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sábado, 26 de março de 2016

INTRODUÇÃO À DOUTRINA DO SER DE DEUS - Parte 3/4


3º) Em terceiro lugar, depois dessas informações, veremos sobre algumas características peculiares acerca do SER de Deus:

a)    Singularidade:

Deus é único, sem par. Não há outro como Ele, além Dele. Existem muitos textos que comprovam essa singularidade. Vejamos alguns: Dt 6:4, 32:39, I Rs 8:60-61, I Cor 8:4,6 e Ef 4:5-6.

Se houvesse mais de um Deus, não haveria Deus de fato. O politeísmo nega o Absoluto, nega a Última Causa, nega a independência de Deus, nega a imutabilidade de Deus, nega a eternidade de Deus (CAMPOS, 2002, p.13).

b)    Imanência e Transcendência

A imanência e a transcendência de Deus, segundo  Millard Erickson, “não deveria se consideradas como atributos de Deus” (CAMPOS, 2002, p.14). De fato, são conceitos muito mais ligados ao que Deus é, portanto, ao ser SER, que às qualidades que possui.

O Teísmo tem uma visão correta acerca do SER de Deus; é assim que as Escrituras apresenta Deus. Um Deus que é, ao mesmo tempo IMANENTE (que se relaciona com a criação) e TRANSCENDENTE (que está acima da criação).

Isso parece um assunto distante de nós, mas está mais perto que imaginamos. Por exemplo, tem uma música que cantamos em nossas igrejas, cuja a letra está errada e para cantarmos precisamos fazer uma modificação teológica. A música diz “és Deus de perto e não de longe”. Ou seja, ensina que Deus se relaciona conosco e que não é um Deus que também está longe, transcendente. O problema é que a bíblia ensina tanto a imanência de Deus (o Deus que se relaciona com sua criação) quanto a transcendência de Deus (o Deus que é superior e que está acima de nós).

b1)  IMANÊNCIA
Como já deixamos claro, diz respeito ao relacionamento de Deus com o mundo criado, especialmente com o ser humano e sua história. Deus se envolve com a história humana. Vejamos alguns textos: Mt 1:23, Ex 3:7-8, Sl 104:27-30, Hb 4:15.


Perigos da Imanência:

 Além do Panteísmo, que é a identificação exacerbada da criatura com o criador, gerando fusão e confusão entre um e outro, outro grande perigo que deve ser evitado no que diz respeito a doutrina da Imanência é, segundo Herber Campos, a “identificação de Deus com Satanás”.
Citando Karl Barth, ele lembra de dois casos em que cristãos associaram momentos políticos com a obra de Deus cumprindo seus propósitos: o primeiro tem conexão com a política de guerra de Kaiser Wilhelm e o segundo quando alguns cristãos consideraram as políticas de Adolf Hitler e do Nazismo como uma atividade de Deus no mundo.
Interessante porque percebemos essa característica nas manifestações contra Dilma. Vários cristãos afirmando que estão agindo em conformidade com Deus e com seus princípios. Isso pode ser considerado uma distorção da doutrina da imanência de Deus.

b2)  TRANSCEDÊNCIA:

Essa doutrina está presente em todas as religiões teístas. É a doutrina que fala que Deus está assentado nas alturas, no seu trono, sendo um Deus separado da sua criação e independente dela. Vejamos alguns textos: Isaías 55:8-9, Apo 4:1-11.  

Perigos da Transcendência:

O principal erro a ser combatido para quem crê na doutrina da transcendência de Deus é o perigo do deísmo, que crê num Deus distante e sem qualquer relacionamento com o homem e com sua história, negando a doutrina da providência divina, trazendo como consequência o pensamento da não necessidade de orar a Deus. A principal figura que exemplifica o deísmo é um relógio, cujo seu criador o constrói e depois não tem mais nenhum compromisso ou relacionamento com ele.

b3)   IMANÊNCIA e TRANSCEDÊNCIA lado a lado. 

Isaias 6:1-5, Salmo 113:5-7, Isaias 57:15, Lucas 2:14, Salmo 47:8

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