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terça-feira, 10 de agosto de 2010

O EVANGELHO PERDIDO

A intensa luta no século XVI era travada em torno da sotereologia – doutrina da salvação -. O Semi-Pelagianismo da Igreja Romana combinava um mix de Graça e Obras como requisito para a salvação da alma. Obviamente que os reformadores não poderiam concordar com tal desvio das Escrituras Sagradas, uma vez que a própria Bíblia afirma que “pela Graça dois salvos e isso não vem de vós, é dom de Deus. Não de Obras para que ninguém se glorie” (Efésios 2:8-9). Todos os esforços deveriam ser concentrados no mais importante de todos os embates teológicos. A história registra a vitória de Lutero, Calvino e Cia. A doutrina da graça triunfou e triunfa até nossos dias (entre os chamados reformados), muito embora esteja novamente, via igrejas neopentecostais, sofrendo violentos golpes; uma verdadeira tentativa inconsciente de ressuscitar o “herege” Pelágio. Mas, todo esse esforço canalizado (e na época não poderia ser diferente) para a defesa da doutrina da Graça acabou gerando, entre os protestantes, uma imensa deficiência na prática das “boas obras”; das obras de caridade. Não há uma cultura de intervenção social em favor dos mais pobres e necessitados. Percebe-se alguns projetos isolados que servem como uma “pequena” tentativa de retomar o “Evangelho Perdido”, mas ainda são poucos e, na maioria das vezes, com uma motivação equivocada. Falamos muito e agimos muito pouco; conhecemos muita teologia e praticamos muito pouco o simples evangelho. A igreja protestante tem esquecido e pulado textos como:

“34 então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. 35 Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; 36 estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me. 37 Então, perguntarão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? 38 E quando te vimos forasteiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos? 39 E quando te vimos enfermo ou preso e te fomos visitar? 40 O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. 41 Então, o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos. 42 Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; 43 sendo forasteiro, não me hospedastes; estando nu, não me vestistes; achando-me enfermo e preso, não fostes ver-me. 44 E eles lhe perguntarão: Senhor, quando foi que te vimos com fome, com sede, forasteiro, nu, enfermo ou preso e não te assistimos? 45 Então, lhes responderá: Em verdade vos digo que, sempre que o deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, a mim o deixastes de fazer. 46 E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna” (Mateus 25:34-46).

“A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo” (Tiago 1:27)

“Compartilhai as necessidades dos santos; praticai a hospitalidade” (Romanos 12.13).

Voltemos ao evangelho integral. Ortodoxia com Ortopraxia, sob pena de nos tornarmos “apenas ouvintes e não praticantes” dos ensinamentos de Cristo.

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