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sexta-feira, 1 de março de 2013

A IMPORTÂNCIA DA TEOLOGIA PARA NÃO TEÓLOGOS


Mateus 28:19-20: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; 20.ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século”.

 Algumas pessoas costumam dizer que não gostam de teologia. “Meu negócio é vida prática”, afirmam. O texto acima, sempre que é citado, pontua-se a questão do “Ide” (v.19), da “evangelização”. Mas, não podemos esquecer que o imperativo para “evangelizar” é aplicado, com a mesma intensidade, para a necessidade do “ensino da palavra de Deus” (v.20). Em Mateus 22:29, Jesus levanta mais uma vez a questão da importância do aprofundamento no estudo das escrituras. Diz ele: “Errais, não conhecendo as Escrituras”. Em João 5:39, sobre esse assunto, mais uma vez Jesus incentiva o aprofundamento nas escrituras, diz ele: “Examinai as escrituras”.

Portanto, não devemos fazer essa equivocada distinção dicotômica entre Teologia e Vida prática. Afinal, como alguém já disse, somos aquilo que acreditamos, aquilo que aprendemos, aquilo que lemos. Erra gravemente quem pensa que o estudo da teologia produz uma vida apática e desassociada de atitudes práticas. Faça uma pesquisa: quem mais dá trabalho nas igrejas? Aqueles que conhecem profundamente as escrituras ou aqueles que são "analfabetos teológicos"?
 
Os maiores missionários do passado eram, também, profundos conhecedores da Teologia, especialmente Reformada. O sociólogo Max Weber, autor do livro que foi considerado o livro mais importante do século XX: “Ética protestante e o Espírito do Capitalismo”, por exemplo, após um denso estudo sobre variadas culturas, chegou à conclusão que os países cuja população era predominantemente Calvinista, possuíam melhor qualidade de vida, com maior desenvolvimento espiritual, ético e moral. Ele atribui isso ao conhecimento profundo da doutrina Reformada. Veja o que ele afirma:

O Deus de Calvino exigia de seus crentes não boas ações isoladas, mas uma vida de boas ações combinadas em um sistema unificado. Mas no curso de seu desenvolvimento, o calvinismo acrescentou algo de positivo a isso tudo, ou seja, a ideia de comprovar a fé do indivíduo pelas atitudes seculares. [...] consideramos apenas o calvinismo e adotamos a doutrina da predestinação como arcabouço dogmático da moralidade puritana, no sentido de racionalização metódica da conduta ética (WEBER, 2004. p.91,94,96).

Precisamos entender que sempre fazemos uma opção teológica. Queiramos ou não. Ainda que afirmemos não gostar de teologia.

OU SOMOS CALVINISTAS OU SOMOS ARMINIANOS. Não temos como fugir disso. Essa escolha reflete diretamente na nossa prática cúltica,  litúrgica e doutrinária.

Quando dizemos: “não quero saber de estudar teologia”; sem saber, nossas atitudes e forma de adoração, acabam por revelar, automaticamente, a posição teológica que estamos seguindo ou que acreditamos.

Um bom exemplo disso é o sistema de APELO trazido por Charles Finey, no século XIX. Muita gente diz que não gosta de teologia, mas sempre depois de suas pregações faz o famoso “apelo” para que as pessoas aceitem a Cristo. Isso é teologia. Não das boas, mas teologia.

Isso é uma prática complemente lastreada por uma posição teológica. Ou somos Calvinistas ou somos Arminianos, repetimos. Não temos como fugir disso. Queiramos ou não, assumimos uma posição teológica. Sendo assim, estude teologia; procure saber qual a linha teológica que sua vida cristã tem sido lastreada. Não corra o risco de assumir, mesmo sem nunca ter estudado, uma postura teológica errada e anti-bíblica.

Exatamente por essa falta de estudar a Teologia Bíblica é que temos visto muitos absurdos e muitas aberrações no meio evangélico.
 
Além disso, o conhecimento Teológico evita que muitos "pastores de si mesmos" iludam e manipulem o povo. Isso é muito comum dentro das igrejas Pentecostais e Neopentecostais mas também existe dentro de igrejas Reformadas como a IPB, por exemplo. Há pastores presbiterianos que preferem que suas igrejas sejam "analfabetas teológicas", pois assim eles podem manipular facilmente o rebanho na construção de uma igreja alicerçada sob as bases humanistas do pragmatismo. Afinal, é isso que dá certo (pra ele); é isso que dá dinheiro (pra ele). É lamentável, mas os conselhos dessas igrejas não conhecem, nem querem conhecer, por má influência e sugestionamento do pastor, os princípios teológicos mais basilares da IPB. Presbíteros que nunca ouviram falar dos Símbolos de Fé da IPB, que nutrem práticas arminianas e pentecostais, que nunca leram um texto de teologia na vida e que passam a vida inteira apegados a revistinhas de EBD, compradas em editoras como a CPAD ou Central Gospel, por exemplo.

Não seria mais prudente, então, seguir a orientação de Jesus e estudar profundamente sua palavra? Isso é teologia. Fazendo isso, poderemos escolher, sem nenhuma imposição, a postura teológica que mais simpatizamos, que mais, em nossa opinião, se aproxima da verdade das Escrituras Sagradas. Porém, essa escolha “consciente” só poderá ser feita mediante um conhecimento aprofundado da Palavra de Deus, que só pode ser adquirido através da Teologia.

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