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terça-feira, 9 de junho de 2009

IDEOLOGIA, CULTURA DE MASSA E INDÚSTRIA CULTURAL



Por definição geral, Ideologia é o conjunto de idéias, pensamentos, doutrinas e visões de mundo de um indivíduo ou de um grupo, orientado para suas ações sociais e, principalmente, políticas e que conduz os homens à ação.


Ideologia é um Fenômeno complexo que privilegia a aparência das coisas. Ela encobre ou dificulta o conhecimento da realidade social, não nos deixando vê-la como é.


Segundo André Pessoa, “As ideologias não buscam a verdade, e sim o poder. Extraem da realidade somente aquilo que lhes é útil, para compor sua argumentação baseada em meias-verdades ou verdades distorcidas, com vistas a alcançar, a médio ou longo prazo, seus interesses” (http://www.portaldafamilia.or/).


Ideologia é o grande sofisma social a transformar as chagas em flores, e as justiças em rituais rotineiros (LEITE, 2007).


A ideologia emerge das instituições em geral (escola, família, Estado, religião, Empresas, Associações) que estabelecem normas para as relações sociais, por meio de agentes definidos: políticos, pastores, padres, patrões, pais etc). Mas, ao mesmo tempo que emerge dessas instituições, ela também imerge, no sentido de fazer com que elas se mantenham exatamente como estão, sem modificações profundas, o que garantirá a perpetuação dos indivíduos ou grupos que já estão n poder.


Marilena Chauí, analisando a questão da Ideologia afirma que “A função principal da ideologia é ocultar e dissimular as divisões sociais e políticas, dar-lhes a aparência de indivisão e de diferenças naturais entre os seres humanos. Indivisão: apesar da divisão social das classes, somos levados a crer que somos todos iguais porque participamos da idéia de “humanidade”, ou da idéia de “nação’ e “pátria”, ou da idéia de “raça”, etc. Diferenças naturais: somos levados a crer que as desigualdades sociais, econômicas e políticas não são produzidas pela divisão social das classes, mas por diferenças individuais dos talentos e das capacidades, da inteligência, da força de vontade maior ou menor”.


Argumenta ainda que “ A produção ideológica da ilusão social tem como finalidade fazer com que todas as classes sociais aceitem as condições em que vivem, julgando-as naturais, normais, corretas, justas, sem pretender transformá-las ou conhecê-las realmente, sem levar em conta que há uma contradição profunda entre as condições reais em que vivemos e as idéias”.


A idéia de Pátria, constantemente esconde e ao mesmo tempo demonstra a existência de ideologias. “Essa concepção é marcada por “apropriações” (alguns se acham donas da pátria); “manipulações” (as ações são conduzidas pelos interesses dominantes); por “Interpretações” (explicam-na de acordo com suas convêniências)”, conforme (CORDI, 2007).


Karl Marx, costumava dizer que a Ideologia era um “instrumento de dominação que age através do convencimento (e não da força), de forma prescritiva, alienando a consciência humana e mascarando a realidade”.


Em sua teoria, Marx “concebe a mesma como uma consciência falsa, proveniente da divisão do trabalho manual e intelectual. Nessa divisão, surgem os ideólogos ou intelectuais que passam através de idéias impostas a dominar através das relações de produção e das classes que esses criam na sociedade” (FEUERBACH, 2002).


“Os homens fazem a História, mas o fazem em condições determinadas”, isto é, que não foram escolhidas por eles. Os homens fazem a História, mas não sabem que a fazem” (Karl Marx).


Cordi, também abordando esse assunto, afirma que “Semelhantemente a uma máscara, a ideologia encobre o conhecimento, retardando-o. Não nos deixa ver a realidade como é de fato. Vivemos mergulhados em ideologia e não nos damos conta disso. A partir dela pensamos, embora nem sempre pensamos sobre ela” (CORDI, 2007).


Um exemplo de “descoberta de ideologia do Estado” que tem sido sempre citada é o caso dos “caras pintadas”, no impeachtment de Collor. Eles “denunciaram” a idéia marqueteira de pátria e patriotismo que emanava do circuito do poder.


Mas, será que de fato foi isso que ocorreu? Será que os “Caras pintadas” não estavam sendo, na verdade, manipulados, ideologicamente, por grupos poderosos - econômicos e políticos -, que tinham interesses que foram atrapalhados por Collor?


Em última análise, a Ideologia pode ser comparada à uma “Teoria da Conspiração”.


1.1 ESCOLA DE FRANKFURT


A Escola de Frankfurt é nome dado a um grupo de filósofos e cientistas sociais de tendências marxistas que se encontram no final dos anos 1920. A Escola de Frankfurt se associa diretamente à chamada Teoria Crítica da Sociedade. Deve-se à Escola de Frankfurt a criação de conceitos como "indústria cultural" e "cultura de massa".

1.1.1 CULTURA DE MASSA

Chama-se cultura de massa toda cultura produzida para as massas — a despeito de heterogeneidades sociais, étnicas, etárias, sexuais ou psicológicas — e veiculada pelos meios de comunicação de massa.


Como conseqüência das tecnologias de comunicação aparecidas no século XX, e das circunstâncias geopolíticas configuradas na mesma época, a cultura de massa desenvolveu-se a ponto de ofuscar os outros tipos de cultura anteriores e alternativos a ela.


Antes de haver a linguagem do cinema, rádio e TV, falava-se em cultura popular, em oposição à cultura erudita das classes aristocráticas; em cultura nacional, componente da identidade de um povo; em cultura clássica, conjunto historicamente definido de valores estéticos e morais; e num número tal de culturas que, juntas e interagindo, formavam identidades diferenciadas das populações.


A chegada da cultura de massa, porém, acaba submetendo as demais “culturas” a um projeto comum e homogêneo — ou pelo menos pretende essa submissão. Por ser produto de uma indústria de porte internacional (e, mais tarde, global), a cultura elaborada pelos vários veículos então surgentes esteve sempre ligada intrinsecamente ao poder econômico do capital industrial e financeiro. A massificação cultural, para melhor servir esse capital, requereu a repressão às demais formas de cultura — de forma que os valores apreciados passassem a ser apenas os compartilhados pela massa.


1.1.2 INDÚSTRIA CULTURAL


Termo cunhado pelos filósofos e sociólogos alemães Theodor Adorno (1903-1969) e Max Horkheimer (1895-1973), membros da Escola de Frankfurt. O termo aparece na obra Dialética do Esclarecimento), de 1947.


Neste capítulo os autores analisam a produção e a função da cultura no capitalismo. Os autores criaram o conceito de Indústria Cultural para definir a conversão da cultura em mercadoria. O conceito não se refere aos veículos (televisão, jornais, rádio...), mas ao uso dessas tecnologias por parte da classe dominante. A produção cultural e intelectual passa a ser guiada pela possibilidade de consumo mercadológico.

O vídeo a seguir trata da ideologia sendo repassada por meio de mensagens subliminares. As crianças são as maiores vítimas desse tipo de "imposição doutrinária". Os meios de comunicação também utilizam - explicita ou sorrateiramente - esse tipo de metodologia de "formação de identidade". Poderíamos classificar como "covardia" esse método, porque é algo que não possibilita a negação ou a rejeição; simplesmente nosso sub-consciente capta as informações, quer queiramos ou não. A Rede Globo, por exemplo, está totalmente empenhada na divulgação da "normalidade" da homoxessualidade e do espiritismo. Não se trata, neste momento, de juízo de valores (certo ou errado), mas de ser justo ou não um veículo tão poderoso empenhar-se, na maioria de seus programas e novelas, na divulgação "subliminar" desses ideais. Tudo isso explica adolescentes (homem com homem e mulher com mulher) se permitirem beijar, uns aos outros, em plena parada de ônibus repleta de pessoas. Mas, o que evidencia mais ainda essa "cultura da normalidade" é que as pessoas já não estão mais olhando com um olhar diferenciado ou até de reprovação. Tudo passa a ser ideologicamente normal.




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