TEXTO BÁSICO:
II TM 4:1-5
INTRODUÇÃO:
Você sabia que o dia do
Pastor Presbiteriano existe por causa de um padre?
Isso mesmo - um padre
que foi ordenado Padre em 1844. O nome dele era Padre José Manoel da Conceição.
Sua primeira igreja foi na cidade de Limeira-SP.
Ele era um padre
diferenciado: não cobrava pra fazer batizados nem casamentos; pregava a palavra
de Deus em seus sermões, muitos deles
considerados heréticos por seus superiores.
O Padre Conceição, como
era chamado, antes mesmo de ser padre conheceu uma família inglesa que estava
morando no Brasil, também no interior de São Paulo. E contam os relatos
históricos que ele ficava
impressionado “com o
modo como aquela família, aos domingos, deixava todos os seus afazeres para
dedicar-se ao estudo da Bíblia, orar e cantar juntos”.
Ficou tão impressionado
que foi estudar inglês e alemão para conversar melhor com seus amigos
estrangeiros.
Em 1863, o missionário americano Blackford fez sua primeira
viagem ao interior paulista e visitou aquele padre que aconselhava o povo a ler
a Bíblia.
No ano seguinte, Conceição é que vai encontrar Blackford em São
Paulo; depois de muitas entrevistas, decide, finalmente, deixar o sacerdócio
romano.
Vem com Blackford para o Rio de Janeiro, onde encontra-se com o
Rev Ashbel Green Simonton e, no dia 23 de outubro de 1864, o ex-padre
Conceição, emocionado, é batizado na Igreja Presbiteriana, diante de algumas
dezenas de pessoas e passou a ajudar Simonton na evangelização do Brasil,
fazendo questão de retornar a todos as cidades que havia sido padre para
pregar, agora, o evangelho genuíno de Cristo.
Em 17 de dezembro de 1865, o agora ex-padre, José Manoel da
Conceição, foi ordenado pastor presbiteriano. Aliás, o primeiro pastor
presbiteriano brasileiro.
O dia da sua ordenação – 17/12 – foi então escolhido para ser o
dia do pastor presbiteriano.
ELUCIDAÇÃO:
Essa história é muito
interessante porque mostra nossa grande responsabilidade em estar sempre
falando de Cristo para as pessoas e não somente falando, mas obedecendo seus
mandamentos. Por causa do testemunho de uma família inglesa, que guardava o dia
do senhor, um padre tornou-se pastor presbiteriano.
Agora, se nós temos,
como servos de Deus, muitas responsabilidades, imagine um pastor.
Quando nós erramos no
nosso trabalho, temos que dar satisfação ao nosso chefe. E isso não é nada
agradável. Quando o pastor erra, quando o pastor não faz bem o seu
trabalho e não cuida das ovelhas como
deveria, ele vai dar satisfações diretamente a Deus. E aí, amigo, a chapa é
mais quente.
Os Pastores Presbiterianos precisam entender, e, alguns, parece, ainda não entenderam, a grande responsabilidade e privilégio que Deus colocou em suas mãos. Por isso, precisam trabalhar mais, se esforçar mais, visitar mais, estudar mais, dedicar maior tempo a suas atividades na igreja, aconselhar mais em gabinete. Reconheço que a maioria deles têm feito um grande trabalho, mas ainda é pouco. Pouquíssimo. A IPB, de forma geral, dispensa boas condições de trabalho a seus ministros. Por isso, precisam dedicar-se de forma integral à igreja. Precisam, em síntese, pastorear mais o rebanho que Deus confiou em suas mãos. Infelizmente muitas igrejas sofrem de raquitismo crônico por culpa de seus ministros, que não nutrem suas ovelhas. A mão do Senhor pesará fortemente contra esses.
Por isso mesmo, no
texto que lemos, Paulo, trás uma série de conselhos ao jovem pastor Timóteo,
que assumiu a igreja de Éfeso com apenas 16 anos de idade.
Aliás, poderíamos dizer
que tanto I Timóteo quanto II Timóteo são cartas de um pastor mais velho, mais
experiente e apóstolo de Cristo a um pastor que estava começando seu
ministério.
De forma que se as duas
cartas a Timóteo tivesse um tema, um título, poderia ser:
TEMA: Conselhos a um jovem pastor
Mas antes de dar alguns
conselhos novos e repetir alguns que já havia dado, Paulo “Conjura Timóteo
perante Deus e Cristo Jesus. Esse verbo conjurar significa “Ligar-se a outro
por meio de juramento”.
É como se Paulo tivesse
dizendo: Timóteo: estou aqui com você e chamo Deus por testemunha disso que vou
lhe dizer. Preste atenção. Depois não diga que eu não lhe avisei. Deus está
vendo os conselhos que estou te dando. Você não tem desculpas. Não vá dizer
depois que não sabia se não “um raio vai cair na sua cabeça”.
Paulo estava, na
verdade, chamando Deus como testemunha para “incutir em Timóteo a máxima
seriedade em sua tarefa” (BG, pg.1453).
Só depois dessa grave
advertência, Paulo inicia mais uma série de conselhos àquele jovem pastor.
Segura aí Timóteo. Segura aí pastor George:
ARGUMENTAÇÃO:
1º) O primeiro conselho
é: PREGA A PALAVRA, insta (insistentemente) quer seja oportuno, quer não.
Pregar a palavra em
todas as ocasiões, quer boa ou alegre quer má ou triste.
Um pastor não pode
utilizar-se de outra ferramenta na condução de seu rebanho, se não a palavra de
Deus.
Paulo insistia com
Timóteo nesse ponto. Em vários momentos de sua carta ele menciona isso (I Tm
4:6). Parece algo óbvio, mas a insistência de Paulo em lembrar a Timóteo que o
seu único instrumento de trabalho era a palavra de Deus.
Coisa triste é ver um
pastor que tem abandonado a Palavra de Deus, trocado a palavra de Deus por
diversão, por atrações e tantas outras aberrações.
Muitos pastores têm
esquecido desses conselhos e têm levado suas igrejas à desobediência a Deus. Nos
momentos alegres: Permitem que suas igrejas adorem a Deus como Deus não
pediu para ser adorado, com danças, coreografias e tantos outros absurdos que
temos visto. Nos momentos tristes: apelam para a psicologia. Tem igreja
que tem até consultório psicológico em suas dependências. Já ouvi de um pastor
que está fazendo psicologia que estava fazendo isso para “melhorar seu
ministério”.
Paulo dizia: Timóteo.
Você é pastor. Você é ministro de Deus. Seu único instrumento é Palavra de
Deus, insista nisso. Fale da palavra em todos momentos, quer seja oportuno ou
não. Nunca esqueça disso.
2º) O segundo conselho
é: Corrige
Um pastor que só faz
passar a mão por cima da cabeça, que encobre o pecado, que entende que a quebra
dos mandamentos do Senhor é coisa pouca, desconfie. Provavelmente ele entende
seu ministério ERRONEAMENTE como uma profissão e quer tão somente agarrar-se ao
seu emprego para não perder sua bolacha. Acreditem, existe pastor assim.
3º) O terceiro conselho
que Paulo dá ao jovem pastor é: repreende.
Mais uma vez: não
queira agradar todo mundo não. Você é profeta de Deus. Fale o que tem que
falar. Se necessário for, cajadada pra cima.
4º) O quarto e último
conselho é: Exorta com toda
longanimidade e doutrina
Corrigir, repreender,
exortar não significa ser ignorante. Por isso Paulo lembra: faça tudo isso com
longanimidade. Ninguém tá na igreja para ouvir grito de pastor. É como se Paulo
dissesse: “seja sério, faça o que tem que fazer, repreenda, corrija, exorte,
sem, contudo, PERDER A DOÇURA, que era própria de Jesus, aliás.
Mas a exortação, deve
ser dentro da palavra. Pastor, não venha dar sua opinião, não venha contar suas
experiências, porque elas não interessam a igreja de Deus. Dê doutrina, que é o
estudo da palavra, para o povo.
Estava conversando com
uma “pastora” aqui do Jordão e ela estava me dizendo “como o seu testemunho,
sua história de vida tinha salvado muita gente”. Prontamente eu disse: faça
isso não irmã! Sua vida não interessa pra ninguém. Pregue a palavra, ensine a
palavra. Suas experiências com Deus são suas e o povo não precisa delas.
CONCLUSÃO:
Interessante que depois
de dar esses 4 conselhos a Timóteo, Paulo diz: Timóteo faça tudo isso que eu
disse, mas saiba de uma coisa: SEGUINDO ESSES 4 CONSELHOS VOCÊ VAI TER ALGUNS
PROBLEMAS NA IGREJA. Seguindo esses conselhos você terá muitas aflições.
V.3,4 (LER)
Em seguida Paulo
relembra: APESAR DE TODOS OS PROBLEMAS, SEGUIR ESSES CONSELHOS É SEU PAPEL. TEM
A VER COM O MMISTÉRIO QUE VOCÊ ESCOLHEU. OU ENTÃO PEÇA PRA SAIR.
NÃO NEGOCIE A PALAVRA
DE DEUS. O CERTO É CERTO. O ERRADO É ERRADO.