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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

O CAOS INSTALADO PELO CRIME ORGANIZADO EM SÃO PAULO E SANTA CATARINA E A QUEBRA DO SEXTO MANDAMENTO: NÃO MATARÁS


O Brasil assiste estarrecido e passivo à onda de ataques provocada pelo crime organizado em São Paulo e Santa Catarina. A impressão que temos é que apenas o “crime é organizado”. O Estado, mesmo com o arsenal que dispõe, simplesmente não consegue sufocar esses atrevidos.

Eles são frios, assassinos, sanguinolentos e o pior de tudo: reincidentes. Eis a origem do recente problema. Eles são reincidentes. O Estado, sob a aprovação da sociedade, de certa forma, oportuniza a reincidência, colhendo, agora, os frutos dessa escolha e acordo coletivo, tornando-se, também, alvo dos meliantes. O braço armado do Estado, a polícia, está sob a mira dos marginais. Virou alvo; fácil, diga-se de passagem. Isso é gravíssimo; um verdadeiro atentado contra as instituições democráticas. Num Estado onde nem mesmo a polícia se sente protegida, o que deve esperar o cidadão comum?

Quantos pais de família terão ainda suas vidas ceifadas, muitas vezes na frente de seus filhos, como temos visto, por bandidos que trazem em sua folha corrida diversas outras mortes? Segundo a própria polícia, a ordem para as execuções de policias partiu de dentro dos presídios, de presos que já estão cumprindo pena pelo crime de assassinato. Isso é ou não é a promoção da oportunidade de reincidência?

Esses bandidos banalizam a vida humana, num flagrante de quebra do sexto mandamento, que ordena: “Não matarás”. Sim, senhores, nem mesmo os bandidos estão isentos do julgamento da Lei Moral de Deus. Eles sabem disso; todos nós sabemos. Por mais perversos que sejam eles têm consciência do seu próprio erro. A Lei Moral de Deus, gravada no coração de todo homem, seja crente ou ateu, atormenta suas mentes dia e noite, acusando-os de quebra do mandamento. Por isso se escondem; por isso fogem.

De acordo com o Catecismo Maior de Westminster, o sexto mandamento pressupõe duas dimensões de entendimento:


a) A dimensão pessoal: São deveres e proibições direcionados aos indivíduos. Exemplos de deveres exigidos: Retribuir o mal com o bem; estar pronto a reconciliar-se; evitar todas as ocasiões que tendam a tirar injustamente a vida de alguém; Perdoar pacientemente as ofensas. Exemplo de proibições: tirar de qualquer modo a nossa vida ou de outros, exceto em casos de defesa necessária.

b) A dimensão Social: São deveres e proibições direcionados ao Estado. Exemplos de deveres exigidos    Proteger a vida. Exemplo de proibições: tirar de qualquer modo a vida de outros, exceto em caso de justiça publica e guerra justa; negligência ou retirada dos meios lícitos e necessário de preservação da vida.


O objetivo maior do mandamento é o esforço contínuo para promover a preservação da vida. Ao indivíduo e ao Estado está proibido tirar a vida de forma injusta. Porém, diferentemente do que possa parecer, o mandamento não é uma proibição absoluta de matar. Quando o indivíduo mata em legítima defesa, por exemplo, e somente nesse caso, ele não quebra o mandamento. Quando o Estado, usando seu poder de espada, outorgado por Deus, executa um malfeitor, após justo julgamento, impondo-lhe a pena capital, em retribuição ao seu crime de assassinato e com objetivo nobre de preservar a vida das outras pessoas da sociedade e promover a justiça social, no sentido de não lhe permitir a possibilidade de reincidência, igualmente não quebra o sexto mandamento. Por outro lado, devemos notar que a omissão do dever de “proteger a vida” é que constitui quebra de mandamento.

O que está ocorrendo em São Paulo e em Santa Catarina e que se alastrará, certamente, por outras regiões do Brasil, é tão somente a omissão do Estado do seu dever primaz de “proteger a vida” do seu cidadão. E, se assim preferir,  o preço da laicidade levada ao extremo.

Enquanto isso, a sociedade desnorteada promove caminhadas pedindo paz. Marginais sanguinolentos sempre existiram e continuarão a existir. Certamente esse tipo de movimento não produz nenhuma comoção e sentimento de arrependimento em seus corações. A sociedade deve, sim, exigir de seus legisladores leis mais severas que realmente protegem suas vidas e punam duramente os marginais, especialmente os assassinos.

Até quando a sociedade suportará essa situação? Quando retomará o debate acerca da necessidade da aplicação da pena de morte? Penso que ainda haverá muita resistência. Mas, quando a situação ficar insustentável, e caminhamos a passos largos para isso, quereremos voltar a esse preceito Bíblico. Só esperamos que não seja tarde de mais.

82 comentários:

  1. Petrus Alois Rattisbonne19 de novembro de 2012 às 14:10

    Senhor Fábio:

    Policia truculenta não investiga. Ela mata "suspeitos" . Prende pessoas com a utilização de tortura física e psicológica para que a pessoa confesse crimes.

    Os traficantes presos continuam dando ordens ao seu bando, continuam consumindo drogas dentro do cárcere, enfim... Presidiário é mais um a ser acharcado por essa estrutura corrupta.

    Nesse ponto eu tenho que ser "marxista", a elite brasileira recruta e recrutou historicamente para as polícias e baixas patentes do exército sempre pessoas das classes baixas, óbvio que na menor oportunidade o cara iria entrar em algum esquema para incrementar a renda, mas esses esquemas normalmente são comandados por gente grande que veio das classes altas, por isso o processo de corrupção e violência brasileiro é endêmico, começa lá em cima a coordenação e vai descendo, todos os partidos brasileiros são quadrilhas, quem é mais coordenado, um partido ou uma facção? A facção é o aspecto da pobreza e da exclusão, não tem 1/3 do refinamento criminal.

    E alguns estrangeiros ainda acham que o Brasil é um país de homens cordiais...

    Sou a favor do porte legal de armas pois contamos com um Estado que não cumpre os deveres pelos quais ele existe, a saber: educação, saúde e segurança. Para a educação, pagamos impostos, mas temos que pagar colégio particular se quisermos uma educação menos pior para nossos filhos; na saúde, pagamos planos de saúde, pois o SUS não nos atende como deveria, tem pessoas morrendo por falta de estrutura; na segurança é bom termos nossa própria arma, pois o Estado nos dá uma polícia corrupta e mal aparelhada. Moral da história: se quisermos nos defender, só podemos contar conosco mesmos.

    São POUQUÍSSIMOS os acidentes com armas de fogo.

    E considerem que ela foi feita num país onde a população é fortemente armada.

    No Brasil urge a necessidade. Os bandidos não têm mais medo. Eles têm a certeza da vítima estar desarmada. A certeza da cartilha de instrução ao cidadão a não reagir. A certeza da impunidade depois de preso. Como se não bastasse, mesmo assim eles estão matando mesmo sem reação. Onde vamos parar? O Cidadão está acoado e preso em seus lares, que mais parecem fortalezas. E o bandido livre e armado. Onde está o direito a legítima defesa do cidadão brasileiro? Praticamente não há. Se o mata, é assassino.

    A Suíça obriga toda residência a ter uma arma de fogo. Lá, o índices de homicídios é de 1 para 100.000 habitantes por ano, sendo que a maioria deles não são realizados por armas de fogo. E os EUA estão no mesmo caminho.


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  2. Petrus Alois Rattisbonne19 de novembro de 2012 às 14:39

    Fábio, ainda...


    ."
    O quinto mandamento baseado no livro do Êxodo, no Catecismo da Igreja Católica.
    «Ouvistes o que foi dito aos antigos: "Não matarás. Aquele que matar terá de responder em juízo". Eu, porém, digo-vos: Quem se irritar contra o seu irmão, será réu perante o tribunal»
    O quinto mandamento explicado por Jesus, no Catecismo da Igreja Católica[80][83]

    Só Deus é dono da vida humana. Os homens devem respeitá-la.Matar voluntariamente um ser humano inocente é pecado, quer seja por homicídio, suicídio, eutanásia, violência, guerra injusta ou aborto, ainda que o cadáver seja muito pequeno.

    É também pecado contra o quinto mandamento: odiar, guardar rancor, inimizade, desejar o mal, insultar, olhar com maus olhos e escandalizar.

    O próprio do cristão é amar, porque Deus é amor. Se aprendemos a amar, não nos custará perdoar de coração quando alguém nos ofende. Isto não impede o direito e o dever da pessoas e da sociedade à legítima defesa. Por isso, as legítimas autoridades podem impor justas penas aos agressores e inclusive, recorrer á pena de morte em caso de extrema gravidade, esgotados todos os meios incruentos que seriam mais conformes com a dignidade da pessoa humana.

    O que nos manda o quinto mandamento da Lei de Deus?

    Nos manda amar e respeitar a vida humana, desde o momento da concepção até o seu término natural, porque a pessoa humana foi amada por Deus por si mesma, por tê-la feito a sua imagem e semelhança.

    Quem peca contra si mesmo, segundo o quinto mandamento?

    Peca contra si mesmo, quem tira a própria vida através do suicídio ou se mutila, quem põe em perigo sua vida sem necessidade, quem se embriaga ou se droga e quem por desesperação deseja a própria morte.

    O aborto é pecado grave?
    Sim, o aborto é um pecado grave porque trata-se de um crime, já que consiste em matar a uma pessoa inocente, ainda que o cadáver seja muito pequeno.

    A eutanásia é pecado?

    Sim, a eutanásia é pecado grave porque, definitivamente, é matar uma pessoa.

    Isto tudo é escândalo contra os cristãos.

    O escândalo é toda palavra, ato ou omissão que incita a outros a pecar.

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  3. Petrus Alois Rattisbonne19 de novembro de 2012 às 15:11

    Vícios opostos à justiça comutativa e ao direito comutativo: Quatro são as categorias de vícios que se opõem à justiça e ao direito comutativo - os vícios que atentam contra a vida ou contra a integridade do corpo; que causam dano aos bens do próximo; que lesam o próximo por palavras; que fraudam as compras e vendas.
    Contra o direito subjetivo absoluto pessoal, direito à vida: - vícios contra o direito à vida e à integridade do corpo: os que são cometidos contra a pessoa, como o homicídio, que significar matar um homem, e que é o máximo dano que se pode causar ao próximo. Não é ilícito matar animais e plantas se deles os homens se servem responsavelmente para o seu fim específico e atendendo a uma necessidade [STh.II-II,q64,a1,c], mas matar-se a si mesmo, como no caso do suicídio [STh.II-II,q64,a5,c] ou matar a um inocente, como no caso do aborto [STh.II-II,q64,a6,c] ou qualquer homem, embora não seja ilícito matar um homem se este for daninho e perversor de toda uma sociedade [STh.II-II,q64,a2,c], desde que tal ação - a pena de morte - não seja feita por uma pessoa privada, particular, mas pelo Estado e na autoridade de quem se encarrega do bem comum, como um príncipe [STh.II-II,q64,a3,c] e não a cargo da autoridade eclesiástica, que se opõe a tal pena [STh.II-II,q99,a4,c] ou a cargo dos clérigos, pois é ilícito que os clérigos matem o pecador, já que por dever representam o ofício da vida [STh.II-II,q64,a4,c]. Contudo, não comete homicídio aquele que sem intenção de matar, ao defender-se na proporção do ataque, mata o agressor [STh.II-II,q64,a7,c] ou se alguém numa ação lícita, tomando as devidas precauções, provocar um homicídio [STh.II-II,q64,a8,c]. Opõe-se ainda à justiça comutativa o seqüestro porque é injustiça cometida contra pessoas ligas entre si, pois quando se comete injustiça contra uma pessoa unida a outra por quaisquer laços, a injustiça se estende às duas pessoas [STh.II-II,q65,a4,c]. Não atentam contra a justiça comutativa, contra a vida e a integridade do corpo a mutilação, ou seja, o ato de mutilar um homem, pela a amputação de algum dos seus membros, quando o ato for cometido pela autoridade pública e como imposição de castigo para punir falta menos grave [STh.II-II,q65,a1,c], a verberação ou métodos educativos que se valem os pais para corrigir e formar os filhos, por meio de punições físicas, cometidas sob autoridade dos pais e observando a reta formação integral -espiritual e carnal do filho [STh.II-II,q65,a2,c], o encarceramento se em conformidade com a justiça, seja a título de castigo, seja por medida preventiva contra certos perigos [STh.II-II,q65,a3,c].

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  4. Petrus Alois Rattisbonne19 de novembro de 2012 às 15:24

    Por fim senhores...

    Esta é em absoluto, a visão de São Tomás de Aquino acerca dos deveres do estado e do cidadão.
    E ainda:
    Contra o direito subjetivo absoluto real, direito à propriedade - vícios que causam dano aos bens do próximo: É natural ao homem a posse de bens exteriores [STh.II-II,q66,a1,c] e inclusive é lícito que o homem possua como próprio algum bem que gere e disponha e que seja necessário à vida [STh.II-II,q66,a2,c]. Contudo, tomar ocultamente o bem alheio opõe-se à justiça e é ilícito, pois nisto consiste o furto [STh.II-II,q66,a3,c] que é sempre pecado mortal [STh.II-II,q66,a5,c;q66,a6,c], embora não seja ilícito quando o furto ocorre por tomar algo alheio que diga respeito ao direito humano e seja um bem comum supérfluo para quem o possui, mas necessário para a vida de quem o furta [STh.II-II,q66,a7,c]. A rapina, ao contrário do furto, sempre será ilícito e pecado [STh.II-II,q66,a8,c], porque ademais de opor-se à justiça, toma violentamente o bem alheio [STh.II-II,q66,a4,c]. Por isso, a rapina é mais grave que o furto [STh.II-II,q66,a9,c].
    Isto está escritos nos longos volumes do livro áureo de Santo Tomás, vale a pena conferir.
    E consiste na visão do catolicismo romano acerca dos deveres sociais.

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  5. Petrus:

    Obrigado pelas citações de Aquino, serão muito úteis. Só pra ficar claro: Você, pessoalmente, é a favor da aplicabilidade da pena de morte?

    Só não entendi uma coisa, por favor esclareça:

    "a cargo dos clérigos, pois é ilícito que os clérigos matem o pecador, já que por dever representam o ofício da vida [STh.II-II,q64,a4,c]".

    É isso mesmo? Os cléricos ainda pensam assim?..rs..? Esdras estaria ferrado então..rs...

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  6. Petrus Alois Rattisbonne19 de novembro de 2012 às 19:25

    Fábio:

    Sim claro que sou, e apresento os motivos abaixo:


    A Igreja sempre ensinou que a pena de morte é legítima. Ela não poderia ir contra o que a Bíblia ensina de modo tão explícito. Vários santos defenderam a pena capital, entre eles: São Jerônimo, o doutor máximo das Escrituras, Santo Agostinho, São Pio V, São Pio X e São Tomás, o maior doutor da Igreja. Quem se opõe à pena de morte não é a Igreja, mas alguns humanista e religiosos.
    São Paulo ensinou que a pena de morte é legítima: “Paulo, porém, disse: Estou diante do Tribunal de César, é lá que devo ser julgado; nenhum mal fiz aos Judeus, como tu sabes muito bem. E, se lhes fiz algum mal ou coisa digna de morte, não recuso morrer…” (Atos XXV, 10-11).
    São Paulo afirma que existem ações que são dignas de morte. É, portanto, favorável à pena capital. Diz ainda, em outra passagem: “Os quais, tendo conhecido a justiça de Deus, não compreenderam que os que fazem tais coisas são dignos de morte; e não somente quem as faz, mas também quem aprova aqueles que as fazem” (Rom I, 32).

    São muitas as pessoas nesta republiqueta tupiniquim que, infelizmente, são contra a pena de morte.
    Essas pessoas fazem muitas objeções à pena capital.
    Rebaterei as mais comuns.

    1ª objeção:

    Não pode haver pena de morte no brasil, porque pode acontecer erros e acabar-se matando inocentes.

    Refutação:

    Segundo esse argumento, tudo o que contém algum risco de erro é ilegítimo. Se esse argumento procedesse, deveriam ser proibidos o avião e o automóvel, porque acontecem vários acidentes por ano e muitos inocentes morrem. “Abusus non tollit usum” (o abuso não tolhe o uso), é uma máxima do Direito absolutamente verdadeira. Caso contrário, a vida em sociedade seria impossível.

    2ª objeção:

    Um erro não justifica outro.

    Refutação:

    A objeção normalmente parte do pressuposto de que a pena de morte é um erro, sem se dar ao trabalho de provar isso.
    Se assim fosse, a mãe não poderia bater no filho quando ele faz alguma travessura, já que bater é errado e não poderia ser usado para corrigir outro erro.
    Dever-se-iam extinguir as cadeias, porque os erros dos criminosos não justificariam outro erro que é o cárcere forçado.
    E assim sucessivamente…

    3a. objeção:

    Só Deus pode tirar a vida. E Ele ordenou: “Não matarás”.

    Refutação:


    Então, a Bíblia estaria errada quando diz: “O que ferir um homem querendo matá-lo, seja punido de morte” (Êxodo 21,12). “O que ferir o seu Pai ou sua Mãe seja punido de morte” (Êxodo 21,15). “Aquele que tiver roubado um homem, e o tiver vendido, convencido do crime, morra de morte”(Êxodo 21,16).
    Na verdade, a ordem divina “Não matarás” significa que ninguém pode matar sem motivo, sem razão. Não impede o assassinato em legítima defesa. Ora, a pena de morte nada mais é do que a legítima defesa da sociedade contra o criminoso.
    Se a objeção procedesse, não haveria previsão da pena de morte na Bíblia.

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  7. Petrus Alois Rattisbonne19 de novembro de 2012 às 19:48

    E ainda...

    4ª objeção:

    Não se pode punir os criminosos com a morte. Ninguém tem esse direito.

    Refutação:

    É necessário punir os faltosos. A justiça manda “dar a cada um o que é seu”.
    Quando um ladrão rouba uma pessoa, cometeu uma injustiça e a vítima, além da sociedade, é “credora” desse ladrão. Então, para se fazer justiça, o ladrão deve pagar. Restituir o que subtraiu à vítima e pagar uma pena.
    Por isso sempre se diz: “O criminoso está em dívida com a sociedade”, “Já paguei minha dívida com a sociedade”.
    Os maus devem ser punidos, é o que ensina São Tomás na “Suma contra os gentios”, em que cita algumas passagens da Bíblia:
    Diz o Apóstolo: “Não sabeis que um pouco de fermento corrompe a massa?” (ICor 5, 6e13), acrescentando logo após: “Afastai o mal de vós”. Referindo-se à autoridade terrestre, diz que: “Não sem razão leva a espada, é ministro de Deus, punidor irado de quem faz o mal” (Rm 13,4). Diz S. Pedro: “Sujeitai-vos a toda criatura humana por causa de Deus; quer seja rei, como soberano; quer sejam governantes, como enviados para castigar os maus, também para premiar os bons” (1Pd 2,13-14).
    De acordo com essas passagens, a punição é necessária, e os governantes têm o direito de punir.
    A pena deve ser proporcional ao agravo.
    Desse modo, para uma infração leve devemos ter uma pena leve, para uma infração média, uma pena média, e para uma infração grave, por exemplo, um assassinato, devemos ter uma pena forte, que é justamente a pena de morte.
    Por isso a Bíblia elenca* vários crimes que são dignos de morte.

    5ª objeção:

    É uma falta de amor e compromisso social com o criminoso. É contra os princípios cristãos.

    Refutação:

    Pelo contrário.
    Como ensina São Tomás, o ódio perfeito pertence à caridade.
    A pena de morte na verdade é caridosa. Quando aplicada a um criminoso irrecuperável, ela impede que ele cometa mais crimes, ou seja, impede que cometa mais pecados.
    Como dizia São Domingos Sávio, “é preferível morrer a cometer um pecado mortal”.
    Além disso, a pena capital, é uma excelente oportunidade para que o criminoso se arrependa de seus crimes e ofereça sua vida como pagamento de seus pecados.
    O criminoso, no corredor da morte, tem uma rara oportunidade de salvar-se, bastando arrepender-se e confessar a um sacerdote antes da execução.

    6a. objeção:

    Não se pode abreviar a vida porque existe a possibilidade de uma graça futura ou de um arrependimento futuro

    Refutação:

    Ora, para Deus não existe tempo. Se tal pessoa deveria receber uma graça no futuro, Deus “anteciparia” tal graça.
    Por outro lado, a Justiça não pode trabalhar com meras “hipóteses” ou “suposições”.
    Na argumentação de São Tomás, o perigo de um criminoso para a sociedade é maior do que a chance dele se converter, e por isso deve ser eliminado.


    7a. objeção:

    Nosso senhor e salvador Jesus Cristo foi contra a pena de morte, ele demonstrou com amor pela vida

    Refutação:


    Jesus Cristo é Deus.
    Deus é o autor mediato da Bíblia.
    Se a pena de morte fosse errada, não haveria previsão na Sagrada Escritura.
    No Novo Testamento há várias passagens pró pena de morte: S. João XIX, 10-11: “Então disse-lhe Pilatos: Não me falas? Não sabes que tenho poder para te crucificar, e que tenho poder para te soltar? Respondeu Jesus: Tu não terias poder algum sobre mim se te não fosse dado do alto…”. Ou seja, Deus deu a Pilatos, autoridade constituída, o direito de aplicar a pena de morte. É claro que com Nosso Senhor, Pilatos usou mal esse direito. E no Apocalipse: Apoc XIII, 10: “Quem matar à espada importa que seja morto à espada”.




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  8. Petrus Alois Rattisbonne19 de novembro de 2012 às 20:03

    8ª objeção:

    As pessoas que defendem a pena de morte assim o fazem porque não serão elas as executadas. Se um filho dessas mesmas pessoas estivesse no corredor da morte seriam as primeiras a protestarem contra a pena capital

    Refutação:


    Se esse raciocínio fosse verdadeiro, teríamos de acabar com todas as penas, porque quem comete um crime não quer ser condenado, mesmo que tenha defendido a pena para esse crime.
    O argumento equivale a dizer: “As pessoas que defendem a pena de cárcere forçado assim o fazem porque não serão elas as prisioneiras. Se um filho dessas mesmas pessoas estive presa seriam as primeiras a protestarem contra a prisão”.

    9a. objeção:

    Quem é contra o aborto, não pode ser a favor da pena de morte.

    Refutação:

    Raciocínio torto esse, totalmente “non sense”.
    Sou a favor de punir bandidos, e não inocentes que nunca fizeram nada.
    Esse raciocínio é o equivalente a dizer: “quem é contra prender uma criança durante 10 anos numa cela, não pode ser a favor de prender um criminoso por 10 anos numa cadeia”.
    A tese contrária é verdadeira “Quem é a favor do aborto não pode ser contra a pena de morte”. Se alguém defende o assassinato de uma criança inocente, não poderá ser contra a execução de um bandido.
    Infelizmente, hoje em dia, há várias pessoas que são favoráveis ao assassinato intra-uterino (aborto) e são contra a pena de morte.
    É o cúmulo do “non sense”.

    10ª. objeção:

    As penas devem ser educativas, para recuperar o criminoso, e não para vingar.

    Refutação:

    Toda a pena é vindicativa. A recuperação do criminoso está em segundo plano.
    O primeiro dever do Estado é proteger a sociedade, e não recuperar o indivíduo. O todo vale mais que a parte.
    Ademais, a pena de morte é extremamente educativa para todo mundo.

    11ª objeção:

    A maioria das pessoas é contra a pena de morte.

    Refutação:

    Não é verdade. A maioria das pessoas é a favor da pena capital.
    Nos EUA em torno de 75%, no Brasil deve ser também.
    Bastaria um plebiscito para confirmar esse dado.

    12ª. objeção:


    Não se pode punir os criminosos com a pena capital porque a culpa é da sociedade. A pobreza é que causa a criminalidade. São traumas psicológicos que causam o crime.

    Refutação:

    Então, a Igreja estaria errada quando ensina que existe o livre arbítrio e, por causa dele, podemos escolher entre o bem e o mal.
    Os crimes existem em função da maldade humana que escolhe o mal em vez do bem.
    Se a sociedade fosse a culpada, não poderia haver Direito, não poderia haver nenhum tipo de repressão.
    O próprio Direito Civil seria inútil, pois, todo o inadimplente poderia alegar que não pagou por culpa da sociedade, e o credor não poderia cobrá-lo.
    O mesmo aconteceria com os “traumas psicológicos”.
    Dizer que a pobreza causa a criminalidade é dizer que todo pobre é ladrão. Ou seja, é uma frase preconceituosa.
    Se fosse assim, a Índia, um dos países mais pobres do mundo, seria o mais violento. Entretanto, é um país com baixa criminalidade.

    A proibição da pena de morte não tem suporte lógico nenhum. Não existe argumentação eficiente contra a pena capital.

    O que explica as pessoas serem contra ela, além de uma visão totalmente falsa da caridade, é o sentimentalismo, no fundo materialista, representado por frases como estas: “não se pode punir”, “devemos ter piedade do assassino”, “coitado do bandido”.

    Nenhum pastor, em sã consciência, trocaria um rebanho de ovelhas por um lobo. Ele não hesitaria em matar o lobo.

    O nosso triste mundo do século XXI, porém, preserva o lobo e mata as ovelhas.

    O pior é que nós somos as ovelhas…

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  9. Petrus:

    1- Repetindo: Só não entendi uma coisinha:

    "a cargo dos clérigos, pois é ilícito que os clérigos matem o pecador, já que por dever representam o ofício da vida [STh.II-II,q64,a4,c]".

    É isso mesmo? Os cléricos ainda pensam assim?..rs..? Esdras e Adeilton estariam ferrados então..rs...

    2- Quando puderes, peço que faça uma lista de grandes expoentes que falaram a favor da pena capital, a exemplo de Aquino e Agostinho, com as devidas referências, e publique aqui como comentário, por favor. Posteriormente farei um post só com essas citações. Será de grande utilidade.

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  10. Petrus Alois Rattisbonne20 de novembro de 2012 às 15:41

    De fato, o ensinamento tradicional da igreja prescreve que há toda atualidade nas verdade escritas na Suma Theolgica II-II,q64,a4,c]".
    Isto nos leva a um ponto interessante sobre a aplicabilidade da pena de morte:
    O fato de a igreja autora da vida[ com o batismo de crianças] poder contribuir com o estado nessa função moral de grande relevância social e cívica.
    Por isso, é fato que a igreja nunca mudou nem mudará essas verdade.
    Isto posto, a Suma é atual e, sua referência aqui citada:
    "a cargo dos clérigos, pois é ilícito que os clérigos matem o pecador, já que por dever representam o ofício da vida [STh.II-II,q64,a4,c}"
    É de eterna utilidade.
    Cuidado protestantes!

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  11. Petrus Alois Rattisbonne20 de novembro de 2012 às 16:12

    Segue senhor Fábio algumas citações. Estarei sempre adicionando novas citações nesta página. Cito como argumentação ad hominem, como um recurso ao bom senso.

    Santo Agostinho, Civitas Dei:

    “A pena de morte não é apenar lícita, mas necessária para a saúde do corpo social. Ao encarregado de sua aplicação cabe aplicá-la como é devida, com as provas necessária para que não se pratique injustiças.”

    Santo Tomás de Aquino, Suma Teológica, IIaIIae, Réplica:

    “Cada pessoa individualmente é como se fizesse parte do toso. Portanto, se um homem é perigoso para a comunidade e a está subvertendo por algum pecado, o tratamento a ser recomendado é a sua execução para se preservar o bem comum.”

    Martinho Lutero em What Luter Says:

    “O rei, os príncipes, e os senhores, devem usar a espada e remover cabeças; a pena capital deve continuar para que os outros mantenham-se em temor, e o piedoso… inclinado a seu trabalho”.

    Augusto Comte:

    “Tão só uma falsa filantropia pode conduzir a prodigalizar aos malfeitores uma consideração e uma solicitude que seriam bem melhor empregadas em favor de tantas vítimas honestas de nossas imperfeições sociais.” (Catecismo Positivista, 9ª conf.)

    Kant:

    “Quantos cometeram um assassinato,ou o mandaram, ou com ele cooperaram, todos devem ser punidos com a morte; assim o exige a justiça como ideia que regula o poder judiciário segundo as leis universais a priori.”(Mataphysik der Sitten, II Teil Allg. Anmerk, E.I., ed. de Vorländer, III, 158 s.)

    J.J. Rousseau:

    “Se alguém nega os dogmas da religião natural e cívica definidos pelo soberano depois de havê-los admitido publicamente, “seja condenado à morte”, pois cometeu o maior dos crimes!” ( Contrato Social, Lib. IV, c.8.)

    São tidos como defensores da pena capital senhor Fábio: Platão, Cícero, Montesquieu, Vitória, Azpilcueta, Covarrubias, Suárez, Cervantes, Confúcio, Grócio, Bodin, Selden, Lugo, Leibniz, Vico, Afonso de Ligório, Puffendorf, Hegel, Fichte, Schopenhauer, A. Ritter von Fuerbach, Filangieri, Jovellanos, Balmes, Hobbes, Goethe, Stuart Mill, Michel de Montaigne, etc.

    Aguarde...

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  12. Petrus Alois Rattisbonne20 de novembro de 2012 às 16:33

    Senhor Fábio:

    Eu aposto que este o senhor saiba, ou não?

    "Livro I

    Capítulo XXI

    Homicídios não considerados criminosos

    A mesma autoridade divina estabeleceu, porém, certas exceções à proibição de matar alguém. Algumas vezes, seja, como lei geral, seja por ordem temporária e particular, Deus ordena o homicídio. Ora, não é moralmente homicida quem deve à autoridade o encargo de matar, pois não passa de instrumento, como a espada com que fere. Desse modo, não infringiu o preceito que, por ordem de Deus, fez guerra ou, no exercício do poder público e segundo as leis, quer dizer, segundo a vontade da razão mais justa, puniu de morte criminosos." (p. 51)

    "Livro IV

    Capítulo IV

    Semelhança entre reino sem justiça e pirataria

    Desterrada a justiça, que é todo reino, senão grande pirataria? E a pirataria que é, senão pequeno reino? Também é punhado de homens, rege-se pelo poderio de príncipe, liga-se por meio de pacto de sociedade, reparte a presa de acordo com certas convenções. Se esse mal cresce, porque se lhe acrescentem homens perdidos, que se assenhoreiam de lugares, estabelecem esconderijos, ocupam cidades, subjugam povos, toma o nome mais autêntico de reino. Esse nome dá-lhe abertamente, não a perdida cobiça, mas a impunidade acrescentada. Em tom de brincadeira, porém a sério, certo pirata preso respondeu a Alexandre Magno, que lhe perguntou que lhe parecia o sobressalto em que mantinha o mar. Com arrogante liberdade, respondeu-lhe: “o mesmo que parece o manteres perturbada a Terra toda, com a diferença apenas de que a mim, por fazê-lo com navio de pequeno porte, me chamam de ladrão e a ti, que o fazes com enorme esquadra, imperador.” [aqui a base para a doutrina da guerra justa] (p. 153)

    Fonte: "A Cidade de Deus", Parte I,

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  13. Petrus Alois Rattisbonne20 de novembro de 2012 às 16:55

    E ainda...Fábio

    Olavo de Carvalho:

    “Quem é contra a pena de morte é contra a Bíblia. Se o sujeito se acha mais santo do que Deus, que tem uma alma mais bondosa, mais generosa do que aqueles que inspirados por Deus escreveram a Bíblia, então ele pode ser contra a pena de morte. A gente pode ser contra a pena de morte numa coisa prática, mas ser contra a pena de morte em princípio é absolutamente errado”. (Quarto Bate-Papo Com Olavo de Carvalho)


    Nelson Hungria:

    “Apena de morte pode, excepcionalmente, apresentar-se tão necessária quanto o homicídio no campo de batalha.” (Comentários ao Código Penal, Vol.I, Tomo II, 4ª edição, Editora Forense Rio, 1958, p.471)

    Dom Ivo Lorcheiter:

    “Pessoalmente eu coloco em dúvida a eficácia da pena, mas ela não é proibida, nem condenada pela Igreja” (O Estado de São Paulo, p. 5, 11/09/69)
    Cesare Bonesana, Marquês Beccaria


    “A morte de um cidadão apenas pode ser tida como precisa, por razões: nos instantes confusos em que a nação está na dependência de recuperar ou perder a sua liberdade, nos períodos de confusão, quando se substitui as leis pela desordem e quando um cidadão embora sem a sua liberdade, pode ainda, graças às suas relações e ao seu crédito, atentar contra a segurança pública e sua existência, podendo acarretar uma revolução perigosa no governo estabelecido.

    “Contudo”, prossegue o ilustre Marquês, ” sob o reinado calmo das lei, em sua forma de governo aprovada por toda nação, em um Estado que esteja bem definido no exterior e no interior, sustido pela força e pela opinião, que talvez seja ainda mais forte do que a própria força, em um país onde o próprio soberano exerce a autoridade de tirar a existência de um cidadão, a não ser que a morte seja o único freio que possa obstar novos crimes.” (Dos Delitos e das Penas, Sumus, São Paulo, 1971)

    Foi um dos mais combativos abolicionistas. Citado por todo tipo de gente, boa ou má, verdadeira ou falsa, no combate à pena de morte. Mas, ao contrário de certos Humanistas, juristas, parlamentares e jornalistas, além de grande saber, argumentava com honestidade.

    Usam-no para tudo em matéria de pena de morte; para “eles, é “Beccaria dixit”.

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  14. O SEXTO MANDAMENTO E SEU PROPÓSITO,

    " Este mandamento, tal como expõe nosso Senhor ( Mt 5.21,22), proíbe a malícia em todos os seus graus e em todas as suas manifestações. A Bíblia reconhece a distinção entre a ira e a malícia. A primeira é permissível em certas ocasiões; a segunda é por natureza, e portanto sempre, má. A primeira é uma emoção natural ou constitucional que emana da experiência ou percepção do mal, e inclui não só a desaprovação, mas também a indignação, e um anseio de, por algum modo, retificar essa perversa paixão. Lemos que Nosso Senhor se irou; nele, porém, não havia malícia nem ressentimento. Ele era o Cordeiro de Deus; quando o amaldiçoavam, ele não respondia com maldição; quando sofria, ele não ameaçava; ele orou por seus inimigos até mesmo na cruz."


    " perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam" é a oração que o Senhor nos ensinou.


    Fonte: Charles Hodge,Teologia Sistemática,Editora Hagnos,pag,1290.

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  15. O SEXTO MANDAMENTO E SEU PROPÓSITO,

    " Este mandamento, tal como expõe nosso Senhor ( Mt 5.21,22), proíbe a malícia em todos os seus graus e em todas as suas manifestações. A Bíblia reconhece a distinção entre a ira e a malícia. A primeira é permissível em certas ocasiões; a segunda é por natureza, e portanto sempre, má. A primeira é uma emoção natural ou constitucional que emana da experiência ou percepção do mal, e inclui não só a desaprovação, mas também a indignação, e um anseio de, por algum modo, retificar essa perversa paixão. Lemos que Nosso Senhor se irou; nele, porém, não havia malícia nem ressentimento. Ele era o Cordeiro de Deus; quando o amaldiçoavam, ele não respondia com maldição; quando sofria, ele não ameaçava; ele orou por seus inimigos até mesmo na cruz."


    " perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam" é a oração que o Senhor nos ensinou.


    Fonte: Charles Hodge

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  16. A PENA CAPITAL

    Visto que o sexto mandamento proíbe o homicídio malicioso, é evidente que na proibição não se inclui a aplicação da pena capital. Este castigo não é aplicado com o fim de gratificar o sentimento de vingança, mas para sastifazer a justiça e preservar a sociedade. Como estes são fins legítimos e da maior importância, segue-se que o castigo capital do homicídio é também legítimo. Esse castigo, no caso de homicídio, não é apenas legitimo, mas também obrigatório.
    1.Porque está expressamente declarado na Bíblia. "Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu; porque Deus fez o homem segundo a sua imagem"(Gn 9.6)É evidente que isso é de obrigação perpétua, porquanto foi ordenado a Noé, a segunda cabeça da raça humana.(...)
    2.Além desses argumentos com base nas Escrituras, há outros que se originam da justiça natural. É um ditame de nossa natureza moral que o crime deve ser castigado; que deve existir justa proporção entre o delito e a pena; e que a morte, a pena maior, é o castigo apropriado para o maior dos crimes. Que este é o parecer instintivo dos homens, demonstra-se pela dificuldade que às vezes se tem para refrear a multidão de tomar vingança com as própria mãos em casos de homicídios cruéis.(...)
    3. A experiência ensina que, onde a vida humana é desvalorizada, ela é insegura; que, onde o homicídio escapa impunemente ou é castigado indevidamente, os homicídios são terrivelmente multiplicados. A questão prática, portanto, é: Quem deve morrer? O inocente ou o assassino?

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  17. O HOMICÍDIO EM DEFESA PRÓPRIA

    Que o homicídio em defesa própria não é proibido pelo sexto mandamento fica evidente:(1.)Porque tal homicídio não é malicioso, e portanto não entra na esfera da proibição.(2.) Porque a autopreservação é um instinto de nossa natureza, e portanto uma revelação da vontade de Deus.(3.) Porque é um direito da razão e da justiça natural que, se de duas pessoas uma deve morrer, então que seja o agressor, e não o agredido.(4.) Porque o juízo universal dos homens, e a Palavra de Deus, declaram inocente àquele que mata outro em defesa de sua própria vida ou da vida de seu próximo.

    Ibid,o.p

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  18. Petrus Alois Rattisbonne20 de novembro de 2012 às 17:40

    Senhor Adeilton:


    Há respeito de uma pergunta que fizeram ao papa quando ele era cardeal, veja o que ele disse:

    "Quando a pena de morte é legal, o que se faz é condenar um indivíduo que cometeu um delito comprovado de extrema gravidade, e que, além disso, constitui um perigo para a paz social; isto é: castiga-se um culpado. No aborto, pelo contrário, aplica-se a pena de morte a um inocente".

    Cardeal Ratzinger, Papa Bento XVI

    A resposta de Ratzinger enquadra-se no pensamento da tradição católica, expresso no Catecismo: a pena de morte surge entre os pontos referidos ao homicídio, enquadrada nas situações de legítima defesa. Do mesmo modo que a moral individual não culpabiliza uma ação de duplo efeito que tem por objectivo direto a defesa proporcionada, mesmo que conduza à morte do agressor, a moral social reconhece ao Estado o direito de, tendo por objectivo primeiro a legítima defesa da comunidade, realizar uma condenação à morte.

    O problema que se coloca é o de saber em que medida pode um Estado, que teve capacidade para capturar e julgar um determinado indivíduo, afirmar que não tem capacidade para neutralizar a sua ação. Foi este problema que levou João Paulo II a afirmar que o aperfeiçoamento dos sistemas penais torna os casos de pena de morte muito raros, senão mesmo praticamente inexistentes! (cf. Evangelium Vitae, n.º 65).

    Esses casos não são os de um Bin Laden qualquer! São as situações em que a ordem pública esteja seriamente ameaçada e as instituições penais sejam incapazes de garantir o cumprimento da ordem, como é o caso do brasil. Por isso, pode-se defender, à luz do Catecismo, a introdução da pena de morte no ordenamento jurídico brasileiro. Aliás, a pena de morte não está prevista no ordenamento penal do Estado da Cidade do Vaticano. O Catecismo da Igreja Católica não faz uma exceção cultural, ao estilo do Parlamento brasileiro. Prevê é que, em determinadas circunstâncias históricas, poderá não haver alternativa.Afinal, é a mesma atitude sensata que levou os teólogos jesuítas da era moderna a defender a direito à revolta e ao tiranicídio!

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  19. Petrus Alois Rattisbonne20 de novembro de 2012 às 18:31

    E ainda...

    "As questões morais não têm todas o mesmo peso moral que o aborto e a eutanásia. Por exemplo, se um católico estivesse em desacordo com o Santo Padre sobre a aplicação da pena de morte ou sobre a decisão de se fazer guerra, ele não seria considerado, por esta razão, como indigno de se apresentar para receber a santa comunhão. A Igreja exorta as autoridades civis a buscar a paz e não a guerra e a demonstrar moderação e misericórdia na aplicação de uma pena aos criminosos. Entretanto, pode ser permitido tomar as armas para repelir um agressor ou mesmo fazer uso da pena de morte. Os católicos podem legitimamente ter opiniões diferentes sobre a guerra ou a pena de morte, mas em nenhum caso sobre o aborto e a eutanásia.”

    Trecho da carta assinada pelo Cardeal Ratzinger em 2004

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  20. Petrus Alois Rattisbonne20 de novembro de 2012 às 18:55

    Catecismo da igreja católica sobre a pena de morte:

    P.33.3 Pena de morte

    §2267 O ensino tradicional da Igreja não exclui, depois de com provadas cabalmente a identidade e a responsabilidade de culpado, o recurso à pena de morte, se essa for a única via praticável para defender eficazmente a vida humana contra o agressor injusto.

    Se os meios incruentos bastarem para defender as vidas humanas contra o agressor e para proteger a ordem pública e a segurança das pessoas, a autoridade se limitará a esses meios, porque correspondem melhor às condições concretas do bem comum e estão mais conformes à dignidade da pessoa humana.

    P.33.4 Pena proporcionada à gravidade do delito

    §2266 Corresponde a uma exigência de tutela do bem comum c esforço do Estado destinado a conter a difusão de comportamentos lesivos aos direitos humanos e às regras fundamentais de convivência civil. A legítima autoridade pública tem o direito e o dever de infligir penas proporcionais à gravidade do delito. A pena tem como primeiro objetivo reparar a desordem introduzida pela culpa, Quando essa pena é voluntariamente aceita pelo culpado tem valor de expiação. Assim, a pena, além de defender a ordem pública c de tutelar a segurança das pessoas, tem um objetivo medicinal: na medida do possível, deve contribuir à correção do culpado.

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  21. Petrus Alois Rattisbonne20 de novembro de 2012 às 19:35

    Mais frases... a favor da pena de morte

    "É "de esquerda" ser a favor do aborto e contra a pena de morte, enquanto direitistas defendem o direito do feto à vida, porque é sagrada, e o direito do Estado de matá-lo se ele der errado".

    Luis Fernando Veríssimo

    "Ó doçura da vida: Agonizar a toda a hora sob a pena da morte, em vez de morrer de um só golpe".

    William Shakespeare

    Os covardes morrem várias vezes antes da sua morte, mas o homem corajoso experimenta a morte apenas uma vez.

    William Shakespeare

    "Um dos usos do nosso sistema de justiça é para avisar os outros ... Nós estamos reformando, não o indivíduo enforcado, mas todos os outros"

    - Michel de Montaigne


    A lei não pode persuadir, onde não se pode punir - Thomas Fuller

    Se nós executarmos assassinos e há, de fato, qualquer efeito dissuasor, temos de matar um bando de assassinos. Se não conseguirmos executar assassinos, e isso seria de fato ter dissuadido outros assassinatos, que têm permitido a morte de vítimas inocentes. Eu prefiro muito mais o risco de o anterior. Isso, para mim, não é uma decisão difícil.

    - John McAdams

    Se fôssemos civilizados e justos o bastante para julgar com exatidão os que cometeram crimes graves, à pena de morte seria tão natural e essencial à manutenção da vida".

    Arthur Meira





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  22. Petrus Alois Rattisbonne20 de novembro de 2012 às 19:48

    Conversando aqui com meus colegas de seminário asseverei que há uma tradição muito antiga (…) de que a punição adequada para o homicídio é a execução do homicida. A outra, a tradição consequencialista (…) defende que a punição deve ser dissuasora, e que a pena de morte serve como dissuasor adequado de homicídios futuros. Abolicionistas como Hugo Adam Bedau e Jeffrey Reiman negam ambos os ramos da argumentação a favor da pena de morte. Defendem que penas de prisão longas são uma resposta retributiva suficiente para o homicídio e que a pena de morte provavelmente não serve como dissuasor nem é mais dissuasora do que outras formas de punição. Defenderei que ambas as defesas tradicionais são sólidas e que juntas fornecem uma argumentação forte a favor da manutenção da pena de morte. Os seres humanos possuem dignidade enquanto agentes racionais auto-conscientes capazes de agir moralmente. Pode defender-se que é precisamente a sua bondade moral ou inocência que lhes confere dignidade e direito à vida. Tirar intencionalmente a vida de um ser humano inocente é tão mau que, na ausência de circunstâncias atenuantes, o perpetrador perde o seu próprio direito à vida. Ele ou ela merecem morrer. As pessoas confundem habitualmente retribuição com vingança. O Governador George Ryan, que comutou recentemente as penas de todos os prisioneiros que estavam no corredor da morte no Estado de Illianois, no seu ensaio que consta de um volume tenho, cita uma carta do Reverendo Desmond Tutu em que este afirma que “tirar a vida quando uma vida se perdeu é vingança, não é justiça”. Isto é simplesmente falso. Vingança significa infligir mal ao ofensor por raiva pelo que ele fez. Retribuição é uma teoria racionalmente justificada segundo a qual o criminoso merece uma punição adequada à gravidade do seu crime. (…) o retributivismo é a teoria que defende que o criminoso merece ser punido e merece ser punido na exacta em proporção da gravidade do seu crime, independentemente do facto da vítima ou de qualquer outra pessoa o ter desejado. Podemos todos lamentar profundamente levar por diante essa punição, mas consideramo-la merecida (…). Quando a sociedade é incapaz de punir os seus criminosos de uma forma que seja proporcional à gravidade do crime, surge o perigo do público fazer justiça pelas próprias mãos, dando origem à justiça vigilante, aos grupos de linchamento e a actos privados de retribuição. O resultado é provavelmente um estado de injustiça anarquista e inseguro. Como tal, a retribuição legal surge como a guardiã da aplicação ordeira do castigo merecido. O nosso instinto natural empurra-nos para a vingança, mas a civilização exige que controlemos a nossa raiva e continuemos com um processo judicial, deixando o resultado determinar se e em que grau deve o acusado ser punido. A civilização exige que não façamos justiça pelas nossas próprias mãos, mas deve satisfazer os nossos instintos mais profundos quando eles são consonantes com a razão. Os nossos instintos dizem-nos que alguns crimes, como o de McVeigh deve ser severamente punido, mas constrangemo-nos de levar a cabo pessoalmente esses castigos, empenhando-nos em processos judiciais. A pena de morte lembra-nos que há consequências para as nossas ações, que somos responsáveis pelo que fazemos, pelo que as consequências extremas para ações imorais são eminentemente apropriadas. A pena de morte é, como tal, uma resposta adequada ao mal.

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  23. Petrus Alois Rattisbonne20 de novembro de 2012 às 20:08

    Apresento, a seguir, excertos de dois textos, com perspectivas filosóficas contrárias, que discutem o problema da pena de morte. Pretende-se deste modo ilustrar, de forma concreta e a partir de um exemplo, os seguintes aspectos:
    1. O que significa afirmar que a disciplina de Filosofia implica o exercício do pensamento crítico e da capacidade argumentativa.
    2. O fato dos problemas tratados em Filosofia terem um carácter conceptual (não empírico), o que não significa que estejam desligados da realidade, mas sim que a reflexão sobre eles nos obriga a analisar ideias que se encontram pressupostas em determinadas práticas. Por exemplo: o tipo de punição que se aplica no sistema jurídico de um determinado país (os Estados Unidos).
    3. A possibilidade de existirem, em relação a um problema filosófico, duas teses ou posições opostas, ambas racionalmente justificadas.
    4. A controvérsia em Filosofia (o fato de todas as perspectivas serem discutíveis) não se deve às explicações vagas ou à especial preguiça dos filósofos, mas sim à natureza dos problemas que são estudados (como por exemplo: a pena de morte, o aborto, a eutanásia, etc.) e onde “provar” significa argumentar.
    5. Na defesa de posições filosóficas devidamente fundamentadas é necessário recorrer não só a informações empíricas como também a outras ciências como: a História, o Direito, a Medicina, etc. O que significa que aqueles que pretendem emitir opiniões em Filosofia devem ter, além de ideias originais, conhecimentos qualificados sobre os assuntos que pretendem opinar.

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  24. Petrus:

    Ainda sobre seu comentário de 20 de novembro de 2012 15:41:

    Se de acordo com você "os cléricos" ainda podem matar, surge a pergunta: Por que não executam mais seus oponentes? Ou então, ainda exterminam "protestantes hereges"?..rs...não tenho conhecimento.

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  25. Petrus Alois Rattisbonne21 de novembro de 2012 às 19:46

    Senhor Fábio:

    Assim como a Inquisição foi extinta gradualmente ao longo do século XVIII, embora só em 1821 se dê a extinção formal em Portugal numa sessão das Cortes Gerais. Porém, a essência da Inquisição original e o direito dos padres, permaneceu na Igreja Católica através de uma nova congregação: A Congregação para a Doutrina da Fé que não mata corporalmente, mas espiritualmente[ heresia].


    Inquisição - do Lat. inquisitione; s. f., Hist., tribunal onde se julgavam os crimes em matéria de religião, designado por Tribunal do Santo Ofício; acção de inquirir, pesquisa.

    A Inquisição não terminou, quando há um julgamento ela se manifesta novamente, pois se tornou um mecanismo social para manter a "justiça", ou, o "estatus quo". Buch fez a sua inquisição "particular" contra o Irã.

    De acordo com o art. 48 da Constituição Apostólica sobre a Cúria Romana, de 1988, "a tarefa própria da Congregação para a Doutrina da Fé é promover e tutelar a doutrina da fé e a moral em todo o mundo católico. Por esta razão, tudo aquilo que, de alguma maneira, tocar este tema cai sob sua competência". INQUISITIVA.

    De 1981 a 2005, o Cardeal Joseph Ratzinger - hoje o Papa Bento XVI - que liderou essa instituição, ( INQUISIÇÂO).
    Sua nomeação se deu pelo próprio Papa João Paulo II.
    Lembra-se do caso Boff?

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  26. Petrus Alois Rattisbonne21 de novembro de 2012 às 20:17



    "Decididamente, não compreendo por que é mais glorioso bombardear uma cidade do que assassinar alguém a machadadas".
    ~

    Frase de Fedor Dostoievski

    "O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer".
    ~

    Frase de Albert Einstein

    Se os homens estão naturalmente em estado de guerra, porque eles sempre transportam armas e porque eles têm as chaves para bloquear as suas portas?
    ~

    Frase de Thomas Hobbes


    Os pactos, sem a força, não passam de palavras sem substância para dar qualquer segurança a ninguém.
    ~

    Frase de Thomas Hobbes


    As duas virtudes cardinais da guerra : força e fraude
    ~

    Frase de Thomas Hobbes


    O homem é lobo do homem, em guerra de todos contra todos.
    ~

    Frase de Thomas Hobbes



    Qualquer governo é melhor que a ausência de governo. O despotismo, por pior que seja, é preferível ao mal maior da Anarquia, da violência civil generalizada, e do medo permanente da morte violenta.

    Frase de Thomas Hobbes


    Os pactos sem a espada são apenas palavras e não têm a força para defender ninguém.
    ~

    Frase de Thomas Hobbes

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  27. Petrus:

    "A Congregação para a Doutrina da Fé que não mata corporalmente, mas espiritualmente[ heresia]".

    Por que queres minimizar tamanha mudança...rs? Assim não tem graça. Jogar hereges na fogueira e queimá-los vivos é bem mais divertido...rs.

    Tal mudança se deu, essencialmente, por conta da perda do poder político da igreja, provocado pela Reforma Protestante, em última análise. Mas não vamos entrar no mérito dessa questão. O assunto aqui é outro.

    A propósito, você citou algumas pérolas (no bom sentido) de grandes nomes, como Aquino e Agostinho, porém, algumas vezes, não colocou a referência completa (livro, capítulo, etc) e outras vezes, me parece, não citou de fontes na língua portuguesa. Poderias nos ajudar, nesse sentido, repetindo com os dados completos e preferencialmente de textos publicados em português? Agradeceria bastante.

    Já conhecia a maioria dessas citações mas não tenho a referência bibliográfica exata. A maioria delas já havia lido no livro do jornalista Amaral Neto, sobre Pena de Morte. Conheces?

    Tudo de bom!

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  28. Petrus Alois Rattisbonne23 de novembro de 2012 às 18:29

    Senhor Adeilton:

    Quero ver a prometida refutação que você me prometera ok?
    Antes de ir para os retiros espirituais inacianos tenho que ver sua postagem aqui.

    Senhor Fábio....

    não vai me dizer que os hereges tem tanto poder assim hein!
    Já no toca a questão das citações, lembre-se que escrevi ad hominem, ou seja, apenas o autor, peguei na memória, mas, prometo resolver em parte e acrescentar mais algumas frases.

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  29. Boaventura Kloppenburg24 de novembro de 2012 às 14:10

    Senhores Petrus e Fábio:

    Embora concorde com todas as frases, sou contra a pena de morte.A nossa cultura é atrasada e corrupta, aconteceria só para os pobres, os ricos, continuariam impunes.Veja o ex. do Juiz Lalau, cumpre pena domiciliar, desviou verbas gigantescas, se fosse pobre estaria com 07 palmos de terra em cima.
    É um assunto polêmico,às vezes parece ser a solução para minimizar o crescimento da violência,porém em países onde é adotada,a criminalidade não se reduziu aos níveis esperados;e num país como o nosso onde as leis não são cumpridas corretamente,é um pouco perigoso.O que acho que deve mudar urgente aqui,é o tempo de cumprimento de pena,no Brasil ninguém cumpre pena superior a 35 anos, e os menores que cometem crimes ,ao completarem a maioridade ficam com a ficha policial limpa,um absurdo!juntando-se a isso o precário sistema penitenciário,o resultado é uma terra sem lei.Para mim calvinistas as leis aqui só tem que ser mais rígidas e cumpridas

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  30. Petrus Alois Rattisbonne28 de novembro de 2012 às 20:02

    Senhor Fábio:

    Quero que o senhor faça uma lista das frases que precisarão de referências e, na medida do possível estarei resolvendo as tais pendências em curso.
    Contudo, gostaria de saber que dia será a prometida postagem sobre as frases que apoiam a pena de morte, pois estarei em retiro espiritual com os jesuítas, nesse ínterim comemorarei meu aniversário dia 30 de novembro no qual farei 25 anos de natividade.


    Senhor Adeilton:

    Emudeceu! morreu! ou sua casa está lhe dando problemas só assim não tenho respostas e refutações hein!

    Tudo de bom

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  31. Petrus, aí vai.

    O purgatório- A cozinha dos padres. (provérbio italiano)

    Conciderações doutinarias

    "Esta doutrina precisa de ser mantida a todo custo pela igreja romana, visto que o purgatório é para ela sua principal, senão a única, fonte de receita. Aqueles que morrem em pecado mortal vão para o inferno; porém aqueles que morrem em pecado, e que a igreja chama de venial, e que não foi expiado nesta vida, ou cuja satisfação não foi perdoada por meio de indulgências, vão para o purgatório. Além disso, dizem-nos que, "quando os pecados de uma pessoa estão perdoados, e ela está justificada, fica ainda assim obrigada a satisfazer o castigo temporal, neste mundo ou no outro, no purgatório" ( concíl. Trid. Sess VI. Can XXX)-castigo que só pode ser perdoado por meio das indulgências. Dizem também que a missa é um sacrifício 'propiciatório'e 'oferecido' não somente pelos vivos, mas também pelos mortos em cristo, que não se acham ainda completamente purificado, especialmente pelos que estáo no purgatório. O sitema é obra prima de logro sacerdotal; e o que é para admirar é que haja gente, em pleno século 19,20 e 21, que possa crer na existência de tal lugar na outra vida. Sendo Deus o único que conhece os corações e esquadrinha os pensamentos, como pode o sacerdote arrogar-se o poder de traçar essa linha? Ímpia usurpação!"

    Conciderações históricas.

    "
    A idéia de um purgatório foi pela primeira vez submetida a discussão na segunda sessão do concílio de Ferrara, em 15 de março de 1438;e antes desta data não fez parte de nenhum credo, nem foi reconhecida como doutirna corrente na Igreja; foi pela primeira vez admitida como doutrina da igreja romana no concílio de Florença em 1439.
    Os editores beneditinos das obras de Santo Ambrósio dizem o seguinte:

    "Não é coisa estranha, na verdade, que Ambrósio tivesse escrito desse modo acerca do estado das almas, mas parece quase incrível a incerteza e inconsequência dos santos padres sobre a questão, desde os primeiros tempos apostólicos até ao pontificado de Gregório IX, e até o concíclio de Florença, isto é, por espaço de quase quatorze séculos, porque não somente diferem uns dos outros, como é natural, que suceda em matérias ainda não definidas pela Igreja, mas até não são bastante consistentes consigo mesmos."
    (St,Amb. Oper. tom. I,p.385. Admonitio ad lectorem. Edit. Bened. Parisiis,1686)

    fonte: Carlos H. Collette,Inovações do romanismo,edições parakletos,pag,112.

    Continuo depois com o argumento, preciso me ausentar agora...

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  32. Petrus Alois Rattisbonne30 de novembro de 2012 às 10:01

    Prezado e aleivoso Adeilton:

    Você usando um texto de um mentiroso colega de seita diz:

    "A idéia de um purgatório foi pela primeira vez submetida a discussão na segunda sessão do concílio de Ferrara, em 15 de março de 1438;e antes desta data não fez parte de nenhum credo, nem foi reconhecida como doutirna corrente na Igreja; foi pela primeira vez admitida como doutrina da igreja romana no concílio de Florença em 1439."

    A verdade:

    São Gregório Magno (†604), Papa e doutor da Igreja, explicava o Purgatório a partir de uma palavra de Jesus: “No que concerne a certas faltas leves, deve-se crer que existe antes do juízo um fogo purificador, segundo o que afirma aquele que é a Verdade, dizendo que se alguém tiver pronunciado uma blasfêmia contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado nem no presente século nem no século futuro (Mt 12,31). Desta afirmação podemos deduzir que certas faltas podem ser perdoadas no século presente, ao passo que outras, no século futuro” (Dial. 41,3). O pecado contra o Espírito Santo, ou seja a pessoa que recusa de todas as maneiras os caminhos da salvação, não será perdoado nem neste mundo, nem no mundo futuro. Mostra o Senhor Jesus, então, neste trecho, implicitamente, que há pecados que serão perdoados no mundo futuro, após a morte.

    O ensinamento sobre o Purgatório tem raízes já na crença dos próprios judeus do Antigo Testamento; cerca de 200 anos antes de Cristo, quando ocorreu o episódio de Judas Macabeus. Narra-se aí que alguns soldados judeus foram encontrados mortos num campo de batalha, tendo debaixo de suas roupas alguns objetos consagrados aos ídolos, o que era proibido pela Lei de Moisés. Então Judas Macabeus mandou fazer uma coleta para que fosse oferecido em Jerusalém um sacrifício pelos pecados desses soldados. “Então encontraram debaixo da túnica de cada um dos mortos objetos consagrados aos ídolos de Jâmnia, coisas proibidas pela Lei dos judeus. Ficou assim evidente a todos que haviam tombado por aquele motivos… puseram-me em oração, implorando que o pecado cometido encontrasse completo perdão… Depois [Judas] ajuntou, numa coleta individual, cerca de duas mil dracmas de prata, que enviou a Jerusalém para que se oferecesse um sacrifício propiciatório. Com ação tão bela e nobre ele tinha em consideração a ressurreição, porque, se não cresse na ressurreição dos mortos, teria sido coisa supérflua e vã orar pelos defuntos. Além disso, considerava a magnífica recompensa que está reservada àqueles que adormecem com sentimentos de piedade. Santo e pio pensamento! Por isso, mandou oferecer o sacrifício expiatório, para que os mortos fossem absolvidos do pecado” (2Mc 12,39-45).

    Em essência, sim, embora não o chamem de purgatório. Judeus acreditam em uma purificação (purgação), que ocorre após a morte. Quando um ente querido judeu morre, é costume para a família e amigos do falecido rezarem em seu nome durante onze meses usando uma oração conhecida como o enlutado Qaddish (derivado da palavra hebraica que significa “santo”). Esta oração é usada para pedir a Deus para acelerar a purificação da alma do ente querido. O Qaddish é rezado por apenas onze meses porque ela é considerado um insulto presumir que os pecados do ente querido eram tão graves que ele exigiria um ano inteiro de purificação.

    A prática de rezar pelos mortos tem sido parte da fé judaica desde antes de Cristo. Lembre-se que 2 Macabeus 12:39-46, uma de suas principais evidências para a observância desta prática entre os católicos, mostram que, um século e meio antes de Cristo, a oração pelos mortos era um gesto natural. Ao contrário do protestantismo, o catolicismo tem preservado esse elemento autêntico da fé judaico-cristã.

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  33. Petrus Alois Rattisbonne30 de novembro de 2012 às 10:38

    Adeilton...

    veja que com as linhas acima, eu já provei que antes do referido concílio já havia a ideia do purgatório
    Portanto o seu comentário é de uma mentira gritante.
    Antes de sair poraí falando merda, é necessário estudar a doutrina do Purgatório, caso contrário não a reconheceremos nos escritos da Igreja primitiva:

    A DEFINIÇÃO DE PURGATÓRIO NO CATECISMO DA IGREJA E NOS CONCÍLIOS ECUMÊNICOS

    O Catecismo da Igreja Católica explica o Purgatório da seguinte maneira:

    "1030. Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora tenham garantida sua salvação eterna, passam, após sua morte, por uma purificação, a fim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do Céu.

    1031. A Igreja denomina Purgatório esta purificação final dos eleitos, que é completamente distinta do castigo dos condenados. A Igreja formulou a doutrina da fé relativa ao Purgatório sobretudo no Concílio de Florença e de Trento. Fazendo referência a certos textos da Escritura, a tradição da Igreja fala de um fogo purificador:

    'No que concerne a certas faltas leves, deve-se crer que existe antes do juízo um fogo purificador, segundo o que afirma aquele que é a Verdade, dizendo, que, se alguém tiver pronunciado uma blasfêmia contra o Espírito Santo, não lhe será perdoada nem no presente século nem no século futuro (Mt 12,32). Desta afirmação podemos deduzir que certas faltas podem ser perdoadas no século presente, ao passo que outras, no século futuro' (São Gregório Magno, Dial. 4,39)".

    É oportuno começar esclarecendo a inexatidão de Sapia - a quem algumas lições de história não fariam mal! - pois já antes do Concílio Ecumênico de Florença dois outros Concílios Ecumênicos haviam definido o Purgatório de forma clara: os Concílios Ecumênicos de Lião I e II, em 1245 e 1274 respectivamente:
    "...Finalmente, afirmando a Verdade no Evangelho, que se alguém blasfemar contra o Espírito Santo não ser-lhe-á perdoada nem neste mundo nem no futuro [Mat. 12,32], o que dá a entender que algumas culpas são perdoadas no século presente e outras no futuro, bem como também disse o Apóstolo, que o fogo provará a obra de cada um; e aquele cuja obra arder sofrerá dano; ele, porém, se salvará, mas como quem passa pelo fogo [1Cor. 3,13.15]; e como os próprios gregos dizem que crêem e afirmam verdadeira e indubitavelmente que as almas daqueles que morrem, recebida a penitência, porém sem cumprí-la; ou sem pecado mortal, mas apenas veniais e pequenos; são purificadas após a morte e podem ser auxiliadas pelos sufrágios da Igreja; visto que [os gregos] dizem que o lugar desta purificação não lhes foi indicado com nome certo e próprio por seus doutores, como nós que, de acordo com as tradições e autoridades dos Santos Padres, o chamamos 'Purgatório', queremos que daqui por diante também eles o chamem por este nome. Porque com aquele fogo transitório certamente são purificados os pecados, não os criminais ou capitais que antes não tenham sido perdoados pela penitência, mas os pequenos ou veniais, que pesam mesmo depois da morte, ainda que tenham sido perdoados em vida..." (Concílio Ecumênico de Lião I, 13º Ecumênico).

    "...Mas, quem disse que foi apenas no concílio de Ferrara...

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  34. Petrus Alois Rattisbonne30 de novembro de 2012 às 10:41

    "...Mas por causa dos diversos erros que alguns por ignorância e outros por malícia introduziram, devemos dizer e pregar que aqueles que depois do batismo caem no pecado não devem ser rebatizados, mas que obtêm pela verdadeira penitência o perdão dos pecados. E se verdadeiramente arrependidos morrerem em caridade antes de ter satisfeito com frutos dignos de penitência por seus atos e omissões, suas almas são purificadas após a morte com penas purgatórias ou catartérias, como nos explicou frei João; e para alívio dessas penas lhes aproveitam os sufrágios dos fiéis vivos a saber: os sacrifícios das missas, as orações e esmolas, e outros ofícios de piedade que, segundo as instituições da Igreja, alguns fiéis costumam a fazer em favor de outros. Mas aquelas almas que após terem recebido o santo batismo não incorreram em mancha alguma de pecado e também aquelas que após o contraírem se purificaram - quer enquanto permaneciam em seus corpos quer após deixá-los - como acima foi dito, são recebidas imediatamente no céu" (Concílio de Lião III, 14º Ecumênico).

    Com efeito, o Concílio de Florença simplesmente reafirmava o que estes outros Concílios Ecumênicos já tinham definido alguns séculos antes:

    "...Desta forma, se os verdadeiros penitentes deixarem este mundo antes de terem satisfeito com frutos dignos de penitência pela ação ou omissão, suas almas são purgadas com penas purificatórias após a morte; e para serem aliviadas destas penas, lhes aproveitam os sufrágios dos fiéis vivos, tais como o sacrifício da missa, orações e esmolas, e outros ofícios de piedade que os fiéis costumam praticar por outros fiéis, segundo as instituições da Igreja. E que as almas daqueles que após receberem o batismo não incorreram absolutamente em mancha alguma de pecado e também aquelas que, após contrair mancha de pecado, a purgaram, quer enquanto viviam em seus corpos quer após o deixarem, segundo o que foi dito acima, são imediatamente recebidas no céu..." (Concílio de Florença, 17º Ecumênico).

    O mesmo reafirma o Concílio de Trento (de 1545 a 1563):

    "Tendo a Igreja Católica, instruída pelo Espírito Santo, segundo a doutrina da Sagrada Escritura e da antiga tradição dos Padres, ensinado nos sagrados concílios e atualmente neste Geral de Trento, que existe Purgatório, e que as almas detidas nele recebem alivio com os sufrágios dos fiéis e em especial com o aceitável sacrifício da missa, ordena o Santo Concílio aos Bispos, que cuidem com máximo esmero que a santa doutrina do Purgatório, recebida dos santos Padres e sagrados concílios, seja ensinada e pregada em todas as partes, e que seja acreditada e conservada pelos fiéis cristãos. Excluam-se, todavia, dos sermões pregados em língua vulgar à plebe rude, as questões muito difíceis e sutis que a nada conduzem à edificação e com as quais raras vezes se aumenta a piedade. Também não se permita que sejam divulgadas e tratadas as coisas incertas, ou que tenham vislumbres ou indícios de falsidade. Ficam proibidas, por serem consideradas escandalosas e que servem de tropeço aos fiéis, as que tocam em certa curiosidade ou superstição, ou tem resíduos de interesse ou de sórdida ganância. Os bispos deverão cuidar para que os sufrágios dos fiéis, a saber, os sacrifícios das missas, as orações, as esmolas e outras obras de piedade que costumam fazer pelos defuntos, sejam executados piedosa e devotadamente segundo o estabelecido pela Igreja, e que seja satisfeita com esmero e exatidão, tudo quanto deve ser feito pelos defuntos, segundo exijam as fundações dos entendidos ou outras razões, não superficialmente, mas sim por sacerdotes e ministros da Igreja e outros que têm esta obrigação" (Concílio de Trento, 19º Ecumênico - Sessão 25: Decreto sobre o Purgatório).

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  35. Petrus Alois Rattisbonne30 de novembro de 2012 às 10:53

    Bom, como eu não me contento com pouco, vou mostrar-lhe o que o pais e doutores da igreja disseram acerca do purgatório antes do concílio de Ferrara em 1438 e Florença 1439.

    PERPÉTUA

    Santa Perpétua foi uma mártir cristã martirizada em 203 juntamente com outros cinco cristãos (Felicidade, Revocato, Saturnino, Segundo e Saturo).

    Esquanto estava na prisão, teve uma dupla visão em que viu seu irmão, falecido 7 anos antes, sair de um lugar tenebroso onde estava sofrendo. Santa Perpétua passou então a rezar pelo descanso eterno de sua alma e, logo após ser ouvida pelo Senhor, teve uma segunda visão em que viu seu irmão seguro e em paz porque sua pena havia sido satisfeita:

    "Imediatamente, nessa mesma noite, isto me foi mostrado em uma visão: eu vi Dinocrate saindo de um lugar sombrio, onde se encontravam também outras pessoas; e ele estava magro e com muita sede, com uma aparência suja e pálida, com o ferimento de seu rosto quando havia morrido. Dinocrate foi meu irmão de carne, tendo falecido há 7 anos de uma terrível enfermidade... Porém, eu confiei que a minha oração haveria de ajudá-lo em seu sofrimento e orei por ele todo dia, até irmos para o campo de prisioneiros... Fiz minha oração por meu irmão dia e noite, gemendo e lamentando para que [tal graça] me fosse concedida. Então, certo dia, estando ainda prisioneira, isto me foi mostrado: vi que o lugar sombrio que eu tinha observado antes estava agora iluminado e Dinocrate, com um corpo limpo e bem vestido, procurava algo para se refrescar; e onde havia a ferida, vi agora uma cicatriz; e essa piscina que havia visto antes, vi que seus níveis haviam descido até o umbigo do rapaz. E alguém incessantemente extraía água da tina e próximo da orla havia uma taça cheia de água; e Dinocrate se aproximou e começou a beber dela e a taça não reduziu [o seu nível]; e quando ele ficou saciado, saiu pulando da água, feliz, como fazem as crianças; e então acordei. Assim, entendi que ele havia sido levado do lugar do castigo" (Paixão de Perpétua e Felicidade 2,3-4).[3]

    ABÉRCIO

    Bispo de Hierápolis, na Frígia, na segunda metade do século II e início do III, foi desde cedo bastante venerado pela Igreja grega e, posteriormente, pela Igreja latina. Sabe-se que visitou Roma regressando logo depois pela Síria e Mesopotâmia. Antes de morrer, compôs seu próprio epitáfio, datado de finais do século II ou início do III, em que pede que se ore por ele:

    "Cidadão de pátria ilustre, / Construí este túmulo durante a vida, / Para que meu corpo - num dia - pudesse repousar. / Chamo-me Abércio: / Sou discípulo de um Santo Pastor, / Que apascenta seu rebanho de ovelhas, / Por entre montes e planícies. / Ele tem enormes olhos que tudo enxergam, / Ensinou-me as Escrituras da Verdade e da Vida / [...] / Eu, Abércio, ditei este texto / E o fiz gravar na minha presença / Aos setenta e dois anos. / O irmão que o ler por acaso / Ore por Abércio." (Epitáfio de Abércio).[4]

    ATOS DE PAULO E TECLA

    Os Atos de Paulo e Tecla, escritos no século II (ano 160), narram a história de uma convertida que se converteu ao ouvir as pregações de São Paulo e, após desfazer o compromisso com seu noivo, se dedica a assistir Paulo na evangelização. Lemos aí uma oração de intercessão para que uma cristã falecida seja levada para o lugar dos justos:

    "E após a exibição, Trifena novamente a recebeu. Sua filha Falconila havia morrido e disse para ela em sonhos: 'Mãe: deverias ter esta estrangeira, Tecla, como a mim, para que ela ore por mim e eu possa ser levada para o lugar dos justos" (Atos de Paulo e Tecla).[5]

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  36. Petrus Alois Rattisbonne30 de novembro de 2012 às 11:00

    TERTULIANO

    Tertuliano nasceu em Cartago antes do ano 160. Por volta do ano 195, se converteu ao Cristianismo e chegou a se tornar em um notável escritor eclesiástico. Infelizmente, por volta do ano 207, aderiu abertamente à seita herética de Montano e acabou fundando sua própria seita (a dos Tertulianistas).

    Encontram-se nos escritos de Tertuliano numerosas e claras referências ao Purgatório. Entre elas, podemos mencionar: "De Anima" (Da Alma), que fala da purificação da alma após a morte; em "De Carnis Resurrectione" (Da Ressurreição da Carne), chega ao extremo de afirmar que apenas os mártires viverão diretamente na presença de Deus; em "De Monogamia" (Da Monogamia), fala como as orações pelos falecidos podem ajudá-los; e em "De Corona" (Da Coroa), menciona o costume da Igreja celebrar a Eucaristia pelo descanso eterno dos falecidos:

    "Por isso, é muito conveniente que a alma, sem esperar a carne, sofra um castigo pelo que tenha cometido sem a cumplicidade da carne. E, igualmente, é justo que, em recompensa pelos bons e piedosos pensamentos que tenha tido sem a cooperação da carne, receba consolos sem a carne. Mais ainda: as próprias obras realizadas com a carne, ela é a primeira a conceber, dispor, ordenar e pô-las em alerta. E ainda naqueles casos em que ela não consente em pô-las em alerta, no entanto, é a primeira a examinar o que logo fará no corpo. Enfim, a consciência não será nunca posterior ao fato. Consequentemente, também a partir deste ponto de vista, é conveniente que a substância que foi a primeira a merecer a recompensa seja também a primeira a recebê-la. Em suma: já que por esta lição que nos ensina o Evangelho entendemos o inferno, já que 'por esta dívida, devemos pagar até o último centavo', compreendemos que é necessário purificar-se das faltas mais ligeiras nesses mesmos lugares, no intervalo anterior à ressurreição; ninguém poderá duvidar que a alma recebe logo algum castigo no inferno sem prejuízo da plenitude da ressurreição, quando receberá a recompensa juntamente com a carne" (Da Alma 58: PL 2,751).[8]

    "Ao deixar o seu corpo, ninguém vai imediatamente viver na presença do Senhor - exceto pela prerrogativa do martírio, pois então adquire uma morada no paraíso e não nas regiões inferiores" (Da Ressurreição da Carne 43).[9]

    "Certamente, ela roga pela alma de seu marido; pede que durante este intervalo ele possa encontrar descanso e participar da primeira ressurreição [...] Oferece, a cada ano, o sacrifício no aniversário de sua dormição" (Da Monogamia 10).[10]

    "O sacramento da Eucaristia, encomendado pelo Senhor no tempo da ceia e para todos, o recebemos nas assembléias, antes do amanhecer, e não das mãos de outros que não sejam os que as presidem. Fazemos oblações pelos falecidos, a cada ano, nos dias de aniversário" (Da Coroa 3: PL 2,79).[11]

    Não se pode deixar de observar que Tertuliano escreveu isto muitos anos antes de São Gregório Magno "sonhar" em nascer...

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  37. Petrus Alois Rattisbonne30 de novembro de 2012 às 11:03

    CLEMENTE DE ALEXANDRIA

    Nasceu por volta do ano 150, provavelmente em Atenas, de pais pagãos. Após tornar-se cristão, viajou pelo o sul da Itália, Síria e Palestina, em busca de mestres cristãos, até que chegou em Alexandria. Os ensinamentos de Panteno, líder da escola catequética de Alexandria (Egito), fizeram com que se estabelecesse ali. No ano 202, a perseguição de Sétimo Severo o obrigou a abandonar o Egito e a se refugiar na Capadócia, onde morreu pouco antes de 215.

    Seu conhecimento dos escritos pagãos e da literatura cristã é notável! Segundo Quasten, em suas obras podemos encontrar cerca de 360 citações dos clássicos, 1500 do Antigo Testamento e 2000 do Novo; portanto, é considerado cronologicamente como o primeiro sábio cristão, conhecedor profundo não apenas da Sagrada Escritura mas ainda das obras cristãs anteriores a ele e, inclusive, obras da literatura profana.

    Nos "Stromata" ou "Tapeçarias" (Στρωματεις), fala da purificação pelo "fogo" que a alma sofre posteriormente à morte, quando não atingiu a plena santidade:

    "Através de grande disciplina o crente se despoja das suas paixões e passa a mansão melhor que a anterior; passa pelo maior dos tormentos, tomando sobre si o arrependimento das faltas que possa ter cometido após o seu batismo. Então, é torturado mais ao ver que não conseguiu o que os outros já conseguiram. Os maiores tormentos são atribuídos ao crente porque a justiça de Deus é boa e sua bondade é justa; e estes castigos completam o curso da expiação e purificação de cada um" (Stromata 4,14).[6]

    "Porém, nós dizemos que o fogo santifica não a carne, mas as almas pecadoras; referindo-se não ao fogo comum, mas o da sabedoria, que penetra na alma que passa pelo fogo" (Stromata 8,6).[7]
    ORÍGENES

    Ilustre teólogo e escritor eclesiástico. Nascido em Alexandria por volta do ano 231, foi reconhecido como o maior mestre da doutrina cristã em sua época, exercendo uma extraordinária influência como intérprete da Bíblia.

    Orígenes enxerga em 1Coríntios 3 uma alusão ao Purgatório:

    "Pois se sobre o fundamento de Cristo contruístes não apenas ouro e prata mas pedras preciosas e ainda madeira, cana e palha, o que esperas que ocorra quando a alma seja separada do corpo? Entrarias no céu com tua madeira, cana e palha e, deste modo, mancharias o reino de Deus? Ou em razão destes obstáculos poderias ficar sem receber o prêmio por teu ouro, prata e pedras preciosas? Nenhum destes casos seria justo. Com efeito, serás submetido ao fogo que queimará os materiais levianos. Para nosso Deus, àqueles que podem compreender as coisas do céu, encontra-se o chamado 'fogo purificador'. Porém, este fogo não consome a criatura, mas aquilo que ela construiu: madeira, cana ou palha. É manifesto que o fogo destrói a madeira de nossas transgressões e logo nos devolve o prêmio de nossas grandes obras" (P.G. 13, col. 445,448).[16]

    LACTÂNCIO

    Loarte comenta que foi chamado "o Cícero cristão" por seu elegante manejo da língua latina. Nasceu no norte da África por volta do ano 250, de pais pagãos. Provavelmente converteu-se ao Cristianismo na Nicomédia. Durante a última grande perseguição, por volta do ano 303, viu-se obrigado a abandonar sua cátedra e exilar-se na Bitínia. Após o Edito de Milão, Constantino o chamou a Tréveris, para confiar-lhe a educação de Crispo, seu filho mais velho. Pouco mais conhecemos da vida de Lactâncio, que deve ter falecido por volta do ano 317.

    Em suas "Instituições Divinas", livro 7, enxerga 1Coríntios 3 da mesma forma que Orígenes: como uma referência ao Purgatório...

    "Porém, quando julgar os justos, Ele também os provará com fogo. Então aqueles cujos pecados excederem em peso ou número, serão chamuscados pelo fogo e queimados; mas aqueles a quem imbuiu a justiça e plena maturidade da virtude não perceberão esse fogo porque eles têm algo de Deus neles mesmos, que repele e rejeita a violência da chama" (Instituições Divinas 7,21).[17]

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  38. Petrus Alois Rattisbonne30 de novembro de 2012 às 11:04

    CIPRIANO DE CARTAGO

    São Cipriano nasceu em torno do ano 200, provavelmente em Cartago, de família rica e culta. Dedicou-se, em sua juventude, à retórica. O desgosto que sentia diante da imoralidade dos ambientes pagãos contrastados com a pureza de costumes dos cristãos o induziu a abraçar o Cristianismo por volta do ano 246. Pouco depois, em 248, foi eleito bispo de Cartago. Durante a perseguição de Décio, em 250, julgou melhor afastar-se para outro lugar, para continuar a se ocupar com seu rebanho de fiéis. Dele conservamos uma dezena de opúsculos sobre diversos temas de então e, particularmente, uma coleção de 81 cartas.

    Em São Cipriano encontramos, da mesma forma que nos anteriores, referências ao Purgatório feitas séculos antes de São Gregório Magno:

    "Uma coisa é pedir perdão; outra coisa, alcançar a glória. Uma coisa é estar prisioneiro sem poder sair até ter pago o último centavo; outra coisa, receber simultaneamente o valor e o salário da fé. Uma coisa é ser torturado com longo sofrimento pelos pecados, para ser limpo e completamente purificado pelo fogo; outra coisa é ter sido purificado de todos os pecados pelo sofrimento. Uma coisa é estar suspenso até que ocorra a sentença de Deus no Dia do Juízo; outra coisa é ser coroado pelo Senhor" (Epístola 51,20).[12]

    São Cipriano também atesta o comum costume de se fazer orações e oferecer a Eucaristia pelo descanso eterno dos falecidos, o que seria inútil caso as orações não pudessem ajudá-los:

    "Oferecemos por eles sacrifícios, como percebeis, sempre que na comemoração anual celebramos os dias da paixão dos mártires" (Epístola 33,3).[13]

    No seguinte texto também podemos ver São Cipriano atestando de maneira implícita o costume de se oferecer a Eucaristia pelos falecidos. É negado para o caso particular de Victor em razão da violação das decisões conciliares, por ter ordenado ilegitimamente Gemínio Faustino como presbítero:

    "...E quanto a Victor, visto que contrariamente à forma prescrita pelo recente Concílio dos sacerdotes se atreveu a constituir tutor ao presbítero Gemínio Faustino, não há razão para que se celebre, entre vós, a oblação pela sua morte ou se reze por ele qualquer oração na Igreja; desta forma, observaremos nós o decreto dos sacerdotes, elaborado religiosamente e por necessidade, dando-se, ao mesmo tempo, exemplo aos demais irmãos, para que ninguém deseje as moléstias mundanas aos sacerdotes e ministros de Deus dedicados ao seu altar e Igreja" (Epístola 65,2).[14]

    Outro texto similar:

    "Finalmente, anotai também os dias em que eles morrem, para que possamos celebrar suas comemorações entre as memórias dos mártires; por mais que Tertuliano, nosso fidelíssimo e devotíssimo irmão, com aquela solicitude e cuidado que reparte com os irmãos sem se orgulhar da sua atividade, e como no cuidado dos cadáveres remanescentes ali, tenha escrito e me faça saber, entre outras coisas, os dias em que nossos ditosos irmãos partiram do cárcere para a imortalidade através de uma morte gloriosa, celebramos aqui nossas oblações e sacrifícios em comemoração deles, as quais prontamente celebraremos convosco, com a ajuda de Deus" (Epístola 36,2).[15].

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  39. Petrus Alois Rattisbonne30 de novembro de 2012 às 11:05

    EFRÉM DA SÍRIA

    Nasceu por volta do ano 306, no povoado de Nísibis (hoje chamada Nusaybim, na Turquia). Diácono, Doutor da Igreja e escritor eclesiástico. Estima-se que faleceu por volta do ano 373, embora alguns autores afirmem que viveu até 378 ou 379.

    Em seu testamento, solicita que orem por ele e cita o livro dos Macabeus como evidência de que as orações dos vivos podem ajudar a expiar os pecados dos falecidos:

    "Quando se cumprir o trigésimo dia [da minha morte], lembrai-vos de mim, irmãos. Os falecidos, com efeito, recebem ajuda graças a oferenda que fazem os vivos (...) Se como está escrito, os homens de Matatias encarregados do culto em favor do exército expiaram, pelas oferendas, as culpas daqueles que tinham perecido e eram ímpios por seus costumes, quanto mais os sacerdotes de Cristo, com suas santas oferendas e orações, expiarão os pecados dos falecidos" (Testamento, 72,28:EP 741).[18]

    BASÍLIO MAGNO

    Nasceu por volta do ano 330, do seio de uma família profundamente cristã. No ano 364 foi ordenado sacerdote e, 6 anos depois, sucedeu a Eusébio, bispo de Cesaréia, metropolita da Capadócia e exarca da diocese do Ponto. Faleceu no ano 379.

    Fala como aqueles atletas de Deus, logo após terem sido salvos, podem ser "detidos" se por acaso conservarem algumas manchas de pecado:

    > "Penso que os valorosos atletas de Deus, os quais durante toda a sua vida estiveram frequentemente em luta contra os seus inimigos invisíveis, após terem superado todos os seus ataques, ao chegarem ao fim de suas vidas serão examinados pelo príncipe do século, a fim de que, se em consequência das lutas tiverem algumas feridas ou certas manchas ou vestígios de pecado, sejam detidos; porém, se são encontrados imunes e incontaminados, como invictos e livres encontram o descanso junto a Cristo" (Homilias sobre os Salmos 7,2: PG 29,232).[19]

    CIRILO DE JERUSALÉM

    Nasceu em Jerusalém ou em sua circunvizinhança, em torno do ano 313 ou 315. Foi Padre da Igreja e arcebispo de Jerusalém. Estima-se que morreu em 386.

    Em sua catequese reafirma a imemorial Tradição da Igreja de orar pelos falecidos por seu eterno descanso:

    "Recordamos também de todos os que já dormiram; em primeiro lugar, os patriarcas, os profetas, os apóstolos, os mártires, para que, por suas preces e intercessão, Deus acolha a nossa oração. Depois, também pelos santos padres, bispos falecidos e, em geral, por todos cuja vida transcorreu entre nós, crendo que isso será da maior ajuda para aqueles por quem se reza. Quero vos esclarecer isso com um exemplo: visto que muitos ouviram dizer: para que serve a uma alma sair deste mundo com ou sem pecados se depois faz-se menção dela na oração? Suponhamos, por exemplo, que um rei envia ao desterro alguém que o ofendeu; porém, depois, os seus parentes, afligidos pela pena, lhe oferecem uma coroa. Por acaso não ficarão agradecidos pelo relaxamento dos castigos? Do mesmo modo, também nós apresentamos súplicas a Deus pelos falecidos, ainda que sejam pecadores. E não oferecemos uma coroa, mas sim Cristo morto por nossos pecados, pretendendo que o Deus misericordioso se compadeça e seja propício tanto com eles quanto conosco" (Catequese 13,9-10).[20]

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  40. Petrus Alois Rattisbonne30 de novembro de 2012 às 11:10

    SANTO AGOSTINHO

    Doutor da Igreja nascido em Tagaste (África) no ano 354, filho de Santa Mônica. Após uma vida ímpia, converteu-se no ano 387 e, posteriormente, foi eleito bispo de Hipona, ministério que exerceu durante 34 anos. É considerado um dos Padres mais influentes do Ocidente e seus escritos são de grande atualidade. Morreu no ano 430.

    As descrições do Purgatório por parte de Santo Agostinho também são bastante anteriores a São Gregório Magno e são tão claras que tampouco necessitam de explicações:

    "Senhor, não me interpeles na tua indignação. Não me encontres entre aqueles a quem haverás de dizer: 'ide para o fogo eterno que está preparado para o diabo e seus anjos'. Nem me corrijas em teu furor, mas purifica-me nesta vida e torna-me tal que já não necessite do fogo corretor, atendendo aos que hão de salvar-se, ainda que, não obstante, como que através do fogo. Por que acontece isto se não é porque edificam aqui sobre o cimento, lenha, palha e feno? Se tivesse edificado sobre o ouro, a prata e as pedras preciosas, estariam livres de ambas as classes de fogo, não apenas daquele eterno, que atormentará os ímpios para sempre, mas também daquele que corrigirá aos que hão de salvar-se através do fogo" (Comentário ao Salmo 37,3: BAC 235,654).[25]

    "Quando alguém padece algum mal, pela perversidade ou erro de um terceiro, peca, certamente, o homem que por ignorância ou injustiça causa um mal a alguém; porém não peca Deus, que por um justo mas oculto desígnio, permite que isto ocorra. Contudo, há penas temporais que alguns padecem apenas nesta vida, outros após a morte, e outros agora e depois. De toda forma, estas penas são sofridas antes daquele severíssimo e definitivo juízo. Mas nem todos os que hão de sofrer penas temporais através da morte cairão nas eternas, que terão lugar após o juízo. Haverá alguns, de fato, a quem se perdoarão no século futuro o que não se lhes foi perdoado no presente; ou seja, que não serão castigados com o suplício eterno do século futuro, como falamos mais acima" (A Cidade de Deus 21,13: BAC 172,791-792).[26]

    "A maior parte [das pessoas], uma vez conhecida a obrigação da lei, se veem vencidas primeiramente pelos vícios que chegam a dominá-las; tornam-se, assim, transgressoras da lei. Logo buscam refúgio e auxílio na graça, com a qual recuperarão a vitória, mediante uma amarga penitência e uma luta mais vigorosa, submetendo primeiro o espírito a Deus e obtendo depois o domínio sobre a carne. Quem quiser, pois, evitar as penas eternas não deve apenas se batizar; deve ainda se santificar seguindo a Cristo. Assim é como quem passa do diabo para Cristo. Quanto às penas expiatórias, não pense ninguém em sua existência se não será antes do último e terrível juízo" (A Cidade de Deus 21, 16: BAC 172,798.[27]

    "Não se pode negar que as almas dos falecidos são aliviadas pela piedade dos parentes vivos, quando oferecem por elas o sacrifício do Mediador ou quando praticam esmolas na Igreja. Porém, estas coisas aproveitam aquelas [almas] que, quando viviam, mereceram que se lhes pudessem aproveitar depois. Pois há um certo modo de viver, nem tão bom que aproveite destas coisas depois da morte, nem tão mal que não lhes aproveitem; há tal grau no bem que o que possui não aproveita de menos; ao contrário, há tal [grau] no mal que não pode ser ajudado por elas quando passar desta vida. Portanto, aqui o homem adquire todo o mérito com que pode ser aliviado ou oprimido após a morte. Ninguém espere merecer diante de Deus, quando tiver falecido, o que durante a vida desprezou" (Das Oito Questões de Dulcício 2, 4: BAC 551,389).[28]

    "Lemos nos livros dos Macabeus que foi oferecido um sacrifício pelos falecidos. E apesar de não podermos ler isto em nenhum outro lugar do Antigo Testamento, não é pequena a autoridade da Igreja universal que reflete este costume, quando nas orações que o sacerdote oferece ao Senhor, nosso Deus, sobre o altar encontra seu momento especial na comemoração dos falecidos" (Do Cuidado devido aos Mortos 1,3: BAC 551,439).[29]

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  41. Petrus Alois Rattisbonne30 de novembro de 2012 às 11:15

    Ainda de Santo Agostinho...


    "Na pátria (=céu) não haverá lugar para a oração, mas apenas para o louvor. Por que não para a oração? Porque nada faltará. O que aqui é objeto de fé, ali será objeto de visão. O que aqui se espera, ali se possuirá. O que aqui se pede, ali se recebe. Contudo, nesta vida existe uma certa perfeição alcançada pelos santos mártires. A isto se deve o uso eclesiástico, conhecido pelos fiéis, de se mencionar os nomes dos mártires diante do altar de Deus; não para orar por eles, mas pelos demais falecidos de que se faz menção. Seria uma injúria rogar por um mártir, a cujas orações devemos nos encomendar. Ele lutou contra o pecado até derramar seu sangue. Aos outros, imperfeitos todavia, mas sem dúvida parcialmente justificados, diz o Apóstolo na Epístola aos Hebreus: 'Todavia não resististes até tombar em vossa luta contra o pecado'" (Sermão 159,1: BAC 443,498).[30]

    Esse você e o heresiarca do João Calvino conhece hein!!!

    Quer mais para que sua mentira caia por terra, senhor Adeilton?

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  42. Petrus Alois Rattisbonne30 de novembro de 2012 às 11:32

    Isto é apenas uma seleção parcial de textos patrísticos referentes ao Purgatório. Na verdade, torna-se difícil entender, à luz das sentenças anteriores, como ainda existem pessoas que afirmam como esse
    Carlos H. Collette, que o Purgatório foi invenção da Idade Média. Peço a Deus que isto se dê por ignorância e não por malícia. Felizmente, estes textos estão ao alcance de todos e oferecem uma evidência indiscutível quanto a fé da Igreja primeira... a nossa Igreja [católica].

    Para não dizer que não sou crstão vou lhe dar uma lista de boas leituras e referências aconselháveis de leitura cristã sobre o purgatório.

    (...)

    -----


    [3] Texto em inglês em Ante Nicene Fathers [ANF] 3,701-702 - http://www.ccel.org/print/schaff/anf03/vi.vi.iv
    [4] Traduzido do "Epitáfio de Abércio" (ano 190 d.C.), em PAT 1:172. Texto em inglês em http://www.ccel.org/ccel/wace/biodict.txt
    [5] "Atos de Paulo e Tecla" em ANF 8,490. Texto em inglês em http://www.ccel.org/print/schaff/anf08/vii.xxvi
    [6] "Stromata / Tapeçarias", livro 7, capítulo 14, em ANF 2,504. Texto em inglês em http://www.ccel.org/print/schaff/anf02/vi.iv.vi.xiv
    [7] "Stromata / Tapeçarias", livro 7, capítulo 6, em ANF 2. Traduzido de http://www.ccel.org/print/schaff/anf02/vi.iv.vii.vi
    [8] "Patrologia 1", Johannes Quasten, p. 311. "O Além nos Padres da Igreja", Guillermo Pons, p. 69.
    [9] "Patrologia 1", Johannes Quasten, p. 311.
    [10] Ibid.
    [11] "O Além nos Padres da Igreja", Guillermo Pons, p. 69.
    [12] "Epístola 51[55]": a Antoniano, sobre Cornélio e Novaciano 20; ANF 5,332. Traduzido de http://www.ccel.org/print/schaff/anf05/iv.iv.li e http://www.newadvent.org/fathers/050651.htm
    [13] Carta 39,3 (HARTEL, 583, BAYARD, ML 4,323 A:Epist. 34). Texto em inglês em http://www.newadvent.org/fathers/050633.htm
    [14] Carta 1,2 (HARTEL:CSEL v.3 p.2 pg.463s, L. BAYARD, São Cipriano, Correspondência (Paris 1945), ML 4,399 A–B:Epist. 66). Texto em inglês em http://www.newadvent.org/fathers/050665.htm
    [15] Carta 12,2 (HARTEL, 503s, BAYARD, ML 4,328 b – 329 a:Epist.37). Texto em inglês em http://www.newadvent.org/fathers/050636.htm
    [16] Extraído da "Enciclopédia Católica", verbete Purgatório.
    [17] Lactâncio, "Os Divinos Institutos", livro 7, capítulo 21; ANF 7. Texto em inglês em http://www.ccel.org/print/schaff/anf07/iii.ii.vii.xxi
    [18] "O Além nos Padres da Igreja", Guillermo Pons, p. 69.
    [19] Ibid, p. 70.
    [20] Extraído de http://www.mercaba.org/tesoro/CIRILO_J/Cirilo_25.htm. Texto em inglês em Leitura Catequética 23,9-10; NPNF 2,7,154-155 - http://www.ccel.org/print/schaff/npnf207/ii.xxvii
    [21] "O Além nos Padres da Igreja", Guillermo Pons, pp. 70-71.
    [22] "Sermão sobre os Mortos", Jurgens 2,58.
    [23] "O Além nos Padres da Igreja", Guillermo Pons, p. 71.
    [24]Texto em inglês em http://www.ccel.org/print/schaff/npnf112/iv.xlii e http://www.newadvent.org/fathers/220141.htm
    [25] "O Além nos Padres da Igreja", Guillermo Pons, pp. 71-72.
    [26] Ibid, p. 72.
    [27] Ibid, p. 72-73.
    [28] Ibid, p. 73.
    [29] Ibid, p. 73-74.
    [30] Ibid, p. 74.
    [31] Ibid, p. 74-75

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  43. Este comentário foi removido pelo autor.

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  44. HOJE É DIA DE FESTA PESSOAL, ANIVERSÁRIO DE PETRUS!

    Esqueçamos as controvérsias teológicas e nos alegremos por esta data!

    Petrus meu nobre papista infringidor do 1º e 2º mandamentos, gostaria de lhe parabenizar por esta data tão especial para você e todos nós! Digo especial sim, pois o que seria da nossa interação aqui no blog sem sua árdua presença?
    Fico feliz por sua estada entre nós através desta sua constante crise de identidade (Romana X Protestante).

    Que o Senhor te faça permanecer entre nós por muito tempo e que a luz do verdadeiro evangelho das escrituras ilumine sua mente corrompida pela tradição romana e te leve arrependido aos pés de Cristo, nosso único mediador com o Senhor nosso Deus.

    Detalhe pessoal: O Petrus nasceu no dia do Teólogo, é mole?!

    De coração: Um feliz aniversário!

    Naquele que vive e reina eternamente,

    Esdras Amorim

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  45. Petrus,

    Suas citações do período patrístico podem estarem todas fora do contexto.

    Eu posso muito bem pegar um isolado e dizer o que quero.

    Agora Veja essa citação de Agostinho:

    " A fé católica, apoiando-se na autoridade divina, crê que o primeiro lugar é o reino dos céus, e o segundo, o inferno. Desconhecemos completamente outro terceiro lugar; ainda mais, sabemos que a Escritura não fala de tal lugar" (Aug. Hypog. I,5, VII. Basil. 1529)

    Veja o que encontrei lendo o comentário de S. Crisóstomo,homilias em romanos,

    " As divisões são a causa principal da ruina da igreja. São ar armas do diabo, que revolucionam tudo.(...)Donde se origina a dissenção? dos dogmas introduzidos à margem do ensino dos apóstolos. E donde provêm tais dogmas? Da servidão ao ventre e de outras paixões."[1]

    Petrus a causa da divisão entre nós cristãos, não são os protestantes, e sim sua igreja que introduziu vários dogmas à margem do cristianismo, como disse o amado S. Crisóstomo no comentário logo acima.

    1.S Joao Crisótomo, comentário às cartas de São Paulo/1,Paulus Edit.pag,523.

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  46. Petrus Alois Rattisbonne3 de dezembro de 2012 às 10:27

    Senhor Adeilton:

    Malgrado o erro de gramática no ínicio do seu comentário, o resto é digno de ser comentado e refutado.
    Aliás, como se define gramaticalmente "podem estarem" preciso de sua propalada inovação em matéria de gramática, obaaa... portuguesão vamos lá...

    O meu diferencial em relação a você sempre foi ter-se servido dos textos dos Pais da Igreja com verdade e propriedade ao passo que você não, mostrando para as almas sinceras que a nossa fé, a Fé Verdadeira, é perene, não se modifica com o tempo e foi a fé dos primeiros cristãos.

    Eu já escrevi isso em outras oportunidades, e vou repetir agora: os protestantes possuem uma certa cegueira na própria inteligência. Por isso é tão difícil conversar com vocês. Como conversar com alguém que não reconhece que a Verdade é única e imutável? Como conversar com alguém que defende com unhas e dentes que a doutrina não é importante? Ora, vocês não são nada razoáveis, para não dizer desonestos.

    Não vou me dar ao trabalho para refutar os textos Patrísticos que você me apresentou porque julgo ser totalmente desnecessário. Justifico: uma casa pode vir abaixo de duas formas: uma é destruindo seus pilares e a outra é destruindo tijolo por tijolo. Quando encontro um artigo bem estruturado e até com certa honestidade intelectual, eu aí parto para o tijolo por tijolo. E este não é o caso que temos aqui. A maioria dos livros/artigos de "apologética" protestante quando tentam utilizar-se ou desmentir o testemunho dos Santos Padres, utilizam geralmente os seguintes artifícios:

    1 - Reduzem o testemunho dos Pais da Igreja a uma mera opinião pessoal dos mesmos. Ora, se tivessem estudado a Patrística e a Patrologia saberiam que foram homens que testemunharam a fé que receberam, em alguns casos, da boca dos próprios apóstolos. Foram referenciados como os Arautos da Verdade, Testemunhas da Verdadeira Fé. Principalmente se forem do grupo chamado Pais Apostólicos, aqueles que viveram antes ou logo após o 1o. Concílio de Nicéia. Nesta época, eles que receberam dos legítimos sucessores dos apóstolos o Episcopado, escreveram para reafirmar a antiga fé contra as novas heresias. Agora, se por um minuto eu for conceder que estes heróis da fé falaram sobre suas opiniões pessoais, eu prefiro a opinião deles do que a de Lutero, Calvino, John Knox e outros pseudo-reformadores.

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  47. Petrus Alois Rattisbonne3 de dezembro de 2012 às 10:45

    Adeilton...

    2 - Distorcem [como você fez]os textos dos Pais da Igreja como fazem com as Escrituras. Se distorcem as claríssimas palavras de Cristo onde Ele diz que Seu corpo é VERDADEIRAMENTE comida e Seu sangue é VERDADEIRAMENTE bebida (cf. Jo 6,52-59), o que esperar da leitura dos Pais da Igreja? O texto que o protestante comenta sobre os testemunhos primitivos acerca da Eucaristia é ilário, para não dizer trágico! Ele insiste em dizer o que o texto não diz. Em todos os exemplos que ele cita, os textos sempre dizem que a Eucaristia É sacrifício, que É o corpo e sangue do Senhor. E o autor do artigo, diz que eles estavam falando num sentido espiritual... É o que eu chamo de leitura com viseira de burro. Os textos sobre o Papado são ainda mais tristes...

    Uma coisa muito importante de se notar senhor Adeilton, é que vocês não conseguem apresentar um único texto de um Pai da Igreja que testifique as heresias em que vocês crêem. Ora, se nós católicos somos os errados, os enganados e mentirosos, e tendo em vista que Cristo fundou a Verdadeira Religião há quase dois mil anos, por que vocês não conseguem apresentar uma única prova material de que a fé deles é a Fé de sempre? Por que em vez disso distorcem com um vergonhoso descaramento as palavras dos Pais da Igreja? A resposta é simples: a fé vocês é falsa e por isso não há prova material de que os Pais da Igreja creram nos erros que vocês protestantes defendem hoje. Se os Pais da Igreja fossem os mentirosos que essa gente tenta provar hoje, eles teriam sido refutados na época em que escreveram seu testemunho. Ao invés disso, a Igreja antiga INTEIRA os exaltou e reverenciou como Testemunhas e Arautos da Verdade, guardando com muito carinho seus escritos e sua doutrina.

    Além disso é muito importante lembrar de um princípio que ficou muito famoso na pena de São Vicente de Lérins: "quod semper, quod ubique, quod ab omnibus" (Comunitorium), isto é, a Verdadeira Fé é "a Fé de sempre, crida em toda parte e por todos". Logo, meu caro Adeilton., esses protestantes que você utiliza, podem até tentar falsear o testemunho dos Pais da Igreja, mas não podem apagar o fato de que a Igreja Antiga, os primeiros cristãos, vivenciaram essa mesma fé católica que hoje cremos e guardamos. Qualquer um que visitar as cidades onde os antigos cristãos viveram, terão grande prova da sua fé na Eucaristia, no Papado, na oração aos santos, na devoção à Santíssima Virgem, no Magistério da Igreja como palavra de Deus e tantas outras coisas. Uma coisa é querer a Verdade, outra coisa é querer estar certo.

    Tudo de bom

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  48. Petrus Alois Rattisbonne3 de dezembro de 2012 às 11:24

    Senhor eclesiástico Esdras Amorim:


    Muito obrigado pelo presente de grego que certamente nos enche de humanidade.
    Sabendo-me homem, mortal e com 25 anos completados no dia do teólogo, tenho pra mim, que a vida passa e é breve e não devemos perdê-la com bobagens mas, que bobagens...

    Ok, então por favor me dê o nome da Igreja que Ele verdadeiramente fundou, já que precisa ainda estar aqui, pois Ele realmente prometeu que Sua Igreja iria durar para sempre, não prometeu? Mateus 28,20.

    Se você quisesse comprar um Ford, você iria a um vendedor da Chevy para saber a "verdade" sobre os Fords? Não, você iria à fonte, aqueles que construiram o Ford. Da mesma forma você não vai aprender a verdade sobre o que a Igreja Católica ensina numa fonte não-Católica.

    Então se você não se importou em ir à fonte do ensinamento Católico, por que continua a perpetuar a mentira? Ao fazer isso, você está jogando com sua salvação eterna. Aqui estão algumas falsas acusações feitas contra a Igreja Católica, e respostas verdadeiras à essas acusações:

    * A Bíblia sozinha é a nossa única autoridade. Não precisamos do magistério Católico.

    Hmmmmmm... O que Jesus Cristo fundou? Uma Igreja docente ou um Livro? Já que os Evangelhos são o coração do Novo Testamento, por favor mostre-me o(s) versículo(s) onde Ele ordena a alguém que os escreva.

    Por favor, mostre-me onde a Bíblia diz que somente ela mesma é a única autoridade.

    * Maria não poderia ser a Mãe de DEUS.

    Bom, como você faz esta afirmação, você agora tem apenas duas opções: Ou Jesus Cristo não foi DEUS, ou Ele teve uma outra mãe que não era Maria.

    Qual opção você escolhe?


    * Maria deu à luz somente à natureza humana de Jesus.

    Mães não dão à luz somente a naturezas, mas a pessoas que possuem uma natureza. Maria deu a luz à pessoa completa de Jesus. Agora, Jesus Cristo é uma pessoa divina ou é uma pessoa humana?

    Ele não podia ser ambas as coisas, pois isso faria com que Ele fosse duas pessoas!

    Continuando...

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  49. Petrus,

    Me perdoe pelos erros de português, Gostaria de te dizer que, eu não sou teólogo, nem pastor, sou apenas um leigo, não tenho formação superior, tenho apenas o ensino médio completo, e mesmo assim, ainda não foi bem feito, pois terminei no supletivo.

    Não era nem para mim estar debatendo com você, estou neste debate de intrometido.

    Gostaria de te dizer que aprendi a gostar da leitura, estou começando agora a comprar livros, sou um aprendiz.

    Não julgue o nível deste blog por mim, sou um intrometido aqui,ok.



    tudo de bom .

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  50. Petrus Alois Rattisbonne3 de dezembro de 2012 às 11:42

    Esdras...

    PARE bem aqui e respire fundo antes de continuar, pois sua salvação eterna pode estar em risco!

    Para a prova disso, agora continue lendo.

    "Isto é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade." (1Timóteo 2,3-4).


    É da vontade de DEUS que nós todos encontremos a verdade. Ninguém pode conhecer a verdade com uma mente fechada, ou preconceituosa, ou com idéias pré-concebidas. A única maneira de alguém encontrar a verdade é ir à fonte com a mente aberta, e descobrir por si mesmo.

    "Mas ira e indignação aos facciosos, rebeldes à verdade e seguidores do mal." (Romanos 2,8).

    "Ora, as obras da carne são estas: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, superstição, inimizades, brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdias, facções, invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes. Dessas coisas vos previno, como já vos preveni: os que as praticarem não herdarão o Reino de Deus!" (Gálatas 5,19-21).


    "Facções"? O dicionário diz: "Faccioso: (1) relativo à dissenção interna. (2) que promove dissenção interna." Não soa como pensamento dos reformadores? A Reforma certamente levou às "milhares de facções"[**] que temos hoje em dia no Protestantismo.

    A palavra "facções" nos leva ainda a um outro versículo:

    "Rogo-vos, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que todos estejais em pleno acordo e que não haja entre vós divisões. Vivei em boa harmonia, no mesmo espírito e no mesmo sentimento." (1Coríntios 1,10).


    Pois todos aqueles que se recusam a aceitar a verdade, terão que enfrentar a ira de DEUS.

    "A manifestação do ímpio será acompanhada, graças ao poder de Satanás, de toda sorte de portentos, sinais e prodígios enganadores. Ele usará de todas as seduções do mal com aqueles que se perdem, por não terem cultivado o amor à verdade que os teria podido salvar. Por isso, Deus lhes enviará um poder que os enganará e os induzirá a acreditar no erro. Desse modo, serão julgados e condenados todos os que não deram crédito à verdade, mas consentiram no mal." (2Tessalonicenses 2,9-12).


    Pois aqueles que não acreditam na verdade, serão TODOS condenados.

    O que isto tudo significa? Vamos resumir:

    1. Todos temos a obrigação de procurar a verdade. 1Timóteo 2,3-4
    2. Aqueles que se recusam a procurar a verdade encontrarão a ira de DEUS. Romanos 2,8
    3. Aqueles que se recusam a aceitar a verdade serão condenados. 2Tessalonicenses 2,9-12
    4. Aqueles que se recusam a reconhecer a verdade na vida serão forçados a confrontá-la na morte. Hebreus 9,27, Apocalipse 21,27
    5. Mas a quem isso tudo se aplica? Certamente se aplica àqueles que perpetuam falsas acusações contra a única Igreja que Jesus Cristo fundou, e que continuam a fazê-lo recusando-se a ir até a fonte da verdade que a Igreja Católica ensina.
    6. Estas não são minhas regras ou idéias. Elas são o ensinamento de DEUS através da Sagrada Escritura.

    "Tornei-me, acaso, vosso inimigo, porque vos disse a verdade?" (Gálatas 4,16)

    "A verdade sempre incomodou as pessoas e nunca foi confortável." (Cardeal Ratzinger, 9 de outubro de 2000).



    Entretanto, aquele que se recusou a reconhecer a verdade na vida, será forçado a confrontá-la na morte.

    Sinceramente, meu fraterno amor em Cristo Jesus nosso único e suficiênte salvador de um cristão pleno da graça que só há em Deus, mas... não tolero erros nem heresias, por conseguinte tornei-me "vosso inimigo"[Gálatas 4,16].

    Tudo de bom

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  51. Petrus Alois Rattisbonne3 de dezembro de 2012 às 12:26

    Senhor Adeilton:

    "Em vista deste ato de humildade, a palavra do Senhor foi dirigida a Semaías nestes termos: Eles se humilharam; não os deitarei a perder. Dar-lhes-ei em breve um meio de salvação. Minha ira não se desencadeará sobre Jerusalém pela mão de Sesac." (II Crônicas 12,7)

    "Portanto, em virtude de seu ato de humildade, a ira do Senhor apartou-se dele, e sua ruína não foi total. Em Judá havia ainda coisas boas." (II Crônicas 12,12)

    "O temor do Senhor é uma escola de sabedoria. A humildade precede a glória". (Provérbios 15,33)


    "Antes da ruína, o coração do homem se eleva, mas a humildade precede a glória". (Provérbios 18,12)


    "O prêmio da humildade é o temor do Senhor, a riqueza, a honra e a vida". (Provérbios 22,4)





    "Já te foi dito, ó homem, o que convém, o que o Senhor reclama de ti: que pratiques a justiça, que ames a bondade, e que andes com humildade diante do teu Deus". (Miquéias 6,8)


    "Buscai o Senhor, vós todos, humildes da terra, que observais a sua lei; buscai a justiça e a humildade: talvez assim estareis ao abrigo no dia da cólera do Senhor". (Sofonias 2,3)


    "Servi ao Senhor com toda a humildade, com lágrimas e no meio das provações que me sobrevieram pelas ciladas dos judeus". (Atos dos Apóstolos 20,19)


    "com toda a humildade e amabilidade, com grandeza de alma, suportando-vos mutuamente com caridade". (Efésios 4,2)


    "Nada façais por espírito de partido ou vanglória, mas que a humildade vos ensine a considerar os outros superiores a vós mesmos". (Filipenses 2,3)
    Santo Agostinho de Hipona fazendo as distinções entre as fases de conversão do homem, até á completa conversão destaca com fim último a humildade: veja o que o venerável de Hipona diz:

    O homen velho: exterior e terreno

    Eis como a Divina Providência realiza no tempo a recuperação dos homens a quem o pecado fez merecer a condição mortal.

    Primeiramente, todo homem, ao nascer neste mundo, só se entretém com suas condições naturais e de aprendizado.

    Na primeira idade, passa a cuidar de seu corpo. Tudo isso é esquecido ao crescer. Segue-se a infância. Dessa já começamos a nos lembrar de mais algumas coisas. À infância, sucede a adolescência. Nela, a natureza torna o homem capaz de procriar e torna-se pai. À adolescência segue-se a juventude, em que já são exercidas funções públicas, sob a imposição das leis. Durante ela, a proibição de pecar é mais veemente e o castigo das transgressões oprime servilmente. Provoca-nos ânimos carnais, impetos libidinosos mais violentos a agravar todos os delitos cometidos. Porque não é pecado simples cometer o que não somente é mau, mas também proibido.

    Depois das dificuldades da mocidade, a idade madura concede certa paz. Vem em seguida, uma idade de desgaste e declínio, sujeita à fraqueza e enfermidades, até chegar a morte.

    "Bendito o homem que confia no SENHOR e cuja esperança é o SENHOR. Porque ele é como árvore plantada junto às águas,que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano da sequidão não se pertuba, nem deixa de dar fruto."(Jer 17: 7-8)

    Eis a vida do homem que vive conforme o corpo e deixa-se prender pela cobiça das coisas temporais. É o chamado homem velho e exterior, o homem terreno. Mesmo que tenha o que o vulgo chama de felicidade, vivendo em cidade terrena bem organizada, sob o governo de reis ou chefes, regida por leis ou por tudo de bom ao mesmo tempo. Aliás sem isso, um povo não pode se organizar como deve, mesmo se um só tenha objetivos terrestres. Na verdade, todo homem possui certa medida de beleza.








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  52. Petrus Alois Rattisbonne3 de dezembro de 2012 às 12:31

    Adeilton ainda as palavra de Agostinho...


    O homem novo: interior e espiritual

    Eis o homem que acabamos de descrever: homem velho, exterior e terreno, seja nele guardada a conveniente moderação, seja que haja nele excessos devidos à sua condição servil. Há muitas pessoas que levam integralmente tal gênero de vida, desde seu nascimento até à morte.

    Outros, porém, tendo começado por aí, renascem interiormente, mortificam-se, eliminam por seu crescimento de sabedoria, tudo o que resta do homem velho. Apegando-se estreitamente às leis divinas, esperam para depois da morte visível a renovação integral. Esse é o chamado homem novo, interior e celestial. Ele possui também, por analogias, suas idades espirituais, que se distinguem não pelos anos, mas por seus progressos.

    Na primeira idade, a História, sempre benfazeja, o alimenta em seu regaço, pelos exemplos fornecidos.

    Na segunda idade, o homem começa a esquecer o que é simplesmente humano e tende ao que é divino. Não se sente limitado por autoridade humana; mas dá passos seguindo sua própria razão e adianta-se no seguimento da lei soberana e imutável.

    Na terceira idade, já mais seguro, casa a cupidez de sua sensualidade com o vigor de sua razão e, sua alma (psíquica), unindo-se ao espírito, cobrindo-se sob o véu do pudor, goza interiormente de doçura quase conjugal. Já não vive bem, só por obrigação, mas mesmo quando todos consentissem no permitivismo, não teria nenhum prazer em pecar.

    Na quarta idade, prossegue, intensificando esse mesmo esforço. Desabrocha em homem perfeito, pronto e disposto a enfrentar todas as perseguições e turbilhões deste mundo e a triunfar.

    Na quinta — nessa idade da tranquilidade e sossego completo — ele vive nas riquezas e abundância do Reino inalterável da sabedoria inefável e soberana.

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  53. Petrus Alois Rattisbonne3 de dezembro de 2012 às 12:35

    Na sexta — idade de transformação total na vida eterna — ele esquece totalmente a vida temporal e passa àquela forma perfeita, à imagem e semelhança de DEUS.

    Na sétima, é o repouso eterno e a beatitude perpétua, na qual não se distinguem mais as idades.

    Assim como o fim do homem velho é a morte, o fim do homem novo é a vida eterna. O homem velho é o homem do pecado, e o novo é o da justiça.

    O Processo Evolutivo

    Mas esses dois homens: o velho e o novo, indubitalvelmente são de tal modo feitos, que o primeiro, isto é, o velho e terreno, pode viver pór si só, por toda sua existência neste mundo. Mas o homem novo e celestial, certamente, não poderia se formar no curso desta vida, senão em companhia do velho. É necessário que o homem novo se inicie do velho, e conviva com ele até a morte visível. Ainda enquanto um vai se enfraquecendo, o outro vai se desenvolvendo.

    Assim, guardadas as proporções, acontece com o gênero humano, cuja vida se desenrola como a de uma só pessoa, desde Adão até o fim deste século. Pelas leis da Divina Providência que a governa, aparece a humanidade distribuída em duas classes. Uma constituída dos ímpios que trazem impressa a imagem do homem terreno desde o início dos tempos até o seu fim. A outra classe é formada das gerações de um povo consagrado ao único DEUS. De Adão a João Batista, conduziu DEUS a vida do homem terreno sob certa justiça servil. Sua história chama-se Antigo Testamento, sob a promessa de um reino temporal. Mas toda esta história, no seu conjunto, nada mais é do que a imagem do novo povo do Novo Testamento, ao qual é prometido o reino dos céus. A vida deste povo, na fase temporal, vai da vinda do SENHOR à humildade, até sua volta à Glória, no dia do Juízo.

    Depois do que, o velho homem, tendo desaparecido, será aquela transformação definitiva e prometida: uma vida angélica. “Porque todos ressucitaremos, mas nem todos seremos transformados.”(1Cor 15:51 – versão itálica).

    O povo santo, pois, ressucitará para ver em si os restos do velho homem transfigurados no homem novo. O povo ímpio também ressucitará, após haver realizado o velho homem do inicio ao fim, mas será para cair numa segunda morte.

    Os que lerem diligentemente as Escrituras, encontrarão aí a distinção das idades. Não se espantará de encontrar misturadas a cizânia e a palha. Porque o ímpio vive para o homem piedoso, o pecador para o justo, a fim de que ao lado deles, se levante com estímulo maior para atingir a perfeição.

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  54. Petrus Alois Rattisbonne3 de dezembro de 2012 às 12:42

    Ação dos Profetas e dos Evangelizadores

    No tempo em que o povo era terreno, os que mereceram atingir a iluminação homens interiores, foram os auxiliares da humanidade. Manifestaram ao povo o que exigia a idade em que se encontravam, e que ainda não estavam no tempo da manifestação. assim, aparecem os patriarcas e os profetas, aos olhos daqueles que em vez de se entregarem a ataques pueris, estudavam com piedade e diligência o tão benéfico e sublime mistério das realidades divinas e humanas.

    Essa mesma função, no tempo atual do novo povo, são os varões insignes e espirituais, discípulos da Igreja Católica que assumem com muita prudência, como podemos constatar.

    Quando eles compreendem que certa questão não deve ainda ser proposta para o povo, guardam-na, mas espalham largamente o leite à multidão ávida, dos que ainda são fracos.

    Todavia, juntamente com pequeno número de sábios, eles se nutrem de alimentos mais fortes. Pregam a sabedoria entre os perfeitos. Aos homens carnais e psíquicos que — apesar de serem homens novos — são ainda crianças, eles velam algumas coisas, sem jamais usar de mentiras. Não procuram atrair para si vãos elogios e cumprimentos futéis. Só procuram o proveito dos que mereceram ser seus companheiros nesta vida.

    Esta é Lei da Divina Providência: que ninguém, para conhecer e obter a Graça de DEUS, seja ajudado pelos que lhe estão acima, anão ser os que com desinteressado afeto tenham ajudado aos que estão abaixo.

    Assim, mesmo depois do nosso primeiro pecado que foi cometido por um homem pecador, e por isso por nossa própria natureza, o gênero humano chega a ser a glória e o ornamento deste mundo. A ação da Divina Providência foi tal que pela arte de tratamento indescritível, a própria fealdade dos vícios transforma-se em não sei quê de belo.

    Fonte: Agostinho,Santo. De vera Religione, A Verdadeira Religião. Cáp 26 à 28. Ed Paulus.

    Portanto, senhor Adeilton,a humildade é a prova de que somos guiados pelo espírito santo que se traduz em obediência cujo o superior é o magistério católico.
    Mantenha-se assim sempre humilde.


    Tudo de bom

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  55. Prezado e contraditório Petrus:

    Quero também felicítá-lo por mais um ano de vida. Não o parabenizo porque nada fizestes para continuar vivo por mais um ano. Afinal, nosso fôlego depende do Altíssimo. Antes, damos ações de graças a Ele por ter permitido a continuação de sua vida.

    Quero ainda pontuar sua apaixonada defesa pelo doutrina do purgatório. Seus argumentos e citações dos primeiros cristãos pós era apostólica são realmente contundentes. Porém, elas de nada servem para nossa fé e para nossa prática, afinal, para nós, somente as Escrituras são nossa única regra de fé e de prática. É uma questão de escolha. Você e sua igreja (?) escolheram ter mais de uma regra de fé e de prática. Não foi uma boa escolha, em minha humilde avaliação, pois a tradição, ainda que formulada por nomes importantes e sinceros, possui, em seu "gen", precisamente por não ter tido a inspiração do Espirito Santo, a fabilidade que é própria dos seres humanos, bem como também, igualmente, as bulas papais, até aquelas que julgas infalíveis. A história depõe contra essa pretensa infabilidade. Considerando tudo isso, creio ser mais prudente continar apenas com a Bíblia como regra única de fé e de prática.

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  56. Adeilton:

    Sua contribuição tem sido e é importante para nossos debates. Dizem os especialistas em lingua portuguesa, que é uma das mais difíceis, diga-se de passagem, que o importante mesmo é que ocorra a comunicação. E seu recado, aqui, você sempre manda muito bem.

    Tudo de bom!

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  57. Agora senhores Petrus, Adeilton, Esdras e demais:

    Não seria mais produtivo canalizarmos nossos comentários para o assunto do post? Nossos leitores, ao pesquisarem sobre o tema abordado, sempre procuram ler os comentários em busca de maiores esclarecimento e/ou até mesmo de opiniões contrárias ao do autor da postagem.

    Tudo de bom!

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  58. Petrus Alois Rattisbonne3 de dezembro de 2012 às 16:55

    Senhor Fábio:

    insinuar que um erro básico de gramática em nada afeta a qualidade da demanda argumentativa em foco, é no mínimo falta de respeito e consideração para com a língua de Camões e Gil Vicente, mas, em se tratando de um professor como você aí a coisa fica mais aguda, pois vejo um claro atestado de que nesta terra brasilis a educação está em franco processo de falência.
    Contudo, é bom lembrar, que quando exaurir á santo Agostinho no referido comentário acima, quis pontuá-lo em favor da humildade e nobreza do prezado Adeilton, que fique registrado.
    Isso posto, senhor calvinista, devo destacar que como professor você é o supra sumo da indolência e pequenez intelectual com suas aberturas e concessões de caráter vulgar QUE VERGONHA!!!
    Agora lembre-se que tenho terminar o debate com o Adeilton, por isso o tema da transubstanciação será arrolado.

    Adeilton alerte-se logo logo temos esse tema á tratar ok?

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  59. Petrus:

    Somente um brasileiro cristão realmente generoso iria entender o que eu quis dizer. Não é o seu caso. Você não tem esse privilégio. Além disso, meu caro, não sei se percebeu, mas eu disse que "alguns especialistas da língua portuguesa" pensam que o importante, de fato, é haver a comunicação. Eu não disse que concordo, necessariamente, com isso, muito embora minha opinião, frente a esses especialistas, não tenha muito valor.

    Tudo de bom!

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  60. Petrus Alois Rattisbonne3 de dezembro de 2012 às 19:15

    Senhor Fábio:

    De que não tenho privilégio hã! seu calvinista bisonho.
    generosidade para com hereges como você que propala suas merdas por baixo e vomita asneiras como um cão raivoso e bêbado, não, aí é vacilar pra satanás. Pessoas como você tem que ser mantido em rédeas curtas, e ademais, eu não preciso de sua aprovação para ser considerado um bom cristão, basta ser um bom católico observador dos sacramentos e ordenanças do sagrado magistério da santa igreja romana e culto observador da patrística cristã.

    porém, A caridade para com o próximo não pode ser confundida com cumplicidade para com o erro.

    Ou se ama a verdade e se combate o erro, ou não se ama verdadeiramente a Deus, “caminho, verdade e vida”.

    Nós temos que “evangelizar” todo o orbe, pois foi essa a ordem que Nosso Senhor nos deu. É certo que devemos ter compaixão com o próximo, mas não podemos deixá-lo no erro. E não foi isso que nos ensinou Nosso Senhor? Veja as discussões dele com os fariseus… Analise os combates de todos os profetas do Antigo Testamento. A santidade pede um combate contínuo, em primeiro lugar contra nós mesmos. É por isso que nos diz S. Paulo: “O Céu é dos violentos”.

    Querer estabelecer a unidade entre a luz e as trevas, entre Deus e o demônio, isso não é fazer a vontade de Deus, mas o seu oposto, pois, como disse o profeta Simeão: “este menino está posto para a perdição e a salvação de muitos em Israel”. Ou seja, Ele é o “sinal de contradição” que divide as águas.

    Quem não corresponde à Graça de Deus, Senhor Fábio, não será salvo. É por isso que também não posso concordar com suas palavras: “sua graça nos basta”. É necessária a correspondência da criatura à essa graça. E, para termos essa correspondência, temos que “vigiar e orar”, sobretudo contra as teorias que o coração dos homens criou.

    No entanto, você paga pra ser escorregadio, utilizando-se de argumentos vazados dos outros se bem que é muito tua cara calvinista rsrsrsrs

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  61. Petrus,

    Já que você quer prosseguir com o debate,transubstanciação:

    Cardeal Caetano escreveu em suau própria palavras:

    "Não consta do Evangelho nada que nos obrigue a entender as palavras de Cristo em seu sentido literal: ainda mais- não há nada no texto que nos iniba de tomar estas palavras do apóstolo: A PEDRA ERA CRISTO. As palavras de qualquer das duas proposições exprimem a verdade, mas é necessário não dar às coisas mencionadas o sentido literal, mas metafísico."
    (Venet,1617. Index Expurg. Quiroga,p.98 Madrid, 1667)

    Fisher, bispo romano declarou expressamente que, " no Evangelho de S. Mateus não há texto algum com que se possa provar que na missa se verifica a mesma presença do corpo e sangue de Cristo". Diz ainda "que uma tal doutrina não se pode provar pela Escritura" ( Bell. De Euch.lib III, cap.23,tom.III,sec.2.p337.Praga,1721)


    Pedro Ailli,mas geralmente conhecido pelo nome de cardeal de Allico, doutor em telogia em 1380, escreveu:

    " É possível admitir-se que não é mudada a substância do pão; tampouco é isso contrário à razão e à autoridade da Escritura; ainda mais- é mais fácil e razoável pensá-lo assim, uma vea que "concorde com a determinação da igreja"

    Gelásio,bispo de Roma (492) escreveu:
    " Certamente que os sacramentos do corpo e sangue de nosso Senhor Jesus Cristo, que nós recebemos, são uma coisa divina; porque por eles somos feitos participantes da natureza divina. Contudo, a 'substância ou natureza do pão e do vinho'não deixa de existir; e indubitavelmente a imagem e semelhança do corpo e sangue de Cristo são celebrados na ação dos mistérios." (Gelas De duabus in Christo naturis contra Eutychem,et Nest in bib.Patr I Tom.IV )

    João Crisóstomo(406) diz:
    " Antes que o pão seja consagrado, chamamo-lo pão; porém, quando a graça de Deus, mediante o sacerdote, o tem consagrado, já não é mais chamado pão,mas, sim, considerado digno de ser chamado corpo do Senhor, posto que a NATUREZA DO PÃO PERMANECE NELE."

    Efren de Antioquia (336)diz:

    " O corpo de Cristo, que é tomado pelos fiéis, NEM PERDE SUA SUBSTÂNCIA, nem de modo algum PERMANECE separado da GRAÇA INTELECTUAL"
    ( E phraem. Thespolitan. apud Phot. Bibl. Cod. CCXXIX,p 794. Edit. Rathomag.1653)

    Irineu, bispo de Lião(178), dizia:

    "A oblação da Eucaristia não é carnal, mas espiritual, e, neste sentido, pura. Poeque oferecemos a Deus o pão da bênção, dando-lhe graças, porquemandou que a terra produzisse esse frutos para nosso sustento" Iren.Fragment. in Append. ad Hippol. oper. tom II pp 6.4 e 65 Hemburg , 1716)

    Clemente, de Alexandria (19):

    " A Escritura chama ao vinho em símbolo místico do precioso sangue de Cristo" ( Clem. Alex. Praedag. lib.II cap,2 oper .p.156.Colon.1668)

    Tertuliano(195):

    " Tomando o pão, e distrubuindo-o a seus discípulos, fez dele seu corpo, dizendo:" Isto é meu corpo, isto é, a fgura de meu corpo'"( Tert.adv.mar.lib.5p,458.Paris,1675)

    Gregório Nazianzo(370):

    " Como me atrevia a oferecer-lhe o exterior, o antítipo dos grandes mistérios"

    Ambrósio de Milão(385):

    "Na lei estava a sombra, no evangelho está a imagem, no céu está a realidade. Antigamente oferecia-se um cordeiro ou um novilho, agora é oferecido Cristo. Aqiu está em IMAGEM, ali em realidade"(officio. lib.I, cap 48. opeer, col 33. paris,1549)

    para fechar vou terminar com o bispo de Hipona, Agostinho(400):

    " O Senhor não vacilou em dizer: Isto é o meu corpo, quando dava o SINAL de seu corpo." " Estes são sacramentos nos quais deve atender-se, não ao que são, mas sim ao que representam; porque são SINAIS DAS COISAS, sendo uma e significando outra" (Aug.cont. Maximum,lib,II,oper.cap 24,fol.113,veros ed. Tiguri,1593)

    E aí Petrus,você não póde dizer que essas citações são espúrias, pois foi colocado em baixo de cada uma as obras citadas.

    Fonte:Carlos H. Collette, Inovações do romanismo,editor,parakletos.

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  62. Petrus Alois Rattisbonne4 de dezembro de 2012 às 16:53

    Senhor Adeilton:


    O que entendi aqui não foi um refutação, mas, uma relativização do conceito de transubstanciação, ou seja, á rigor, eu não vejo o que esse herege queira com isso fórmular ou provar.
    Mais é urgente diante de desentendidos como você provar á literalidade do conceito de transubstanciação.

    Todo herege protestante que se preze lê a Bíblia. Em particular, muitos gostam do Novo Testamento e em especial o Evangelho de São João é querido por inúmeras pessoas. Eu também amo a forma como São João expõe o Evangelho do Mestre Jesus Cristo.

    Mas há alguns detalhes que as pessoas passam por alto. Um deles, senão o principal, está diante dos olhos de todos e muitos nem percebem. Falo do texto de João 6. Algum patético desavisado dirá: “mas o que tem João 6 de especial?”. É aí que está. Estamos diante de um texto deveras especial.

    Vamos então senhor Adeilton a ele.

    “Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: Do céu deu-lhes pão a comer. Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: Não foi Moisés que vos deu o pão do céu; mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu. Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo. Disseram-lhe, pois: Senhor, dá-nos sempre desse pão. Declarou-lhes Jesus: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim, de modo algum terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede. Mas como já vos disse, vós me tendes visto, e contudo não credes.” (João 6:31-36)

    Aqui Jesus Cristo declara ser o pão da vida, o pão que desceu do Céu e que dá vida ao mundo. Ele falava literalmente e assim foi compreendido, como veremos depois. Tanto é verdade, que em seguida os judeus conjecturavam:

    “Murmuravam, pois, dele os judeus, porque dissera: Eu sou o pão que desceu do céu; e perguntavam: Não é Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe nós conhecemos? Como, pois, diz agora: Desci do céu?“ (João 6:41-42)

    Fica claro aí, portanto, que os judeus estavam compreendendo Jesus tal como ele falava. Aí, Jesus chega então ao cerne do texto em questão, dizendo:

    “Este é o pão que desce do céu, para que o que dele comer não morra. Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne. Disputavam, pois, os judeus entre si, dizendo: Como pode este dar-nos a sua carne a comer? Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne verdadeiramente é comida, e o meu sangue verdadeiramente é bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. Assim como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo pelo Pai, assim, quem de mim se alimenta, também viverá por mim. Este é o pão que desceu do céu; não é como o caso de vossos pais, que comeram o maná e morreram; quem comer este pão viverá para sempre.” (João 6:50-58)

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  63. Petrus Alois Rattisbonne4 de dezembro de 2012 às 17:08

    Adeilton comtinuando....

    Sei que você certamente dirá que ali Jesus falava figuradamente e etc. Mas tudo isso poderia ser factível e até muito interessante, não fosse a reação dos discípulos:

    “Muitos, pois, dos seus discípulos, ouvindo isto, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir? Mas, sabendo Jesus em si mesmo que murmuravam disto os seus discípulos, disse-lhes: Isto vos escandaliza?“ (João 6:60-61)

    Realmente, eles tinham razão: era um discurso duro, forte demais até. Mas Jesus os interpela perguntando se isso (que Sua Carne é verdadeira comida e o Seu Sangue é verdadeira bebida) os escandalizava. E no versículo 64 Ele ainda fala que alguns ali (entre os discípulos) não criam. E aí acontece o inevitável diante dessa cena:

    “Por causa disso muitos dos seus discípulos voltaram para trás e não andaram mais com ele. Perguntou então Jesus aos doze: Quereis vós também retirar-vos? Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna.” (João 6:66-68)

    Aí é onde vemos os verdadeiros discípulos. Muitos que me parece ancestrais de vocês protestantes, por terem entendido, sim, corretamente as palavras de Cristo, se retiraram, pois não podiam suportar tal coisa (v. 60). Eles não se retiraram por terem achado chato ou coisa parecida, não! Se retiraram por terem entendido, e não aceitado a palavra de Cristo, mostrando que devemos comer da Sua Carne e do Seu Sangue. Pois o verbo ali no texto original, não quer dizer somente comer, mas triturar. Devemos, sim, comer do Corpo e do Sangue de Cristo. E daí que muitos pensaram que Cristo falava de canibalismo. Não era canibalismo, mas também eles não haviam entendido errado ao pensar em comer de forma real Seu Corpo e Seu Sangue.

    E aí, Ele se vira para os apóstolos e demais discípulos e questiona-os se eles também o deixarão. Veja, que se tivesse sido um mal-entendido, Jesus podia muito bem ter falado: “Olha pessoal, não é bem assim, eu queria dizer isso e isso, não tem nada a ver com o que vocês entenderam”. Mas não! Ele não fez isso! Ele deixou-os ir. Queria qualidade de discípulos, não número. E olha que não era tanta gente ainda, hein!.

    Lembre-se de que todas as vezes em que alguém entendia mal algo que Ele falava e aquilo tinha que ficar claro, Ele tornava a explicar. Caso de Nicodemus, que tomou a Jesus ao pé da letra (“nascer de novo” como sendo o nascimento natural) e foi corrigido, para que ficasse claro o que Jesus falava a ele; outra vez, quando Jesus falava do fermento dos fariseus (Mt 16.6-12) e os apóstolos entenderam que era do fermento natural, de pães que Ele falava, Ele corrigiu-os e mostrou que o “fermento” aí era a doutrina errada deles e não o fermento literal como todos conhecem. Teria mais situações nesse sentido nos Evangelhos para comprovar o que falo. Ele deixou-os ir sabendo o que eles tinham compreendido e que aquilo que eles entenderam (de tomar literalmente Sua Carne e Seu Sangue) não era uma distorção do ensino que Ele tinha dado a eles.

    Ou seja, quando Cristo precisava esclarecer seus ensinos, Ele o fazia e jamais deixava Seus filhos no engano. Não seria em uma hora tão vital que Ele deixaria as pessoas crerem algo contrário do que Ele disse.

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  64. Petrus Alois Rattisbonne4 de dezembro de 2012 às 17:13

    Sei ainda que esse texto que consideramos agora tem dois elos essenciais na Escritura: Lucas 22:19-20: “E tomando pão, e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o MEU CORPO, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente, depois da ceia, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo pacto em MEU SANGUE, que é derramado por vós“ e 1 Coríntios 11: 23-25, onde São Paulo praticamente repete Nosso Senhor. Notem que em momento algum Cristo ou São Paulo fala que isso representa o corpo de Cristo, antes que isso É o corpo e sangue de Cristo.

    Ou seja, ali Ele falava realmente de comermos Sua Carne e tomarmos o Seu Sangue. Mas e a questão é: onde e como se faz isso? Existem provas que Ele falava explicitamente da Eucaristia? Teria sido esse o entendimento dos apóstolos e dos cristãos dos primeiros séculos? E hoje, quem segue esse ensino? Pense um pouco caro Adeilton.

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  65. Petrus:

    Desculpe a intromissão no debate particular dos senhores. Só uma perguntinha:

    Tenho um amigo católico que tem a seguinte dúvida:

    "O padre sempre diz que a Ostia se transforma literalmente no corpo de Cristo e que o vinho se transforma literalmente no sangue de Cristo, mas eu nunca vi isso acontecer. Sempre que olho continua lá a mesma Ostia e o mesmo vinho. Será que tenho problema de visão?".

    Me ajuda aí, o que devo dizer a ele? Que ele é cego e que precisa procurar um oftalmologista urgente?

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  66. Petrus Alois Rattisbonne4 de dezembro de 2012 às 18:23

    Senhor Fábio:


    Cân. 899 ´ § 1. A celebração da Eucaristia é ação do próprio Cristo e da Igreja, na qual, pelo mistério do sacerdote, o Cristo Senhor, presente sob as espécies de pão e de vinho, se oferece a Deus Pai e se dá como alimento espiritual aos fiéis unidos à sua oblação.

    Cân. 900 ´ § 1. Somente o sacerdote validamente ordenado é o ministro que, fazendo as vezes de Cristo, é capaz de realizar o sacramento da Eucaristia.

    A conversão do pão no Corpo e do vinho no Sangue de Jesus Cristo faz-se precisamente no ato em que o sacerdote, na Santa Missa, pronuncia as palavras da consagração.



    A consagração é a renovação, por meio do sacerdote, do milagre operado por Jesus Cristo na última Ceia, quando mudou o pão e o vinho no seu Corpo e no seu Sangue adorável, por estas palavras: ‘Isto é o meu Corpo; este é o meu Sangue’.



    Eu acredito que no Sacramento da Eucaristia está verdadeiramente presente Jesus Cristo porque Ele mesmo o disse, e assim no-lo ensina a Santa Igreja.

    Eucaristia (do grego εὐχαριστία, cujo significado é "reconhecimento", "ação de graças") é uma celebração em memória da morte sacrificial e ressurreição de Jesus Cristo. Também é denominada "comunhão", "ceia do Senhor", "primeira comunhão", "santa ceia", "refeição noturna do Senhor" ou "comemoração da morte de Cristo". a santa eucaristia so se torna realmente carne na nossa vida quando aceitamos verdadeiramente isso. para um herege é muito difícil acreditar que o pão e o vinho de tornam corpo e sangue de cristo, porque não vêem nada! é jesus cristo que se da aos outros para que todos possam fazer parte dele e ao mesmo tempo se tornarem como ele, em tudo igual ao homem menos no pecado. no fundo é aquilo que os cristãos querem e aquilo que este mundo sem sentido de vida tenta fugir. Deus ama todos incondicionalmente de certeza que todos temos o julgamento final. prefiro prevenir-me agora e tentar ser como Jesus e ir para o paraíso, do que fazer tudo o resto, o prazer, a luxúria, ter dinheiro ate aos olhos, e ser protestante e depois ir para o inferno pagar por esse mal que tenha feito.


    Isto é que seu amigo deve entender, se é que esse amigo realmente é católico.

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  67. Petrus:

    Eu disse a ele, mas acho que ele entendeu não. E, cá pra nós, é dificil mesmo. Quando eu expliquei pra ele, como você me orientou, que "o milagre da transformação literal do pão em corpo e do vinho em sangue" ocorre quando o sacerdote, "validamente" ordenado (aqui fiquei em dúvida se os padres de sua ordem estão incluídos nesse quesito) pronuncia as palavras mágicas, digo, de "consagração". Você nunca percebeu não a transformação clara acontecer? Perguntei, certo que ele já tinha visto.

    Sabe o que ele me disse? "Oxi, tá pensando que sou besta é? Sempre olhei direitinho e nunca vi nada acontecer". E disse mais: "Quando Cristo transformou, literalmente, água em vinho, as pessoas viram, diz a bíblia, mas quando o padre diz que o pão virou corpo de verdade e o vinho virou sangue de verdade, nem eu nem ninguém nunca viu isso".

    Aí, Petrus, fiquei caladinho sem saber o que dizer. A única coisa que disse foi que iria perguntar a um cabra muito sabido e quase padre como era essa história direitinho.

    Me ajuda aí agora.....

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  68. Petrus Alois Rattisbonne4 de dezembro de 2012 às 19:14

    Vamos agora senhor Adeilton aos pais da igreja, afim de estabelecer o eles realmente disseram ok.

    Sto. Inácio de Antioquia, do século II, dizia sobre a Eucaristia, que ela era "a Carne de nosso Salvador Jesus Cristo, a qual padeceu por nossos pecados e a qual o Pai ressuscitou por sua benignidade ".

    São Cirilo de Jerusalém, ao comentar esses textos, especialmente o de Lucas, afirma: "Havendo Cristo declarado e dito, referindo-se ao pão: Isto é o meu corpo, quem ousará jamais duvidar? Havendo Cristo declarado e dito: Este é o meu sangue, quem ousará jamais dizer que não é esse seu sangue? " (Cirilo de Jerusalém, Catech. mystag., LXXXVI, 2401)

    São Cirilo de Alexandria, comentando texto análogo ao de Lucas que está em Mateus, fala: "(...) Porque o Senhor disse mostrando os elementos: Isto é meu corpo, e Este é o meu sangue, para que não imagineis que o que ali aparece é uma figura, senão para que saibas com toda segurança que, pelo inefável poder de Deus onipotente, as oblações são transformadas real e verdadeiramente no corpo e sangue de Cristo ; e que ao comungar delas recebemos a virtude vivificante e santificadora de Cristo." (Cirilo de Alexandria, Comment. In Math. XXVI, 27)

    Com isso ele desmonta toda e qualquer tese de ser uma simples demonstração do corpo de Cristo, antes, ele assevera que as oblações se tornam categoricamente e insofismavelmente no corpo e no sangue de nosso Senhor Jesus Cristo.

    Veja o que um mártir, do primeiro século da Igreja, disse a respeito:

    “Não me agradam comida passageira, nem prazeres desta vida. Quero pão de Deus que é a carne de Jesus Cristo” (Sto. Inácio Mártir, Bispo de Antioquia, escrevendo aos Romanos, parágrafo 7, cerca de 80-110 d.C.).
    Não precisaríamos ir longe para comprovar que isso era o que criam os primeiros cristãos e toda a Igreja desde sempre, desde o seu início. A pergunta que não quer calar é: como os protestantes, que amam a Escritura, fazem dela seu único baluarte (embora a mesma Escritura assevere que o baluarte da Verdade é a Igreja e não a Escritura – cf. 1 Timóteo 3.15) não vêem isso? Por que motivo eles fariam vistas grossas ao que colocamos aqui, da crença dos primeiros cristãos?

    Veja S. Justino falando sobre a Eucaristia:

    “Está comida nós a chamamos Eucaristia... nós não recebemos essas espécies como pão comum ou como bebida comum; mas como Cristo Jesus nosso Salvador, assim também ensinamos que o alimento consagrado pela Palavra da oração que vem dele, de que a carne e o sangue são, transformação, Carne e Sangue daquele Jesus Encarnado” (São Justino Presbítero, I Apologia, cap. 66 cerca de 148-155 d.C.).

    Aqui ele faz o elo claro, a transubstanciação. Ele também é por demais claro ao falar que o alimento consagrado É corpo e sangue de Cristo e não um pão qualquer.

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  69. Petrus Alois Rattisbonne4 de dezembro de 2012 às 19:18

    Veja isso, datado do século II também:

    “Assegurem, portanto, que se observe uma Eucaristia comum; pois há um Corpo de Nosso Senhor, e apenas um cálice de união com seu Sangue e apenas um altar de sacrifício”. (Stº Inácio de Antioquia – Carta aos Filadelfos – ano 110 d.C.)

    Outro Pai da Igreja do século II, falando clara e inequivocamente da Eucaristia como sendo de fato, e não só simbolicamente, o Corpo e Sangue de Cristo. E ele adiciona outro elemento aí: sacrifício! Ele fala em um altar de sacrifício. Os primeiros cristãos tinham isso muito claro: só havia uma Eucaristia, ela se constituía do Corpo e do Sangue de Cristo, que eram pão e vinho consagrados e transformados no Corpo e Sangue de Cristo por meio de um sacrifício!

    Não se pode falar então de Nosso Senhor e dos primeiros cristãos como hereges, idólatras ou qualquer coisa semelhante. Eles o faziam assim, e tinham plena consciência disso ser o ensino de Cristo.

    Mas, se outro protestante estiver lendo esse texto, sei que falará: “olhe, João 6 não dá base para falar de sacrifício e da missa como vocês católicos crêem, quero ver se você me prova sua tese na Escritura”. Ok... Vamos então a ela, a começar do AT.

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  70. Petrus, esta "estória" de transubstanciação é a verdadeira "conversa pra boi dormir" meu amigo, páre com isso!
    Daqui a pouco vão dizer que o ouro encontrado na ICAR não é fruto das "sagradas incursões indulgênicas" do bobinho do Johann Macêdo Santiago Tetzel, mas fruto dos mágicos padres alquimistas.

    Meu nobre, não subestime a nossa inteligência!
    Eu quando tinha sua idade, era um pouquinho mais crítico das coisas e sabia interpretar o "em memória de mim".

    Desafio você a mostrar para nós a transubstanciação na prática. E que após as suas palavrinhas mágicas, nós analisemos a substância do pão e do vinho e que as mesmas tenham mudado sua essência, tornando-se carne e sangue respectivamente. Aviso logo, sabemos perceber a diferença de carne/pão e de sangue/vinho.

    Organizo a caravana aqui de Recife para sua cidade para ver você fazer isto.

    E não fuja do assunto, ajude o Fábio a esclarecer as dúvidas do seu amigo católico romano!

    Fraternalmente,

    Esdras

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  71. Petrus Alois Rattisbonne6 de dezembro de 2012 às 11:05

    Senhor tolo Fábio:

    A doutrina católica de que haja no momento da pronuncia do sacerdote, o milagre da transformação literal do pão em corpo e do vinho em sangue não sofre contestação por parte da Física moderna.

    Na verdade, a linguagem e a conceituação desta não interferem na linguagem e na conceituação da Filosofia e da Teologia.
    Ao falar de substância e matéria, por exemplo, o físico não tem em mira a mesma realidade que o filósofo e o teólogo.

    O físico descreve a substância, matéria e, em geral, os corpos (a massa) de acordo com as reações dos mesmos ou os fenômenos que ele pode observar com os sentidos.

    O filósofo, ao contrário, entende por substância das coisas materiais uma entidade muito real, mas só perceptível pela inteligência.

    Os fenômenos, objeto único de que se ocupa o físico, são, para o filósofo, acidentes da substância; por conseguinte, as teorias da Física moderna, com as suas grandes inovações, se referem àquilo que em filosofia se chama “acidentes”, ao passo que a doutrina eucarística tem por objeto a substância, elemento de que as ciências naturais não tratam, porque não é objeto imediato de observação empírica.

    Note-se, porém, que o magistério da Igreja, professando repetidamente a doutrina da transubstanciação, de modo nenhum associou o dogma a determinada escola filosófica.

    Embora os conceitos de substância e acidente tenham sido filosoficamente elaborados pelo Aristotelismo, é no seu sentido óbvio, acessível ao senso comum, que a Igreja entende estes dois vocábulos.

    Com efeito, mesmo a gente simples apreende o que é uma substância: a realidade que faz que um corpo seja e permaneça tal sob as mudanças de superfície (ou acidentais) que lhe possam ocorrer.
    Assim como o comum dos homens compreende o que se quer dizer quando se afirma que um corpo permanece substancialmente o mesmo sob as variações acidentais que se lhe possam infligir, assim entende também o que se quer asseverar quando se diz que, na Eucaristia, há mudança de substância, enquanto as aparências acidentais permanecem invariadas.

    Estas considerações de índole especulativa devem ser contempladas pela observação seguinte:
    A fé professa uma conversão total e absoluta da substância do pão na do corpo de Cristo de tal modo que o Concílio de Trento rejeitou a doutrina de Lutero, que admitia a “empanação” de Cristo; empanação, segundo a qual permaneceriam a substância do pão e a do vinho junto com a do corpo e a do sangue de Cristo; o pão continuaria a ser realmente pão (e não apenas segundo as aparências), o vinho continuaria a ser realmente vinho (e não apenas segundo as aparências), de tal sorte que o corpo de Cristo estaria com que“ revestido” de pão e vinho.

    Continua...

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  72. Petrus Alois Rattisbonne6 de dezembro de 2012 às 11:14

    Para o Concílio de Trento e, consequentemente, para a fé católica, esse tipo de presença de Cristo na Eucaristia é insuficiente; é preciso dizer que o pão e o vinho, em sua realidade intima (substância), deixam de ser pão e vinho para se tornar a realidade mesma do corpo e do sangue de Cristo.

    Como na criação há produção de todo o ser ( productio totius entis ), assim na Eucaristia há a conversão de todo o ser ( conversio totius entis ). Ora “conversão de todo o ser” é “conversão de toda a substância” ou “conversão substancial” ou “transubstanciação”.

    Paralelamente, assim como só Deus pode criar, só Deus pode “transubstanciar”; uma e outra atividade supõem o poder infinito do Altíssimo, que pode fazer do “não ser” o “ser”. As criaturas só podem de “tal ser” fazer “tal outro ser”; elas não abrangem o ser como tal, ma apenas aspectos do ser.

    “Isto É o Meu Corpo (e isto É o Meu Sangue)”;
    “Fazei isto em memória de Mim.”

    O verbo ‘SER’ é o único entre todos os verbos conhecidos, que identifica precisamente o Sujeito ao Objeto do qual o mesmo se refere.

    Em assim sendo, pela importância que este verbo exerce, é sempre o primeiro verbo a ser estudado em qualquer língua. Aliás, para que não reste nenhuma dúvida, este é também o entendimento da precisão do significado do mesmo em todas as culturas e línguas do mundo.

    Afirmando isto, quero dizer que se Cristo, que é Deus Onisciente e tudo sabe, se quisesse expressar outra coisa que não fosse o entendimento da identificação do Seu Corpo ao Pão e o Seu precioso Sangue ao Vinho, Ele, mais do qualquer outro ser vivente, teria expressado em outro sentido, como por exemplo : Isto parece o Meu Corpo … Isto assemelha-se ao meu Sangue … Isto lembra o meu Corpo, etc…

    Ora, como ele tem autoridade divina e Conhecimento Eterno, não teria outra forma de expressar o sujeito ( seu Corpo e Sangue ) ao objeto ( Pão e Vinho Consagrados ). Ele como Deus que é, não se engana e não poderia jamais induzir ninguém ao erro.

    Então, não restando nenhuma dúvida do sentido em que Cristo falou aos Apóstolos na noite da Última Ceia, devemos proclamar esta Verdade da Fé Cristã a todos os que não a entendem completamente ou entendem em um sentido deturpado como é o caso do seu amigo católico e o seu filotolo herege Rsrsrsrsrs....

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  73. Petrus Alois Rattisbonne6 de dezembro de 2012 às 11:57

    senhor eclesiástico banana e tolinho Esdras Amorim

    Não se dê ao trabalho de vir á Feira de Santana com sua caravana de humanoides pseudo-pensantes heréticos, pois julgo impossível digerir tantos seres blasfemos juntos em um só recinto.

    Contudo se não for incomodo, faça um comentário sobre o último post que mandei para seu coleguinha de seita Ok?


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  74. Petrus:

    Tu és professor. Significa que tens quase uma obrigação, oriunda do ofício, em tornar as coisas mais claras para aqueles que ainda não conseguiram entender esse assunto. Por favor, me diga, de forma mais simples, o que devo dizer a meu amigo católico, pois se for repetir tudo que você disse aqui só vai piorar a situação.

    Devo dizer que ele deve crer e pronto?
    Devo dizer que há mudança nas substâncias realmente mas não dá pra ver direitinho?
    Devo dizer que só os padres conseguem ver com uma espécie de dom da visão de raio X?
    Devo dizer que ele não deve mais querer saber essas coisas?
    Devo dizer que você não sabe direito como é que acontece?
    Devo dize que ninguém sabe?
    Devo dizer que ninguém nunca viu, a excessão de algumas fraudes forjadas por padres que fizeram pingar sangue da ostia?
    Devo dizer que a transsubstanciação ocorre apenas no ambiente da fé?
    Devo dizer que não ocorre a mudnaça física, mas apenas metafísica?

    Me diz aí que a ovelha é tua....rs. O rapaz tá encucado com esse assunto.

    Ele disse de novo: Jesus trans(formou) a água em vinho e todo mundo viu. O padre diz que o vinho se trans(forma) em sangue e o pão em corpo e ninguém vê. Que conversa é essa? É o pergunta descrente sua ovelha católica.

    No aguardo,

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  75. Petrus Alois Rattisbonne6 de dezembro de 2012 às 19:19

    Deve-se crê com fé, ou seja, o que a igreja falou tá falado, só os hereges se fazem de rogado.
    Porém, aos que são católicos e querem uma prova real e factível vale o conceito metafísico exposto no último post.

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  76. Valeu Petrus, encerrando a questão com chave de ouro; igualzinho ao leão da montanha: "saída pela direita...rs".

    Agora ficou claro. Clarísismo. Vou dizer a meu amigo que não tem verificar se existe de fato a "real" transubstanciação. Só quem sabe fazer isso de forma visível é o próprio Jesus, que transformou água em vinho. Os padres sabem fazer, mas ainda não aprenderam a fazer de tal forma que as pessoas consigam ver também. Vou pedir pra ele dá um desconto aos padres.

    É por isso que tem padre que acaba dando uma forçada de barra e coloca sangue de galinha pro povo ver, simulando o tal milagre.

    Vou dizer também que ele tá querendo saber além da conta, que pra ser católico tem que ser alienado e aceitar tudo o que o padre diz caladinho. Então, quando ele disser "agora o milagre da transubstanciação: O pão deixa de ser pão e vira corpo e o sangue deixa de ser sangue e vira sangue (aqui é problemático também pq os mortais católicos não têm direito ao cálice)", é pra ele dizer que está vendo tudinho, do jeitinho que o padre quer.

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  77. Petrus Alois Rattisbonne8 de dezembro de 2012 às 10:27

    Senhor Fábio:

    A sua imprecação é produto de um desesperado mal-intencionado e bufão.
    Ao contrário, não foi á santa igreja católica que pediu-nos que eliminássemos a razão e, sim Lutero, Calvino e outros, até hoje vê-se o quando vocês são bobinhos e tolinhos.

    Veja o disse o papai viu filhão!!!

    "A Razão deveria ser destruída em todos os cristãos. Ela é o maior
    inimigo da Fé".
    Martinho Lutero

    "Quem quer que se diga cristão deve arrancar os olhos de sua razão".
    Martinho Lutero

    "A fé deve sufocar toda a razão, o senso comum e o entendimento".
    Martinho Lutero

    "As pessoas deram ouvidos a um astrólogo novato (Copérnico) que lutou
    para provar que a terra é que gira, não os céus ou o firmamento, o
    sol e
    a lua... Este louco quer contrariar toda a ciência da astronomia. Mas
    as
    Sagradas Escrituras nos dizem (Josué 10:13) que Josué ordenou que o
    sol
    parasse e não a terra".
    Martinho Lutero em um de seus "Table Talks", 1539.
    Protestantes quando entram numa igreja, costumam deixar o cérebro do lado de fora, como se fosse um cão sarnento que não tivesse o direito de entrar. Mesmo Lutero, a besta do "somente pela fé", nos ensinou que todo cristão [diga-se protestante,pois, protestante não é cristão] deveria abdicar do seu poder racional se auto-robotizando alienando-se da realidade que não a realidade de sua fé pessoal.
    Agora, já que você se atreveu com sua aleivosia á dizer que nós católicos somos alienados prove-me com cartas papais ou escritos patrísticos que a igreja nos orienta á abdicar da razão em em vista de uma fé cega e sem racionalidade.
    Contudo, no que toca aos seus heresiarcas eu não posso dizer o mesmo Ok?

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  78. Petrus Alois Rattisbonne8 de dezembro de 2012 às 11:01

    Senhor Fábio e eclesiástico Esdras Amorim e o leigo Adeilton:

    Tenho umas perguntinhas á fazer-lhes e, gostaria que os senhores, por obséquio as respondessem assaz sinceramente.

    Ei-las então:


    Por favor, diga-me uma razão lógica para aceitar a Bíblia que um muçulmano ou um mórmon não poderia usar para considerar o Corão e o livro de mórmon inspirado por Deus?

    Nós, católicos, aceitamos a Bíblia como Palavra de Deus porque a Igreja que Cristo fundou e confiou a Pedro (Mateus XVI, 18), e que é a Coluna e Firmamento da Verdade (I Timóteo III, 15), diz que a Bíblia é a Palavra de Deus. Como dizia Santo Agostinho, “creio nos Evangelhos porque a Santa Madre Igreja me diz para crer neles”.


    Por favor, diga-me porque a Bíblia teria precisado de quase 1.600 anos para ser entendida corretamente, se ela é teoricamente algo que qualquer um pode entender.

    Nós, católicos, sabemos que a Bíblia não é algo que qualquer um pode ler e entender sem ajuda (II Pedro III, 16; Atos VIII, 31), e sabemos que Cristo confiou a São Pedro, o primeiro Papa, a tarefa de tomar conta de Seu rebanho, a Igreja (João XXI, 15-17). Nós seguimos o que os sucessores de Pedro nos transmitiram.


    Por favor, explique como alguém pode saber se entendeu a Bíblia corretamente, se só pode confiar na Bíblia e em mais nada; afinal, existem mais de 30.000 seitas protestantes no mundo, cada uma entendendo a Bíblia de maneira diferente e todas achando que estão certas.

    Nós, católicos, sabemos que é a Igreja que Cristo fundou e confiou a São Pedro (Mateus XVI, 18), e que é a Coluna e Firmamento da Verdade (I Timóteo III, 15), quem tem a missão de ensinar (Mateus XXVIII, 19), e que as Escrituras não devem sofrer interpretação particular (II Pedro II, 20), pois quem o faz comete erros que o conduzem à perdição (II Pedro III, 16). Assim, sabemos que a explicação feita pela Igreja está certa, e está errada qualquer interpretação diferente desta.

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  79. Petrus Alois Rattisbonne10 de dezembro de 2012 às 09:49

    Hilário? Eis a resposta dos tolos e imbecis, ademais há uma forte candidatura á o semi-analfabetismo filosofico. não o seu caso não né senhor eclesástico?

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  80. Petrus Alois Rattisbonne10 de dezembro de 2012 às 09:52

    Hilário? Eis a resposta dos tolos e imbecis, ademais há uma forte candidatura á o semi-analfabetismo filosofico. não o seu caso não né senhor eclesástico?

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