Páginas

sábado, 4 de maio de 2013

CURSO DE LIDERANÇA CRISTÃ - Parte 2/3



4- DANDO SUPORTE AOS LÍDERES

Como já vimos no capítulo 3, liderança não é algo que se nasce com ela, antes é algo que se aprende, com muito esforço, observação, treinamento e muita dedicação. Partindo desse pressuposto, passaremos a abordar alguns  PRINCÍPIOS ou LEIS que servem para dar suporte e bagagem aos líderes,  para enfrentarem esse grande desafio de conduzir pessoas.

4.1- PRINCÍPIO OU LEI DA VISÃO

“A liderança começa quando surge uma visão”.  A visão é o marco divisor entre um líder e um não líder. Ter uma visão é ter uma  IMÁGEM  muito CLARA de algo que o líder quer que seu grupo seja, faça ou alcance. Quando um grupo está sob a direção de alguém que não tem visão, o resultado é confusão, desordem, revolta, abuso de liberdade e anarquia.

A história registra algumas visões que alguns líderes tiveram e que, a partir dela, mudaram a realidade de seu povo, de sua nação. Um exemplo clássico é a visão de Martin Luterking, demonstrada em seu famoso discurso de 1963  no  Lincoln  Memorial. Disse ele: “...Eu tenho um sonho (visão)...meus quatro filhos um dia viverão em uma nação onde não serão julgados pela cor de sua pele, mas pelo conteúdo de seu caráter”. Mahatman Gandhi teve uma visão de uma Índia livre, quando ainda era dominada pela Inglaterra. E o que não dizer da visão de Neemias, um dos maiores líderes do povo de Deus? Ele teve a visão de uma cidade forte, reconstruída, com seus muros reerguidos, e, tudo isto, quando só havia destroços (voltaremos a falar mais sobre este grande líder).

A visão pode ser de natureza MICRO ou de natureza  MACRO, ou ainda uma junção das duas. Por exemplo: Um líder de jovens cristãos pode ter uma visão de determinadas tarefas ou programações (VISÃO MICRO), mas com a intenção num objetivo, numa visão maior: que seus liderados alcancem uma maior comunhão com Deus (VISÃO MACRO).

O  líder precisa acalentar sua VISÃO, sonhar com ela, devotar-se a ela, amá-la, dedicar-se de todo o coração,  pensar nela o dia todo para que seu coração flameje (Sl 39:3), de forma que isso se transforme em “Dínamus”, em força propulsora  para  que venha a AGIR em função dessa visão que teve, para que ela venha a concretizar-se. O líder  não é um simples  sonhador ele trabalha para tornar sua visão em algo real. Quando isso acontece a visão deixa de ser só visão e ganha também um caráter de MISSÃO. Contudo para se cumprir uma missão de forma satisfatória, é necessário que se estabeleça METAS, que nada mais são que uma série de passos específicos e mensuráveis, ou seja, para cumprir uma missão é necessário um planejamento estratégico. O próprio Jesus adverte para a necessidade de planejamento no cumprimento de uma missão advinda da visão do líder.  

O líder precisa de uma VISÃO, mas precisa também transforma-la em  MISSÃO, que por sua vez só será cumprida se estabelecido METAS. Quantas visões maravilhosas que não passam de sonhos de “Alice”, por que não foram transformadas em missão, quantas missões fracassadas, por que não tiveram metas definidas.

Muitos líderes acreditam que podem levar suas visões e projetos adiante "somente" com carisma e influência. Não podem! Por isso, muitos fracassam e levam seus liderados ao desânimo e frustração. Estabelecer metas bem definidas é um passo importantissimo para o sucesso do projeto. Isso é, inclusive, um preceito Biblico. Leia  Lucas 14:28-32.

Geralmente as METAS são:

4.1.1-De elaboração (como será o evento na prática)
4.1.2-De organização (o que se precisa para a realização do evento)
4.1.3-De custos (quanto se gastará e como captar recursos)
4.1.4-De alcance (o que se espera do evento)
4.1.5-De marketing (divulgação do evento, caso necessário)
4.1.6-De soluções (aqui  se resolve problemas e imprevistos)
4.1.7-De  avaliação (a missão foi cumprida? Como melhorar?)


Outro ponto importante (trataremos mais detalhadamente no princípio ou lei da influência) é a consciência de que a VISÃO de um líder é diferente da visão de um cientista, por exemplo. O sucesso do cientista beneficiará a muitos, mas, não requer o envolvimento direto delas. O líder trabalha por meio de outras pessoas, por isso precisa ter habilidade para vender sua idéia para seu grupo. Fazer com que cada liderado ASSUMA A IDÉIA como se fora sua. Luterking mais uma vez tem algo a nos ensinar: “sonho que se sonha só é sonho que se sonha só, sonho que se sonha junto é realidade”.
Neemias, assim como tantos outros homens de Deus, teve a visão de uma Jerusalém reconstruída, arregaçou as mangas, estabeleceu  metas e viu a cidade de pé. O próprio Luterking  teve a visão de um país mais justo, sem preconceitos, trabalhou em função dela, exerceu sua influência e obteve êxito. Gandhi teve a visão de uma  Índia  livre, não cruzou os braços e ela tornou-se  realidade. Observe: “Toda mudança permanente e duradoura começa com uma VISÃO”.

“O tamanho do líder e sua importância depende do tamanho e importância de sua VISÃO”. 

Mas, atenção: a visão não pode ser "fantasiosa" a ponto e tornar-se impossível de ser cumprida. Por exemplo: querer levar seu grupo de liderados adolescentes a evangelizar astronautas em órbita; se é que me entendem.

4.2- PRINCÍPIO OU LEI DA INFLUÊNCIA

Mandar é fácil. Ser chefe é fácil. Ser gerente é fácil. O comando de uma equipe quase não se requer empenho quando existe um cargo , uma patente, uma hierarquia. Quando a pessoa que está na posição superior está sob o escudo blindado da autoridade conferida. O diretor de uma empresa manda  e seus subordinados obedecem (sob pena de demissão). O comandante militar ordena e seus subalternos lhe prestam continência. A própria autoridade do policial militar reside em sua farda. Vemos essa verdade até mesmo nas autoridades eclesiásticas constituídas.

Esse tipo de obediência não é exatamente a que um líder ou ainda um futuro líder deve esperar de seus liderados. O líder pode até ter um cargo, ser referendado por uma instituição ou mesmo ter uma patente superior, mas seus liderados não lhe seguirão por causa disso, mas, por que querem, porque precisam, por que são influenciados por ele. Ela (obediência) deriva somente da influência e não pode ser delegada. Liderança sem influência, principalmente nas organizações voluntárias, como o é a igreja, por exemplo, não funciona.

Caso alguém não consiga influenciar naturalmente, ele pode ser um líder? De forma alguma, pois a influência é a essência da liderança. Ele pode até ser um ótimo chefe ou gerente, nunca um líder. O poder da influência entretanto é algo completamente possível de ser adquirido. Basta responder a uma pergunta: Por que algumas pessoas influenciam e outras não? O que há nelas de diferente? Vejamos algumas características que acabam provocando a aparição natural da influência:

4.2.1- AUTENTICIDADE:

Ser autêntico com as pessoas, falar a verdade, ter transparência em seus atos e palavras. Essa era uma das bases mais importantes da liderança de Jesus de Nazaré (ler Mateus 7:28-29) Ele fala como quem tem autoridade). Interessante notar que esse texto confronta exatamente a autoridade de “líderes constituídos” e a de Jesus. Qual o importante cargo que Jesus exercia na sua religião? Qual era seu cargo no judaísmo? Nenhum, apesar disso, influenciava seus seguidores, em contrapartida os líderes constituídos não conseguiam arrebanhar as pessoas, por vontade própria, e isso pela sua falta de autenticidade de suas vidas (Ler Mateus 23:27). A bíblia também nos faz uma séria advertência em Mateus 5:7: “seja o vosso sim sim e o vosso não não”. A influência que o líder está exercendo sobre seu grupo é o termômetro que mede seu poder de liderança.

No evangelho de João 6:58-71 (ler), vemos outro exemplo interessante do que uma vida autêntica pode provocar: Jesus não fazia esforço algum para arrebanhar seus seguidores. Notem que Ele está praticamente mandando seus seguidores embora, mas eles não querem ir, tamanha a influência que Jesus exercia sobre eles devido a autenticidade de suas palavras (ler ainda Efésios 4:25).

Precisamos deixar bem claro que ter um título de prestígio e chefia definitivamente não é o mesmo que ser um líder. “A verdadeira liderança não pode ser concedida, ela é conquistada”. Que confiança os liderados terão se seus líderes não são autênticos?

                      
4.2.2 – HUMILDADE:

Ao contrário do que muitos pensam a humildade confere um poder extraordinário ao líder. Como diz Haggai: “Se espera desenvolver todo seu potencial como líder será  bom aprender a enfrentar a crítica com tranqüilidade. Conta-se uma história de Abrão Lincon que teria dado uma ordem expressa para que seu secretário de guerra  Staton  deslocasse um pelotão para determinado lugar, ele por sua vez recusou-se e ainda criticou o presidente: “Lincon é um bobo”. Quando o presidente dos EUA soube fez a incrível afirmação: “se Staton disse que sou um bobo é porque sou, ele quase sempre está certo”. Reviu sua ordem sem o menor problema e acabou concordando com seu comandante. Isso surpreendeu até Staton, que passou a ser não mais um simples subordinado mais um admirador.

O que não dizer então da humildade do Homem mais poderoso e importante que já pisou na face da terra, Jesus? Desde o seu nascimento passando por toda sua vida (Ler salmo 22 e Isaías 53 e Filipenses 2:6). Não esquecendo do exemplo maior:

“Depois, deitou água na bacia e passou a lavar os pés dos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha que estava cingido [...]. compreendeis o que fiz? [...]. Ora, se eu, sendo o senhor e mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns os outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu fiz, façais vós também” (João 13:1-20).



Infelizmente muitos líderes vêm em seus liderados verdadeiros “capachos, empregados, escravos”. Ao invés de os servirem querem ser servidos por eles a todo custo, usando, para isso, a “ordenação” do cargo ou posto que possui. Veja mais uma vez o que Jesus, o maior de todos, em tudo, ensina:

“Convosco não deve ser assim; se alguém quiser ser grande, seja servidor; quem quiser ser o primeiro, seja servo de todos; pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir” (Mc 10-43-45).

Moisés é reconhecidamente um dos maiores Líderes que a história da humanidade já conheceu. Ele compreendeu a essência do que significa liderar “ovelhas que não são suas”. No texto de Números 27, Moisés acabara de saber que não entraria na terra prometida; no destino final de sua missão, pela qual lutou durante quarenta longos anos. Essa punição, entretanto, não tinha, para Moisés, uma importância maior. Não que ele não fizesse questão de entrar na terra. Para ele,  exemplo de Líder, havia algo mais importante que seu próprio bem estar, que sua própria vida: a vida de seus Liderados.  Moisés, em momento algum tentou argumentar com Deus a seu favor. Seu alvo, sua preocupação era o povo que conduzia e por ele suplicava; "Senhor, autor e conservador de toda a vida, ponha um homem (um novo líder, já que Deus não permitiria que ele seguisse adiante do povo) sobre esta congregação" (Números 27:15-16).
 
A figura abaixo, na parte superior, representa bem, infelizmente, a visão de Liderança que muitos cultivam hoje. 

Precisamos contudo ter cuidado com a falsa humildade, que é pior que a falta de humildade. Um poeta inglês  Samuel afirmou: “...o pecado mais apreciado pelo Diabo é o orgulho que imita a humildade”. Isso é muito comum no meio religioso. Algumas pessoas para parecer mais humildes e piedosas que as outras afirmam ter uma espécie de linha particular de acesso a Deus; existe alguém mais prepotente do que esta? É a síndrome avisada por Jesus em  Lucas 20:46-47 (Ler). Precisamos nos afastar desse horrível pecado.

CURSO DE LIDERANÇA CRISTÃ - Parte 1/3



1-UM CHAMADO À LIDERANÇA
                       
“Eram como ovelhas que não têm pastor (Mateus 9:36).  O texto bíblico de Mateus trata da realidade do povo de Israel, quando este vivia sob dominação e opressão romana. Esta situação já era uma velha conhecida dos israelitas, é como se estivessem assistindo a reprise (evidentemente guardadas as devidas proporções) de um filme com um final “nada feliz”. Ao longo de sua trajetória Israel esteve sob dominação Egípcia, Babilônica, Persa e, agora, finalmente romana.

A dominação traz inúmeras conseqüências desastrosas para qualquer povo, e não era diferente com Israel, entretanto, uma dessas conseqüências comoveu o coração de Deus: “Vendo ele as multidões, compadeceu-se.” As pessoas  encontravam-se  “aflitas e exaustas” ou numa melhor  tradução "aflitas e desamparadas" ou ainda como traduz a versão corrigida "desgarradas e errantes".

Se observarmos bem, o estado  psicológico, emocional e social daquelas pessoas era grave (a figura é de ovelhas que são atormentadas por cães e largadas ao chão), contudo, apenas aponta para a real causa de estarem assim, para o motivo que foi capaz de comover as entranhas do Deus/Homem: “eram como ovelhas que não têm pastor”.

Há centenas de anos antes de Jesus presenciar que seu povo estava vivendo, perigosamente (pois o lobo está sempre à espreita para devorar), como ovelhas desgarradas, a preocupação que isso um dia viesse a acontecer já era muito grande. No livro de Números 27:12-17, encontramos Moisés suplicando a Deus que Ele providenciasse um outro LÍDER, a fim de que ”a congregação do senhor não seja como ovelhas que não têm pastor” (v17). Ver também  I Reis 22:17.
Em nossos dias  também vivemos, como diz John Haggai, em seu livro "Seja um  Líder de Verdade', uma  crise de liderança” à semelhança da presenciada por Jesus, como narra Mateus, bem como muitas outras contadas pela história e pela própria palavra de Deus, a exemplo da descrita pelo profeta Ezequiel: “busquei entre eles um homem que tapasse o muro...mas a ninguém achei” (ler Ezequiel 22:30).

Por isso tudo Deus está chamando Líderes (Ler Mateus 9:37-38). É importante  notar que no mesmo texto que Jesus se compadece por estar o seu povo errante, sem um LÍDER  que o conduzisse, dirigindo-se aos discípulos faz a famosa afirmação: “A seara na verdade é grande, mas os trabalhadores (LÍDERES) são poucos Rogai, pois ao Senhor da Seara que mande trabalhadores (LÍDERES) para a seara” (v.37 e 38). Notem que o chamado não é para “evangelizare sim para LIDERAR, para conduzir as ovelhas.

Deus está lhe chamando para ser um líder? Não responda antes de saber de algumas coisas que passaremos a dizer agora:

Os inimigos de batalha procurarão sempre acabar com você, inclusive o inimigo de nossas almas. Lembre-se: “uma guerra jamais acaba a menos que o LÍDER inimigo tenha sido derrotado e, de preferência, morto”. Temos um exemplo claro disso na atual guerra (2001/2002) Estados Unidos X Afeganistão. O poderio bélico americano está sendo mantido a peso de ouro na área onde “houve” a guerra simplesmente porque os LÍDERES inimigos ainda não foram derrotados.

Todos podem cometer erros e ainda que sejam punidos, jamais serão punidos como os  LÍDERES  que erram. Moisés não teria sido punido de forma  tão pesada se não fosse LÍDER do povo (Números 27:13-14) julgue o erro de Moisés (Números 20:8,11).


Assim como aconteceu com Moisés e muitos outros LÍDERES do povo de Deus você  receberá  um juízo mais severo que todas as outras pessoas, caso ainda queira ser um LÍDER (Tiago 3:1).

Meu conselho sincero é que pense friamente nisto que acabamos de alertar, ninguém é obrigado a ser um LÍDER, nem mesmo a querer ser um, antes de tomar sobre si tamanha responsabilidade. Talvez fosse melhor você abandonar este curso agora mesmo, ao final desta primeira aula. Caso você chegue a conclusão que quer ser um LÍDER, parabéns: você está pronto para servir, muitas vezes, de “pano de chão”, a fim de que seus liderados avancem. Deus o abençoe e volte na próxima aula, caso não pense melhor e reveja sua decisão.


2- DEFININDO O TERMO

Depois de tomarmos consciência da grande responsabilidade de ser um líder, como vimos no capítulo 1, bem como das cobranças que a ele são feitas, muitas vezes de forma ferrenha e dura, e ainda depois das advertências bíblicas acerca de se tornar um líder, caso ainda desejemos seguir adiante, é hora de refletirmos a definição do termo em si. O que é liderança ou liderar? Responder a essa pergunta é um passo tão importante quanto o próprio trabalho de um líder. Dependendo da definição ele tem em sua mente, sua liderança pode ser boa ou ruim, democrática ou dominadora, benéfica ou maléfica.

Um dos maiores estudiosos do assunto, em todo o mundo, John Haggai, assim define liderança:

“Liderança é o ESFORÇO de exercer CONSCIENTEMENTE uma INFLUÊNCIA especial dentro de um grupo no sentido de leva-lo a atingir METAS de PERMANENTE benefício que atendam as NECESSIDADES reais do grupo”.

Em qualquer definição as palavras que são usadas são importantes e devem ser escolhidas cuidadosamente, pois não são simplesmente palavras e sim idéias, conceitos. Na definição acima é usada a palavra CONSCIENTEMENTE, que indica que há uma dedicação total por parte do líder à sua tarefa de liderar. A palavra INFLUÊNCIA indica naturalidade no respeito que seus liderados terão por ele (muitos que se acreditam líderes não passam de prepotentes a pressionar os outros a engolir suas idéias). A palavra META refere-se à visão do líder, algo que ele quer que o grupo faça e também a uma série de realizações concretas, mensuráveis, destinadas ao cumprimento de uma missão. Outra palavra usada é  PERMANENTE que aponta para o resultado final da visão que o líder teve e que deve produzir mudanças que perdurem. NECESSIDADE indica que o líder deve ter sensibilidade para identificar e tentar sanar as prioridades do grupo e não as suas egoisticamente. E, finalmente, deixamos para a bordar a primeira palavra  ESFORÇO  por ultimo, porque será alvo de um estudo mais detalhado no capítulo seguinte. Indica que uma Pessoa não nasce líder, torna-se líder, com muito empenho e dedicação.

3- O LÍDER NASCE FEITO OU É FEITO?

Em 1980, uma importante publicação da Universidade de Harvard, a Harvard Business Review, publicou 15 artigos acerca de liderança, sob o título “Caminhos para o progresso pessoal: um líder não nasce feito, faz-se”. Esses artigos explicam que assim como um cirurgião, um astronauta ou um orador sacro, um líder não nasce feito, mas faz-se. “Deus pode dar dons especiais a alguns, mas esses dons jamais virão à tona se eles não fizerem algum esforço para desenvolve-los e exercitá-los. Esse dom, essa aptidão nata, essa herança genética, se existe, não pode ser dispensada, contudo ela só atingirá algum nível de eficiência quando provocada, incentivada, colocada sob a pressão das circunstâncias”.

Por outro lado, já que o líder não nasce feito mas faz-se, quem não possui aptidão natural não está DESQUALIFICADO para ser um líder. Deus determinou tarefas de liderança para Moisés e os apóstolos, por exemplo, mas eles tiveram que adquirir certas habilidades (estudando, praticando e observando) de liderança, do mesmo jeito que um homem vocacionado para o ministério do evangelho precisa aprender a pregar.

Demóstenes sofria de sérias dificuldades  para falar em público, raspou um lado da cabeça, para não perder tempo com sociabilidades, e passou a gastar horas diante do mar em incessante treinamento, até conseguir se superar, tornando-se um dos maiores oradores que o mundo já conheceu. Quantos e quantos cantores antes da fama não tiveram que amargar inúmeras  businadas e abacaxis, sendo depois reconhecidos como grandes nomes da música.

Se tais atitudes de persistência, treinamento e observância, foram capazes de superar a (muitas vezes) falta de aptidão em outras áreas, pode também vencer a falta de aptidão para liderar.

Ivan W.Fitzma, em seu livro “Você pode ser um grande líder” faz a seguinte afirmação: “liderança não é um traço inato nem uma tendência herdada”. A verdadeira diferença entre uma pessoa que é líder e outra que não lidera é apenas uma questão de ATITUDE.

Você tem um profundo desejo de ser um líder, mas acha que não tem aptidão? Lembre-se: o próprio desejo é a divina garantia de que você pode ser um grande líder. Você pode superar essa “suposta” falta de aptidão com disciplina, treinamento, exercício e observância.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

XEQUE MATE: A JOGADA DE MESTRE DE FELICIANO


Não sou nenhum pouco fã do Pr.Marcos Feliciano. Ele é um dos vários pregadores da prosperidade (própria) que envergonham o evangelho puro e simples da graça de Deus. Sua postura teológica, se é que existe, é lamentável, considerando a tradução delas em suas práticas religiosas.

Como Deputado também não é lá essas coisas. Foi eleito com uma votação expressiva, porém, todos sabem: com um voto muito parecido com o chamado "voto de cabresto". Numa negociata entre partidos e a presidência da República, em pagamento ao apoio dado por seu partido ao governo, foi eleito como presidente da até então pequenina e despretenciosa Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Pronto. Isso foi a "gota d'agua". 

Feliciano passou  a ser alvo de intensa perseguição (se justa ou não, você decide) por parte dos Gay's e de toda a comunidade LGBT, com forte apelo e apoio entre políticos, principalmente do PT e do PSOL; afinal, essa é uma causa que tem trazido olhares simpáticos da sociedade para quem a defende. 

Depois de muita pressão, interna e externa, em reunião com líderes partidários nessa terça-feira, 09/04/13, cujo objetivo era convencer Feliciano a renunciar, mas o pastor não mudou em nada sua postura e resolveu permanecer à frente da CDH. Mais ainda:

"O pastor chegou a ironizar que só deixaria a presidência da comissão se João Paulo Cunha (PT-SP) e José Genoino (PT-SP) saíssem da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)". http://ne10.uol.com.br/canal/cotidiano/politica/noticia/2013/04/09/feliciano-diz-que-renuncia-se-mensaleiros-sairem-da-ccj-411337.php

Confira aqui também:

"Brasília – O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), ignorou o apelo feito hoje (9) pela maioria dos líderes da Câmara para que ele renunciasse ao cargo [...]. Como condição para renunciar à presidência da comissão, Feliciano exige que o PT retire os deputados José Genoino (PT-SP) e João Paulo Cunha (PT-SP) da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), por terem sido ambos condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A condição imposta por Feliciano não foi aceita". http://exame.abril.com.br/brasil/politica/noticias/feliciano-condiciona-renuncia-a-saida-de-petistas-da-ccj  
 
Sinceramente?

Achei essa saída genial. Jogada de mestre. Xeque Mate. 

Tenho que tirar o chapéu pra ele nessa. Mas só nessa, por enquanto.

O Deputado Marco Feliciano matou vários coelhos com uma paulada só. Vai continuar presidindo a comissão; vai parar de ser "amolado", porque os Ptistas e militantes da esquerda pró-gay procurarão rapidamente outro assunto para alardear e, ainda por cima, se ficar mesmo, terá status de herói e defensor da família e dos bons costumes. Se sair, na hipótese de sua proposta de renúncia ser aceita (o que é improvável), seria considerado o chefe da "Liga da justiça", uma vez que seria o responsável por provocar aquilo que todo o povo brasileiro quer: a saída dos Ptistas condenados no processo do mensalão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), uma das mais importantes e cobiçadas de Brasília.

sábado, 30 de março de 2013

A VISITA DO PAPA JOÃO PAULO II AO RECIFE E A CONFISSÃO DE FÉ DE WESMINSTER


Em 7 de Julho de 1980 uma criança de apenas 8 anos de idade presenciou a visita do Papa João Paulo II na Cidade do Recife, mais precisamente no bairro da Imbiribeira, próximo ao Aeroporto internacional dos Guararapes.

A foto acima é real e foi tirada por seu pai. Naquele dia as pessoas se aglomeravam para ver o Papa  em seu Papamóvel. A lembrança é de ter chegado muito perto do Pontífice. Um mito; o Santo Padre. Vê-lo era como ver o próprio Cristo.

32 anos depois da visita do Papa ao Recife, hoje (29/03/13), tive a oportunidade de rever a foto e relembrar daquele momento. Eu realmente estava lá; bem pertinho. Muita coisa mudou. Já não sou mais Católico Romano. Hoje sou oficial de uma igreja Reformanda - IPB. Minha visão acerca do pontificado da Igreja Catolica Apostólica Romana tambem mudou, e muito. O que penso sobre o sistema Papal? 

Abaixo transcrevo a opinião da Confissão de Fé Westminster, adotada como interpretação oficial da IPB. Essa posição e opinião acerca do Papado é a que subscrevo hoje, 32 anos após a visita de João Paulo II.

Não há outro Cabeça da Igreja senão o Senhor Jesus Cristo; em sentido algum pode ser o Papa de Roma o cabeça dela, mas ele é aquele anticristo, aquele homem do pecado e filho da perdição que se exalta na Igreja contra Cristo e contra tudo o que se chama Deus. Col. 1:18; Ef. 1:22; Mat. 23:8-10; I Ped. 5:2-4; II Tess. 2:3-4 (Confissão de fé de westminster, XXV.V).

Divulgue meu Blog no seu Blog