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Mostrando postagens com marcador Liberdade Cristã. Abrir mão de coisas que não são pecaminosas. Cristão pode beber? Cristão pode ouvir músicas seculares? O Cristão e a bebida alcoólica.. Mostrar todas as postagens
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segunda-feira, 22 de junho de 2015

A LIBERDADE CRISTÃ - 4/6


O 3º eixo de relacionamento do PEREGRINO/EMBAIXADOR com o MUNDO em que vive é o eixo das COISAS QUE NÃO SÃO PECAMINOSAS EM SI, MAS QUE PODE E DEVE DEIXAR DE FAZER PARA O BEM DA PÁTRIA QUE REPRESENTA:

Gosto sempre de usar os verbos nesta ordem: PODER e DEVER. Há coisas que PODEMOS abrir mão; que não nos são essenciais, especialmente no que diz respeito ao nosso lazer/prazer. Ao mesmo passo em que há coisas que DEVEMOS fazer ou deixar de fazer, mas nem sempre PODEMOS.

Por exemplo: devemos deixar de trabalhar no domingo, Dia do Senhor, mas nem sempre PODEMOS, de imediato. Outro exemplo: tomar cachaça não é pecaminoso, em si. O próprio Jesus ensinou: “não é o que entre pela boca que contamina o homem” (Mat. 15:11). Pecado é embriagar-se. Talvez o nome “cachaça” incomode? Ora, se vinho pode, cachaça também pode. Portanto, em certo sentido, você pode sair da Igreja, da Escola Dominical, e ir tomar uma cachaça no bar na frente da igreja e o conselho ou liderança de sua igreja não poderá lhe disciplinar por isso, porque ingerir qualquer tipo de álcool, de cachaça, whisky ou qualquer outra bebida, não é pecaminoso, em si.

Mas a questão é: Você PODE abrir mão disso PEREGRINO/EMBAIXADOR de Cristo? Isso causa algum embaraço para a Pátria Celestial, que você representa?

As pessoas defendem o uso do vinho e argumentam que Jesus fez uso e até recomendou. Mas, será que se ele vivesse numa sociedade que trava uma grande luta para se libertar do vício do álcool, ele teria feito o mesmo?

John Piper tratando desse assunto tem algo bem interessante a nos dizer. Assista:


Deixar de fazer algumas coisas, ainda que lícitas, está em plena harmonia com o ensino das Escrituras. Devemos lembrar ainda que, como vimos anteriormente, não somos livres para satisfazermos nossos desejos.

a)            Jesus Ensina:   devemos “negar-se a si mesmo”. Comentarista desse verso, na bíblia de Genebra, diz que “para sermos discípulos precisamos abandonar totalmente o nosso desejo natural de procurar o nosso próprio progresso, conforto, respeito e poder”.

Isso também está em harmonia com o Catecismo de Heiderberg (1563), na pergunta 124:

“124. Qual é a terceira petição ?R.Faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu". Quer dizer: Faze com que nós e todos os homens renunciemos à nossa própria vontade (1) e obedeçamos, sem protestos, à tua vontade (2) , a única que é boa, para que cada um, assim, cumpra sua tarefa e vocação (3) , tão pronta e fielmente como os anjos no céu (4). (1) Mt 16:24; Tt 2:11,12. (2) Lc 22:42; Rm 12:2; Ef 5:10. (3) 1Co 7:22-24. (4) Sl103:20,21”.

b)            Paulo ensina: Devemos deixar de fazer coisas lícitas, muitas vezes: Não deixe de ler:  I Cor 8:4 ,9, 13.

No capítulo 9 de I Coríntios, Apóstolo Paulo continua ensinando sobre coisas lícitas, em si, mas que podemos e devemos abrir mão para não causar algum tipo de embaraço à nossa missão de representar a Pátria Celestial, como Embaixadores que somos. Não deixe de ler:

I Cor 9:1-6 e I Cor 9:12; 23.

No capítulo 10 Paulo continua e insiste no mesmo ensino: o Peregrino/Embaixador de Cristo pode e deve abrir mão de coisas lícitas em prol da mensagem de sua Pátria Celestial. Leia:

I Cor 10:23-33

Nos textos acima Paulo parece entender as Escrituras considerando, também, aspectos culturais, especialmente as práticas pagãs da cultura desse momento histórico, em Corinto. Mas, os defensores da “Liberdade” religiosa dizem “só as Escrituras devem regular nossa prática”.

É evidente que essa é uma afirmação verdadeira, mas existe muito mais por trás dela. Quando dizem isso querem desconsiderar completamente aspectos culturais que devem ser levados em consideração na interpretação das Escrituras, assim como Paulo levou.

Permitam-me citar dois casos reais, relatados no livro “Costumes e Culturas”, sobre a importância de se levar a cultura local em consideração, no trato com as questões éticas, morais e de práticas religiosas ou ainda no comportamento do crente:

a) No México duas missionárias tiveram muita dificuldade em pregar o evangelho simplesmente porque foram vistas tomando “suco de limão”. Naquela região acreditava-se que se tratava de uma substância abortífera. Logo, os nativos pensaram se tratar de “mulheres de vida desregradas”, quanto a questão sexual.

b) Em uma tribo no continente africano missionários quase foram agredidos quando sugeriram que as esposas dos líderes nativos daquela igreja deveriam frequentar a igreja de blusas. Depois ficaram sabendo que apenas as prostitutas naquela comunidade usavam blusas.

Percebam como o Peregrino/Embaixador precisa estar atento a essas variações culturais. Nestes casos, o que o representante da “pátria celestial” deveria fazer? Argumentar em favor de sua “liberdade” e simplesmente desconsiderar o fator cultural que está criando algum tipo de embaraço à pregação da mensagem do evangelho, da qual é representante? É óbvio que não. Ele deve abrir mão de “tomar sua deliciosa limonada” ou de qualquer outra coisa, mesmo que não seja, em si, pecaminosa.

O princípio é: trouxe algum tipo de embaraço à pregação ou mesmo ao testemunho da mensagem da Pátria Celestial, da qual é representante, o Peregrino/Embaixador PODE e DEVE abrir mão do seu direito.

Temos o direito de beber bebidas alcoólicas ou de fazer qualquer outra coisa lícita. Afinal, a bíblia não nos proíbe. Mas, a questão é: na sociedade em que vivemos  essa prática traria alguma dificuldade, algum embaraço à pregação da mensagem da qual somos representantes, enquanto PEREGRINO/EMBAIXADOR? Devemos sempre nos perguntar: isso que queremos fazer trará algum embaraço para a comunidade cristã que pertencemos? Devemos pensar seriamente nisso antes de decidirmos sobre algo que nos trará prazer e que não é, em si, pecaminoso. 

Nossa sociedade vive lutando contra o uso de álcool, por exemplo. Não é coerente que a igreja trate o assunto com tanta liberalidade, sob o argumento da Liberdade Cristã. Seguindo o mesmo princípio, o PEREGRINO/EMBAIXADOR pode ou deve viver cantando músicas seculares? Não seria o caso dele promover e privilegiar a música de sua PÁTRIA CELESTIAL?

Esse princípio pode também ser abstraído de Col 3:1-4. Alguém, então, pode dizer: se for assim  nem poderemos mais trabalhar por que as atividades são seculares e não espirituais. Certo, mas a questão é: deixar de trabalhar você NÃO PODE, mas PODE DEIXAR de escutar músicas seculares, especialmente em público, de beber bebidas alcoólicas, de fazer uma tatoo que ache legal, de usar um brinco bacana, no caso dos adolescentes homens que gostam desse adereço, ou qualquer outra coisa que, tendo direito por não ser pecaminoso, em si, mas que  cause algum tipo de empecilho à pregação do evangelho ou mesmo à comunidade cristã que você faz parte ou ainda que não promova os interesses da PÁTRIA CELESTIAL da qual é representante enquanto PEREGRINO/EMBAIXADOR. Por fim, se você é ovelha de algum rebanho de Cristo, você tem um pastor. Procure-o, pergunte a opinião dele sobre a "prática não pecaminosa" que você pretende assumir ou fazer. Sabe por que algumas coisas você deve perguntar a seu pastor ou à sua liderança? Por que sua vontade pode afetar, de alguma forma, toda a comunidade que você pertence.

REFLEXÃO CONCLUSIVA:

Temos amado muito esse mundo. Gostamos tanto desse mundo, DAS MÚSICAS DESSE MUNDO, DAS COMIDAS, BEBIDAS E MODA DESSE MUNDO, DAS ARTES DESSE MUNDO, que se não tomarmos cuidado passaremos a não mais ansiar pelos céus, PELAS COISAS DE NOSSA PÁTRIA CELESTIAL.

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