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domingo, 10 de agosto de 2014

DIA DOS PAIS, ESTÉTICA E TEOLOGIA: NEM TODOS SÃO FILHOS DE DEUS


Estética é a parte da filosofia que estuda, de modo geral, o belo, a arte. Daí surge uma pergunta: o que é o belo? O que é a arte? Diríamos, parafraseando grandes pensadores como Kant, que algo é belo e igualmente arte quando nosso sentimento é invadido pouco a pouco até ser completamente tomado por aquilo que estamos vendo ou ouvindo. Isso é arte, isso é belo. Platão, por sua vez, entendia que a beleza estava diretamente ligada com o "Sumo Bem". Ou seja, quanto mais próximo desse "Sumo  bem", mas belo. A ideia de "pai" é uma ideia bem íntima com a do "Sumo Bem", uma vez que Ele também é Pai. Deus Pai é a primeira pessoa da trindade. Assim sendo, ser "pai" e ter "pai" é algo fantástico. É pura beleza, porque nos remete, de imediato, ao "Sumo bem", aqui entendido como nosso Deus, nosso Pai Eterno.

A música "Pai", de Fábio Júnior, é pura arte, é pura beleza.

Quero oferecer essa música a meus queridos irmãos: Ane, Sergio, Marcos e Fabiane. Os três últimos tiveram que experimentar "a presença da ausência" do pai muito cedo, infelizmente. Contudo, o curto período em sua presença foi o suficiente para ajudá-los a se tornarem as pessoas de bem que são hoje.

Ofereço também a todos os filhos que agora desfrutam da "presença da ausência" de seu pai, que é a saudade, um misto de sentimentos extremamente confusos, perpassando pelas doces lembranças do passado e terminando por essa que é a mais bela e brasileira de todas as palavras: saudade, que por sua vez, é a união perfeita entre vontade de presença e certeza de não-presença, que nos conduz a uma experiência dupla: boa e terrivelmente dolorosa. Mas, ao mesmo tempo, só é saudade porque as experiências positivas suplantam a dor da ausência. Por isso, não há um único dia que não lembre do meu pai que se foi. A vocês, a obra prima:


Neste dia não poderíamos deixar de abordar também um dos assuntos menos simpáticos da teologia - para aqueles que ainda não o entende. Resumiremos o tema na provocativa frase: Nem todos são filhos de Deus

Todos são, por natureza, criaturas de Deus, mas não filhos, necessariamente.  Todo filho é também criatura de Deus, mas nem toda criatura é, necessariamente, filho de Deus. Ninguém já nasce "filhos de Deus". Em determinado momento histórico o indivíduo torna-se filho de Deus por meio de um "novo nascimento", "por adoção"; um nascimento espiritual. Há aqueles que jamais serão filhos de Deus. Sei que é extremamente difícil estar frente a frente com essa verdade escriturística que contraria o velho bordão "eu também sou filho de Deus", mas gostaria de convidá-lo a analisar esse assunto e a pensar seriamente na possibilidade de tornar-se um verdadeiro filho de Deus. 

Existe vasta prova escriturística que comprova o que estamos dizendo acima, a exemplo de João 1:12: "Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome".  Note que o ser filhos de Deus não é algo natural e, sim, algo que ocorre posteriormente; que se manifesta posteriormente, melhor dizendo. Jesus também diz claramente que alguns não são filhos de Deus. Sim, Jesus diz isso: "Vós fazeis as obras de vosso pai. Disseram-lhe eles: Nós não somos bastardos; temos um pai, que é Deus. Replicou-lhes Jesus: Se Deus fosse, de fato, vosso pai, certamente, me havíeis de amar; porque eu vim de Deus e aqui estou; pois não vim de mim mesmo, mas ele me enviou.   Qual a razão por que não compreendeis a minha linguagem? É porque sois incapazes de ouvir a minha palavra.   Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Quem é de Deus ouve as palavras de Deus; por isso, não me dais ouvidos, porque não sois de Deus" (João 8:41-44,47). 

Aqueles que são filhos de Deus o são não porque já nasceram filhos de Deus, e, sim, porque "receberam" a graça da adoção. A doutrina da Adoção é uma das mais belas e reconfortantes doutrinas da Bíblia. Passaremos a abordá-la a partir de um importante documento da cristandade, a Confissão de Fé de Westmisnter:

"Todos os que são justificados é Deus servido, em seu único Filho Jesus Cristo e por ele, fazer participantes da graça da adoção.  Por essa graça eles são recebidos no número dos filhos de Deus e gozam a liberdade e privilégios deles; têm sobre si o nome deles, recebem o Espírito de adoção, têm acesso com confiança ao trono da graça e são habilitados, a clamar "Abba, Pai"; são tratados com comiseração, protegidos, providos e por ele corrigidos, como por um pai; nunca, porém, abandonados, mas selados para o dia de redenção, e herdam as promessas, como herdeiros da eterna salvação" ( Ef.  1:5; Gal. 4:4-5; Rom. 8:17; João 1: 12; Jer. 14:9; II Cor. 6:18; Apoc. 3:12; Rom. 8:15; Ef. 3:12; Gal. 4:6; Sal. 10313; Prov. 14.26; Mat. 6:30, 32; Heb. 12:6; Lam. 3:31-32; Ef. 4:30; Heb. 6:12; I Ped.  1: 3-4; Heb.  1: 14).
No dia dos pais pense seriamente sobre algo que você nunca parou para pensar: Você é realmente filho de Deus? Já recebeu a graça da adoção?

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