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domingo, 13 de novembro de 2016

ELEIÇÃO INCONDICIONAL E A GRATIDÃO - PARTE 1/3


INTRODUÇÃO:

Você sabia que o Arminianismo também crê na doutrina da Eleição? Embora essa seja uma doutrina que tem caracterizado o Calvinismo, os Arminianos também acreditam nela. Na verdade, não daria para negá-la diante de tantos textos e tantas evidências escriturísticas.

Mas, obviamente que a INTERPRETAÇÃO ARMINIANA da doutrina da Eleição difere da INTERPRETAÇÃO CALVINISTA, da INTERPRETAÇÃO REFORMADA.

Antes de abordar a diferença entre essas duas formas de interpretar a mesma doutrina, vamos conhecer o contexto histórico desse embate teológico, que já perdura por séculos:

CONTEXTO HISTÓRICO:

Podemos pensar na doutrina da ELEIÇÃO como sendo parte de uma corrente. Então temos uma corrente ARMINIANA e uma corrente CALVINISTA, cada uma com CINCO ELOS. A doutrina da ELEIÇÃO é um desses elos.

A corrente ARMINIANA ficou conhecida como OS CINCO PONTOS DO ARMINIANISMO  e a corrente CALVINISTA como OS CINCO PONTOS DO CALVINISMO.

Os Cinco Pontos do Calvinismo foram formulados em resposta a um “documento” que ficou conhecido na história como “Remonstrance” ou “Protesto”, que fora apresentado ao Estado da Holanda pelos “discípulos” do professor de um seminário holandês chamado Jacob arminius (1560-1600), com o objetivo mudar os símbolos oficiais de doutrinas das Igrejas da Holanda (Confissão Belga e Catecismo de Heidelberg ), substituindo-os pelos ensinos do seu mestre.

Mesmo estando inserido na tradição reformada, Arminius tinha sérias dúvidas quanto à graça soberana de Deus, visto que era simpático aos ensinos de Pelágio e Erasmo, no que se refere à livre vontade do homem.

Desta forma, a única razão pela qual “Os Cinco Pontos do Calvinismo” foram elaborados era a de responder ao documento apresentado pelos discípulos de Arminius. Perceba que quem começou a provocação foram os Arminianos.

Em 1618, um Sínodo Nacional da Igreja reuniu-se em Dort para examinar os ensinos de Arminius à luz das Escrituras. Depois de 154 calorosas sessões, que consumiram sete meses, Os Cinco Pontos do Arminianismo foram considerados contrários ao ensino das Escrituras e declarados heréticos.

DEFININDO OS TERMOS:

Qual a diferença então entre a interpretação Arminiana e Calvinista da doutrina da Eleição?

A diferença está BASICAMENTE na adjetivação que se dá à doutrina da ELEIÇÃO.

a)    Os ARMINIANOS dizem que a ELEIÇÃO é CONDICIONAL
b)   Os CALVINISTAS dizem que a ELEIÇÃO é INCONDICIONAL

Vamos definir os termos, então:

     a)    ELEIÇÃO é CONDICIONAL:

Deus olha para o futuro e ver as pessoas que irão crer nele e as que não irão crer. Com base nessa presciência, nessa antevisão, nessa visão antecipada do futuro, nesse atributo incomunicável da PRESCIÊNCIA e só por isso, DEUS resolve eleger, salvar ou melhor, REGISTRAR a eleição do homem, por conta de sua boa atitude de CRER EM DEUS.

     b)    ELEIÇÃO INCONDICIONAL:

O segundo ponto do Calvinismo, Eleição Incondicional, tem por objetivo combater o também segundo ponto do arminianismo – Eleição Condicional -. Armínius e seus seguidores acreditavam que Deus havia elegido os homens que elegeu baseado em seu pré-conhecimento ou presciência. Ou seja, Deus anteviu aquele que iria, por seu próprio mérito, (não podemos esquecer que o homem arminiano é um homem que ainda está habilitado, mesmo depois da queda, a buscar a Deus mesmo sem que, necessariamente, haja alguma intervenção divina para isto) crer Nele, e, por conta disso, o elegeu. Isso faz de Deus um mero jornalista que apenas registra os “atos soberanos” do homem.

Na visão calvinista, diferentemente da arminiana, nada havia no homem, que fosse condição, a seu favor, para que justificasse um merecimento, por menor que seja, muito menos ainda um merecimento do tamanho da salvação eterna.


A eleição de Deus baseou-se exclusivamente por sua graça (que por definição já denota um favor não merecido) e imensa bondade. Isso faz de Deus o autor da salvação e não apenas um coadjuvante dos direcionamentos humanos.

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