelizmente) o tema abordado, de forma bem direcionada, diga-se de passagem, foi a questão da Tolerância Religiosa; um dos temas da moda.

Esse assunto tem cada vez mais espaço na mídia e até na Academia, principalmente por meio do curso de Ciência da Religião, em nível de Pós-Graduação, Mestrado e Doutorado. Um dos pressupostos básicos desse curso é a famosa “lógica do terceiro incluído”. Em síntese, poderíamos dizer que essa lógica prevê uma convivência harmoniosa entre as Religiões. Um discurso lindo aos menos avisados. Segundo ela, o meu argumento e aquilo que creio está certo, mas o da outra Religião também está certo. Uma antítese, de fato, da lógica Aristotélica, que afirma não ser possível “uma coisa ser e não ser ao mesmo tempo”. Para clarear, tomemos como exemplo a seguinte sentença: “A bíblia é inspirada por Deus”. Há pessoas e religiões que creem assim. Outras, porém, negam completamente que isso seja verdade. Pela “lógica do terceiro incluído”, quem estaria com a razão? O que acredita na inspiração da Bíblia, mas também o que não acredita nessa inspiração. Ou seja, é o fim da apologética, da hermenêutica e de tantas outras ferramentas de investigação da verdade.

Essa lógica, que supervaloriza o discurso da “tolerância Religiosa”, em nome de uma perfeita harmonização entre as Religiões, esconde algo de muito perigoso em suas entrelinhas: a relativização de preceitos bíblicos absolutos, como a existência de Deus, a inspiração das Escrituras, a deidade de Cristo, a realidade do céu, do inferno e do pecado, além de muitos outros ataques à genuína fé cristã.
O resultado prático da aceitação irrestrita da “lógica do terceiro incluído” é, sem sombra de dúvidas, o Ecumenismo.

No programa “Esquenta”, exibido pela TV Globo, já mencionado acima, estavam presentes representantes dos mais variados seguimentos religiosos, principalmente e de forma mais numerosa, por razões obvias, das religiões de matriz Afro, como Umbanda, Candomblé, etc. Estava presente também um Padre, um Rabino, uma percursionista Batista e ele - o “grande cantor” da música Gospel; aquele que arranca suspiros das irmãs e que tem suas embaladas músicas cantadas até mesmo nos círculos das Igrejas Históricas de teologia Reformada: Tales Roberto. Todos eles, ao ritmo do samba. Afinal, “samba é Samba”, disse o Tales.

Mas, dentre as poucas falas do cantor Gospel (sim, poucas, porque, claramente, o objetivo do programa é promover e desmistificar o Candomblé, a Umbanda e todas as religiões de matriz Afro), uma me chamou a atenção. Perguntado pela apresentadora, que já o denunciou como membro da Igreja Sara Nossa Terra, se sua igreja pregava a tolerância, a aceitação do diferente, sem titubear, respondeu Tales: A minha igreja é diferente é é por isso que eu sou assim tão aberto. Eu sempre fui um cara aberto. Eu Procurei uma igreja que me aceitasse, assim do jeito que eu sou”.  

O Tales passou longe de estar correto no modo e na escolha. Mas, não podemos negar: é assim mesmo que as pessoas escolhem uma igreja, hoje em dia. Aquela que tem tudo que eu gosto, tudo que me agrada e que me deixa viver de acordo com meus próprios pressupostos (desde que eu “chegue junto”, se é que me entendem); é essa mesmo a igreja ‘boa”. Quem vai escolher uma igreja que coloca o homem no seu devido lugar de miserável pecador? Que não massageia o seu ego? Que insiste na pregação e no estudo exaustivo das Sagradas Escrituras?

A fala do Tales Roberto descortina por completo a realidade que estamos vivendo: temos hoje um grande Self Service de igrejas. Literalmente tem “Igrejas para todos os gostos”.

Isso me fez lembrar de uma postagem, publicada aqui no blog,  sobre a edição de Nº 91 da Revista Eclésia, que trazia exatamente esse título em sua capa: “Igrejas para todos os gostos”. Nessa reportagem a revista lista cerca de 70 nomes esquisitos de igrejas. Alguns são realmente hilários, quase não dá para acreditar que realmente existe alguém com tamanha capacidade criativa e desvio das escrituras. Relembre alguns: 

“Congregação Anti-Blasfêmia”, “Igreja Chave do Édem”, “Igreja Batista A Paz do Senhor e Anti-Globo”, “Igreja da Pomba Branca”, “Igreja ‘A’ de Amor”, “Igreja E.T.Q.B (eu também quero benção)”, “Igreja Pentecostal do Pastor Sassá” e por aí vai. Para relembrar essa postagem acesse:  http://filosofiacalvinista.blogspot.com.br/2009/06/qual-o-nome-de-sua-igreja-como-bem.html.


“Eclesia reformata et reformand est”- IGREJA REFORMADA SEMPRE SE REFORMANDO.

segunda-feira, 11 de março de 2013

A RENÚNCIA DE BENTO XVI E O DESVIO DAS IGREJAS PROTESTANTES HISTÓRICAS: DOIS FATOS, UM MESMO MOTIVO.




Com a notícia da esquisita renúncia do Papa Bento XVI o Vaticano ficou exposto. O que teria realmente motivado o inusitado afastamento “voluntário” de Ratzinger?  Os comentários e as notícias não são das melhores. Toda podridão, ou pela menos uma pequena parte dela, dos bastidores da basílica de São Pedro estão vindo à tona. Até um dossiê foi formulado e entregue ao renunciante Bento. A situação está tão difícil que os cardiais “papáveis”, aqueles que participarão do Conclave para eleger o novo “Supremo Pontífice da Igreja Romana”, estão pressionando para conhecer o conteúdo desse documento “secreto”. Para saber mais sobre esse assunto, acesse: http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=21616.

Na verdade, nada do que ali esteja, porventura, denunciado, será pior ou ainda novidade tal que já não tenha sido notícia nos labirintos da Sé Romana. O jornalista da Band, Fernando Mitre, no programa Canal Livre, exibido em 11/03/13, fez uma afirmação muito pertinente com relação ao momento vivido pela Igreja Católica Romana. Em síntese, ele disse: “Essa crise é mínima considerando os absurdos ocorridos na história dessa igreja. De papas devassos a assassinos de cardiais; nada pode ser pior do que já foi um dia”. De fato, as recentes acusações de desvios de verbas do banco do Vaticano, de Pedofilia e de omissão moral por parte dos bispos refletem apenas os mesmos problemas com nomes e características diferentes.

Não podemos esquecer que essa mesma igreja, na idade média, chegou a vender salvação, através das indulgências inventadas pelo então Papa Leão X. Muitos historiadores cristãos consideram que esse fato foi a “gota d’agua” que faltava para fazer eclodir a Reforma Protestante, que intentava trazer a “genuína igreja de Cristo” de volta às Escrituras Sagradas.

A Reforma obteve êxito no seu intento? Penso que por algum tempo, sim. Evidentemente que apenas na perspectiva da “doutrina que salvou a Reforma Protestante de se tornar um aborto histórico” – a doutrina da Igreja Invisível de Cristo -. O problema é que as igrejas posteriores, mesmo aquelas que se dizem herdeiras da Reforma, esqueceram-se dos antigos pressupostos pelos quais lutaram os Reformadores; esqueceram-se da velha máxima “Igreja reformada sempre se reformando”.

Mas, há ainda algo de muito intrigante nessa vasta história de desvios da ICAR:

Como uma genuína igreja de Cristo, como já foi um dia a igreja Romana, chegou a tamanho grau de desvio e distanciamento dos preceitos de Deus?

A resposta a essa pergunta é tão simples quanto assustadora. Em primeiro lugar, devemos entender que esse desvio não aconteceu de uma “hora para outra”. Foi um longo processo. Pequenas concessões aqui e ali. Novas práticas, estranhas às Escrituras, sendo acrescentadas sorrateiramente como parte de um grande projeto diabólico para desviar a genuína igreja de Cristo. Essas práticas, maquiadas com ar de inofensividade, fazia com que seus líderes assistissem a tudo passivamente como quem afirma “não sejamos radicais, isso é uma besteira”. E depois mais uma inovação e mais outra, até chegar nesse monstro chamado Vaticano. Em segundo lugar, precisamos pensar seriamente sobre essa questão: no passado, uma igreja genuína de Cristo se desviou por conta de pequenas concessões; nada garante que não ocorrerá novamente. Isso já está ocorrendo com muitas igrejas Protestantes Históricas dos EUA e certamente ocorrerá com qualquer igreja que trilhar os mesmos passos.

Por fim, revelamos os motivos reais que fizeram o Papa Bento XVI não somente existir como renunciar. É exatamente o mesmo motivo que está empurrando muitas Igrejas Protestantes históricas para o mesmíssimo buraco:

O desvio e o esquecimento do “Princípio Sola Scriptura”.

As igrejas não perguntam mais o que a bíblia tem a dizer acerca de sua Fé e de sua Prática. O pragmatismo reina absoluto em nossas igrejas. O bonito discurso de ter a Bíblia como “Única Regra de Fé e de Prática” foi abandonado faz tempo, muito embora ainda seja balbuciado apenas “da boca para fora”.  Esse é o real problema.

Se o desvio e o abandono da Bíblia fossem, de fato, absolutos, a situação não seria tão grave, pois apontaria inevitavelmente para o indício de uma nova Reforma surgindo. Ainda com a Bíblia na mão, porém fechada, a igreja tem sido iludida e levada a ficar satisfeita em tê-la apenas como “Uma das Regras de Fé e de Prática, e não como a Única, como foi no passado recente”.

Líderes da igreja do Senhor: voltemos ao princípio do Sola Scriptura. Os Senhores são profetas de Deus eleitos ou outorgados, dependendo da forma de governo eclesiástico, para governarem Sua igreja. Não tenham medo de se tornarem impopulares, de desagradarem a muitos que correm em busca de resultados. Coloquemos, como fez João Batista, a cabeça “a prêmio” pela mesma verdade que decapitou muitos outros servos de Deus no passado. A verdade de Deus não muda. A igreja, como ocorre com a ovelha, pode querer mudar; pode querer trilhar por caminhos perigosos, mas cabe aos pastores e líderes desses rebanhos trazê-la sempre de volta, usando o cajado, se preciso for.

sexta-feira, 1 de março de 2013

A IMPORTÂNCIA DA TEOLOGIA PARA NÃO TEÓLOGOS


Mateus 28:19-20: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; 20.ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século”.

 Algumas pessoas costumam dizer que não gostam de teologia. “Meu negócio é vida prática”, afirmam. O texto acima, sempre que é citado, pontua-se a questão do “Ide” (v.19), da “evangelização”. Mas, não podemos esquecer que o imperativo para “evangelizar” é aplicado, com a mesma intensidade, para a necessidade do “ensino da palavra de Deus” (v.20). Em Mateus 22:29, Jesus levanta mais uma vez a questão da importância do aprofundamento no estudo das escrituras. Diz ele: “Errais, não conhecendo as Escrituras”. Em João 5:39, sobre esse assunto, mais uma vez Jesus incentiva o aprofundamento nas escrituras, diz ele: “Examinai as escrituras”.

Portanto, não devemos fazer essa equivocada distinção dicotômica entre Teologia e Vida prática. Afinal, como alguém já disse, somos aquilo que acreditamos, aquilo que aprendemos, aquilo que lemos. Erra gravemente quem pensa que o estudo da teologia produz uma vida apática e desassociada de atitudes práticas. Faça uma pesquisa: quem mais dá trabalho nas igrejas? Aqueles que conhecem profundamente as escrituras ou aqueles que são "analfabetos teológicos"?
 
Os maiores missionários do passado eram, também, profundos conhecedores da Teologia, especialmente Reformada. O sociólogo Max Weber, autor do livro que foi considerado o livro mais importante do século XX: “Ética protestante e o Espírito do Capitalismo”, por exemplo, após um denso estudo sobre variadas culturas, chegou à conclusão que os países cuja população era predominantemente Calvinista, possuíam melhor qualidade de vida, com maior desenvolvimento espiritual, ético e moral. Ele atribui isso ao conhecimento profundo da doutrina Reformada. Veja o que ele afirma:

O Deus de Calvino exigia de seus crentes não boas ações isoladas, mas uma vida de boas ações combinadas em um sistema unificado. Mas no curso de seu desenvolvimento, o calvinismo acrescentou algo de positivo a isso tudo, ou seja, a ideia de comprovar a fé do indivíduo pelas atitudes seculares. [...] consideramos apenas o calvinismo e adotamos a doutrina da predestinação como arcabouço dogmático da moralidade puritana, no sentido de racionalização metódica da conduta ética (WEBER, 2004. p.91,94,96).

Precisamos entender que sempre fazemos uma opção teológica. Queiramos ou não. Ainda que afirmemos não gostar de teologia.

OU SOMOS CALVINISTAS OU SOMOS ARMINIANOS. Não temos como fugir disso. Essa escolha reflete diretamente na nossa prática cúltica,  litúrgica e doutrinária.

Quando dizemos: “não quero saber de estudar teologia”; sem saber, nossas atitudes e forma de adoração, acabam por revelar, automaticamente, a posição teológica que estamos seguindo ou que acreditamos.

Um bom exemplo disso é o sistema de APELO trazido por Charles Finey, no século XIX. Muita gente diz que não gosta de teologia, mas sempre depois de suas pregações faz o famoso “apelo” para que as pessoas aceitem a Cristo. Isso é teologia. Não das boas, mas teologia.

Isso é uma prática complemente lastreada por uma posição teológica. Ou somos Calvinistas ou somos Arminianos, repetimos. Não temos como fugir disso. Queiramos ou não, assumimos uma posição teológica. Sendo assim, estude teologia; procure saber qual a linha teológica que sua vida cristã tem sido lastreada. Não corra o risco de assumir, mesmo sem nunca ter estudado, uma postura teológica errada e anti-bíblica.

Exatamente por essa falta de estudar a Teologia Bíblica é que temos visto muitos absurdos e muitas aberrações no meio evangélico.
 
Além disso, o conhecimento Teológico evita que muitos "pastores de si mesmos" iludam e manipulem o povo. Isso é muito comum dentro das igrejas Pentecostais e Neopentecostais mas também existe dentro de igrejas Reformadas como a IPB, por exemplo. Há pastores presbiterianos que preferem que suas igrejas sejam "analfabetas teológicas", pois assim eles podem manipular facilmente o rebanho na construção de uma igreja alicerçada sob as bases humanistas do pragmatismo. Afinal, é isso que dá certo (pra ele); é isso que dá dinheiro (pra ele). É lamentável, mas os conselhos dessas igrejas não conhecem, nem querem conhecer, por má influência e sugestionamento do pastor, os princípios teológicos mais basilares da IPB. Presbíteros que nunca ouviram falar dos Símbolos de Fé da IPB, que nutrem práticas arminianas e pentecostais, que nunca leram um texto de teologia na vida e que passam a vida inteira apegados a revistinhas de EBD, compradas em editoras como a CPAD ou Central Gospel, por exemplo.

Não seria mais prudente, então, seguir a orientação de Jesus e estudar profundamente sua palavra? Isso é teologia. Fazendo isso, poderemos escolher, sem nenhuma imposição, a postura teológica que mais simpatizamos, que mais, em nossa opinião, se aproxima da verdade das Escrituras Sagradas. Porém, essa escolha “consciente” só poderá ser feita mediante um conhecimento aprofundado da Palavra de Deus, que só pode ser adquirido através da Teologia.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

MORDOMIA CRISTÃ, UMA DOUTRINA ESQUECIDA: Dízimos e Ofertas




TEXTO BÁSICO: Gêneses 2:15-17

INTRODUÇÃO:

Antes de qualquer coisa é importante dizer que Deus não precisa do seu dinheiro. O salmo 24:1 afirma que “Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam”. Por que Deus iria querer o dinheiro que você pensa que é seu?

Jesus nos dá uma prova clara disso, em Mateus 17:27, quando precisando de dinheiro para pagar um imposto foi ao “banco peixe” e pegou quanto precisava. Disse Jesus: “vai ao mar, lança o anzol, e o primeiro peixe que fisgar, tira-o; e, abrindo-lhe a boca, acharás um estáter. Toma-o e entrega-lhes por mim e por ti”. Você acha mesmo que Deus quer seu dinheiro? Ou melhor, o que você pensa que e seu?

Portanto, aprenda isso: Tudo é de Deus, nada é seu.

Então, por que temos que devolver 10% de dízimo a Deus se tudo é dele e se ele não precisa do nosso dinheiro? Antes de responder você precisa saber de outra verdade: os 90% que ficam com você, depois que você tira o dízimo, também não são seus. São de Deus também. Lembre-se: tudo é dele.

Deus não quer nosso dinheiro, Ele quer nossa fidelidade. Deus não precisava de uma árvore no jardim, Ele só a colocou Lá para testar a obediência de Adão. Deus não precisa de 10% da nossa renda. Deus quer nossa obediência, nossa fidelidade.

O Rev. Jacó silva, em seu livro Fidelidade afirma que “o homem precisa ser testado porque ele pode estar enganado quanto à sua capacidade de obedecer e ser fiel” (SILVA, 2002, p.9).

Quantos estão dispostos a obedecer? Quantos estão dispostos a dedicar-se em fidelidade a Deus?

Ler Mateus 25: 14-30

Tudo é de Deus, mas Ele nos colocou como Mordomos para administrarmos seus bens, sua criação, suas posses, seu dinheiro. Essa doutrina e conhecida na teologia como Mordomia Cristã.  Esse é um termo que tem ficado obsoleto em nossas igrejas. Os novos crentes sequer sabem do que se trata.

A Mordomia Cristã é muito ampla e envolve muitos aspectos. Por exemplo: envolve a questão do tempo. Então quando dizemos que não temos tempo para ir à igreja no Dia do Senhor não estamos administrando bem o tempo que Deus nos deu para administrar. Não estamos sendo bons mordomos ou administradores.

Contudo, sem dúvida, a parte mais importante dessa doutrina diz respeito à administração do dinheiro de Deus que Ele nos entrega para que administremos. E o teste de fidelidade é o Dízimo.

O DÍZIMO E A MORDOMIA CRISTÃ

Ler Malaquias 3:8-10

O dízimo equivale à décima parte da nossa renda que deve ser devolvida a Deus, como prova de nossa Fidelidade a Ele. É uma espécie de teste mesmo que Deus faz conosco. Assim como Ele testou Adão e Abraão, também nos testa. E o resultado desse teste será: se entregarmos o dízimo seremos considerados como Mordomos ou administradores fies por Deus. Se não o entregamos, teremos sido reprovados nesse teste que Deus faz conosco.

O Rev. Jacó Silva chega a afirmar que “só está interessado no Progresso do Reino de Deus, quem traz fielmente o dízimo à casa Dele” (Silva, 2002, p.14).

O Presb. Jonas, da 1ª IPB Jordão, costuma dizer que uma das razões de Deus ter estipulado o Dízimo – 10% - um percentual fixo, é também para que seus servos não fossem explorados por “lobos roubadores”. Mas, não é exatamente o que vemos hoje em dia? Isso ocorre pelo distanciamento do ensino bíblico sobre esse assunto. Há muitos “pastores” e “igrejas” explorando o povo, pedindo tudo e não o percentual bíblico.

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O DÍZIMO:

1-      Os Dízimos e as Ofertas são os ÚNICOS métodos que Deus estabeleceu para arrecadação de verbas de sua igreja. E as ofertas só podem ser dadas depois de ter sido devolvido o dizimo. Ou seja, só tem direito de dar oferta quem já devolveu o dízimo. A ordem apresentada em Malaquias não é à toa: primeiro dizimo, depois, se for o caso, ofertas.  Entenderam isso?

Rev. Jacó Silva, sobre isso afirma:

“Algum crente diz eu não entrego o dizimo mas faço ofertas. Esse crente está muitíssimo enganado. Satanás o enganou terrivelmente [...].  Se fizer ofertas sem antes entregar o dízimo está ofendendo a Deus. Preste bem atenção a isto. Dizimo é dívida (Lev 27:30,32) [...]. Se eu não entregar o dízimo estou roubando, porque não e meu, e de Deus” (SILVA, 2002, p.27).

REPETINDO: O único método bíblico de arrecadação de verbas para a igreja é o Dízimo e depois, só depois,
Oferta.

Sobre isso o Rev. Jacó Silva faz uma das mais belas e corajosas afirmações sobre o assunto de arrecadação na igreja de Deus. Diz ele:

“Esse e o método que Deus estabeleceu para a contribuição na sua igreja – o dízimo. E depois do dízimo mas só depois do dízimo, as ofertas [...]. Todos os demais métodos usados pelas igrejas são métodos pecaminosos, inventados pelos homens, com duplo propósito de encobrir o pecado do roubo e de enganar a Deus [...]. Igreja de Deus não faz churrascada, nem canjicada, nem bazar” (SILVA, 2002, p.14). E ainda:

“Esse foi o único pecado que Cristo corrigiu com violência (Jo 2:16). Dois mil anos após a morte de Cristo há igrejas, que se chamam evangélicas, que estão fazendo a mesma coisa” (SILVA, 2002, p.19).

Eu ainda completaria:  Igreja de Deus não deve ter cantina, não deve vender caneta, chaveiros ou qualquer outra coisa. Igreja de Deus não deveria permitir que as sociedades internas cobrassem taxas ou ainda a tal da “renda per capta” da SAF, como se fora um clube.  

Precisamos retomar a confiança na palavra de Deus. Se formos fies nos nossos dízimos não precisaremos vender cocada, tapioca, roupa e sapatos velhos para fazer as coisas na igreja. Esse e um dos pontos de desvios mais sérios da igreja de Deus em nossos dias.

2-      Há aqueles que dizem: “Dízimo é da Lei. Vivemos no período da Graça e deve prevalecer o princípio de II Cor 9:7 (ler). Esse verso é estampado, inclusive, nos envelopes de dizimo e lido na liturgia, na hora da entrega dos dízimos e ofertas. Só tem um detalhe: esse texto não tem nada a ver com a questão das contribuições para a igreja. Se observamos o contexto, a oferta era para socorrer os irmãos (9:1) necessitados.

a)      O Dízimo é anterior à Lei, pelo menos 400 anos. Ler Hebreus 7:1-3; 15-17). Perceba: 400 anos da Lei Abraão dizimou ao sacerdote Melquisedec. Cristo é da ordem de Melquisedec (v.17), logo, devemos dizimar também no reinado de seu sacerdócio.

b)       Jesus reafirma o dízimo no Novo Testamente, mas não antes de retomar seu verdadeiro sentido e profundidade. Ler Mateus 23:23.

Não deixe de ver o vídeo abaixo. ele tem um recadinho pra vc:


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