É impossível retratar-me, a não ser que me provem que estou laborando um erro, pelo testemunho das Escrituras ou por uma razão evidente; não posso confiar nas decisões dos concílios e dos papas, pois é evidente que eles não somente têm errado, mas se têm contradito uns aos outros. Minha consciência está alicerçada na Palavra de Deus, e não é seguro nem honesto agir-se contra a consciência de alguém. Assim Deus me ajude. Amém (NICHOLS, 2000, p.162).
Todos os reformadores PROTESTARAM quando a doutrina do SOLA SCRIPTURA esteve, de alguma forma, ameaçada, independentemente de possíveis boas intenções. Esse é um ponto INEGOCIÁVEL. Lutero deveria ser convencido de seu erro por argumentos não suportados nas Escrituras Sagrada, o que lhe traria, certamente, benefícios. Isso deve ser considerado não uma proposta conciliadora, mas um acinte ao cristão PROTESTANTE. Foi exatamente essa a percepção de Lutero. Ele não aceitava ser culpabilizado por um erro a não ser que a própria Escritura o convencesse que sua conduta era errada ou pecaminosa. Ele PROTESTOU contra acusações desprovidas de mandamentos objetivamente proibitivos.
Significa dizer que todas as vezes que CONCEITOS HUMANOS, INTERPRETAÇÕES EQUIVOCADAS, TRADIÇÃO, CULTURA GERAL ou CULTURA RELIGIOSA ditar algum tipo de REGRA de FÉ ou de PRÁTICA, seja de OBRIGAÇÃO ou de PROIBIÇÃO, os PROTESTANTES, individualmente, devem se levantar e PROTESTAR, independentemente se o elaborador de tal REGRA APÓCRIFA é uma AUTORIDADE ECLESIÁSTICA ou CIVIL.
Esse é um princípio que a igreja outrora PUJANTEMENTE PROTESTANTE tem esquecido. Evidentemente que essa crítica se aplica tão somente a igrejas que possuem fortes laços com a Reforma Protestante e que se autointitulam PROTESTANTES. Mais ainda: aos crentes PROTESTANTES dessas igrejas.
A igreja parece estar em um acelerado processo de DESPROTESTANTIZAÇÃO.
Ninguém PROTESTA, ninguém questiona, ninguém denuncia quando a CULTURA GERAL E/OU RELIGIOSA e até a sociedade ímpia, como um verdadeiro "árbitro de protestante," DITA REGRAS de OBRIGAÇÃO ou de PROIBIÇÃO no lugar das Escrituras Sagradas, ao melhor estilo "não manuseies isto, não proves aquilo, não toques aquiloutro" (Colossenses 2:21).
A mente do CRISTÃO PROTESTANTE deve estar cativa somente à Escritura Sagrada e a mais ninguém e a mais nada, como ensinavam Lutero e os outros Reformadores. Afinal "para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão" (Gálatas5:1).
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