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sábado, 14 de janeiro de 2012

SOU UM RACISTA ASSUMIDO


A cultura Afro está em moda no Brasil. Nada mais politicamente correto que aplaudir as "manifestações culturais" dos chamados Afro-descendentes. Nesse sentido, a educação formal, maior veículo de divulgação de ideologias, tem tido um importante papel no estabelecimento de uma "cultura" de simpatia à causa dos negros. Assim tem sido também com a causa Gay, mas isso é outra história. As Instituições de ensino Superior, por exemplo, precisam manter um grupo de reflexão (na verdade divulgação religiosa) da causa dos "Africanos-brasileiros". Nos níveis mais básicos da educação também há recomendações para abordar essa questão em algum dos variados eixos.

Outrora perseguidos e humilhados, feitos escravos por seres que se dizem humanos; arrancados de sua terra natal. No passado, esse era o final trágico de muitos negros. Evidentemente que não podemos negar as injustiças praticadas contra "muitos" negros, no passado; até mesmo com o aval do estado. Certamente foram anos tenebrosos que envergonham a história da humanidade, sobretudo na terrinha tupiniquim. Negar isso é negar a verdade e é tão burro quanto negar o holocausto.

Mas as coisas mudam. Antes, quem era perseguido hoje pode ter status privilegiado. As cotas para negros ingressarem nas Universidades Federais podem ser consideradas um bom exemplo dessa mudança. Claro que há muita polêmica em torno disso, mas tal discussão não cabe aqui. Basta dizer que se isso é visto como um pagamento indenizatório do Estado, dá até pra engolir. Mas, parece que tem muito mais por trás disso. Aqui, cabe, sim, uma pequena pausa para a seguinte reflexão: o que os negros brasileiros "de hoje" têm a ver com os negros escravizados no Brasil colônia? Aqueles, sim: deveriam ter sido indenizados por tamanho ultraje. Mas, e esses? São tão brasileiros quanto os outros brasileiros brancos. Receberam tanta influência genética quanto outros brasileiros que se dizem brancos. Devem realmente ser tratados de forma diferenciada simplesmente pela cor de sua pele? Isso não é o que chamam de racismo? Aliás, a cor da pele não é a unica prerrogativa para ser considerado descendente de africano, tendo em vista que por lá tem muito branquelo de olho azul também, que são tão africanos quanto os africanos negros. Então, só pra ficar claro: tem africano negro e africano branco. Tem brasileiro negro e brasileiro branco. Ou seja, 99,9% dos negros brasileiros não são mais "puro sangue africano". Tá tudo misturado. Isso é ser brasileiro e a maior prova que não são mais africanos. A exceção  fica por conta de quem tem pai e mãe africanos, quer brancos ou negros. Portanto, nada de "mama África" seu Chico Cesar.

O fato é que muitas práticas "eminentemente religiosas",  trazidas da África, são empurradas de "guela abaixo" sob o argumento de respeito à "cultura". Ou seja, se as minhas "práticas religiosas" e as das religiões afros forem auto-excludentes, posso ser taxado de Racista. Muito bem, que seja.

Pra começo de conversa, quem quiser nutrir práticas peculiares e puras da "cultura religiosa" Africana, que vá para a África ou solicite cidadania africana. Não concordo nem mesmo com o termo Afro-decendentes. Somos todos brasileiros, filhos de brasileiros. Essa designação só faz criar um "povo" dentro de um "povo" ou, ainda,  um "sub-povo",  no sentido de uma minoria que está contida numa maioria.  

Essa mistura de cores e costumes é exatamente o que caracteriza nosso "povo único", nossa  identidade. Sem contar a inutilidade da discussão sobre o racismo, tendo em vista a existência de apenas uma raça: a humana. As manifestações de ódio contra a cor da pele é pura ignorância; uma imbecilidade que só não é inacreditável porque existem imbecis que possuem um grau de ignorância quase inacreditável.

Está mais do que claro que a África, com aqueles que de lá vieram para o Brasil, contribuiu fortemente na formação do nosso traço cultural. A mais brasileira de todas as comidas - a feijoada - tem sua origem mais remota com os "antigos" escravos. Mas atenção: nem todas as comidas de origem ou motivação africana podem ser consideradas somente como uma "contribuiição à cultura brasileira". Algumas delas fazem parte integrante do culto às divindades dessas religiões, são oferendas típicas de religiões típicas.

Interessante que outros povos, com características religiosas peculiares, igualmente contribuíram para a formação do nosso arcabouço cultural e nem por isso utilizam dessa prerrogativa como forma de "evangelização" camuflada. Os Judeus, por exemplo. Há povo mais perseguido e massacrado? Perseguidos inclusive pelo Estado brasileiro. Na época de Getúlio Vargas  muitos judeus que buscaram refúgio no Brasil foram entregues "de bandeja" aos líderes nazistas. Isso mesmo, o governo brasileiro foi responsável por jogar muitos judeus nas câmaras de gás. O excelente filme Olga Benaro retrata bem esse tempo. Estranhamente não me lembro de nenhuma cartilha, de nenhuma recomendação dos órgãos que regulam a educação, de nenhuma ação indenizatória do estado brasileiro para com os descendentes de judeus. Algo do tipo: cota para Israel-descendentes. Não questiono a validade dessas ações mas, por que para uns sim e para outros não? Será mesmo que os "negros brasileiros" precisam dessa proteção oficial? Isso parece uma concordância absurda com "o norte-americano James Watson – Prêmio Nobel e co-descobridor da estrutura do DNA junto a Francis Cric em 1953 –, um dos pais da genética moderna, que afirmou que as pessoas de raça branca são mais inteligentes que as de raça negra, o que gerou o repúdio da comunidade científica e política" (conforme: http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=1686", acessado em 13/01/2012).

Mas a grande questão que queremos chamar a atenção é a seguinte: 

Estão querendo considerar religião e cultos Afros como cultura. De forma intencional, os simpatizantes e até praticantes do candomblé, umbanda e outras religiões de matrizes Africanas, muitos deles com grande representatividade entre políticos e formadores de opinião, estão querendo vender a idéia de que suas práticas cúlticas são simples manifestações culturais

Isso é uma forma muito inteligente e sorrateira de fazer proselitismo em favor das religiões Afros. A religião pode até fazer parte da cultura, mas ela não é a cultura. Conheço vários negros que desaprovam completamente os ritos e manifestações religiosas do candomblé, por exemplo. São menos negros por causa disso? Ou seja, umbanda, candomblé e tantas outras  "manifestações religiosas", tipicamente Africanas,  não são "coisa de negros". São coisas de negros "macumbeiros", bem como de brancos "macumbeiros". Essa eu não engulo!

As religiões Afros-brasileiras, em nossa opinião, enquanto cristãos Reformados, quebram flagrantemente o primeiro e o segundo mandamento da Lei moral de Deus. Portanto, são práticas pecaminosas à luz da bíblia. A continuidade dos sacrifícios ali oferecidos são uma afronta ao sacrifício último e perfeito de Cristo.

Não posso admitir que aquelas danças, aquelas roupas, aquelas comidas, aquelas saudações, aquelas músicas e aquelas divindades fazem parte do meu universo cultural. Eu não tenho nada a ver com isso. Pelo contrário,  repudio todas essas práticas por considerá-las pecaminosas. Respeito, entretanto, essas religiões e reconheço seu direito constitucional de culto às suas divindades, mas, por favor, não me venham dizer que tudo isso faz parte de minha cultura. Não faz. Religião é religião e cultura é cultura. 

Isso é ser Racista? Então, por favor, me consideram um racista.

Que os negros africanos, como já dissemos,.contribuíram com a formação da nossa cultura, isso é certo e perfeitamente aceitável. Deve até ser reconhecido e agradecido, mas "cada "i" tem seu próprio ponto. A questão religiosa é um capítulo à parte.

Um dos maiores exemplos de tentativa de sobreposição de uma Religião (as de origem Afro) sobre a outra (as de origem neopentecostal), é a polêmica disputa judicial entre a Rede Record de Televisão, sabidamente de orientação neopentecostal, com algumas entidades  "promotoras das religiões Afros" que se escondem atrás do pomposo título de protetoras da "cultura" Afro:

"Em decisão inédita do Ministério Público Federal, entidades afro-brasileiras foram autorizadas a produzir um vídeo de direito de resposta coletivo a uma reportagem da TV Record. O programa foi gravado e tornou-se público no final de 2011, mas não pode ser exibido, pois a emissora recorreu da ação e consegui impedimento momentâneo. Conforme informa o vídeo, o programa é um "direito de resposta concedido pela Justiça Federal ao Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT), ao Instituto Nacional da Tradição e Cultura Afro-Brasileira (INTECAB) e ao Ministério Público Federal, autores da ação contra o enfoque negativo e discriminatório das religiões afro-brasileiras". (Conforme:http://portalimprensa.uol.com.br/noticias/brasil/46668/religioes+afro+brasileiras+produzem+direito+de+resposta+coletivo+contra+tv+record. Acessado em 13/01/2012).

A questão em pauta é de cunho puramente religioso. Ainda que a discordância tenha caráter unilateral, isso não passa de uma religião que não concorda com a prática cúltica da outra, que se sente afrontada por ela e que por isso, naturalmente, reage. Nunca pensei que fosse defender a igreja universal, muito embora discordando veementemente de seus métodos, não posso deixar de reconhecer juntamente com ela: as práticas cúlticas das religiões Afro-brasileiras são pecaminosas. Se isso é ser racista, repito: me considerem, agora,  juntamente com a IURD, racista.

Assista o vídeo abaixo, produzido com a intenção de ser exibido na Rede Record, como direito de resposta, e julgue você mesmo se não há uma clara intenção proselitista de promover as religiões de origens africanas escondida por trás do bonito discurso de respeito à cultura:






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