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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

QUE FELIZ ANO NOVO QUE NADA!



Você vai desejar feliz ano novo para todos que encontrar? Vai esperar o relógio bater meia noite para abraçar seus amigos e familiares? Vai passar a noite em claro? Vai vestir roupa nova? Está pondo toda sua esperança no ano novo? Fez diversas promessas de mudanças a você mesmo? Prometeu fazer aquele regime que não conseguiu fazer em 2015? Vai estudar mais? Vai dar mais atenção às coisas espirituais? Prometeu deixar de fumar? Fez vários planos de mudanças? Vai dar uma guinada em sua vida? 

São expectativas que a maioria das pessoas nutrem com a chegada de um novo ano. Mais isso não passa de engodo. Tudo isso não tem a menor importância real. 

Sabemos disso, mas preferimos nos enganar, como se algo realmente novo fosse acontecer com a virada do ano. 

O que é o ano novo? O que há de diferente em um ano novo? Absolutamente nada. Costumamos revestir essa passagem de um ano para outro com uma capa de misticismo tão grande que acabamos por nos iludir com ela. É como alguém que faz uma estátua e depois diz: “é o nosso deus”, à semelhança do que ocorreu no tempo de Moisés. Por que não comemoramos a passagem de um dia para o outro? E de uma semana para outra? E de um mês para o outro? Pois, se fizermos o caminho inverso, é exatamente isso que encontraremos: um ano após o outro, um mês após o outro, uma semana após a outra, uma hora após a outra e, finalmente, um minuto após o outro e assim sucessiva e infinitamente. 

Deixemos de besteiras! Não existe "novo ano". O que existe é simplesmente a virada da folha do calendário. Exatamente igual como a do mês passado, e passado, e passado...e passado. 

Nossa expectativa não deve ser depositada em um "novo ano". Antes, é melhor dizer como o salmista: “Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa, porque dele vem a minha esperança” (Salmo 62:5).

sábado, 31 de outubro de 2015

REFORMA X AVIVAMENTO: A MODA VOLTOU!



O clamor por avivamento voltou, assim como moda que vem e vai. Só em 2015 já tivemos vários eventos  com o tema Avivamento.  Por exemplo, o tema da importante e reconhecida conferência Fiel deste ano foi “Vivifica-nos! e invocaremos teu nome”, além de vários Simpósios em igrejas locais com o mesmo viés. O importante teólogo reformado Rev. Franklin Ferreira, em meio a essa “nova” atmosfera avivalista, acaba de lançar seu mais novo livro, que não por coincidência, tem como título “Avivamento para a Igreja”, onde “oferece uma seleção para análise junto com o leitor, de alguns avivamentos encontrados nas páginas do texto sagrado, no transcurso da história da igreja e também em experiências individuais”[1], segundo a apresentação da obra pelo Dr. Russell Shedd, que ainda afirma, agora sobre o pensamento do autor acerca do tema avivamento:

“Franklin tem a convicção de que, mesmo que o Deus soberano ainda não nos tenha concedido o privilégio de experimentar movimentos como esses em nosso país, podemos e devemos ter a esperança de que isso venha a acontecer. Se Deus derramar de seu Espírito sobre nós hoje, provaremos de sua graça e misericórdia como nenhuma geração provou nos quase 160 anos da presença do povo evangélico no Brasil”[2].

Sim, parece que existe um desejo comum em todos os eventos, livros e pregações cujo tema principal é a “moda avivalista”: um novo “derramar de seu Espírito sobre nós hoje”.

Não, não estamos falando do apelo pentecostal à experiência mística, acho. Estamos falando de igrejas, pastores e teólogos de tradição Reformada. O binômio Reforma Protestante e Avivamento é a tônica do momento. Aliás, esse não é um tema estranho aos Reformadores. De fato, vários momentos importantes da história do Cristianismo protestante foram reconhecidos como “verdadeiros avivamentos”. Vejamos:

a) Reavivamento trazido pela Reforma Protestante
b) Reavivamento Morávio;
c) Reavimanento do Século XVIII (João Wesley e Jorge Whitefild)
d)Reavivamentos das colônia americanas entre 1725 e 1760 (Jonatas Edwards/Puritanos).

Claro que existiram outros momentos que são considerados “tempos de avivamento”, mas os Reformados gostam de citar, principalmente, esses. Rua Azuza, nem pensar.

Por uma questão de honestidade com os irmãos que entendem a Reforma Protestante como um desses “momentos de avivamento”, devemos dizer que sempre definem, sinteticamente, o momento de avivamento como “um retorno às escrituras sagradas” ou ainda “o transbordar natural de uma vida de acordo com as escrituras[3]”.  Porém, esse retorno, segundo eles, em última análise,  se dá por conta de uma espécie de “visitação especial, de derramamento do Espírito Santo sobre a igreja”. Veja, por exemplo, a definição do Rev.Franklin Ferreira:

“Avivamento é um poderoso e soberano derramamento do Espírito Santo [...]. Avivamento  é a obra do Espírito Santo Soberana  que atinge, alcança uma igreja local ou alcança um grupo de igrejas de determinada localidade [...]. Avivamento é o Espírito Santo vindo com poder sobre irmãos e irmãs[4]”.

É exatamente esse o ponto que entendemos como problemático.  Em que parte da bíblia encontramos esse ensinamento?

Existe uma promessa de “derramamento ou visitação do Espírito Santo” nas Escrituras Sagradas e está registrada em Joel 2:28 “E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões”. Será que estão se referindo a ela, quando pensam nessa “nova visitação” de Deus? Mas, a teologia Ortodoxa, Reformada não entende que essa promessa foi cumprida em Atos 2? Aliás, o próprio texto afirma isso. Vejamos: “Estes homens não estão embriagados, como pensais. Até porque são apenas nove horas da manhã. Muito diferente disto. O que está ocorrendo foi predito pelo profeta Joel: ‘Nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre todos os povos, os seus filhos e as suas filhas profetizarão, os jovens terão visões, os velhos terão sonhos” (Atos 2:15-17).

Que Pentecostais esperem uma “novo visitar”  do Espírito Santo em suas vidas, além da Regeneração, é compreensivo. Reformados esperando o mesmo, confesso, considero algo estranhíssimo.

A palavra de Deus está cheia de textos que nos chamam a uma vida reta e CONSTANTE, a uma vida de SANTIDADE. Deus já disse como Quer que vivamos e o que Dele se deve crer, JÁ nos HABILITOU para isto com a VIDA (avivamento entendido como Regeneração). Por que haveria Ele de nos “visitar” novamente? Para dizer como deve ser nossa vida? Isso já fez. Para nos habilitar a segui-lo? Isso também já fez (ou será que ainda não?). Nós que já passamos pelo Novo Nascimento (Avivamento), temos condições de, NATURALMENTE, buscar as coisas celestiais (II Ped 1:4, I Ped 1:23 e Jo 3:6).

O que dizer então dos “avivamentos” registrados pela história, como a Reforma Protestante, por exemplo?

Em nossa opinião  não houve Avivamento coisa nenhuma (pelo menos no sentido em que é empregado -  por Reformados e Pentecostais -,  como uma nova visitação de Deus). O que houve simplesmente foi que algumas pessoas, devido a nova semente existente nelas e de forma NATURAL, e por “vontade viva e própria” (gerada pela natureza da nova semente), passaram a aplicar os princípios escriturísticos em suas vidas, em obediência aos constantes apelos das Escrituras Sagradas, para buscarmos a santificação.

O que tem de extraordinário nisso? Nada mais ordinário que isso. Não é o que Deus nos manda fazer? Lutero, Calvino e tantos outros simplesmente leram as escrituras e aplicaram às suas vidas. Só isso. Não receberam nenhuma visitação especial de Deus, além do milagre da Regeneração e da condução ordinária da Providência de Deus.
  
“Os Puritanos não usavam o termo técnico reavivamento para expressar aquilo que procuravam, mas expressavam seus objetivos totalmente no vocábulo REFORMA[5]”.

As pessoas hoje se admiram das mudanças provocadas naquelas épocas e atribuem isso a uma nova visitação de Deus. Segundo elas, a equação seria assim:  Ele “visita” e as pessoas passam a obedecer a bíblia e as mudanças acontecem. Essa ordem está errada. O correto e como de fato aconteceu e acontecerá é:  Eles OBEDECERAM a bíblia (porque estavam vivos, regenerados, portanto, habilitados para isso) e suas vidas modificaram, aliás, como deve ser, NATURALMENTE.

Antes de encerrarmos devemos lembrar que uma das característica peculiares e presentes em quase todos “momentos de avivamento” são as distorções, invencionices e afastamento de princípios básicos como o Sola Scripture.

Isso é dito com clareza pelo historiador Welliston Walker:

“No clima emocional do início do século XIX, insuflados por despertamentos religiosos, também surgiram vários movimentos que representam significativos afastamentos ou distorções do modelo evangélico protestante[6]”.
 
Hoje esses grupos que surgiram nesses “momentos de avivamento” representam um iminente perigo para a verdadeira fé evangélica. Entre eles, as conhecidas seitas Testemunha de Jeová e Mórmons. Estranho não?!

Vejamos algumas dessas invencionices e manifestações “espetaculares” desses “momentos de avivamento”:

O Rev.Franklin Ferreira, na mesma palestra,  já citada acima, faz a seguinte afirmação:

“Muitas vezes avivamento é acompanhado por sinais extraordinários e sinais miraculosos [...].  Pra ilustrar uma história que vem de Jonathas Edwards [...] quando voltava pra casa e indo até ao quarto de oração pra tirar o seu casaco ele encontra a mulher dele levitando a 30 cm do solo”.

Sinceramente? Reformado acreditar nisso é algo inacreditável.

Não é curioso que você não tenha um único exemplo bíblico que pelo menos se pareça com o que é descrito aqui como avivamento? Falar em avivamento é falar inevitavelmente nesses exemplos “maravilhosos” que aconteceram nesses que são acolhidos e reconhecidos como “momentos de avivamento”, ao melhor estilo Pentecostal.

Observe este relato de uma dos “momentos de Avivamento” registrado, pasmem, nas páginas do Jornal Os Puritanos Nº 05 de 1993: 

“Observou-se um menino profundamente impactado. O professor que era cristão [...] mandou o pequeno garoto ir para casa e buscar ao Senhor em particular [...] no caminho viram uma casa vazia e entraram para orar juntos [...] sentiu sua alma ser abençoada com uma paz sagrada [...] regozijando-se nesta NOVA e ESTRANHA BENÇÃO

A citação acima  faz uma estranha aproximação do pensamento “Reformado” com o pensamento Pentecostal, no que diz respeito a possibilidade e necessidade de uma “nova visitação” do Espírito Santo, comumente chamado de “avivamento”.

Por fim, se começarmos a viver de acordo com os princípios bíblicos (e já os conhecemos), se dedicarmos maior atenção a eles, se deixarmos a mentira, a avareza, a prostituição e todas as demais obras da carne, que tão bem conhecemos, e as substituirmos pelos Frutos do Espírito (e já somos HABILITADOS para isso), como a BÍBLIA nos exorta exaustivamente e pararmos de ficar olhando para as nuvens esperando uma “nova visita”  “extraordinária” de Deus (e isto não ocorrerá, a não ser na 2º vinda de Cristo), nossas vidas, nossas igrejas, nossos bairros, nossas cidades e nosso país, certamente serão “visivelmente” melhores e provavelmente também faremos parte dos escritos desses “homens de Deus” que escrevem sobre estes "supostos" avivamentos.




[1] https://vidanova.com.br/editora/lancamento/franklin-ferreira-lanca-obra-avivamento-para-a-igreja
[2] https://vidanova.com.br/editora/lancamento/franklin-ferreira-lanca-obra-avivamento-para-a-igreja
[3] STEGEN.  Avivamento na África do Sul. Editora clássicos evangélicos, 1991). 
[4] Palestra: Avivamento para a Igreja através da oração e da busca pelo Espírito Santo, que pode ser conferida em: https://www.youtube.com/watch?v=G8qOriFay2M .
[5] PACKER. Entre os Gigantes de Deus, p.36.
[6] História da Igreja Cristã Vol.2 p.279.

496 DE REFORMA PROTESTANTE: REFLEXÕES PARA IGREJAS TRADICIONAIS - Parte 1/2




Em 31 de Outubro de 1517 a Reforma Protestante, movimento do século XVI, completa 496 anos. Essa data é pontuada na história do cristianismo, mas não significa dizer que o "movimento de Reforma da igreja de Cristo" está circunscrito a esse tempo e espaço. A expressão Latina "Ecclesia Reformata et Semper Reformanda est", que significa "igreja Reformada, sempre se Reformando", dá o tom de como deve ser entendido esse movimento. Gosto da palavra "movimento" para falar da reforma, pois ela trás uma ideia de gerúndio, de continuação. Portanto, seria mais adequado falar de "Reformas". A Reforma não foi "movimento estático". Isso constituiria uma contradição entre os termos.  A história do povo de Deus está cheia delas e cada uma com seus próprios "Reformadores'. Nesse sentido, Neemias foi um reformador, o Rei Josias foi um reformador, os profetas, cada um a seu tempo, foram reformadores. Os apóstolos foram reformadores. Agostinho foi um reformador. Sabe aqueles que ficaram conhecidos como "pré-reformadores"? Esse é um título equivocado e injusto. Foram reformadores em seu tempo. Jonh Huss e Wiclif, só para citar alguns, foram verdadeiramente reformadores. Os Puritanos foram reformadores. Todos esses e tantos outros foram tão reformadores da igreja de Cristo quanto Lutero e Calvino.

O que há em comum entre todos esses Reformadores, ao longo a história do cristianismo? Muitas características. Citarei apenas algumas: o amor e apego pela palavra revelada de Deus, seguindo-a como única regra de fé e de prática; o desejo sincero de ter a glória de Deus como objetivo principal e fim supremo de suas vidas e muitas outras facilmente percebida em todos eles. 

Mas, há em todos os Reformadores, citados e não citados aqui, uma característica indispensável, sem a qual não poderiam receber tal designação: A CORAGEM. Eles eram Homens de Verdade. Temiam somente à Deus, verdadeiramente. Não eram frouxos.

Lutero, por exemplo, ao ser convocado para comparecer à Dieta de Worms, para ser julgado diante do Imperador Carlos V, de Joann Eck, assistente do arcebispo de Trier e de outros emissários do Papa, não temeu, frente ao eminente perigo.

“Segundo John Fox, no seu famoso Livro de Mártires Cristãos, no capítulo História da Vida e Perseguições de Martinho Lutero, este foi dissuadido por seus amigos a não comparecer diante do Imperador, que não era simpático à causa reformada, o que poderia acarretar em condenação à morte, Fox assim descreve o ocorrido: “... Veio de modo contrário às expectativas de muitos, tanto dos adversários como dos amigos. Os seus admiradores deliberaram juntos, e muitos trataram despersuadi-lo para que não se aventurasse ao perigo de ir a Roma, pois consideraram que tantas vezes não se havia respeitado a promessa de segurança para as pessoas nesta condição. Ele, após ter ouvido todas as suas persuasões e conselhos, respondeu-lhes do seguinte modo: “No que a mim me diz respeito, uma vez que me chamaram, resolvi e estou certamente decidido a ir a Worms, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo; sim, mesmo sabedor de que há ali tantos demônios para resistir-me, em número tão grande como o das telhas que cobrem as casas da cidade de Worms”. Segundo ainda algumas “lendas pias”, Lutero teria dito: “Se cada telha dos Castelos de Worms fosse um demônio, mesmo assim, eu iria, pois Castelo Forte é o nosso Deus!”, desta forma a canção que ele compôs foi chamada assim. Conforme:
 
(http://joceleniltongomes.blogspot.com.br/2012_10_01_archive.html#sthash.qRrKpkOk.dpuf). 

É exatamente essa CORAGEM que distingue um "Reformador" de um não "Reformador". Os fracos e covardes, que preferem assistir passivamente o lobo devorando as ovelhas, mesmo sendo sua função e chamado defendê-las, não merecem essa designação. "Poupar o lobo é sacrificar as ovelhas". 

Há no Brasil, também,  igrejas que são herdeiras diretas da Reforma Protestante do século XVI. Geralmente são chamadas de "tradicionais". Não só por conta do estilo sóbrio, simples e ortodoxo de sua liturgia. O termo remete à sua raiz histórica com a chamada Reforma Protestante do século XVI. São elas: Igreja Luterana, Igreja Presbiteriana, Igreja Reformada, Igreja Batista (se a consideramos fruto do movimento anabatista, ainda que um pouco tardiamente), entre outras pouquíssimas.

Com relação a essas igrejas, é quase unânime a afirmação que estão enfrentando uma "grave crise de identidade doutrinária", o que discordo, em certo sentido.

Vejo essa crise apenas na Igreja Batista,  não nas outras. 

Na Igreja Presbiteriana, por exemplo, não há uma "crise de identidade doutrinária", antes houvesse. A igreja, como instituição, preserva, ainda hoje, uma forte identificação confessional com os chamados símbolos de fé de Westminster - Confissão de Fé e Catecismos Maior e Breve, que constituem a interpretação oficial da igreja sobre diversos temas das Escrituras. A igreja sabe exatamente no que crê. Todas as suas estruturas funcionam perfeitamente como uma espécie de blindagem contra esse tipo de crise. É uma igreja confessional. Portanto, não sofre dessa "crise de identidade doutrinária".

Mas, o fato da IPB não sofrer dessa crise especifica, não significa dizer que está isenta de toda e qualquer crise. Pelo contrário, há uma GRAVE crise em seu meio: "a crise de HOMENS DE VERDADE, de HOMENS DE CORAGEM à semelhança dos Reformadores; de profetas de Deus que não temem perder o pescoço, à semelhança de João Batista; crise de Reformadores, de fato". 

Muitos pastores não fazem o que tem que ser feito, nas igrejas e nos concílios competentes, por conta de uma espécie de corporativismo velado que existe na "classe" e por conta de sua reeleição como pastor efetivo da igreja local. Aprovam candidatos sem condições, recepcionam pastores de outras denominações que não conhecem ao menos o básico da teologia da igreja, e tudo isso, na maioria das vezes, para satisfazerem aos anseios das "amizades". Além disso, fecham os olhos aos grotescos erros teológicos e de práxis religiosa e litúrgica de seus "colegas". E o que não dizer dos Presbíteros, principalmente, e dos Diáconos? A maioria deles são adeptos da filosofia do pragmatismo. Negociam práticas que são claramente contrárias às Escrituras, em nome de um suposto "não-radicalismo", mas, que, na verdade, querem ser "bem vistos" pelas "ovelhas subnutridas" das igrejas e, principalmente, pelas sociedades internas, transformadas, algumas vezes, em palanques "eclesiástico-eleitorais". Isso, sim, é verdadeiramente uma crise. Crise da Falta de HOMENS com a CORAGEM e a paixão pelas Escrituras que os Reformadores, de todos os tempos, tiveram. Essa crise é tão grave que parece supor a existência de uma "crise de identidade doutrinária", mas ela não existe. Essa falta de compromisso doutrinário de algumas igrejas locais e a quebra dos votos confessionais de alguns pastores e oficiais só ocorre por falta de HOMENS de CORAGEM no seio da igreja. Essa é a verdadeira crise que desencadeia todos os outros problemas da IPB.

Nunca pensei que publicaria uma música de origem pentecostal, muito menos ainda num post sobre a Reforma Protestante e, para piorar,  cantada por um "astro gospel" que não tem o menor compromisso com o Cristianismo, segundo ele mesmo. Mas, o fato é que ela se encaixa perfeitamente aqui, nesse contexto. Algo do tipo, como diria o Presb.Jonas Carvalho - um daqueles que têm coragem - "até as pedras clamarão". Na IPB, então: "Tá faltando João Batista, tá sobrando Salomé":

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