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segunda-feira, 14 de março de 2011

A ORIGEM DAS TRAGÉDIAS HUMANAS

A bíblia está cheia de relatos de tragédias humanas. Homens de Deus, gente que “escreveu” bíblia, apóstolos, homens e mulheres, ricos e pobres. Ninguém está isento delas. Um dos relatos mais dramáticos e angustiantes está registrado no livro de Jó que assistiu, passivamente, a transformação de sua vida em caos total e absoluto, da noite para o dia. Desgraça sobre desgraça. Mal sabia de uma má notícia outra pior ainda chegava aos seus ouvidos. Perda de bens materiais, perda de filhos, tumores malignos (câncer) supurando dia e noite. Cacos de telhas eram seus únicos companheiros, com os quais se raspava na esperança de ver sua pele em meio às feridas fétidas. Salmistas que entraram em depressão profunda por conta de graves problemas de saúde e financeiros (Salmo 73). Irmãos vendendo irmãos como escravos, irmãos matando irmãos. Terras fendendo e engolindo pessoas vivas. Deslizamentos ceifando centenas de vidas. Fogo, saraiva; pessoas queimadas vivas; terremotos, maremotos; apóstolos apedrejados, diáconos mortos de forma horrenda. Poderíamos relatar dezenas de fatos como esses. Gente como eu e você.

Os vídeos abaixo mostra uma dessas tragédias humanas. Poderia ter acontecido com qualquer um. As imagens são impressionantes, porém julgamos necessário mostrá-la para dar idéia da dimensão do que estamos abordando aqui:

Você pode estar passando por uma dessas tragédias também. Talvez pior que essas. Certamente uma pergunta não pára de ecoar em sua mente, em seu coração: Por que tudo isso está acontecendo? De quem é a culpa? de Deus? De Satanás? Minha? Sua?

Para entender a origem das tragédias humanas iremos nos reportar para onde tudo começou. Para a gêneses do mundo, do homem e também de suas tragédias.

O livro de Gêneses registra a sentença de Deus sobre o representante legal da raça humana, depois de sua livre desobediência:

E a Adão disse: Visto que atendeste a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te ordenara não comesses, maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida. Ela produzirá também cardos e abrolhos, e tu comerás a erva do campo. No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás (Gênesis 3:17-19).

A expressão CARDOS E ABROLHOS é muito significativa. Caio Fábio, em um interessante livro intitulado “Os espinhos da vida, vivenciando as tragédias da alma”, diz que essa expressão:

Significa que Deus deu uma sentença: "de hoje em diante nascerão cardos e abrolhos", prevendo uma tragédia universal em função do pecado do homem. Não apenas um fato ligado aos vegetais porque estes surgiram como mutações posteriores; surgiram em função de todos estes efeitos tremendos que vêm de irradiações desde o sol, e que mudaram a nossa atmosfera. Estas mudanças entraram em choque e geraram estas espécies que caracterizaram a queda do homem em tragédias sem fim. São os cardos que simbolizam toda a tragédia da humanidade. Simbolizam as crises nas quais os homens estão envolvidos, e os espinhos que surgiram no mundo, os espinhos biológicos, são os predadores, são as anomalias, são as doenças congênitas. Estes são os espinhos da carne, os espinhos da vida biológica, conforme: http://www.scribd.com/doc/548913/Caio-Fabio-Os-Espinhos-da-Vida.

Como fica claro, a expressão “CARDOS E ABROLHOS” não significa, somente, espinhos vegetais, antes, metaforicamente, significa todas as dores, todos os dissabores, todos os traumas, todas as agonias, todas as mazelas e desilusões sem fim que o homem pode e está, certamente, sujeito a sofrer neste mundo.

O comentário da Bíblia de Estudo de Genebra sobre essa sentença punitiva de Deus sobre o homem ao amaldiçoar a terra (Gêneses 3:17), afirma que “o relacionamento natural do homem com a terra, dominando sobre a mesma, é revertido, ao invés de se submeter a ele esta resiste a ele e, finalmente, o engole”. Esse é o trágico desfecho dos CARDOS E ABROLHOS.

Vivemos numa terra que jaz sobre a maldição de Deus. Não é de admirar todos os desmoronamentos físicos e psíquicos, catástrofes naturais, perversões sexuais e crimes hediondos que vemos e que estamos constantemente sujeitos, como vítimas e como agentes ativos.

Em última análise, todo o mal que acontece na Terra é por culpa do próprio homem que resolveu, livre e acintosamente, desobedecer a Deus, atraindo para si e para sua posteridade morte e dificuldades. Essa culpa não é somente do primeiro homem (Adão). Certamente sentimos o DNA da rebelião contra Deus correr em nossas veias. Quanto descaso, quanto desprezo. Na verdade não queremos saber de Deus, não é? É incrível como queremos ainda receber Dele coisas boas!

A pergunta 27 do Catecismo Maior de Westminster, levanta a seguinte questão:

27) Qual foi a desgraça que a queda trouxe à humanidade?

Resposta:
A queda trouxe à humanidade a perda da comunhão com Deus, sua reprovação e maldição; Por isso é que somos por natureza filhos da ira, escravos de Satanás e DIGNOS DE TODA A SORTE DE CASTIGOS NESTE MUNDO E NO QUE HÁ DE VIR.

É um milagre ainda termos alguma alegria. É um milagre ainda termos momentos de paz, segurança e saúde. Certamente não os temos por merecimento. Nosso coração decaído sequer lembra de agradecer a Deus por eles. Graça pura, pura graça, que por definição é favor não merecido. Por merecimento apenas teríamos dores intensas e desespero eterno. Ninguém pode dizer "eu não merecia". Todos nós merecemos as mais absurdas calamidades. Sabemos disso em nosso íntimo. Como bem diz o profeta “as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos”.

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